Um dia de poemas na lembrança
(Também meus)
Que o passado inspirou.
A natureza inteira a florir
No mais prosaico verso.
Foguetes e folares,
Sinos a repicar,
E a carícia lasciva e paternal
Do sol progenitor
Da primavera.
Ah, quem pudera
Ser de novo
Um dos felizes
Desta aleluia!
Sentir no corpo a ressurreição.
O coração,
Milagre do milagre da energia,
A irradiar saúde e alegria
Em cada pulsação.
Miguel Torga
in Diário XVI
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 7 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Folar de Páscoa
Coimbrão - Leiria
do Livro: Festas e Comeres do Povo Português
Editorial Verbo
Ingredientes
1 kg de farinha
30 gr de fermento de padeiro
1 dl de água morna
400 gr de açúcar
2 ovos
2,5 dl de leite quente
50 gr de manteiga
sal
raspa da casca de 2 limões
ovos cozidos com casca de cebola
Confecção
Peneira-se a farinha para uma tigela, faz-se uma cova no meio e deita-se aí o fermento esfarelado, que se rega com água morna.
Cobre-se o fermento com um pouco de farinha, envolve-se a tigela num pano de flanela ou cobertor e deixa-se levedar cerca de 15 minutos.
Depois, mistura-se a farinha com o fermento, juntam-se o açúcar, os ovos, um a um, mexendo sempre, e o leite morno, no qual se derreteu a manteiga, o sal e a raspa dos limões.
Amassa-se tudo vigorosa e longamente.
Abafa-se a massa novamente e deixa-se levedar perto de uma fonte de calor pelo menos 2 horas.
Retira-se a massa em bocados, a que se dá uma forma redonda, dobra-se ao meio e, com os dedos passados por azeite, molda-se em forma de ferradura.
À medida que se vão tendendo, dispõem-se em tabuleiros, deixando os folares crescerem.
Na altura de irem ao forno, enterram-se os ovos cozidos na massa (um, dois, ou três por folar).
Levam-se a cozer em forno bem quente (220ºC) durante 15 a 20 minutos.
in Gastronomias
do Livro: Festas e Comeres do Povo Português
Editorial Verbo
Ingredientes
1 kg de farinha
30 gr de fermento de padeiro
1 dl de água morna
400 gr de açúcar
2 ovos
2,5 dl de leite quente
50 gr de manteiga
sal
raspa da casca de 2 limões
ovos cozidos com casca de cebola
Confecção
Peneira-se a farinha para uma tigela, faz-se uma cova no meio e deita-se aí o fermento esfarelado, que se rega com água morna.
Cobre-se o fermento com um pouco de farinha, envolve-se a tigela num pano de flanela ou cobertor e deixa-se levedar cerca de 15 minutos.
Depois, mistura-se a farinha com o fermento, juntam-se o açúcar, os ovos, um a um, mexendo sempre, e o leite morno, no qual se derreteu a manteiga, o sal e a raspa dos limões.
Amassa-se tudo vigorosa e longamente.
Abafa-se a massa novamente e deixa-se levedar perto de uma fonte de calor pelo menos 2 horas.
Retira-se a massa em bocados, a que se dá uma forma redonda, dobra-se ao meio e, com os dedos passados por azeite, molda-se em forma de ferradura.
À medida que se vão tendendo, dispõem-se em tabuleiros, deixando os folares crescerem.
Na altura de irem ao forno, enterram-se os ovos cozidos na massa (um, dois, ou três por folar).
Levam-se a cozer em forno bem quente (220ºC) durante 15 a 20 minutos.
in Gastronomias
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Amor
Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; este prevalece.
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
O Folar e os Ovos da Páscoa
A Páscoa é em Portugal uma época característica de presentes cerimoniais, sobretudo de índole alimentar e os presentes da Páscoa levam o nome genérico de «folares». A maioria dos dicionaristas coloca a origem da palavra «folar» no latim «floralis». Moraes, sugere o étimo germânico «flado», que significa «bolo de mel». Faria e Lacerda assinalam-lhe como origem a palavra francesa «poularde». Definem o folar como sendo um bolo em forma de pinta pousada sobre um ovo, ou com um ovo em cima. Hoje são raros os casos dos folares que incluem a galinha.
