sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Sabia que pequenos passos podem fazer toda a diferença para uma vida mais saudável? Experimente em 2011!

No Ano Novo Vou Fazer...

- Alimente-se de forma saudável. É fácil fazer uma alimentação variada e equilibrada: basta respeitar a pirâmide dos alimentos. Dê preferência a legumes, leguminosas, frutos e cereais integrais. Faça uma refeição vegetariana pelo menos uma vez por semana (ou mais!).

- Viva mais e melhor! Para além de uma alimentação saudável, inclua o exercício físico nos seus hábitos diários. É essencial para uma melhor qualidade de vida, pois ajuda a combater o stress e prevenir doenças.

- Ingira muitos líquidos ao longo do dia: faz parte de um estilo de vida saudável. Para além da água, existem sumos de frutos, água de coco, tisanas e chás, repletos de nutrientes, como os antioxidantes, que nos protegem.

- Durma bem. Um sono repousante é essencial para enfrentar as tarefas do dia-a-dia. Cada indivíduo tem uma necessidade de sono diferente. Respeite a sua.

- Aprecie o verdadeiro sabor dos alimentos e opte pela agricultura biológica. A diferença não está apenas no sabor. Os alimentos são mais nutritivos, seguros e, ao mesmo tempo, tembém ajuda a conservar o ambiente.

- Cuide de si. Os cosméticos naturais e biológicos oferecem uma garantia de qualidade, por não conterem muitas das substâncias que são normalmente responsáveis pelas alergias. Além, disso, não são testados em animais!

- Exercite a mente. Adquira hobbies estimulantes, reforce laços familiares e de amizade. Aprenda a lidar com o stress e a ansiedade. A saúde mental é essencial.

- Lute contra o pessimismo. Os problemas existem. A diferença reside na forma como lidamos com eles! Encare as adversidades de forma positiva.

- Enfrente a realidade. A preservação do meio ambiente não é um problema do futuro! Faça todos os dias algo que proteja o ambiente: ande a pé ou de transportes, poupe água e luz, use energias renováveis, use detergentes mais ecológicos, proteja a biodiversidade, etc.

- Incondicional! Este é o tipo de carinho e amor que um animal de estimação pode dar. Ajude a acabar com um dos maiores flagelos actuais e adopte um animal. Caso não possua, ajude as muitas associações que, diariamente, lutam com dificuldades para cuidar de animais abandonados.

- Reduzir, reutilizar e reciclar. Os três Rs há muito que estão na ordem do dia! Aprenda a poupar e reduza a quantidade de materiais em tudo o que adquire. Por exemplo, se tem roupas ou objectos que não necessita dê a alguém que os possa reutilizar. Separe sempre os resíduos.

- Ocupe os tempos livres num trabalho voluntário. Contribua não apenas nas épocas festivas. Existem pessoas e associações carenciadas que atravessam dificuldades todos os dias do ano.

In Revista Vida Celeiro, n.º 8 – Inverno 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Concerto de Ano Novo nas Sés de Lisboa, Porto, Évora e Faro
8 Janeiro 2011 – Sé Patriarcal de Lisboa, 21h30
9 Janeiro 2011 – Sé Catedral do Porto, 18h00
15 Janeiro 2011 – Sé Catedral de Évora, 18h00
16 Janeiro 2011 – Sé Catedral de Faro, 17h00
Obs.: Entrada livre mediante reserva de bilhetes através do mail info@althum.com
www.althum.com

Concertos nas Sés Catedrais
A atmosfera ao mesmo tempo sóbria e imponente de uma Sé Catedral constitui um cenário de sonho para ver e ouvir um concerto de música clássica. Como já vem sendo hábito, o Patriarcado de Lisboa e a Editora Althum.com promovem o Concerto de Ano Novo que este ano se realiza nas Sés de Lisboa, Porto, Évora e Faro. O concerto estará a cargo do grupo Capella Patriarchal e do organista João Vaz que irão interpretar obras sacras de compositores dos séculos XVI e XIX. Este ano o programa é dedicado à actividade musical em Lisboa (especialmente na Capela Real) durante o reinado de D. João V.

In Lifecooler
Portugal no topo da tolerância religiosa

Portugal é dos países europeus que mais defende a igualdade de direitos entre religiões, revela um estudo alemão da Universidade Westfälisches Wilhems, apresentado em Berlim.
Segundo o inquérito, dirigido pelo professor e sociólogo das religiões Detlef Pollack, 89% dos portugueses crê que “todos os grupos religiosos devem ter direitos iguais”, percentagem que lidera os cinco países da União Europeia eleitos para o inquérito – Alemanha, França, Dinamarca e Holanda.
Questionados sobre se “a pluralidade religiosa produz conflito ou enriquecimento cultural”, os portugueses voltam a revelar-se os mais tolerantes, atingindo os 80% de respostas que falam em “enriquecimento cultural”.
A escolha dos países que o estudo inclui deveu-se aos diversos patamares de diversidade religiosa, embora tenha focado o Islão devido aos acontecimentos mundiais da última década, assinala um comunicado do ACIDI – Alto Comissariado para a imigração e diálogo intercultural.
Portugal foi objecto de estudo justamente por contraste, ou seja, pelo facto de a diversidade religiosa não ser tão pronunciada.

In Agência Ecclesia

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sugestões de Ofertas Caseiras: Açúcar de Alfazema

"Se o ano passado fiz açúcar baunilhado caseiro, este ano a escolha vai para o açúcar de alfazema. Este açúcar é optimo para adoçar chá, fazer refrescos caseiros e ainda para enrolar tortas variadas.
Para o fazer, não podia ser mais simples: misturem o açúcar com as flores de alfazema (à venda em lojas de produtos naturais, ervanárias, dietéticas e em alguns supermercados). Se quiserem podem usar o robot de cozinha para "misturar" melhor. Depois é só encher frasquinhos com esta mistura e fechar bem. O ideal é fazerem já, para estar pronto a consumir por alturas do Natal (post publicado a 11 de Novembro, por isso, será necessário perto de 2 meses para que a mistura fique boa)!
Decorem o frasco com motivos natalícios e uma etiqueta bonita e ficam com um mimo para complementar os vossos cabazes de Natal.
Em alternativa, juntem ao açúcar um pacotinho de chá e uma receita da vossa torta favorita - com a indicação que o açúcar deve ser usado para adoçar o chá e enrolar a torta -coloquem num saquinho e ficam com uma lembrança para oferecer a amigos ou familiares!"

Colher-De-Pau
in A Economia Cá de Casa
Alimentos que limpam o organismo
Há alimentos que ajudam o nosso corpo a eliminar toxinas. Saiba quais são!

Azeite
: Melhora o funcionamento do fígado, da vesícula biliar e dos intestinos.
Aipo: Ajuda a limpar as vias urinárias, eliminando o ácido úrico, e protege os rins, evitando a formação de pedra; como contém fibras insolúveis, favorece o bom funcionamento dos intestinos. Se não for fã deste alimento, experimente fritar tirinhas de aipo em azeite, junte nozes e coma como acompanhamento.
Alcachofa: A presença de cinarina ajuda a promover a produção de bílis, que facilita a eliminação de substâncias tóxicas, nomeadamente através da urina. Integre este alimento na sua dieta, cozendo-as a vapor e misturando ervas aromáticas.
Cebola: Prefira comê-la crua (por exemplo, em saladas), dado que ajuda ao funcionamento do fígado e da vesícula biliar, elimina líquidos e oxigena o sangue.
Cenoura: Rica em fibras insolúveis, ajuda a evitar a obstipação, ao mesmo tempo que aumenta a sensação de saciedade. Sumos e saladas são uma boa forma de a consumir com regularidade.
Cereais integrais: Ajudam a eliminar toxinas a nível dos intestinos, protegendo contra os parasitas.
Espargos: As fibras solúveis favorecem o trânsito intestinal, enquanto o potássio facilita a eliminação de toxinas acumuladas na urina. Pode comê-los cozidos ou sob a forma de sopa (basta triturá-los com um pouco de leite e ervas aromáticas).
Limão: Poderoso antioxidante e diurético, que age sobre a qualidade do sangue, eliminando toxinas; ainda melhora a digestão e o funcionamento dos rins. Uma sugestão: junte umas gotas a um copo de água e beba-o de manhã.
Maçã: É uma fruta extremamente depurativa, dado que absorve grande parte das toxinas, enquanto a fibra facilita o trânsito intestinal. Pode consumi-la ao natural, em sumos ou em puré.
Uvas: Elevado efeito depurativo. Pode consumi-las em sumo natural.

