Para ser sincero, há momentos em que a minha admiração converge toda para a impaciência. Por alguma razão, a mim misteriosa, nunca me pareceu um peso lidar com os impacientes (fossem os outros ou eu próprio). Facilmente se ativa o meu humor perante alguém que ferve em menos água do que aquela que tem um oceano. E, da mesma maneira que me comove a reverência verdadeira, admiro os irreverentes, aprendo com os que se empenham em contrariar indefinidas esperas, agradeço aos que sacodem a estabilidade preguiçosa dos nossos tiques, procuro balançar os motivos dos que dizem “não estou para isso”.
Contudo, acho que descubro sempre mais que a paciência é uma preciosa estação interior na qual todos precisamos maturar. Quando penso na paciência, ancoro muitas vezes na imagem da semente, no desprendimento e na lentidão da semente que aceita a escuridão da terra como condição para florescer. Tanto os que semeiam os campos, como os que depositam sementes nos corações, deveriam primeiro ter formado a alma na paciência. Pois a paciência, ao revelar o escondido processo de germinação da vida, também torna claro que é essa a única forma de cuidar bem dela, de a entender até ao fim, de acompanhá-la, passo a passo, com esperança.
É curiosa a etimologia da nossa palavra “paciência”. Deriva de “passio”, isto é, paixão, no sentido de coisa a suportar, a padecer ou no sentido de resistir. A paciência faz-nos mergulhar, como se vê, no âmago da vida. Deve, é claro, ser ensinada às crianças, mas é uma tarefa para ser levada a cabo por um coração adulto. A paciência pede que apreendamos a complexidade de que somos tecidos, que nos debrucemos sobre esta íntima narrativa tecida de esforço e de graça, de sede e de água, de noite e de riso. Não nos deixa esbracejar à tona do tempo, num simplismo atropelado e ofegante. A paciência pede e dá-nos tempo, dilatando as provisórias metas e juízos que equivocadamente erigimos em absolutos. Há uma harmonia secreta, há um suculento sabor que só colhe da vida aquele que abraça com confiança a demora, a lentidão e a espera. São estas frequentemente as ferramentas da paciência, os instrumentos com que ela transforma a nossa agitação epidérmica em expectação serena e criativa. No fundo, a paciência prova-nos como se provam os metais de valor, averiguando o seu (o nosso) grau de autenticidade.
Santa Teresa de Ávila, segundo o que ela conta de si mesma e no acordo dos seus biógrafos, não possuía um temperamento propriamente paciente. Era abrupta na ação, emotiva nos dilemas e combates, inconsolável no desejo de Deus. A paciência raramente é uma virtude natural. A maior parte das vezes faz-se de decisão e caminho. E por isso a impaciente Teresa escreveu um dos mais belos elogios da paciência:
«Nada te turbe/nada te espante/quem a Deus tem nada lhe falta.//A paciência tudo alcança/só Deus basta».
Há também um título de um opúsculo de Kierkegaard que podia-nos acompanhar estrada fora: «Adquirir a sua alma pela paciência». O filósofo dinamarquês recorda-nos a verdade essencial: estamos tanto mais em nós mesmos quanto mais aceitamos o desafio da maturação paciente da existência.
José Tolentino Mendonça
in Diário de Notícias (Madeira)
15.02.11
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 23 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Hoje comemora-se o Dia Mundial da Água
http://www.unwater.org/watercooperation2013/index.html
O dia 22 de março é celebrado por todo como o planeta o Dia Mundial da Água desde 1993. A data pretende relembrar o papel fulcral dos recursos hídricos para a vida na Terra e, consequentemente, a importância da sua conservação, e este ano é dedicada à Cooperação Internacional pela água.
O Dia Mundial da Água foi criado a 22 de fevereiro de 1993 através da resolução A/RES/193 da Assembleia Nacional da Organização das Nações Unidas ONU, em resposta a uma recomendação da Agenda 21 para o Desenvolvimento Sustentável, acordada na Cimeira do Rio no ano anterior.
Todos os anos, o dia 22 de março é assinalado com atividades específicas em torno de um tema que é definido anualmente pela ONU, e que se relaciona com a gestão sustentável dos recursos hídricos.