Existem em Portugal diferentes espécies de folares, consoante a região. O mais corrente e divulgado é um bolo em massa seca, doce e ligada, feita com farinha triga, ovos, leite, banha ou pingue, açúcar e fermento e condimentado com canela e ervas aromáticas – uma espécie de regueifa ou fogaça – comum em todo o Sul, no Algarve e no Alentejo, na Estremadura, nas Beiras e na zona do Porto.
No sul são redondos, espessos e maciços e comem-se no domingo de Páscoa, ou, em certos sítios, na Sexta-Feira Santa, na segunda-feira a seguir à Páscoa ou na Pascoela. Nos arredores de Lisboa têm a forma ovolada, em Aveiro a de coração e podem tomar formas zoomórficas, lagartos, pintos, borregos, pombos, etc.
O Rio Douro marca o limite da difusão desse tipo de folar. No Nordeste montanhoso e planáltico de Trás-os-Montes, o folar é uma bola redonda, em massa dura, feita com farinha, ovos, leite, manteiga e azeite, que encerra bocados de carne de vitela, frango, coelho, porco, presunto e rodelas de salpicão, cozidos dentro de massa, que junto deles fica mais tenra com a gordura que deles se desprende. Podem ser grandes e altos, como em Bragança e Mirandela, ou achatados e pequenos, em massa seca, como em Freixo de Espada à Cinta.
Os folares em Trás-os-Montes e Mirandela são feitos em casa, no forno onde normalmente se coze o pão mas também nas padarias locais que oferecem apenas os fornos.
Ernesto Oliveira fala num conceito mais amplo de folar aí incluindo vários presentes cerimoniais de Páscoa, que obedecem a regras bem determinadas, como por exemplo: - Os presentes obrigatórios que os padrinhos dão na Páscoa aos seus afilhados.
Ernesto Veiga de Oliveira, «Festividades Cíclicas em Portugal», editada pelas Publicações Dom Quixote na Colecção «Portugal de Perto»
in Município de Mirandela
Existem em Portugal diferentes espécies de folares, consoante a região. O mais corrente e divulgado é um bolo em massa seca, doce e ligada, feita com farinha triga, ovos, leite, banha ou pingue, açúcar e fermento e condimentado com canela e ervas aromáticas – uma espécie de regueifa ou fogaça – comum em todo o Sul, no Algarve e no Alentejo, na Estremadura, nas Beiras e na zona do Porto.
No sul são redondos, espessos e maciços e comem-se no domingo de Páscoa, ou, em certos sítios, na Sexta-Feira Santa, na segunda-feira a seguir à Páscoa ou na Pascoela. Nos arredores de Lisboa têm a forma ovolada, em Aveiro a de coração e podem tomar formas zoomórficas, lagartos, pintos, borregos, pombos, etc.
O Rio Douro marca o limite da difusão desse tipo de folar. No Nordeste montanhoso e planáltico de Trás-os-Montes, o folar é uma bola redonda, em massa dura, feita com farinha, ovos, leite, manteiga e azeite, que encerra bocados de carne de vitela, frango, coelho, porco, presunto e rodelas de salpicão, cozidos dentro de massa, que junto deles fica mais tenra com a gordura que deles se desprende. Podem ser grandes e altos, como em Bragança e Mirandela, ou achatados e pequenos, em massa seca, como em Freixo de Espada à Cinta.
Os folares em Trás-os-Montes e Mirandela são feitos em casa, no forno onde normalmente se coze o pão mas também nas padarias locais que oferecem apenas os fornos.
Ernesto Oliveira fala num conceito mais amplo de folar aí incluindo vários presentes cerimoniais de Páscoa, que obedecem a regras bem determinadas, como por exemplo: - Os presentes obrigatórios que os padrinhos dão na Páscoa aos seus afilhados.
Ernesto Veiga de Oliveira, «Festividades Cíclicas em Portugal», editada pelas Publicações Dom Quixote na Colecção «Portugal de Perto»
in Município de Mirandela
Etiquetas:
Culinária,
Made in Portugal,
Tradição
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Perdoar faz bem
O “perdão” é um sentimento complexo, uma palavra pouco usada e demasiado associada à religião. Embora o caminho não seja fácil, os benefícios do perdão estão comprovados em vários estudos realizados nos últimos 20 anos nos Estados Unidos. Dois dos principais investigadores desta área garantem ao Boas Notícias que, saber perdoar, pode mudar a vida de indivíduos, casais, sociedades e até nações. P.M.