Sofia Martinho
In ACTIVA (Set. 2010)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Maioria dos jovens portugueses não quer as grandes cidades
70% dos jovens entre os 20 e os 30 anos de idade ouvidos pelo i têm projectos para abandonar a cidade onde vivem nos próximos dois anos

Os jovens portugueses não idealizam o seu futuro nas principais cidades do país. O i ouviu a opinião de 180 cidadãos sobre o planeamento urbano e o futuro das cidades de Lisboa, Porto, Leiria e Faro e uma das principais conclusões do inquérito é que 70% dos jovens entre os 20 e 30 anos de idade têm projectos para abandonar a cidade nos próximos dois anos. São poucos os que vêem em Portugal uma perspectiva de futuro profissional e 69% elegem uma cidade estrangeira como opção de destino. Os restantes 17% ponderam a mudança para uma cidade mais pequena, vila ou aldeia e outros 14% fazem projectos para viver noutra cidade portuguesa.
Ana Almeida, 25, está desempregada. A jovem portuense diz ao i que "trabalha como jornalista freelancer nas horas vagas". Porém, a incerteza profissional motivou uma mudança de planos, que passam por trocar a cidade nortenha por Berlim ou Madrid nos próximos dois anos. O distrito do Porto concentra um quarto dos desempregados, a taxa mais alta do país. Como mostram as estatísticas, os jovens da Invicta estão desmotivados com a falta de lugares. Paulo Pinto, tradutor, 27 anos, sublinha a boa qualidade de vida e o número de actividades culturais e sociais organizadas no Porto, o que não lhe retira a vontade de viver numa grande cidade europeia.
A socióloga e professora da Universidade Nova de Lisboa Margarida Marques acredita que o número de jovens que irá realmente abandonar o país será na realidade muito inferior. "Podem surgir oportunidades em Portugal. E mudar para outro país nem sempre é fácil, também pelos custos elevados que isso implica." Porém, a socióloga avisa que mais de metade destes jovens (70%) pode concretizar a sua ambição e trocar Portugal por outro país. Com a crise, as perspectivas de criar um dinamismo económico que trave esta tendência são cada vez menores. "Muitos jovens com formação académica ao nível de mestrado e doutoramento não vão ser fixados só com a miragem de terem um emprego. Têm de ter emprego com qualidade e bom ambiente. Isso é muito importante", sublinha.
Gonçalo, 28 anos, trabalha como consultor, mas pretende trocar Lisboa por uma metrópole mais competitiva. O projecto será concretizado nos próximos dois anos, diz ao i. Os motivos são a "procura de mercados de trabalho mais competitivos onde, em simultâneo, possa usufruir da vivência numa urbe mais moderna, organizada e mais cívica". Se Lisboa e Porto não são compensatórias ao nível salarial e mostram pouca competitividade profissional, "muito menos o serão as cidades de menor dimensão", defende Margarida Marques.
Também por isso, o mar e o sol de Faro já não são suficientes para atrair as camadas jovens. Pedro Abrantes, 29 anos, está a concluir o mestrado na capital algarvia, mas garante que o futuro passa por uma cidade fora de Portugal, pela falta de vagas de emprego na área de engenharia do ambiente. Os habitantes de Faro mostram-se sobretudo descontentes com a situação laboral na cidade e a inexistência de vagas em algumas áreas. A maioria dos jovens que responderam ao inquérito pretendem mudar de cidade nos próximos dois anos, metade para outra cidade do país e a outra metade para fora de Portugal.
Margarida Marques recorda que no início da década o Banco Mundial calculava que um em cada cinco jovens licenciados vivia fora de Portugal. "Temos a percepção de que uma parte significativa dessas pessoas têm menos de 30 anos", revela. As conclusões do inquérito do i apontam para um aumento desse número. A emigração jovem acontece sobretudo nas maiores cidades para fora do país e até poderá ser compensada com a ida de jovens de cidades mais pequenas para essas metrópoles. No entanto, a concretizar-se o anseio destes 70%, 2011 e 2012 serão anos marcados pela grande fuga de massa jovem qualificada. A socióloga admite que o país não tem condições para travar esta tendência, mas a saída até pode ser benéfica a médio prazo, pois a representação portuguesa no contexto internacional poderá dar frutos: o regresso destes jovens ao país após essa experiência é positiva para Portugal, porque a rede de contactos estendida aos quatro cantos do mundo poderá, no limite, aumentar o volume de negócios nacional.
Desemprego aumenta insegurança Além de descontentes com o desemprego, os portugueses acreditam que o nível da insegurança nas cidades irá aumentar. Alguns comerciantes do centro de Lisboa estão preocupados com o aumento do número de assaltos. Filipe Vaz, 30 anos, empregado de balcão, garante que "Lisboa está a ficar mais perigosa". Carlos Correia, 56, está desempregado e pretende abandonar Lisboa devido à falta de segurança e à instabilidade social. Em contrapartida, os indicadores do Gabinete do Coordenador de Segurança Nacional dão conta de um decréscimo de 3% da criminalidade no primeiro semestre de 2010.
Além da segurança física, o jurista Costa Pereira, de 78 anos, recorda que Lisboa tem grandes falhas sobretudo ao nível da protecção civil. "As pessoas têm falta de formação cívica. O conhecimento mínimo da linguagem para falar com um surdo-mudo, por exemplo, e a distinção entre o lixo orgânico e lixo reciclável. Tudo isto faz parte da formação e da segurança cívica dos cidadãos", diz. Nas cidades mais pequenas, a preocupação com a segurança também é uma prioridade. Em Leiria, por exemplo, alguns dos habitantes ouvidos pelo i querem um reforço da segurança nos espaços de diversão nocturna.

In Jornal I

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Campanha Solidariedade da Elogia
Santa... Came Back!
1 mensagem=1 euro a reverter Projecto Terceira (C)Idade - Médicos do Mundo
www.sefeliz.org/pt

A Mrs. Claus sente-se mais sozinha que nunca e não quer passar mais um Natal sem o marido. A coisa está dificil pois Santa é viciado no seu trabalho... Mas no entanto podemos fazer algo! Fica solidário com ela e deixa umas palavras de apoio.
Por cada mensagem doaremos 1€ para ajudar as pessoas mais velhas que se sintam sozinhas nesta quadra.
1 mensagem=1 euro a reverter para o Projecto Terceira (C)Idade - Médicos do Mundo.

Obrigado!
Sabia que os REEE são constituídos maioritariamente por Ferro, Aço, Plástico, Cobre?!

Sabia que está definido como objectivo nacional de gestão de REEE, e para os particulares, a recolha selectiva de 4 kg/habitante/ano de REEE?!
Sabia que os REEE são constituídos maioritariamente por ferro, aço, plástico, cobre?!
Sabia que o tempo de vida útil, ou seja o tempo de utilização, de um equipamento eléctrico e electrónico (EEE) pode variar entre 1 ano e ser superior a 25 anos, dependendo obviamente do equipamento em questão e da utilização dada ao mesmo?!
Cabe-nos a nós, consumidores finais, fazer e marcar a diferença, actuar com responsabilidade, consumir de forma sustentável e fazer as melhores escolhas.
Cabe-nos a nós escolher os melhores equipamentos, mais eficientes e com tempo de vida útil mais alargados;
Cabe-nos a nós saber o que fazer com o EEE antigo que está “esquecido” na garagem ou arrecadação;
Cabe-nos a nós entregar os REEE em locais devidamente preparados para o efeito;
Cabe-nos a nós estar informados e saber que muitos REEE têm na sua constituição elementos perigosos que devem ser devidamente removidos e tratados, sob penalização de poderem ser elementos prejudiciais à saúde;
Cabe-nos a nós preservar o meio ambiente e as pessoas;
Cabe-nos a nós deixar o Planeta como o encontramos.

SEPARE OS REEE, participe na reciclagem!
OBRIGADO!... porque todos agradecem! Os REEE e as pessoas!

In Lipor e.News 36 (Dezembro 2010)

domingo, 26 de dezembro de 2010

As imagens da semana

Vinde os possuidores da pobreza
Os que não têm nome no século.
Vinde os homens da contemplação.
Vinde os que têm a língua mudada.
Vinde os forasteiros e vagabundos.
Vinde os homens descalços e os que têm
Os olhos cheios de espantos.
Jesus Cristo - Rei dos Reis
Os vossos pés quer lavar,
O filho do marceneiro
Não vos pode abandonar.

Jorge de Lima (1893-1953)

sábado, 25 de dezembro de 2010

As surpresas da semana

1 - Como um Vento na Floresta...

2 - Vultures in one of Africa’s most significant wildlife reserves are declining at an alarming rate according to a new study in Biological Conservation.

3 - País solidário. Portugueses ajudam mais, mas dão menos dinheiro.

4 - Passatempo Clinique Happy: no final, quem tiver enviado mais sorrisos recebe um perfume Clinique Happy. São 20 perfumes para oferecer (participa até 31 Dezembro 2010).

5 - Cachecol Kosmos: Deixe-se seduzir por Schachenmayr Kosmos, um fio de fantasia que lhe permitirá criar peças modernas de forma fácil e rápida. Se não é experiente na arte de tricotar este é o fio indicado para si pois facilmente criará um cachecol fantástico usando o ponto mais básico do tricot.

6 - Um cabide original!

7 - E que tal oferecer saquinhos de capuccino caseiro? Muito simples!

8 - Passatempo "A Loja Thalgo e o meu Natal": Temos um conjunto PRECIEUX - Olhos e Lábios para oferecer (participa até 31 Dezembro 2010).

9 - O enforcamento é o método de suicídio mais utilizado em 16 países europeus, incluindo Portugal, representando quase metade do total de casos, revela o estudo “Métodos de suicídio na Europa”, em que participou o psiquiatra português Ricardo Gusmão, da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. Embora comum entre ambos os sexos, a prevalência é mais acentuada nos homens.

10 - Gourmet para gatos: peça a sua amostra grátis.

11 - SOS Cabelos Frágeis.

12 - O nosso prato está cheio de resíduos químicos.

13 - Passatempo: a Worten oferece um iPad, a quem gravar os melhores vídeos sobre as suas boas acções do ano (participa até 31 Dezembro 2010).

14 - As letras vão pintando a folha branca e dão origem a palavras que encaixam umas nas outras criando contos e poemas. Tudo parece fácil nas mãos de Mafalda que, aos 10 anos, lança em Dezembro o seu segundo livro.

15 - Como sou vegetariana, esta é uma realidade: A cada ano que passa, sempre que a época natalícia se aproxima grande parte dos vegetarianos e veganos começa a entrar em pânico. Só quando nos tornamos veganos ou vegetarianos nos apercebemos que quase todos os alimentos presentes na ceia de Natal são derivados de animais.

16 - Parece uma delícia: Bolo de Azeite e Mel.

17 - Presépios Tradicionais da Nazaré (em exibição até 16 Janeiro 2011).

18 - Novas regras entram hoje em vigor na União Europeia para evitar o comércio de madeira extraída ilegalmente. No pacote de medidas estão sanções para os incumpridores.

19 - Passatempo: o VouSair oferece passagem aérea a Londres em classe turística, alojamento de 2 Noites para 3 pessoas em Hotel de 4 estrelas, em regime de pequeno-almoço e Seguro Multiviagens (participa até 5 Janeiro 2011).