Em 2013, que corresponde ao Ano Internacional da Cooperação pela Água, o dia 22 de março relembra a importância da cooperação no que diz respeito à água, para a promoção da paz, prosperidade e desenvolvimento sustentável.
Com efeito, no Comunicado de Imprensa sobre o Dia Mundial da Água 2013, a ONU salienta a dependência da satisfação das necessidades humanas básicas, do ambiente, do desenvolvimento socioeconómico e da redução da pobreza em relação à água. Uma vez que existem cerca de 148 estados que partilham uma bacia hidrográfica com um ou mais países, a água pode ser uma fonte de conflitos, devido à extração excessiva, desvio e poluição. Deste modo, é essencial a cooperação internacional no contexto de uma gestão sustentável deste recurso para os evitar.
“A água é central para o bem-estar das pessoas e do planeta” refere Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU. “Temos de trabalhar em conjunto para proteger e gerir de forma cuidadosa este recurso frágil e limitado”.
Para celebrar o Dia Mundial da Água estão previstos vários eventos a nível nacional, nomeadamente:
Flipa Alves, in Naturlink
O Dia Mundial da Água foi criado a 22 de fevereiro de 1993 através da resolução A/RES/193 da Assembleia Nacional da Organização das Nações Unidas ONU, em resposta a uma recomendação da Agenda 21 para o Desenvolvimento Sustentável, acordada na Cimeira do Rio no ano anterior.
Todos os anos, o dia 22 de março é assinalado com atividades específicas em torno de um tema que é definido anualmente pela ONU, e que se relaciona com a gestão sustentável dos recursos hídricos.
Em 2013, que corresponde ao Ano Internacional da Cooperação pela Água, o dia 22 de março relembra a importância da cooperação no que diz respeito à água, para a promoção da paz, prosperidade e desenvolvimento sustentável.
Com efeito, no Comunicado de Imprensa sobre o Dia Mundial da Água 2013, a ONU salienta a dependência da satisfação das necessidades humanas básicas, do ambiente, do desenvolvimento socioeconómico e da redução da pobreza em relação à água. Uma vez que existem cerca de 148 estados que partilham uma bacia hidrográfica com um ou mais países, a água pode ser uma fonte de conflitos, devido à extração excessiva, desvio e poluição. Deste modo, é essencial a cooperação internacional no contexto de uma gestão sustentável deste recurso para os evitar.
“A água é central para o bem-estar das pessoas e do planeta” refere Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU. “Temos de trabalhar em conjunto para proteger e gerir de forma cuidadosa este recurso frágil e limitado”.
Para celebrar o Dia Mundial da Água estão previstos vários eventos a nível nacional, nomeadamente:
- Divulgação os resultados do concurso “A Água e o Universo”, promovido pelo site Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos – Júnior, uma iniciativa Agência Portuguesa do Ambiente (Saiba mais em http://snirh.pt/junior)
- Apresentação da campanha de divulgação científica “A restauração dos rios como ferramenta para a gestão das inundações e como fonte de emprego e desenvolvimento socioeconómico” pelo Projecto Rios (Saiba mais em http://www.cirefluvial.com/noticias_ver.php?id=231)
- Conferência Internacional “Parcerias Internacionais pela Água: um desafio geracional” e entrega dos Prémios AcquaLiveExpo, no âmbito da 2ª edição dos salões AcquaLiveExpo e EnergyLiveExpo (Saiba mais em http://www.acqualiveexpo.fil.pt)
Flipa Alves, in Naturlink
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quinta-feira, 21 de março de 2013
21 Março - Dia Mundial da Poesia e da Árvore
Houvesse um sinal a conduzir-nos
E unicamente ao movimento de crescer nos guiasse. Termos das árvores
A incomparável paciência de procurar o alto
A verde bondade de permanecer
E orientar os pássaros
Daniel Faria
Explicação das árvores e de outros animais in Poesia, ed. Quasi
E unicamente ao movimento de crescer nos guiasse. Termos das árvores
A incomparável paciência de procurar o alto
A verde bondade de permanecer
E orientar os pássaros
Daniel Faria
Explicação das árvores e de outros animais in Poesia, ed. Quasi
Conheça as árvores emblemáticas de Portugal
Criado como forma de sensibilizar todas as pessoas para a preservação das árvores, o Dia Mundial da Floresta celebra-se esta quinta-feira. Consulte a Infografia Interativa e conheça algumas das espécies emblemáticas que fazem parte do ecossistema português.