Toda a gente tem na sua cronologia pessoal uma mágoa por perdoar. Talvez uma pessoa próxima tenha traído a sua confiança. Talvez um ente querido o tenha magoado ou humilhado. Talvez tenha sido alvo de um roubo ou de outro crime por parte de um estranho.
Saber perdoar quem (ou o que) nos magoa não é um processo simples. Mas, garantem os estudos dos últimos anos, esta capacidade confere vantagens mentais e físicas: um sistema imunitário mais forte, menos riscos de ataques cardíacos, mais autoestima, um maior domínio das capacidades mentais e de tomadas de decisão, melhores relações interpessoais. Por fim, a capacidade de perdoar previne o abuso de substância e a depressão.
Contudo, não é fácil definir o próprio conceito de perdão. Everett L Worthington (na foto), psicólogo e professor da Universidade da Virgínia que estuda o perdão há mais de 15 anos, afirma que este conceito não tem uma definição consensual mas defende que é necessário distinguir dois tipos de perdão: o exterior e o emocional.
Segundo o mesmo investigador, o primeiro conceito é superficial – e pode até funcionar como uma forma de magoar o agressor mostrando desprezo ou superioridade. Embora ajude “a reduzir a hostilidade” este tipo de perdão “não reduz, necessariamente, as situações de stress”. Já o perdão emocional exige uma "alteração a nível interpessoal e de comportamento" trazendo os benefícios referidos acima.
“Dar a outra face” não é sinónimo de perdão
Em declarações ao Boas Notícias, o investigador sublinha, no entanto, que perdoar não significa dar a outra face. Questionado sobre se devemos aprender com as situações que nos magoaram, para evitar que se repitam, o psicólogo é categórico: “absolutamente”.
“O perdão acontece dentro de nós, é uma decisão sobre como vamos passar a agir e implica uma alteração emocional” mas “aprender a mudar o nosso comportamento no futuro” é um dos pontos fundamentais para evitar novas agressões, defende o psicólogo.
Também o psicólogo norte-americano Fred Luskin, responsável por vários estudos e livros relacionados com o perdão, sublinha, ao Boas Notícias, este ponto afirmando que é “importante tirar lições da experiência” e acrescentando ainda que é também fundamental que “as pessoas saibam perdoar-se a si próprias quando cometem um erro”.
Ou seja, em situações de agressão (física e emocional) a vítima tem, por vezes, alguma responsabilidade - por exemplo um comportamento demasiado permissivo pode resultar em abusos emocionais e uma atitude de descuido com os seus bens pessoais que pode resultar num furto. Por isso, aprender a perdoar passa também por assumir a nossa responsabilidade nas agressões e evitar que voltem a acontecer.
Raiva construtiva
Luskin sublinha ainda que sentimentos negativos como a raiva podem ser úteis se aprendermos com eles. É aquilo a que chama “raiva construtiva”. “A raiva pode ser positiva se a usarmos para nos tornarmos mais fortes, mais assertivos, para mostrar que estamos contra determinado comportamento”, diz o psicólogo numa das suas palestras. Mas a raiva, continua Luskin, deixa de ser positiva quando se torna um “sentimento persistente que não conduz a situações construtivas”.
“Perdoar não significa permitir ou aceitar”, salienta o psicólogo no seu site pessoal Learn to Forgive (Aprender a Perdoar), associado à Universidade de Stanford. Pelo contrário, perdoar é reconhecer que “algo está errado” e “implica recuperar a capacidade de confiar e de amar, deixando de culpar os outros pelos nossos problemas emocionais”.
in Boas Notícias
Toda a gente tem na sua cronologia pessoal uma mágoa por perdoar. Talvez uma pessoa próxima tenha traído a sua confiança. Talvez um ente querido o tenha magoado ou humilhado. Talvez tenha sido alvo de um roubo ou de outro crime por parte de um estranho.
Saber perdoar quem (ou o que) nos magoa não é um processo simples. Mas, garantem os estudos dos últimos anos, esta capacidade confere vantagens mentais e físicas: um sistema imunitário mais forte, menos riscos de ataques cardíacos, mais autoestima, um maior domínio das capacidades mentais e de tomadas de decisão, melhores relações interpessoais. Por fim, a capacidade de perdoar previne o abuso de substância e a depressão.