20 - A caça furtiva aos rinocerontes deixou de lado as lanças e as espingardas e subiu de nível. Helicópteros, armas silenciosas, binóculos com infravermelhos e tranquilizantes são ameaças que tornaram 2010 um “ano desastroso” para aqueles animais ameaçados de extinção, alerta a WWF.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O homem

"Era uma tarde do fim de novembro, já sem nenhum outono.
A cidade erguia as suas paredes de pedras escuras. O céu estava alto, desolado, cor de frio. Os homens caminhavam empurrando-se uns aos outros nos passeios. Os carros passavam depressa. Deviam ser quatro horas da tarde de um dia sem sol nem chuva.
Havia muita gente na rua naquele dia. Eu caminhava no passeio, depressa. A certa altura encontrei-me atrás de um homem muito pobremente vestido que levava ao colo uma criança loira, uma daquelas crianças cuja beleza quase não se pode descrever. É a beleza de uma madrugada de verão, a beleza de uma rosa, a beleza do orvalho, unidas à incrível beleza de uma inocência humana. Instintivamente o meu olhar ficou um momento preso na cara da criança. Mas o homem caminhava muito devagar e eu, levada pelo movimento da cidade, passei à sua frente. Mas ao passar voltei a cabeça para trás para ver mais uma vez a criança.
Foi então que vi o homem. Imediatamente parei. Era um homem extraordinariamente belo, que devia ter trinta anos e em cujo rosto estavam inscritos a miséria, o abandono, a solidão. O seu fato, que tendo perdido a cor tinha ficado verde, deixava adivinhar um corpo comido pela fome. O cabelo era castanho-claro, apartado ao meio, ligeiramente comprido. A barba por cortar há muitos dias crescia em ponta. Estreitamente esculpida pela pobreza, a cara mostrava o belo desenho dos ossos. Mas mais belos do que tudo eram os olhos, os olhos claros, luminosos de solidão e de doçura. No próprio instante em que eu o vi, o homem levantou a cabeça para o céu.
Como contar o seu gesto?
Era um céu alto, sem resposta, cor de frio. O homem levantou a cabeça no gesto de alguém que, tendo ultrapassado um limite, já nada tem para dar e se volta para fora procurando uma resposta: A sua cara escorria sofrimento. A sua expressão era simultaneamente resignação, espanto e pergunta. Caminhava lentamente, muito lentamente, do lado de dentro do passeio, rente ao muro. Caminhava muito direito, como se todo o corpo estivesse erguido na pergunta. Com a cabeça levantada, olhava o céu. Mas o céu eram planícies e planícies de silêncio.
Tudo isto se passou num momento e, por isso, eu, que me lembro nitidamente do fato do homem, da sua cara, do seu olhar e dos seus gestos, não consigo rever com clareza o que se passou dentro de mim. Foi como se tivesse ficado vazia olhando o homem.
A multidão não parava de passar. Era o centro do centro da cidade. O homem estava sozinho, sozinho. Rios de gente passavam sem o ver.
Só eu tinha parado, mas inutilmente. O homem não me olhava. Quis fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Era como se a sua solidão estivesse para além de todos os meus gestos, como se ela o envolvesse e o separasse de mim e fosse tarde de mais para qualquer palavra e já nada tivesse remédio. Era como se eu tivesse as mãos atadas. Assim às vezes nos sonhos queremos agir e não podemos.
O homem caminhava muito devagar. Eu estava parada no meio do passeio, contra o sentido da multidão.
Sentia a cidade empurrar-me e separar-me do homem. Ninguém o via caminhando lentamente, tão lentamente, com a cabeça erguida e com uma criança nos braços rente ao muro de pedra fria. Agora eu penso no que podia ter feito. Era preciso ter decidido depressa. Mas eu tinha a alma e as mãos pesadas de indecisão. Não via bem. Só sabia hesitar e duvidar. Por isso estava ali parada, impotente, no meio do passeio. A cidade empurrava-me e um relógio bateu horas.
Lembrei-me de que tinha alguém à minha espera e que estava atrasada. As pessoas que não viam o homem começavam a ver-me a mim. Era impossível continuar parada.
Então, como o nadador que é apanhado numa cor­rente desiste de lutar e se deixa ir com a água, assim eu deixei de me opor ao movimento da cidade e me deixei levar pela onda de gente para longe do homem.
Mas enquanto seguia no passeio rodeada de ombros e cabeças, a imagem do homem continuava suspensa nos meus olhos. E nasceu em mim a sensação confusa de que nele havia alguma coisa ou alguém que eu reconhecia.
Rapidamente evoquei todos os lugares onde eu tinha vivido. Desenrolei para trás o filme do tempo. As imagens passaram oscilantes, um pouco trémulas e rápidas. Mas não encontrei nada. E tentei reunir e rever todas as memórias de quadros, de livros, de fotografias. Mas a imagem do homem continuava sozinha: a cabeça levantada que olhava o céu com uma expressão de infinita solidão, de abandono e de pergunta.
E do fundo da memória, trazidas pela imagem, mui­to devagar, uma por uma, inconfundíveis, apareceram as palavras:
- Pai, Pai, por que me abandonaste?
Então compreendi por que é que o homem que eu deixara para trás não era um estranho. A sua imagem era exatamente igual à outra imagem que se formara no meu espírito quando eu li:
- Pai, Pai, por que me abandonaste?
Era aquela a posição da cabeça, era aquele o olhar, era aquele o sofrimento, era aquele o abandono, aquela a solidão.
Para além da dureza e das traições dos homens, para além da agonia da carne, começa a prova do último suplício: o silêncio de Deus.
E os céus parecem desertos e vazios sobre as cidades escuras.

Voltei para trás. Subi contra a corrente o rio da multidão. Temi tê-lo perdido. Havia gente, gente, ombros, cabeças, ombros. Mas de repente vi-o.
Tinha parado, mas continuava a segurar a criança e a olhar o céu.
Corri, empurrando quase as pessoas. Estava já a dois passos dele. Mas nesse momento, exatamente, o homem caiu no chão. Da sua boca corria um rio de sangue e nos seus olhos havia ainda a mesma expressão de infinita paciência.
A criança caíra com ele e chorava no meio do passeio, escondendo a cara na saia do seu vestido manchado de sangue.
Então a multidão parou e formou um círculo à volta do homem. Ombros mais fortes do que os meus empurram­me para trás. Eu estava do lado de fora do círculo. Tentei atravessá-lo, mas não consegui. As pessoas apertadas umas contra as outras eram como um único corpo fechado. À minha frente estavam homens mais altos do que eu que me impediam de ver. Quis espreitar, pedi licença, tentei empurrar, mas ninguém me deixou passar. Ouvi lamentações, ordens, apitos. Depois veio uma ambulância. Quando o círculo se abriu, o homem e a criança tinham desaparecido.
Então a multidão dispersou-se e eu fiquei no meio do passeio, caminhando para a frente, levada pelo movimento da cidade.

Muitos anos passaram. O homem certamente morreu. Mas continua ao nosso lado. Pelas ruas."

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sons

U2 - With Or Without You

Os maiores!
Nações Unidas salientam papel da mulher na recuperação de conflitos e catástrofes

As mulheres adquirem mais capacidade para recuperar de um conflito ou de uma catástrofe e podem dirigir os esforços de reconstrução quando têm acesso aos mesmos direitos e oportunidades que os homens.
Esta é uma das conclusões do mais recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), de acordo com uma nota de imprensa divulgada pelo Gabinete do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
O documento defende que, após as guerras ou calamidades, os governos devem dar às mulheres e homens a oportunidade de viverem em condições de igualdade.
O texto é lançado 10 anos após a adopção de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que visava combater a violência contra as mulheres em conflitos armados, reafirmando o seu papel na prevenção e resolução das hostilidades.
O relatório, intitulado “Do conflito e da crise à renovação: as gerações da mudança” foi apresentado esta manhã em Lisboa, no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na sessão intervieram o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, e Tiago Soares, em representação da Secretária de Estado da Igualdade, além de outras personalidades, como Catarina Furtado, Embaixadora de Boa Vontade da UNFPA.

In Agência Ecclesia

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Presépio somos nós

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno

José Tolentino Mendonça
In Agência Ecclesia
Cinema
O Mágico
Título original: L'illusionniste
De: Sylvain Chomet
Argumento: Sylvain Chomet, Jacques Tati
Com: Jean-Claude Donda (voz), Eilidh Rankin (voz)
Género: Animação, Comédia, Drama
Estúdios: Pathé / FRA/GB, 2010, Cores, 79 min
.
Site oficial: www.castellolopesmultimedia.com/omagico


Se até aos anos 50 o "music hall" tinha um enorme peso no mundo do espectáculo, a partir dos finais dessa década, especialmente com a aparição do rock e das super estrelas da música, o interesse do público começa a mudar de direcção. E é assim que o nosso mágico percebe que a sua actividade como ilusionista está em perigo e que, se nada fizer contra isso, cairá na miséria como tantos outros artistas de renome. Por esse motivo abandona os grandes salões de Paris e segue o seu rumo em direcção à Escócia onde encontra Alice, uma rapariga muito especial que mudará toda a sua forma de viver.
Um filme de animação realizado por Sylvain Chomet ("Belleville Rendez-Vous" nomeado para Óscar em 2004) a partir de um argumento original de Jacques Tati, escrito em 1956 em forma de uma carta a Helga Marie-Jeanne Schiel, sua filha bastarda. Nomeado para melhor filme de animação para os Globos de Ouro na edição de 2011 (cuja cerimónia decorrerá a 16 de Janeiro).

In Cinecartaz Público

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Be nice to yu turkeys dis christmas

Be nice to yu turkeys dis christmas
Cos' turkeys just wanna hav fun
Turkeys are cool, turkeys are wicked
An every turkey has a Mum.
Be nice to yu turkeys dis christmas,
Don't eat it, keep it alive,
It could be yu mate, an not on your plate
Say, Yo! Turkey I'm on your side.

I got lots of friends who are turkeys
An all of dem fear christmas time,
Dey wanna enjoy it, dey say humans destroyed it
An humans are out of dere mind,
Yeah, I got lots of friends who are turkeys
Dey all hav a right to a life,
Not to be caged up an genetically made up
By any farmer an his wife.

Turkeys just wanna play reggae
Turkeys just wanna hip-hop
Can yu imagine a nice young turkey saying,
'I cannot wait for de chop',
Turkeys like getting presents, dey wanna watch christmas TV,
Turkeys hav brains an turkeys feel pain
In many ways like yu an me.

I once knew a turkey called........ Turkey
He said "Benji explain to me please,
Who put de turkey in christmas
An what happens to christmas trees?",
I said "I am not too sure turkey
But it's nothing to do wid Christ Mass
Humans get greedy an waste more dan need be
An business men mek loadsa cash'.

Be nice to yu turkey dis christmas
Invite dem indoors fe sum greens
Let dem eat cake an let dem partake
In a plate of organic grown beans,
Be nice to yu turkey dis christmas
An spare dem de cut of de knife,
Join Turkeys United an dey'll be delighted
An yu will mek new friends 'FOR LIFE'.

Benjamin Zephaniah
500 planetas em 15 anos. Já não estamos sozinhos no universo
A Terra será única? Há mais vida? Será essa vida inteligente? 2010 bate recorde na descoberta de planetas extra-solares. Astrónomo do Vaticano diz que só procurar já vale a pena

A coincidência devia ser investigada pela física, não fossem talvez os quatro meses de atraso. Em Julho celebraram-se os 15 anos da descoberta do primeiro planeta fora do sistema solar - o 51 Pegasi b, a 50 anos-luz da Terra. Esta semana, o catálogo de exoplanetas ultrapassou a barreira psicológica das cinco centenas (a última actualização em exoplanet.eu, ontem, contava já 504). Para os próximos meses, e sobretudo quando chegarem os resultados completos da sonda Kepler, que desde o ano passado está a investigar 126 mil potenciais "sóis" na Via Láctea, os astrónomos prevêem um aumento exponencial dos mundos conhecidos. Com eles, aumenta também a probabilidade de encontrar vida.
Antes da descoberta do 51 Pegasi b a existência de planetas fora do sistema solar era mais verdade na ficção científica do que na própria teoria de formação planetária. Michel Mayor, o astrónomo sedeado em Genebra, que publicou as primeiras medições na "Science", lembra que os resultados vieram contradizer o conhecimento da altura. "A teoria previa que estes gigantes gasosos teriam órbitas de dez anos. O 51 Pegasi b e outros que vieram depois levaram a uma enorme revisão na física dos sistemas planetários." No final de 2004 tiveram as primeiras pistas do planeta no observatório de Haute-Provence, mas decidiram esperar mais um ano para confirmar a descoberta, em Julho de 1995.
Nuno Santos, do centro de astrofísica da Universidade do Porto, começou a trabalhar nesta área na recta final dos anos 90. Em conjunto com o especialista do Observatório de Genebra, e ainda durante o doutoramento, o primeiro planeta que ajudou a detectar foi baptizado de HD 192263 b, com o tamanho de Júpiter. "Na altura seriam conhecidos uns 20. Achávamos que iam aumentar mas era uma fase muito inicial, só conseguíamos observar gigantes gasosos quando sabíamos que este tipo de planetas são uma minoria no sistema solar", diz. Apesar da teoria da formação apontar para uma imensidão de planetas, reinava algum cepticismo. "Havia poucas observações, tínhamos de ver para crer."
Com um catálogo razoável de planetas extra-solares, começam a sair os primeiros trabalhos sobre a demografia dos sistemas. B. Scott Gaudi, professor de astronomia da Universidade de Ohio, revelou no início do ano que apenas 10% dos sistemas planetários no universo serão como o solar. "É impressionante a rapidez com que este campo se desenvolveu", comenta. "Lembro-me de quando só sabíamos de um método capaz de detectar planetas, o método Doppler, e cada planeta era precioso." No início, sabia os nomes de muitos planetas de cor, conseguia dizer as propriedades de cada um. "Agora há até planetas pouco interessantes e a velocidade a que são anunciados é cada vez maior."
Ano recorde A um mês do final, 2010 já tem o recorde de novas descobertas. "Os planetas têm uma variedade impressionante de tipos, tamanhos, massas, órbitas e propriedades. A natureza é definitivamente muito mais inventiva do que nós", resume B. Scott Gaudi.
Johny Setiawan, do Instituto Max.Planck para a Astronomia - que este mês anunciou a descoberta do primeiro exoplaneta com origem noutra galáxia, engolida pela Via Láctea - vai mais longe: "A grande lição é que não estamos sozinhos no universo. Há muitos sistemas planetários, muitos parecidos com a Terra. Na tecnologia houve grandes melhorias mas no futuro teremos de melhorar as comunicações, se quisermos enviar sinais para os planetas parecidos com a Terra."
Está aí alguém? Todos acreditam que haverá vida, falta encontrá-la. "É um objectivo a longo prazo e muito difícil. Para já, iria precisar de uma nova geração de instrumentos, que só estarão disponíveis dentro de 15 a 20 anos", diz Christophe Lovis, que em conjunto com Michel Mayor e os portugueses Nuno Santos, Pedro Figueira e Alexandre Correia já terá contribuído para a história com 200 planetas (contas do chefe Michel Mayor).
Dos 504 catalogados, que incluem alguns ainda duvidosos como uma descoberta em 1989, nenhum parece poder albergar os primeiros vizinhos do homem, explica Nuno Santos. Além de terem de estar na chamada zona habitável, ou seja, à distância certa da sua estrela-mãe para poderem ter água no estado líquido - os únicos candidatos a preencher os requisitos são o Gliese 581c e outro anunciado em Agosto, no sistema planetário da estrela HD 10180, a 127 anos-luz da Terra - a superfície deve ser sólida e a atmosfera tem de ter a composição certa.
Se neste momento fosse descoberto um com as condições ideais, a tecnologia ainda não estaria à altura. "Nunca ficaríamos de braços atados. Acho que haverá uma grande mobilização, mas hoje não temos equipamentos que nos permitam dizer que numa atmosfera tão distante existe carbono e oxigénio", afirma Nuno Santos. Nas gavetas das missões espaciais há projectos para se partir à descoberta logo que haja um catálogo de planetas presumivelmente habitáveis, até ao momento em branco.
Seth Shostak, astrónomo do Instituto para a Procura de Vida Extraterrestre SETI, em São Francisco, está confiante. "Há muitos projectos à procura de vida no espaço. Acho que pelo menos uma dessas experiências trará algum resultado nos próximos 15 a 20 anos e sabermos então que aquilo que aconteceu na terra não é um milagre, mas um lugar-comum no cosmos." Jose Funes, o padre jesuíta e astrónomo do Vaticano que há dois anos aceitou a existência de vida fora da Terra, vê as oportunidades de reflexão para a humanidade. "Ainda há muitas questões em aberto: Será que a terra é única? Há vida lá fora? Será vida inteligente? Talvez nunca tenhamos resposta para todas estas perguntas, mas só o facto de a procurar permite conhecermo-nos melhor a nós próprios."

In Jornal I

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sons

3 Doors Down - Landing In London (All I Think About Is You)

Gosto!
História do Bolo-Rei, brindes e favas - post repetido
do livro Cozinha Tradicional Portuguesa
da Editoral Verbo

"De onde vem este bolo que tem nome de rei e é hoje conhecido em todo o país, tendo-se tornado (quase) obrigatório em todas as mesas, entre o Natal e o dia de Reis?
Diga-se desde já que, apesar da popularidade de que goza entre nós, o bolo-rei tem origem francesa e para explicar tanto a fava como o brinde, teremos de recuar bastante no tempo, mas já lá vamos à história, que até tem pormenores bem interessantes.
Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu em Lisboa o bolo-rei foi a Confeitaria Nacional, certamente depois de 1869, como a seguir se verá.
A confeitaria foi fundada em 1829 por Baltasar Rodrigues Castanheiro e, quando abriu, tinha apenas duas portas para a rua da Betesga, que liga o Rossio à Praça da Figueira.
Alguns anos depois, foram feitas obras de ampliação e a casa ficou com quatro portas para a referida Rua da Betesga e outras quatro para a rua dos Correeiros.
Baltasar Rodrigues Castanheiro esteve à testa da casa durante quarenta anos. Quando morreu, em 1869, sucedeu-lhe seu filho, Baltasar Rodrigues Castanheiro Júnior, que logo nesse ano fez importantes melhoramentos, designadamente um elegante salão de chá no primeiro andar.
Deve-se-lhe também a introdução do bolo-rei, feito segundo uma receita que trouxe de paris.
Em Lisboa de Lés a Lés (vol. II, pág.140), Luís Pastor de Macedo recorda que no Dia de Reis, a Nacional fazia um "negócio de mão-cheia", o que se explica em poucas palavras: «É que ela fora a primeira onde o afamado bolo-rei se vendeu em Lisboa, bolo sempre ali feito por uma receita que Baltasar Castanheiro Júnior trouxera de Paris.»
O bolo era feito por um mestre confeiteiro, o Gregório, que também veio de Paris.
Por essa altura, durante a quadra natalícia, a Confeitaria Nacional oferecia aos Lisboetas «uma exposição de doces, de grandes construções de açúcar e amêndoa, de bolos de ovos de entre os quais se destacava uma afinidade de estonteantes e bojudas lampreias, de prodigiosas fantasias enconfeitadas e de tudo quanto de mais delicado e original a arte dos doces podia então produzir».
a pouco e pouco, a receita do bolo-rei generalizou-se.
Outras confeitarias de Lisboa passaram a fabricá-lo, o que deu origem a versões diversas, que de comum tinham apenas a fava.
No Porto, foi posto à venda pela primeira vez em 1890, por iniciativa da Confeitaria de Cascais, na Rua de Santo António/Rua 31 de Janeiro. Diz-se que este bolo-rei foi feito segundo receita que o proprietário daquela confeitaria, Francisco Júlio Cascais, trouxera de Paris.
Inicialmente, só era fabricado na véspera do Dia de Reis, mas a partir de 1920, a Confeitaria de cascais passou a ter bolo-rei quase todos os dias.
Na altura, já muitas confeitarias de Lisboa o vendiam.
A propósito, José Leite de Vasconcelos recorda este anúncio publicado no Diário de Notícias, em 10 de Janeiro de 1910: «Bolo-Rei- Vem de longa data a justa fama do delicioso Bolo-Rei da Confeitaria Primorosa, da R. de S.Paulo, 130 e 132, na verdade é um dos melhores que se fabricam em Lisboa.
Por isso têm sido numerosas as formadas, que se prolongam ainda por toda esta semana, visto ter uma extracção rápida essa tão fina especialidade.»

De bolo-rei a bolo Arriaga
Temos assim que o bolo-rei atravessou com êxito os reinados da Rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D.Luís, D.Carlos e D. Manuel II.
Com a República, houve alguns problemas que depressa foram ultrapassados.
Vieram depois sem novidade o Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano e a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Em boa verdade, os piores tempos para o bolo-rei foram os que se seguiram à proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910.
Meses depois, em 7 de Janeiro de 1911, o Diário de Notícias não fazia as coisas por menos: «O bolo-rei tende a decair ou desaparecer-Terá de ser substituído?»
Poderá parecer estranho, mas a proclamação da República pôs em risco e existência do bolo-rei, na altura já considerado tradicional.
Tudo por causa da palavra rei, «símbolo do poder supremo», dizia o Diário de Notícias, que numa lógica que hoje nos faz sorrir, acrescentava na sua notícia-comentário: «Ora, morto este símbolo, o bolo tinha de desaparecer ou tomar o expediente de se mascarar para evitar a guerra que lhe podia ser feita.»
Em face disto, que fizeram os industriais de confeitaria? Partindo do princípio de que o negócio é negócio e política é política, seguiram naturalmente a segunda via, ou seja, continuaram a fabricar o bolo-rei, mas sob outra designação.
Os menos imaginativos passaram a anunciar um bolo que dava pelo nome de ex-bolo-rei, mas a maioria preferiu chamar-lhe bolo de Natal e bolo de Ano Novo.
A designação de bolo nacional era talvez a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que introduziu o bolo-rei em Portugal e também para uma certa ideia relacionada com Portugal, o que fica sempre bem em períodos revolucionários.
Não contentes com nenhuma destas soluções os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente e até houve quem anunciasse...
bolo Arriaga! Não se sabe como reagiu o primeiro presidente da República, Manuel de Arriaga, mas convenhamos que a homenagem dos confeiteiros não foi a melhor.

O brinde e a fava
Já se disse que a receita do bolo-rei veio de Paris.
Isto parece hoje fora de dúvida, apesar das reticências de José Leite de Vasconcelos: O bolo-rei ou bolo das favas é de provável origem francesa.»
Acrescenta-se agora que o bolo-rei popularizado em Portugal no século passado não tem nada a ver com a «galette de rois» que era o bolo simbólico da Festa dos Reis na maior parte das províncias francesas a norte do rio Loire, nomeadamente na região de Paris, onde o bolo é uma rodela de massa folhada, recheada ou não de creme.
O «nosso» bolo-rei segue a receita utilizada a sul do Loire, um bolo em forma de coroa, feito de massa levedada (massa de pão).
Acrescenta-se, de qualquer modo, que ambos os bolos continham uma fava simbólica, que nem sempre era uma verdadeira fava, podendo ser um pequeno objecto de porcelana.
Referindo-se ao bolo-rei, leite de Vasconcelos acrescenta que ele tinha dentro uma moeda ou uma fava.
a moeda relacionava-se com o culto dos mortos.
Quanto à fava, já no século XVI, na Alsácia, se punha a hipótese de ela aludir ao banquete dos mortos, do mesmo modo que a moeda «dava» ao morto a possibilidade de comprar o direito de regressar.
Que se saiba nunca nenhum fez uso dessa possibilidade...
Feitas as contas e dando um salto no tempo, temos hoje que o bolo-rei inclui um brinde e uma fava.
O brinde é um pequeno objecto metálico sem outro valor que não seja o de símbolo, e mesmo assim pouco evidente para a maioria das pessoas.
A fava representa uma espécie de azar: quem ficar com ela tem que comprar outro bolo-rei.

Gâteau des Rois
Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava.
Diz-se que este costume teve origem num inocente jogo de crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei, tirando-o à sorte com favas.
O jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas para votar nas assembleias.
Como aquele jogo infantil era característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e ,depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.
A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece.
De qualquer modo, a festa de Reis começou muito cedo a ser celebrada na corte dos reis de França.
O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis.
Referem-se-lhe vários escritores, e Greuze celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.
Com a Revolução Francesa (1789), este bolo foi proibido.
Só que os confeiteiros tinham ali um bom negócio, e em vez de o eliminarem, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.
Em Portugal, depois da proclamação da República, não chegou a ser proibido, mas andou lá perto.
Com excepção desse mau período, a história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como ontem as confeitarias e pastelarias não se poupam a esforços na sua promoção."

In Gastronomias

domingo, 19 de dezembro de 2010

As imagens da semana


Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...

Florbela Espanca

sábado, 18 de dezembro de 2010

As surpresas da semana

1 - CNA reconhece que Espanha não disponibiliza informação sobre bacias hidrográficas.

2 - A Adega Mayor faz parte do grupo restrito de 35 adegas seleccionadas a nível mundial pelo MoMA (Museum of Modern Art) de São Francisco (EUA), para a exposição “How Wine became Modern”. Inaugurada a 19 de Novembro e aberta ao público até 17 de Abril, a mostra explora as mais recentes transformações visuais e físicas da cultura do vinho, oferecendo uma nova abordagem para o entendimento da contemporaneidade do mundo vinícola e o papel que a arquitectura, o design gráfico e industrial desempenham na sua evolução. Incluída entre 35 projectos especiais de arquitectura e vinho no mundo, a adega portuguesa desenhada por Siza Vieira coloca desta forma, o Alentejo e Portugal no mapa da modernidade a nível mundial.

3 - Passatempo SAPO "Crowne Plaza Vilamoura": oferecemos uma estadia da noite de 31 para 1 de Janeiro e o jantar de passagem de ano para duas pessoas no Crowne Plaza Vilamoura (participa até 26 Dezembro 2010).

4 - Veículos eléctricos: Claro que a opção por um veículo eléctrico não pode ser para todos: há questões de autonomia (cerca de 100 km), o tempo da recarga (cerca de seis horas), o preço (alto em comparação com os carros a gasolina) e a dificuldade para as pessoas que não têm garagem própria (ou semelhante), para o deixarem à carga durante a noite, por exemplo. A rede de postos de carregamento pública vai ser muito prática. mas ainda é escassa, e a questão psicológica da autonomia também conta. Os carros eléctricos vão ser um dos caminhos, mas por enquanto muito estreito.

5 - SPEA procura voluntário para Serviço Voluntário Europeu. No âmbito do programa Youth In Action / Serviço Voluntário Europeu da Comissão Europeia, a SPEA desenvolve, em parceria com a associação Rota Jovem, o projecto «Communicating Birds IV». Pretendemos assim receber um voluntário, entre 31 de Maio e 30 de Novembro de 2011, que terá como principal tarefa o apoio à organização do VII Congresso de Ornitologia da SPEA & I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia (Madeira, 29-31 Outubro 2011). As candidaturas estão abertas até 9 de Janeiro de 2011.

6 - Passatempo: a Portugal Dream Coast e a José Maria da Fonseca juntam-se para oferecer uma visita Guiada às Adegas José Maria da Fonseca com prova de Vinho e Queijo para duas pessoas, com oferta duma garrafa de Moscatel de Setúbal (participa até 24 Dezembro 2010).

7 - Museu de Penafiel eleito o melhor Museu Português.

8 - Lisboa: Arcádia abriu loja na Avenida de Roma.

9 - Acrescente um ar natalício ao seu serviço de café com alguns berloques de crochet com o brilho das linhas metalizadas. Este é um modelo rápido e fácil de executar mesmo para as principiantes nas artes dos lavores.

10 - Passatempo Oceanário: o Vasco tem para oferecer prémios aos três melhores desenhos (crianças entre os 4 e os 12 anos, com o apoio e conhecimento dos pais). Participa até 31 Dezembro 2010.

11 - Sogrape: envia um e-card de Boas Festas!

12 - Imaginar comida pode ajudar a emagrecer. Estudo na «Science» sugere que uma ideia repetitiva de um alimento já traz satisfação.

13 - Passatempo Ultimate Beauty/Dove Visible Care: ganhe 30 kits compostos por duas embalagens de gel de banho e uma garrafa de água ecológica (participa até 27 Dezembro 2010).

14 - Como poupar água.

15 - Uma vez por ano a Victoria's Secret chama à Terra os anjos mais sensuais para desfilar as suas colecções de lingerie. Desta vez quem dividiu o palco com as modelos foram os cantores Katy Perry e Akon. Cor, música, movimento e as modelos mais cobiçadas do momento atraíram a Nova Iorque fãs e celebridades. Este desfile já foi no início do mês de Novembro, mas teve direito a ser transmitido na televisão pela CBS no passado dia 30. Mais do que um desfile, estas apresentações são um espectáculo para toda a gente.

16 - George Michael regrava canção de Natal.

17 - Passatempo aeiou: ganhe um fim-de-semana de sonho no Suites Alba Resort & Spa! Para este mês de Dezembro, o desafio é escrever um texto e enviar fotografias (originais) que descrevam os desejos e expectativas relativamente ao novo ano de 2011 (participa até 29 Dezembro 2010).

18 - Parece ser uma delícia: Bolo Inglês.

19 - Spoony needs your vote! BirdLife’s work to save two key resting and feeding sites in China, used by one of the world’s oddest and most appealing waterbirds is to receive support from Disney’s Friends for Change initiative.

20 - Passatempo: o Club Seat está a oferecer um automóvel SEAT Ibiza Good Stuff!

21 - Coldplay's brand new Christmas song, Christmas Lights, has just been released to digital stores across the planet.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sons

Seal - I've Been Loving You Too Long

O melhor dos melhores!
Letras

O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!

Pe. José Tolentino Mendonça
Natal Animal
Proteja a Saúde e Segurança do seu Animal de Estimação

O Natal e o Ano Novo podem ser perigosos para um cão ou um gato, e os perigos escondem-se até nas coisas que parecem ser as mais inofensivas. Desde a cozinha à sala, a quadra das festas é uma armadilha que pode ser fatal para o seu animal.
Nesta época tenha um cuidado redobrado e aumente a vigilância de animais e crianças, tendo o cuidado de eliminar todas as coisas que podem representar um perigo, desde os enfeites da árvore de Natal até à ameaça das guloseimas espalhadas sobre as mesas.
Pode parecer inofensivo, mas é extremamente perigoso deixar um gato ou um cão brincar com fitas de Natal, laços de prendas e qualquer tipo de fios ou elásticos. Ao serem engolidas, as fitas e cordéis muito provavelmente vão provocar obstruções graves, podendo mesmo ficar enrolados ao redor de órgãos como o estômago e os intestinos. Regra geral, são situações que obrigam a intervenção cirúrgica e que, se não forem detectadas atempadamente podem constituir um risco de vida para o animal.
As fitas das árvores e dos próprios presentes ser podem ingeridas ou ficar enroladas à volta do pescoço; as bolas e outros pendentes podem partir-se e ficar com arestas afiadas; as luzes podem ser mordidas; as plantas típicas desta época são geralmente venenosas, como o azevinho; os cinzeiros ficam com restos de cigarros e os copos com restos de bebidas alcoólicas, o que representa um risco grave de intoxicação.
Há coisas que para nós parecem inofensivas e que podem ser potencialmente fatais para um animal durante a época de Natal.
A poinsettia, vulgarmente chamada flor do Natal, é venenosa, tal como o azevinho. Mas também é preciso ter cuidado com pequenos objectos que podem sem engolidos por um gato ou cão e fazer engasgar ou sufocar, com fitas e fios que podem ser ingeridos, com sacos deixados abandonados e cujas alças se podem enrolar à volta do pescoço dos animais e com muita comida da época que é muito perigosa para os animais de companhia: o chocolate, as nozes em geral, as bebidas alcoólicas doces, a massa levedada crua, os ovos crus, os ossos que possam ser deixados abandonados numa bancada, o café e comida que tenha ganhado bolor, bem como as próprias agulhas dos pinheiros naturais que caem ao chão e podem ser engolidas por um gato ou cão.
Além de tudo, com muita gente a entrar em casa e portas esquecidas abertas, é sempre possível um animal fugir sem darmos conta. Por tudo isto, coloque o animal num quarto tranquilo enquanto aprecia a festa.

Natal Feliz e em segurança
São os desejos de toda a equipa do
Refúgio da Bicharada
Rua das Túlipas lote 44 – Lombos Sul – Carcavelos – 21 456 90 09

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Campanha Charcos com Vida
CIBIO-Div, Faculdade de Ciências, Gab n.º 289
Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto
E-Mail: geral@charcoscomvida.org
Telm.: (+351) 918 181 587
Telf.: (+351) 220 402 809
www.charcoscomvida.org

A Campanha “Charcos com Vida” pretende incentivar as entidades aderentes a descobrir, valorizar e investigar os charcos e a sua biodiversidade. Para tal, as entidades são convidadas a realizar um conjunto de actividades de exploração científica e pedagógica, que visam contribuir para o conhecimento da biodiversidade e importância destes habitats, bem como sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar e local para a preservação dos charcos enquanto reservatórios de biodiversidade e laboratórios vivos.
Esta campanha é direccionada para todas as escolas nacionais do ensino básico e secundário, sendo aberta à participação de outras entidades, como associações, câmaras municipais, centros de educação ambiental e particulares. Consoante a existência de charcos nas redondezas ou a disponibilidade de terrenos próprios com condições apropriadas, as entidades aderentes poderão adoptar um charco natural em áreas próximas ou construir um nas suas instalações, segundo as instruções fornecidas.

Compromissos
As entidades aderentes comprometem-se a assegurar a manutenção dos charcos e a realizar actividades regulares de exploração pedagógica e de seguimento do charco, adaptadas aos diferentes anos lectivos, incluindo por exemplo:

• Localização e inventário de charcos da região;
• Identificação e monitorização da fauna e da flora associada ao charco;
• Observação da vida microscópica e seguimento de diferentes ciclos de vida;
• Avaliação da qualidade da água e experiências laboratoriais de carácter prático sobre o impacto de poluentes sobre a biodiversidade;
• Actividades e jogos pedagógicos para explorar de forma lúdica a biodiversidade destes habitats e a importância da sua conservação;
• Apresentação do charco e da sua biodiversidade à comunidade escolar e às populações locais.

Todas as actividades, formulários e informação serão disponibilizadas nas diferentes áreas deste site (ainda em fase de actualização, mas que se prevê concluir em breve), sendo prestado todo o apoio através dos contactos fornecidos ou, quando possível (nomeadamente na Área Metropolitana do Porto), de forma presencial.

O que é um charco?
Os charcos são massas de água parada ou de corrente muito reduzida, de carácter permanente ou temporário, de tamanho superior a uma poça (pequena massa de água efémera, que normalmente é possível atravessar com um só passo) e inferior a um lago (massa de água com mais de 1 hectare (ha.) de superfície e uma profundidade que permite a sua estratificação). A duração dos charcos pode ser muito variável consoante o clima e a geologia do local, mas para os objectivos deste projecto considera-se que deverão ter uma duração mínima de quatro meses.
Não existe uma definição universal sobre o termo charco, uma vez que em cada país, e mesmo dentro do mesmo país, as definições podem variar (por exemplo, no Reino Unido consideram-se como charcos massas de água até 2 ha.).
Os charcos diferenciam-se dos lagos e das lagoas pela sua baixa profundidade, penetração total da luz na água, possibilidade de ocorrência de plantas em toda a sua área e ausência de estratificação da temperatura da água e de formação de ondas.
Os lagos são massas de água de dimensões muito maiores e permanentes. Actualmente, não se formam lagos novos, dado que, os lagos existentes hoje em dia foram formados por fenómenos geológicos que ocorreram há muito tempo atrás.
Os charcos podem ser formados através de processos naturais, geológicos ou ecológicos, ou, mais vulgarmente, como resultado de actividades humanas, intencionais ou não. Estas depressões no terreno formam charcos quando conseguem reter uma quantidade suficiente de água da chuva ou proveniente de lençóis freáticos próximos da superfície.
Muitas plantas e animais evoluíram desde há milhões de anos no sentido de se adaptarem às condições de sobrevivência particulares dos charcos, sendo actualmente dependentes deste tipo de habitat para a sua sobrevivência.
Os charcos são ecossistemas frágeis e instáveis, uma vez que, devido às suas reduzidas dimensões e volume de água, pequenas alterações do meio ou do regime de chuvas podem originar grandes flutuações ou mudanças ecológicas.
Os charcos podem apresentar níveis de biodiversidade muito superiores quando comparados com grandes massas de água, como lagos e lagoas, podendo mesmo considerar-se hotspots de biodiversidade em termos locais.
Globalmente existem aproximadamente 300 milhões de massas de água de dimensões até 10 hectares, contra cerca de 5 milhões de lagos.
Os Charcos Temporários Mediterrânicos são charcos de regiões quentes, nos quais existe uma alternância anual entre uma fase seca (nos meses mais áridos) e uma fase inundada (nos meses com maior pluviosidade).
As comunidades biológicas destes habitats desenvolveram estratégias adaptativas extremas à alternância entre períodos secos e alagados, tais como formas de resistência à seca ou a capacidade eficaz de migração para outros locais. Como resultado, as espécies presentes apresentam características únicas e são frequentemente raras ou exclusivas destes meios.
Por exemplo, a vegetação colonizadora de charcos temporários mediterrânicos tem uma composição florística muito particular, dominada principalmente por plantas anuais e herbáceas perenes que aparecem durante o Inverno e Primavera e que produzem um grande número de sementes que sobrevive aos períodos de seca. Muitas espécies de micro e macro-crustários produzem ovos de dormência com uma casca dura capaz de resistir no fundo do charco seco durante todo o Verão.
Devido à sua fragilidade, singularidade e riqueza ecológica, os charcos temporários mediterrânicos estão inscritos no Anexo I da Directiva Habitats como habitats prioritários em termos de conservação (habitat 3170), o que proíbe por lei a sua destruição e exige a designação de Zonas Especiais de Conservação (ZEC) para garantir a sua preservação. Apesar disso, a realidade mostra uma regressão generalizada destes habitats em toda a bacia mediterrânica.

Importância dos Charcos
O valor dos charcos é frequentemente desconhecido ou até depreciado pela população em geral, mas na verdade apresentam uma importância ecológica e funções ambientais muito relevantes.
Biodiversidade - Alguns estudos mostram que o conjunto de charcos do planeta alberga mais biodiversidade do que os rios e lagos, bem como um maior número de espécies raras e ameaçadas. Muitas plantas aquáticas e animais (como anfíbios e macro-invertebrados) estão totalmente dependentes destes habitats para sobreviver ou reproduzir-se. Ao nível microscópico, inúmeras espécies de zoo e fitoplâncton ocorrem exclusivamente em charcos. Estas massas de água proporcionam também alimento e refúgio para numerosas espécies terrestres.
Reserva de água doce - Os milhões de charcos com menos de 10 hectares do mundo inteiro representam 30% da superfície mundial de água doce, constituindo um excelente instrumento na gestão da água ao nível local.
Sumidouro de carbono - Os charcos recolhem e armazenam largas quantidades de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ajudando a regular o clima. Estudos recentes sugerem que, devido ao seu alto número e produtividade primária, os charcos a nível mundial podem armazenar tanto carbono com os oceanos.
Produtividade primária - Os charcos apresentam uma elevada produtividade primária (quantidade de matéria orgânica produzida pelas algas e plantas a partir da energia solar), constituindo meios muito importantes de entrada e transferência de energia para os níveis tróficos superiores e os ecossistemas circundantes.
Serviços ambientais - Os charcos têm importantes funções ambientais, como a amenização do efeito de cheias, a manutenção da humidade do solo em períodos secos, a purificação da água e o abastecimento dos aquíferos subterrâneos. Além disso, têm um papel importante ao nível da produção de oxigénio (fotossíntese das algas e plantas aquáticas), do ciclo de nutrientes, e da formação do solo.
Agricultura - Nos sistemas agro-pecuários tradicionais, os charcos têm funções importantes como bebedouros para o gado e associados a sistemas de rega.
Controlo de pragas - Algumas espécies que ocorrem em charcos, como os anfíbios e libélulas, ajudam a controlar pragas agrícolas ou insectos vectores de doenças.
Valor paisagístico - Os charcos e lagoas têm um importante valor estético e paisagístico, criando espelhos de água, que constituem espaços de contemplação e constituem elementos imprescindíveis nos parques e jardins modernos.
Valor educativo - Os charcos são importantes recursos educativos e no contexto do eco-turismo, pois permitem a realização de numerosas actividades de carácter lúdico-científico, como a observação de aves, anfíbios e outros animais, etc.
Valor científico - Os charcos são locais de estudo de excelência para numerosas áreas da ciência, como a biologia, geologia e hidrologia. Além da biodiversidade dos charcos e sua ecologia, dos ciclos de nutrientes, etc., também os sedimentos dos charcos podem fornecer informações importantes sobre a história do meio ambiente (registo de pólen e reconstituição do clima dos últimos séculos ou até milénios, vestígios arqueológicos, etc.)

Degradação e destruição de charcos

A degradação e destruição física das zonas húmidas estão associadas a alterações do uso dos solos, devido à expansão de áreas urbanizadas, plantações florestais exóticas (eucaliptais), agricultura intensiva, barragens, vias de comunicação e outras infra-estruturas. O abandono da agricultura tradicional tem igualmente levado ao desaparecimento de inúmeros charcos e tanques associados a este modo de produção.
A drenagem de zonas húmidas para fins agrícolas ou florestais tem igualmente impactos significativos sobre a sua biodiversidade, podendo levar à perda ou degradação de charcos e terrenos alagados.
A perda física de charcos tem consequências graves para a biodiversidade. A redução do número de charcos na paisagem tem também como consequências a fragmentação e o aumento da distância entre as massas de água existentes, dificultando a capacidade de dispersão e de colonização dos organismos.
Poluição - Os charcos são particularmente vulneráveis aos vários tipos de poluição, devido ao baixo volume de água que conseguem armazenar, resultando numa reduzida capacidade para diluir os poluentes.
A principal fonte de poluição química destes habitats provém de agro-químicos utilizados na agricultura. Os adubos sintéticos, pesticidas e herbicidas chegam aos charcos por escorrência da água da chuva ou de rega, contaminando os solos, água superficial e aquíferos. O aumento da concentração de nutrientes, como fosfatos e nitratos, altera toda a dinâmica ecológica das massas de água, levando à sua eutrofização, resultando na proliferação de microalgas e redução da restante biodiversidade, incluindo plantas macrófitas, zooplâncton, macro-invertebrados e anfíbios. Os agro-químicos possuem também uma elevada toxicidade, podendo originar fenómenos de mortalidade massiva ou malformações em espécies mais sensíveis, nomeadamente de anfíbios.
A poluição orgânica causada por descargas de efluentes pecuários ou domésticos degradam a qualidade da água, levando a uma redução do oxigénio dissolvido e aumento da turbidez da água. A elevada concentração de microrganismos pode também representar um potencial risco para a saúde pública.
A deposição ilegal de resíduos sólidos e a colmatação dos charcos com lixo é outra ameaça frequente. A deposição de lixo em locais não autorizados, além de ser ilegal e sujeito ao pagamento de coima, provoca impactos sobre a biodiversidade, estética da paisagem e segurança.
Espécies exóticas - A introdução de animais e vegetais exóticos em charcos ou outras massas de água causa frequentemente impactos importantes na biodiversidade nativa (autóctone). Os impactos da introdução de qualquer espécie de peixe ou de animais exóticos, como o lagostim-vermelho-da-Louisiana, a tartaruga-da-Flórida e incluem a predação, a competição pelo alimento ou local de reprodução e a introdução de doenças. Algumas plantas exóticas invasivas, como o jacinto-de-água e a azola, ocupam toda a superfície de água, impedindo a entrada de luz e diminuindo a quantidade de oxigénio na água.
Práticas de gestão incorrectas - Algumas práticas de gestão incorrecta acarretam impactos importantes na biodiversidade das massas de água. Alguns dos erros mais comuns praticados nestas zonas húmidas incluem:
• A destruição da vegetação marginal e remoção de plantas aquáticas diminuem a biodiversidade vegetal e os locais de abrigo disponíveis para as espécies faunísticas que habitam nestes locais.
• A remoção de sedimentos através da dragagem com finalidade de limpar ou aprofundar o charco pode alterar a dinâmica do charco e a sua biodiversidade, destruir uma grande quantidade de organismos (plantas, sementes, invertebrados e suas formas de resistência, etc.) e promover a introdução de espécies exóticas.
• A introdução de espécies exóticas efectuada com fins estéticos ou para pesca é uma das piores ameaças para os charcos, devendo ser evitada a todo o custo.
Alterações climáticas - A alteração dos regimes de pluviosidade e o aumento da temperatura e dos períodos de seca podem levar a uma menor disponibilidade e duração da água (hidroperíodo) dos charcos. Tal facto apresenta consequências graves para a biodiversidade, levando nomeadamente à inviabilização da reprodução de diferentes espécies dos anfíbios e outros grupos. Além disso, a redução de profundidade de massas de água aumenta a exposição dos ovos e girinos dos anfíbios aos raios UV, podendo provocar mutações genéticas e deficiências do sistema imune, aumentando a sua mortalidade e vulnerabilidade a doenças.


In Charcos com Vida

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Aldeias de Crianças SOS
Muitas crianças, precisam de muitos amigos. Ligue-se!
Chamada 760 501 503 (0,60 eur+IVA)
www.aldeias-sos.org

Museu de Arte Popular: reabriu para contar a sua história e a nossa
Foi o Pavilhão do Mundo Português no Estado Novo, esteve para ser demolido, mas cinco mil assinaturas deram-lhe nova vida. Para ver a partir de segunda-feira

Cinco mil foi o número de assinaturas necessário para forçar a abertura das portas deste museu. Nasceu em 1940 pelas mãos da ditadura, com o nome de Pavilhão do Mundo Português. Era suposto ser uma construção temporária mas resistiu ao longo dos tempos para se tornar no Museu de Arte Popular (MAP). Esteve fechado ao público durante anos e até sofreu a ameaça de demolição. Mas o MAP vai reabrir completamente remodelado no dia 13, cheio de histórias para contar sobre si mesmo e Portugal.
Lá dentro o cheiro é a tinta. Os trabalhadores continuam a pintar, colar e serrar para deixar o espaço pronto para o dia de abertura. Apesar do ambiente de construção, a parede da entrada com grandes figuras de homens que carregam e arranjam redes de pesca, não deixa enganar. O mapa de Portugal, à direita, dividido por regiões, confirma o propósito do espaço: contar a história do povo português.
"Construtores do MAP: Um museu em construção" é o nome da exposição que estará patente durante seis meses. O objectivo é contar a história do museu e dos que estiveram envolvidos na sua construção. "Explicar quem eram estes construtores, artistas, arquitectos, ideólogos. Todo o percurso desde o princípio do século XX, até ao modernismo português" explica Andreia Galvão, actual directora do Museu de Arte Popular.
As origens do actual museu remontam a 1940, quando sob o regime salazarista foi construído o Pavilhão do Mundo Português. O espaço pretendia mostrar a identidade do país, dentro e fora dos seus limites. Em 1948 foi baptizado pelo nome que guarda até aos dias de hoje.
Com graves problemas de estrutura, encerrou em 2006, por decisão da ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima que queria aí instalar o Museu da Língua Portuguesa. Entretanto muito burburinho se gerou à volta da instituição que reuniu cinco mil assinaturas a seu favor. Em 2009, a ministra da cultura, Gabriela Canavilhas anunciou que o Museu de Arte Popular renasceria.
"O museu está de pé e reabre com uma alavanca enorme do movimento cívico, por isso tem de ir ao encontro das pessoas" explica a directora. Andreia Galvão, arquitecta e professora, foi seleccionada num concurso público. Interessada neste período, a arquitecta acredita que esta é altura oportuna para um estudo científico e que antes "talvez não houvesse o distanciamento suficiente para fazer uma supra leitura". Andreia acrescenta, em tom de brincadeira, que "não se pode correr o risco, que é o que ninguém quer, de ser chamado fascista". Entre a história de arte e a antropologia, a exposição é como uma viagem ao passado: do museu, da arte e da história do país. O espaço reúne entre 14 e 15 mil peças, que entretanto foram depositadas no Museu Nacional de Etnologia.
Destacam-se as famosas miniaturas que, para a directora, são "um dos pontos âncora da colecção". Estes objectos, que faziam parte da própria estratégia de comunicação do Estado Novo, apresentam "um Portugal amoroso, todo em pequenino", remata.
O nome do museu pode soar familiar à camada mais jovem. Foi o MAP que acolheu, em Novembro a última edição do Optimus Hype. Andreia Galvão confirma estas iniciativas são uma das formas de sustentabilidade dos museus e acrescenta que depois da reabertura "eventos com essa dimensão vão ser difíceis". Lado a lado com o museu, abrirá uma loja com produtos de artesanato.
Junto ao rio Tejo e à frente do CCB, este museu mostra outro tipo de arte: a regional. A directora rejeita a rivalidade com as formas de expressão contemporânea, declarando que "a arte não nasce do zero e todas as fontes de inspiração são válidas".

Maria Espírito Santo
In Jornal I

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Concerto de Natal
17 Dezembro 2010, 21h30
Igreja de Santa Isabel
Rua Saraiva de Carvalho, 2 - A
1250-243 Lisboa
Telefone: 21 393 30 70/96 332 76 77
Entrada: 4 € (adultos); 3 € (estudantes); 2 € (crianças)
Receitas revertem para o PAV - Ponto de Apoio à Vida
clique na imagem para ampliar
Frutos secos: Sabor da época
Eles são uma iguaria da época, base para muitas confecções culinárias de Natal. Eis os frutos secos.

Amêndoas, nozes, pinhões, amendoins, são apenas alguns dos mais procurados frutos secos. Eles são uma das melhores fontes de gorduras insaturadas e de sais minerais.
Contudo, há que ter especial cuidado na conservação destes alimentos, dado criarem facilmente bolores, extremamente prejudiciais à saúde.

Amêndoa
É o fruto da amendoeira, conhecendo-se, em Portugal, duas variedades: a amarga e a doce. A combinação desta última com ovos e açúcar em ponto constitui a base da maior parte dos doces regionais portugueses. São também utilizadas em pratos salgados. É altamente nutritiva, comprando-se facilmente durante todo o ano.
Valor calórico: Cada 100 g contém aproximadamente 630 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser conservadas em lugar fresco e seco. Com a idade, as amêndoas tem tendência para rançar pelo que se deve consumir as do próprio ano. Depois de descascada a amêndoa é muitas vezes pelada, para o que deve mergulhar-se em água a ferver. Escorrer-se imediatamente e ser pelada antes de arrefecer.
Proveniência no nosso país: Algarve e Trás-os-Montes.

Amendoim
É um fruto tropical extraordinariamente nutritivo, com uma enorme quantidade de gordura, proteínas e sais minerais. É muito utilizado na alimentação dos povos tropicais. Entre nós utiliza-se como aperitivo, depois de descascado e frito, ou grelhado com sal e pimenta, e também em confeitaria e pastelaria. Comem-se crus, tostados ou salgados.
Valor calórico: Cada 100 g contém 600 calorias.
Conservação e consumo: Utilize o óleo de amendoim no tempero das saladas. Ao comprar escolha amendoins de cor uniforme, sem manchas nem vestígios de bolor.
Proveniência no nosso país: Litoral Alentejano.

Avelã
Possui um extraordinário valor nutritivo. Pode ser consumida em cru, podendo ser utilizada em confeitaria e pastelaria finas. Encontra-se à venda com ou sem casca, inteira, picada ou torrada
Valor calórico: Cada 100 g contém 625 calorias.
Conservação e consumo: Não devem ser guardadas durante muito tempo, pois rançam com facilidade. Depois de se lhe retirar a casca, para a libertar da membrana que a envolve, a avelã deve ser ligeiramente torrada no forno, e depois esfregada com um pano.

Figo
Tanto os figos frescos quanto os secos são ricos em pectina, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir o colesterol no sangue. Apesar de ricos em calorias, os figos secos são altamente nutritivos.
Valor calórico: Cada 100 g contém 200 a 280 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardados em recipientes hermeticamente fechados, em local fresco e seco.
Proveniência no nosso país: Algarve.

Noz
Fruto bastante nutritivo, rico em vitamina C e potássio. Quando combinadas com leguminosas são boa fonte de proteína. Pode comer-se como fruto de sobremesa ou ser preparada em doce.
Valor calórico: Cada 100 g contém 680 calorias.
Conservação e consumo: Como rança facilmente recomenda-se a sua compra em pequenas quantidades.
Proveniência no nosso país: Centro litoral, Norte Alentejano e Algarve.

Pinhão
É o pequeno grão que se encontra na pinha proveniente do pinheiro. Obtêm-se depois de descascar as pinhas verdes ao sol ou em fornos, de forma a amadurecerem e abrirem. Pode ser consumido como aperitivo ou em preparações de confeitaria e doçaria.
Valor calórico: Cada 100 g contém 618 calorias.
Conservação e consumo: Depois de descascados, os pinhões devem ser guardados em lugar seco e fresco. Não deve ser conservado muito tempo pois tem tendência para rançar.

Passas
São obtidas através da secagem das uvas brancas ao sol, ou por desidratação mecânica. Existem diversas variedades: corinto doces e sem sementes, as de málaga, as moscatel e as sultanas.
Valor calórico: Cada 100 g contém 302 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardadas em recipientes herméticos, em locais frescos e secos.

Pistácio
Trata-se de uma noz verde-clara, coberta com uma pele avermelhada. É servido como aperitivo, mas também possui aplicações em gelados e sobremesas. Combina bem com a carne.
Valor calórico: Cada 100 g contém 594 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardados em local fresco e seco.

Tâmaras
As tâmaras são excelentes fontes de potássio, boa fonte de ferro e cálcio, e ricas em fibras. É uma das frutas mais doces. É originária do Médio Oriente. Pode ser consumida ao natural, usada em saladas, bolos e pudins.
Valor calórico: Cada 100 g contém 300 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardadas em local fresco e seco.

In Sabores SAPO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal Ambiental - Recomendações para um Natal mais Sustentável
Direcção Nacional da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

"Para o ajudar a contribuir para um Natal ambientalmente sustentável, a associação Quercus apresenta-lhe alguns conselhos simples que lhe permitirão usufruir de um Natal ambientalmente mais correcto e economicamente mais são.
Nos últimos anos a época do Natal tem-se tornado na época do consumo por excelência. Mais do que em qualquer outro período do ano, somos estimulados,influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar. Este consumo imediato e pouco reflectido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos (endividamento excessivo).
Para o ajudar a contribuir para um Natal ambiental, aqui ficam alguns conselhos simples que pode levar em conta.

Antes do Natal

- Pense bem sobre as prendas que vai oferecer e a quem; não ofereça só por oferecer e opte por produtos úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão; pense bem antes de comprar uma prenda, procure aconselhar-se com as pessoas que estão próximas da pessoa a quem a quer oferecer.
- Compre produtos duráveis e reparáveis: hoje em dia um dos principais problemas de muitos dos produtos que consumimos prende-se com a sua ideia de base de usar e deitar fora.
- Adquira produtos educativos: sempre que possível, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos, procure oferecer produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente.
- Se oferecer aos seus filhos brinquedos electrónicos adquira primeiro um recarregador de pilhas para que possam funcionar com pilhas recarregáveis que se tornam mais baratas do que as descartáveis e são mais amigas do ambiente.
- Procure produtos que não integrem na sua composição elementos perigosos.
- Escolha produtos menos complexos, que possuam menos materiais misturados pois estes são, habitualmente, mais fáceis de reciclar e reparar.
- Resista à publicidade enganosa que nos bombardeia diariamente com produtos e funções dos quais não temos qualquer necessidade, nem nunca vamos usar. O equipamento informático e especialmente os telemóveis são talvez os que melhor se enquadram nesta categoria de produtos. Mais importante do que pensar no modelo é pensar no uso que iremos dar a cada uma das funções tão publicitadas. E não se esqueça que muitos dos novos serviços surgem agora gratuitos, mas rapidamente passam a assumir preços proibitivos para as carteiras de muitos portugueses.
- Gaste apenas na medida das suas possibilidades: resista ao ataque cerrado das campanhas de crédito em que só começa a pagar mais tarde; nunca se esqueça é que mais cedo ou mais tarde vai ter mesmo que arranjar dinheiro para pagar. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável.
- Envie cartões de Natal por correio electrónico; é mais barato, não consome papel e não faz lixo. Se isso não for possível, seja mais criterioso no envio dos cartões e utilize sempre papel reciclado e envelopes reutilizados.
- Reutilize papéis de embrulho de anos anteriores ou pequenas caixas de outros produtos para acondicionar as prendas; aumenta a surpresa, diminui as despesas e o impacte ambiental das suas compras. Sempre que tal não for possível, adquira papel reciclado para fazer os seus embrulhos.
- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente, fica mais barato e sempre pode dispor de outras opiniões quando estiver indeciso.
- Adquira produtos nacionais, pois não só a qualidade não varia como o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos será menor.
- Para a ceia de Natal comece a habituar-se a substituir o bacalhau por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800/900 gr.). Se as dimensões mínimas fossem respeitadas não teríamos os problemas que hoje temos com a quase extinção do bacalhau.
- Consuma bebidas em embalagens reutilizáveis (com tara retornável). Não originam resíduos e ainda por cima são mais baratas.
- Não use na sua festa de Natal pratos ou copos descartáveis (em plástico ou cartão) nem guardanapos ou toalhas de papel. Não são agradáveis e dão origem a muito lixo.
- Tenha atenção à própria embalagem do produto; ainda que seja necessária, pode assumir um grande peso no preço final, pelo que evite ao máximo o excesso de embalagem e privilegie embalagens menos complexas (que misturem menos materiais - papel, plástico, metal) porque serão mais facilmente recicláveis.
- Adquira uma árvore de Natal sintética ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte. Neste último caso, informe-se na sua Câmara Municipal sobre a recolha das árvores após o Natal. Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal para que os possa reutilizar por muitos e longos anos.
- Pense naqueles que não têm possibilidade de oferecer prendas e mesmo de ter uma ceia de Natal; seja solidário com as várias campanhas que habitualmente se desenvolvem nesta época.

Após o Natal
-
Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões.
- Separe todas as embalagens - papel/cartão; plástico; metal - e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; é aqui que poderá verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu e aprenda com os seus erros.
- Mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenvolvendo ao longo do ano; procure a sua paróquia, junta de freguesia, associações de apoio ou os serviços de acção social do seu município sempre que tiver objectos, roupas, móveis, electrodomésticos em bom estado, mas dos quais já não necessita. O que para si pode ser um resíduo pode ser um bem muito útil para outra pessoa.

E lembre-se que nós não somos aquilo que consumimos, mas o nosso consumo diz muito sobre quem somos."

In Naturlink