http://visao.sapo.pt/conheca-as-arvores-emblematicas-de-portugal=f580832
Passam 141 anos desde a primeira vez que o Dia da Árvore foi celebrado. O responsável por este feito foi o norte-americano Julius Sterling Morton que, em 1872, lutava contra a desflorestação no estado do Nebraska.
Ao longo dos anos a pegada ambiental humana vai deixando rastos no nosso planeta e, à medida que cada vez mais árvores desaparecem, as emissões de dióxido de carbono aumentam. Isto levou a que a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) tenha criado, a 21 de março, o Dia Mundial da Floresta em 1972, celebrando o aspeto ambiental e ecológico das árvores, organismos demasiado importantes para uma melhor qualidade de vida no nosso dia-a-dia, mas várias vezes esquecidos.
No nosso país, são mais de 350 árvores e arbustos que se distribuem pelo ecossistema português, ocupando cerca de 27% do território. Desempenham importantes serviços ecossistémicos, como a produção de alimento, cortiça, sequestro de carbono, proteção do solo, regulação do ciclo da água, recreio e lazer.
Plantar árvores é um ato simples, mas com repercussão na vida do planeta. Assim, contribui para a promoção da biodiversidade e, em simultâneo, ajuda a travar o aquecimento global já que, em média, uma única árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono, ao longo da sua vida.
Esta infografia verde que lhe mostramos permite conhecer melhor algumas das espécies autóctones da floresta portuguesa, desde as comuns, caso das oliveiras ou dos amieiros, até às mais raras, por estar em vias de extinção, caso do azereiro, ou precisar de condições bastante próprias para o seu desenvolvimento, como o queijigo.
in Visão
http://visao.sapo.pt/conheca-as-arvores-emblematicas-de-portugal=f580832
Passam 141 anos desde a primeira vez que o Dia da Árvore foi celebrado. O responsável por este feito foi o norte-americano Julius Sterling Morton que, em 1872, lutava contra a desflorestação no estado do Nebraska.
Ao longo dos anos a pegada ambiental humana vai deixando rastos no nosso planeta e, à medida que cada vez mais árvores desaparecem, as emissões de dióxido de carbono aumentam. Isto levou a que a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) tenha criado, a 21 de março, o Dia Mundial da Floresta em 1972, celebrando o aspeto ambiental e ecológico das árvores, organismos demasiado importantes para uma melhor qualidade de vida no nosso dia-a-dia, mas várias vezes esquecidos.
No nosso país, são mais de 350 árvores e arbustos que se distribuem pelo ecossistema português, ocupando cerca de 27% do território. Desempenham importantes serviços ecossistémicos, como a produção de alimento, cortiça, sequestro de carbono, proteção do solo, regulação do ciclo da água, recreio e lazer.
Plantar árvores é um ato simples, mas com repercussão na vida do planeta. Assim, contribui para a promoção da biodiversidade e, em simultâneo, ajuda a travar o aquecimento global já que, em média, uma única árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono, ao longo da sua vida.
Esta infografia verde que lhe mostramos permite conhecer melhor algumas das espécies autóctones da floresta portuguesa, desde as comuns, caso das oliveiras ou dos amieiros, até às mais raras, por estar em vias de extinção, caso do azereiro, ou precisar de condições bastante próprias para o seu desenvolvimento, como o queijigo.
in Visão
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quarta-feira, 20 de março de 2013
A História da Primavera
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Nestes dias em que se celebra o Equinócio da Primavera faz todo o sentido lembrar a história da primeira Primavera.
E esta história passa-se numa época em que os campos estavam inundados de flores todos os dias do ano e os homens desfrutavam de um tempo sem tempo, onde a natureza tudo lhes dava. Não havia, por isso, estações do ano e os dias eram todos agradáveis como convinha à condição divina.