Contudo, não é fácil definir o próprio conceito de perdão. Everett L Worthington (na foto), psicólogo e professor da Universidade da Virgínia que estuda o perdão há mais de 15 anos, afirma que este conceito não tem uma definição consensual mas defende que é necessário distinguir dois tipos de perdão: o exterior e o emocional.
Segundo o mesmo investigador, o primeiro conceito é superficial – e pode até funcionar como uma forma de magoar o agressor mostrando desprezo ou superioridade. Embora ajude “a reduzir a hostilidade” este tipo de perdão “não reduz, necessariamente, as situações de stress”. Já o perdão emocional exige uma "alteração a nível interpessoal e de comportamento" trazendo os benefícios referidos acima.
“Dar a outra face” não é sinónimo de perdão
Em declarações ao Boas Notícias, o investigador sublinha, no entanto, que perdoar não significa dar a outra face. Questionado sobre se devemos aprender com as situações que nos magoaram, para evitar que se repitam, o psicólogo é categórico: “absolutamente”.
“O perdão acontece dentro de nós, é uma decisão sobre como vamos passar a agir e implica uma alteração emocional” mas “aprender a mudar o nosso comportamento no futuro” é um dos pontos fundamentais para evitar novas agressões, defende o psicólogo.
Também o psicólogo norte-americano Fred Luskin, responsável por vários estudos e livros relacionados com o perdão, sublinha, ao Boas Notícias, este ponto afirmando que é “importante tirar lições da experiência” e acrescentando ainda que é também fundamental que “as pessoas saibam perdoar-se a si próprias quando cometem um erro”.
Ou seja, em situações de agressão (física e emocional) a vítima tem, por vezes, alguma responsabilidade - por exemplo um comportamento demasiado permissivo pode resultar em abusos emocionais e uma atitude de descuido com os seus bens pessoais que pode resultar num furto. Por isso, aprender a perdoar passa também por assumir a nossa responsabilidade nas agressões e evitar que voltem a acontecer.
Raiva construtiva
Luskin sublinha ainda que sentimentos negativos como a raiva podem ser úteis se aprendermos com eles. É aquilo a que chama “raiva construtiva”. “A raiva pode ser positiva se a usarmos para nos tornarmos mais fortes, mais assertivos, para mostrar que estamos contra determinado comportamento”, diz o psicólogo numa das suas palestras. Mas a raiva, continua Luskin, deixa de ser positiva quando se torna um “sentimento persistente que não conduz a situações construtivas”.
“Perdoar não significa permitir ou aceitar”, salienta o psicólogo no seu site pessoal Learn to Forgive (Aprender a Perdoar), associado à Universidade de Stanford. Pelo contrário, perdoar é reconhecer que “algo está errado” e “implica recuperar a capacidade de confiar e de amar, deixando de culpar os outros pelos nossos problemas emocionais”.
in Boas Notícias
terça-feira, 3 de abril de 2012
Os Ovos de Fabergé
Mieks Fabergé Eggs
http://www.mieks.com/faberge-en/index.htm
Os ovos de Páscoa, que os membros da família real e os nobres e ricos de antigamente davam uns aos outros, eram muito diferentes dos tradicionais ovos pintados do povo.
Eram feitos de ouro e prata e decorados com esmalte, pedras preciosas e desenhos em miniatura.
Os ovos de Páscoa mais espectaculares eram os encomendados pelo czar da Rússia a Fabergé (um joalheiro russo muito conhecido), no fim do séc. XIX, e que ficaram famosos em todo o mundo.
O Czar começou esta tradição em 1885. Todos os anos encomendava um ovo ao joalheiro da corte, Peter Carl Fabergé, como presente para a sua esposa, a Imperatriz Maria Teodora.
Depois da morte do Czar, o seu filho, continuou a tradição, encomendando anualmente dois ovos à empresa: um para a mãe e outro para a esposa.
Ao todo, foram feitas 56 destas obras primas produzidas entre 1885 e 1917, embora somente 10 delas tenham permanecido na Rússia.
Cada ovo de Páscoa era trabalhado pelos mestres da empresa de Fabergé ao longo de quase um ano.
Desenhistas, ourives e especialistas em prata, joalheiros, cortadores de pedras, esmaltadores e escultores participavam da sua preparação. A última palavra, contudo, era sempre de Fabergé.
O tema e a forma de cada ovo de Páscoa Imperial eram únicos. Alguns celebravam temas íntimos da família e outros honravam eventos notáveis na vida do Estado russo e da família imperial.
A fantasia criativa dos artistas da empresa Fabergé não tinha paralelo.
in Júnior
Os Ovos Fabergé são obras-primas da joalharia produzidas por Peter Carl fabergé e seus assistentes no período de 1885 a 1917 para os czares da Rússia. Os ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas e eram encomendados e oferecidos na Páscoa pelos membros da família imperial. Disputados por colecionadores em todo o mundo, os famosos Ovos de Páscoa criados pelo joalheiro russo são admirados pela perfeição e considerados expoentes da arte joalheira.
Dos 65 conhecidos ovos Fabergé grandes, apenas 57 existem até hoje. Dez dos Ovos Imperiais de Páscoa estão expostos no Palácio do Arsenal em Moscovo, Rússia. Dos 50 Ovos Imperiais, só 42 sobrevivem. Dos oito ovos Imperiais desaparecidos, há fotos apenas de dois; um de 1903, o da Realeza da Dinamarca, e um de 1909, comemorativo de Alexandre III da Rússia. Um único dos Ovos da “Ordem de St. George” feitos em 1916, foi tirado da Rússia Bolchevique pela Imperatriz Consorte Dagmar da Dinamarca.
Após a Revolução Russa de 1917 a ‘’Casa Fabergé’’ foi nacionalizada pelos bolcheviques, a família Fabergé fugiu para a Suíça, onde Peter Carl Fabergé faleceu em 1920. Todos os palácios da dinastia Romanov foram saqueados e os seus tesouros foram removidos por ordem de Lenine e levados para o Palácio do Arsenal do Kremlim.
Visando obter moedas estrangeiras, Estaline vendeu diversos Ovos Fabergé em 1927. Entre 1930 e 1944, quatorze dos Ovos Imperiais deixaram a Rússia. Muitos dos ovos foram comprados por ‘’Armand Hammer’’, presidente da Occidental Petroleum e amigo pessoal de Lenine e cujo pai havia fundado o Partido Comunista do EUA e também por ‘’Emanuel Snowman’’ da ‘’Wartski’, famosos antiquários de Londres.
Depois da coleção do Palácio do Arsenal do Kremlim, o maior acervo dessas jóias foi colecionado por Malcom Forbes e exposto em Nova Iorque. Num total de nove Ovos e mais cerca de 180 outras peças feitas por Fabergé, a coleção foi colocada em leilão na Sotheby's em fevereiro de 2004 pelos herdeiros de Forbes. Antes mesmo do início do leilão, toda a coleçao foi comprada pelo magnata e oligarca russo da era pós-soviético Victor Vekselberg por uma soma da ordem de 90 a 120 milhões de dólares.
in Wikipédia
http://www.mieks.com/faberge-en/index.htm
Os ovos de Páscoa, que os membros da família real e os nobres e ricos de antigamente davam uns aos outros, eram muito diferentes dos tradicionais ovos pintados do povo.
Eram feitos de ouro e prata e decorados com esmalte, pedras preciosas e desenhos em miniatura.
Os ovos de Páscoa mais espectaculares eram os encomendados pelo czar da Rússia a Fabergé (um joalheiro russo muito conhecido), no fim do séc. XIX, e que ficaram famosos em todo o mundo.
O Czar começou esta tradição em 1885. Todos os anos encomendava um ovo ao joalheiro da corte, Peter Carl Fabergé, como presente para a sua esposa, a Imperatriz Maria Teodora.
Depois da morte do Czar, o seu filho, continuou a tradição, encomendando anualmente dois ovos à empresa: um para a mãe e outro para a esposa.
Ao todo, foram feitas 56 destas obras primas produzidas entre 1885 e 1917, embora somente 10 delas tenham permanecido na Rússia.
Cada ovo de Páscoa era trabalhado pelos mestres da empresa de Fabergé ao longo de quase um ano.
Desenhistas, ourives e especialistas em prata, joalheiros, cortadores de pedras, esmaltadores e escultores participavam da sua preparação. A última palavra, contudo, era sempre de Fabergé.
O tema e a forma de cada ovo de Páscoa Imperial eram únicos. Alguns celebravam temas íntimos da família e outros honravam eventos notáveis na vida do Estado russo e da família imperial.
A fantasia criativa dos artistas da empresa Fabergé não tinha paralelo.
in Júnior
Os Ovos Fabergé são obras-primas da joalharia produzidas por Peter Carl fabergé e seus assistentes no período de 1885 a 1917 para os czares da Rússia. Os ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas e eram encomendados e oferecidos na Páscoa pelos membros da família imperial. Disputados por colecionadores em todo o mundo, os famosos Ovos de Páscoa criados pelo joalheiro russo são admirados pela perfeição e considerados expoentes da arte joalheira.
Dos 65 conhecidos ovos Fabergé grandes, apenas 57 existem até hoje. Dez dos Ovos Imperiais de Páscoa estão expostos no Palácio do Arsenal em Moscovo, Rússia. Dos 50 Ovos Imperiais, só 42 sobrevivem. Dos oito ovos Imperiais desaparecidos, há fotos apenas de dois; um de 1903, o da Realeza da Dinamarca, e um de 1909, comemorativo de Alexandre III da Rússia. Um único dos Ovos da “Ordem de St. George” feitos em 1916, foi tirado da Rússia Bolchevique pela Imperatriz Consorte Dagmar da Dinamarca.
Após a Revolução Russa de 1917 a ‘’Casa Fabergé’’ foi nacionalizada pelos bolcheviques, a família Fabergé fugiu para a Suíça, onde Peter Carl Fabergé faleceu em 1920. Todos os palácios da dinastia Romanov foram saqueados e os seus tesouros foram removidos por ordem de Lenine e levados para o Palácio do Arsenal do Kremlim.
Visando obter moedas estrangeiras, Estaline vendeu diversos Ovos Fabergé em 1927. Entre 1930 e 1944, quatorze dos Ovos Imperiais deixaram a Rússia. Muitos dos ovos foram comprados por ‘’Armand Hammer’’, presidente da Occidental Petroleum e amigo pessoal de Lenine e cujo pai havia fundado o Partido Comunista do EUA e também por ‘’Emanuel Snowman’’ da ‘’Wartski’, famosos antiquários de Londres.
Depois da coleção do Palácio do Arsenal do Kremlim, o maior acervo dessas jóias foi colecionado por Malcom Forbes e exposto em Nova Iorque. Num total de nove Ovos e mais cerca de 180 outras peças feitas por Fabergé, a coleção foi colocada em leilão na Sotheby's em fevereiro de 2004 pelos herdeiros de Forbes. Antes mesmo do início do leilão, toda a coleçao foi comprada pelo magnata e oligarca russo da era pós-soviético Victor Vekselberg por uma soma da ordem de 90 a 120 milhões de dólares.
in Wikipédia
O que é a Páscoa
A celebração da Primavera
Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera.
Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.
A palavra "páscoa" vem do hebreu "pessah" e significa "passagem", "mudança", refere-se ao êxodo (saída) do Egipto de Moisés.
Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam a Deusa Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster).
Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida.
Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome de menina Ester também está relacionado, claro.
Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X.
O rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecer aos seus amigos e aliados. Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna.
A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas.
A Páscoa cristã
Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo.
A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucifixão e ressurreição (Jesus voltou a viver e subiu ao céu).
A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa.
A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera.
Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário?
A Páscoa judaica
Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos).
Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação.
A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e muito vinho.
in Júnior
Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera.
Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.
A palavra "páscoa" vem do hebreu "pessah" e significa "passagem", "mudança", refere-se ao êxodo (saída) do Egipto de Moisés.
Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam a Deusa Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster).
Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida.
Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome de menina Ester também está relacionado, claro.
Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X.
O rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecer aos seus amigos e aliados. Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna.
A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas.
A Páscoa cristã
Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo.
A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucifixão e ressurreição (Jesus voltou a viver e subiu ao céu).
A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa.
A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera.
Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário?
A Páscoa judaica
Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos).
Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação.
A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e muito vinho.
in Júnior
segunda-feira, 2 de abril de 2012
3 de Abril - Free Cone Day
Ben&Jerry's
Largo Camões (Lisboa), das 12h às 19h
http://www.benandjerrys.pt
http://www.facebook.com/benandjerrys.pt
Gelados grátis distribuídos nas ruas de Lisboa
A marca de gelados Ben&Jerry's vai organizar, a 3 de Abril, o Free Cone Day, uma iniciativa que vai oferecer gelados a todos os que passarem pelo Largo Camões, na capital portuguesa. Trata-se de uma ação de 'sampling' que decorrerá entre as 12.00h e as 19.00h e tem "o objetivo de agradecer aos fãs a preferência", conforme pode ler-se num comunicado emitido pela marca, realizando-se, simultaneamente, em cidades de todo o mundo.
O Largo Camões, palco do evento, estará decorado a rigor. O local vai ser "totalmente revestido com relva, a fazer lembrar os prados onde pastam as típicas vaquinhas de onde provem o leite utilizado nos gelados Ben&Jerry's, com fardos de palha e com um púlpito" para os participantes enviarem mensagens positivas através de um megafone.
A Woody, vaca que simboliza a marca, também não vai faltar e, durante o dia, vários carros ecológicos que vão promover os novos sabores pelas ruas do Cais do Sodré, Bairro Alto e Chiado.
in Boas Notícias
Largo Camões (Lisboa), das 12h às 19h
http://www.benandjerrys.pt
http://www.facebook.com/benandjerrys.pt
Gelados grátis distribuídos nas ruas de Lisboa
A marca de gelados Ben&Jerry's vai organizar, a 3 de Abril, o Free Cone Day, uma iniciativa que vai oferecer gelados a todos os que passarem pelo Largo Camões, na capital portuguesa. Trata-se de uma ação de 'sampling' que decorrerá entre as 12.00h e as 19.00h e tem "o objetivo de agradecer aos fãs a preferência", conforme pode ler-se num comunicado emitido pela marca, realizando-se, simultaneamente, em cidades de todo o mundo.
O Largo Camões, palco do evento, estará decorado a rigor. O local vai ser "totalmente revestido com relva, a fazer lembrar os prados onde pastam as típicas vaquinhas de onde provem o leite utilizado nos gelados Ben&Jerry's, com fardos de palha e com um púlpito" para os participantes enviarem mensagens positivas através de um megafone.
A Woody, vaca que simboliza a marca, também não vai faltar e, durante o dia, vários carros ecológicos que vão promover os novos sabores pelas ruas do Cais do Sodré, Bairro Alto e Chiado.
in Boas Notícias
Etiquetas:
Culinária,
Oportunidades/Promoções
2 de Abril - Dia Internacional do Livro Infantil
Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro
Francisco Hinojosa (mexicano)
http://rcbp.dglb.pt/pt/noticias/Documents/MensagemIBBY2012.pdf
Com o objetivo de promover o gosto pela leitura junto dos mais novos, comemora-se a 2 de Abril – data de aniversário do escritor Hans Christian Andersen – o Dia Internacional do Livro Infantil.
A DGLB assinala esta data com a publicação de um cartaz da autoria de Yara Kono, vencedor da 15ª edição do Prémio Nacional de Ilustração. Como tem sido habitual nos últimos anos, o cartaz será distribuído pelas Bibliotecas Municipais e por algumas livrarias literatura infantil.
Todos os anos, por esta ocasião, o IBBY – International Board on Books for Young People convida um autor para redigir uma mensagem dirigida a todas as crianças do mundo. Tendo por tema «Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro», coube este ano ao mexicano Francisco Hinojosa a redação da mensagem.
in RCBP
Francisco Hinojosa (mexicano)
http://rcbp.dglb.pt/pt/noticias/Documents/MensagemIBBY2012.pdf
Com o objetivo de promover o gosto pela leitura junto dos mais novos, comemora-se a 2 de Abril – data de aniversário do escritor Hans Christian Andersen – o Dia Internacional do Livro Infantil.
A DGLB assinala esta data com a publicação de um cartaz da autoria de Yara Kono, vencedor da 15ª edição do Prémio Nacional de Ilustração. Como tem sido habitual nos últimos anos, o cartaz será distribuído pelas Bibliotecas Municipais e por algumas livrarias literatura infantil.
Todos os anos, por esta ocasião, o IBBY – International Board on Books for Young People convida um autor para redigir uma mensagem dirigida a todas as crianças do mundo. