quarta-feira, 6 de junho de 2007

Turismo rural
Muxima-Montes Ferreiros
Ajezur
Tel./Fax: 282995420
Tm.: 916012830 ou 917059969
www.muxima-montesferreiros.com

"No Muxima-Montes Ferreiros dormimos com pena de acabar, vontade de voltar, regresso quase marcado. Nas suas duas casas viajámos por destinos incomuns nos roteiros turísticos. Vida de campo e de mar a reservar já para as próximas férias grandes, ali ao lado de Aljezur e das praias Monte Clérigo, Amoreira e Arrifana, no melhor que a Costa Vicentina nos pode dar!

Muxima significa coração em Kimbundo, uma das principais línguas nativas de Angola. E que é também sinónimo de coração de mãe, de pai de um projecto, mais do que isso, de amigos do ambiente, de quem aparece, de uma força de estar, de fazer, juntar, de coragem para construir, reconstruir, persistir.
É palavra boa de dizer e de conhecer, vem de longe como tantos outros países distantes que desaguam neste turismo rural, mundo adaptado e destinado a juntar Portugal, Índia, Tailândia, Tunísia, México, Timor, Togo e Marrocos debaixo do mesmo tecto. Identidades tão próprias, tão étnicas nas suas diferenças, ao mesmo tempo tão culturalmente envolvidas entre si, e que marcam cada suite ou quarto dando-lhes o nome de locais desviados da rotas ditas turísticas.
Esteva, eucaliptos, sobreiros e até medronheiros juntam aromas que nos dão o melhor dos perfumes campestres, daqueles que vamos querer que a descendência vindoura sinta à primeira oportunidade. E que cresça sem ter medo de escaravelhos e bichos-de-conta, gafanhotos e louva-deus, da noite cá fora, de viver outras culturas e, sobretudo, de as experimentar!
No Muxima hão-de descobrir os chuveiros e as bicas marroquinos, os cestos de Timor, os pentes e os travessões africanos, panos tribais, esteiras de artesãos alentejanos, que se pode transformar em mesas portas e portadas que já perderem o seu uso, que os móveis dos bisavós com outra cara e pintalgados ficam o máximo, que as compotas caseiras são as melhores e que os bolos aos pequenos-almoços desta casa vêm de um forno de lenha!
Os exteriores são de um alentejanismo-algarvio puro e cru, imaculado, rigoroso: paredes brancas irregulares e caiadas, mourões largos e fortes como manda a sua função, portas e janelas e portadas de madeira quase tosca, a atipa aproveitada para o melhor dos isolamentos acústico e térmico, casas baixas, de um monte.
Lá dentro países de todo o mundo ditam tons e texturas: nas casas de banho chão e paredes afagadas coloridas por pigmentos quentes; em cima das camas imaculadas panos étnicos caem divinalmente sobre os édredons branquíssimos; o chão de madeira garante o conforto; e o tecto do mesmo material, esconso, lembra-nos mal abrimos os olhos pela manhã que acordamos no campo. E que campo, onde a fauna e flora genuínas nos poupam a floreados, sendo o que são e nada mais.
Das várias actividades e serviços disponíveis no Muxima, e de utilização gratuita, elegemos as bicicletas todo-o-terreno para percorrermos todos os trilhos ao longo dos seus 28 hectares de propriedade, o tiro com arco, o circuito de manutenção, o parque infantil "árvore das crianças" onde elas são mesmo felizes, o canil para que os nossos animais de estimação também possam ir de férias e a piscina biológica para os melhores mergulhos ao final do dia! E ainda ficámos a saber que, com marcação prévia, miúdos e graúdos podem aprender o melhor do surf. Mas o que mais gostámos de fazer em família, a repetir a qualquer altura do ano, foram os passeios pedestres nesta paisagem protegida ali mesmo pelos campos dos Montes Ferreiros onde nos cruzámos com um burrito amoroso, uma porquinha sociável e dois canitos (bem à moda dos dizeres alentejanos) realmente simpáticos, e pela beira-mar desta nossa Costa Vicentina de sempre."

In Revista Blue Living, n.º 44 - Abril 2007

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