A responsável por este feliz estado de coisas era Ceres, uma das esposas de Júpiter, filha de Crono e Reia e Senhora das colheitas, da terra cultivada e das estações do ano. Mas, até para os Deuses, nem sempre tudo corre de feição...
Um dia, a sua filha, Proserpina, que brincava num campo cheio de belas e cheirosas flores, foi avistada por Plutão que, desde logo, se apaixonou pela sua beleza e, com um acordo secreto com Júpiter, se apressou a carregá-la no seu carro levando-a consigo para o seu reino. Desesperada, na sua dor de mãe, Ceres recusou-se a continuar a alimentar os campos e partiu em busca da sua amada filha. Entregues a esse abandono, os campos foram secando e nada voltou a crescer.
Vendo os homens padecer de fome, Júpiter resolveu interceder junto do poderoso Plutão e ajudar Ceres a resgatar a bela refém. Acontece que Proserpina já tinha comido alguns grãos de uma certa romã e já não era possível voltar à sua condição anterior, pois mantinha-se ligada a Plutão... Procuraram assim uma solução de consenso, a solução possível. Ela passaria 6 meses com a sua mãe na superfície e os restantes meses com o seu senhor no mundo das trevas.
Mesmo não conseguindo resgatar inteiramente a sua filha, numa demonstração de alegria, Ceres voltou a cobrir a terra de flores. Como então, nesta época que vivemos celebramos esse momento de alegria em que a terra, paralisada pelo frio, renasce e floresce.
Nesta época lembramos que os ciclos se sucedem, que após a dor e a paralisia vem de novo a vida numa manifestação cheia de aromas e texturas que inunda os nossos sentidos. Na nossa vida quantas dores nos fazem gelar os campos e paralisar? Lembremos assim que está na nossas mãos fazer como Ceres e não desistir de procurar o alívio da nossa dor.
E porque não fazer como Ceres que, mesmo perante uma vitória curta ou incompleta, dado que só podia abraçar a sua amada filha 6 meses em cada ano, usou o seu poder para a receber em alegria?... Desta forma, nós, pobres e comuns mortais, podemos todos os anos, ao menos nesta época, celebrar a vitória da vida que explode e vence as trevas.
in Sapo Mulher
Nestes dias em que se celebra o Equinócio da Primavera faz todo o sentido lembrar a história da primeira Primavera.
E esta história passa-se numa época em que os campos estavam inundados de flores todos os dias do ano e os homens desfrutavam de um tempo sem tempo, onde a natureza tudo lhes dava. Não havia, por isso, estações do ano e os dias eram todos agradáveis como convinha à condição divina.
A responsável por este feliz estado de coisas era Ceres, uma das esposas de Júpiter, filha de Crono e Reia e Senhora das colheitas, da terra cultivada e das estações do ano. Mas, até para os Deuses, nem sempre tudo corre de feição...
Um dia, a sua filha, Proserpina, que brincava num campo cheio de belas e cheirosas flores, foi avistada por Plutão que, desde logo, se apaixonou pela sua beleza e, com um acordo secreto com Júpiter, se apressou a carregá-la no seu carro levando-a consigo para o seu reino. Desesperada, na sua dor de mãe, Ceres recusou-se a continuar a alimentar os campos e partiu em busca da sua amada filha. Entregues a esse abandono, os campos foram secando e nada voltou a crescer.
Vendo os homens padecer de fome, Júpiter resolveu interceder junto do poderoso Plutão e ajudar Ceres a resgatar a bela refém. Acontece que Proserpina já tinha comido alguns grãos de uma certa romã e já não era possível voltar à sua condição anterior, pois mantinha-se ligada a Plutão... Procuraram assim uma solução de consenso, a solução possível. Ela passaria 6 meses com a sua mãe na superfície e os restantes meses com o seu senhor no mundo das trevas.
Mesmo não conseguindo resgatar inteiramente a sua filha, numa demonstração de alegria, Ceres voltou a cobrir a terra de flores. Como então, nesta época que vivemos celebramos esse momento de alegria em que a terra, paralisada pelo frio, renasce e floresce.
Nesta época lembramos que os ciclos se sucedem, que após a dor e a paralisia vem de novo a vida numa manifestação cheia de aromas e texturas que inunda os nossos sentidos. Na nossa vida quantas dores nos fazem gelar os campos e paralisar? Lembremos assim que está na nossas mãos fazer como Ceres e não desistir de procurar o alívio da nossa dor.
E porque não fazer como Ceres que, mesmo perante uma vitória curta ou incompleta, dado que só podia abraçar a sua amada filha 6 meses em cada ano, usou o seu poder para a receber em alegria?... Desta forma, nós, pobres e comuns mortais, podemos todos os anos, ao menos nesta época, celebrar a vitória da vida que explode e vence as trevas.
in Sapo Mulher
20 Março - Equinócio da Primavera
Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.
Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendam a ocorrer cada vez mais cedo. Dessa forma, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, a partir de 2044, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.
Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais depressa do que quando está mais longe (afélio).
in Wikipédia
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.
Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendam a ocorrer cada vez mais cedo. Dessa forma, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, a partir de 2044, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.
Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais depressa do que quando está mais longe (afélio).
in Wikipédia
terça-feira, 19 de março de 2013
Feliz Dia do Pai
post repetido
Não vivas sobre a terra
como um estranho,
um turista no meio da Natureza.
Habita o mundo
como a casa do teu pai.
Crê na semente, na terra, no mar,
mas acima de tudo crê nas pessoas.
Ama as nuvens
as máquinas,
os livros
mas acima de tudo
ama o Homem.
Sente a tristeza do ramo que murcha,
do astro que se extingue,
do animal ferido que agoniza,
mas acima de tudo
sente a tristeza e a dor das pessoas.
Alegra-te com todos os bens da terra:
com a sombra e a luz,
com as quatro estações,
mas acima de tudo, a mãos cheias,
alegra-te com as pessoas!
Nazim Hikmet (poeta turco, 1902 - 1963)
(última carta ao filho)
Não vivas sobre a terra
como um estranho,
um turista no meio da Natureza.
Habita o mundo
como a casa do teu pai.
Crê na semente, na terra, no mar,
mas acima de tudo crê nas pessoas.
Ama as nuvens
as máquinas,
os livros
mas acima de tudo
ama o Homem.
Sente a tristeza do ramo que murcha,
do astro que se extingue,
do animal ferido que agoniza,
mas acima de tudo
sente a tristeza e a dor das pessoas.
Alegra-te com todos os bens da terra:
com a sombra e a luz,
com as quatro estações,
mas acima de tudo, a mãos cheias,
alegra-te com as pessoas!
Nazim Hikmet (poeta turco, 1902 - 1963)
(última carta ao filho)
19 de Março - Dia do Pai
post repetido
O Dia do Pai tem origem na antiga Babilónia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
História
Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar o Dia do Pai em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional.
Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia do Pai.
Comemoração
Devido a história, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto. A criação da data é atribuída ao publicitário Sylvio Bhering, em meados da década de 50, festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família (dia que também se comemora o dia do padrinho segundo a tradição católica).
As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predilecta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
Mario Quintana
in Newsletter Gastronomias - 18 Março 2010
O Dia do Pai tem origem na antiga Babilónia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
História
Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar o Dia do Pai em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional.
Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia do Pai.
Comemoração
Devido a história, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto. A criação da data é atribuída ao publicitário Sylvio Bhering, em meados da década de 50, festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família (dia que também se comemora o dia do padrinho segundo a tradição católica).
As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predilecta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
Mario Quintana
in Newsletter Gastronomias - 18 Março 2010
segunda-feira, 18 de março de 2013
No Dia do Pai ofereça um Intra-Rail
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Locais Interessantes,
Made in Portugal,
Objectos Interessantes
domingo, 17 de março de 2013
As imagens da semana
Regressámos ao anonimato
mais leves.
Mas é minha a muda inquietação
esse temor
da armadilha do cinismo.
A noite contempla-nos
despojados de sonhos
e, tu disseste
- tão próximas as estrelas –
tão longo o caminho para chegar a elas.
Maria Alexandra Dáskalos, Do Tempo Suspenso
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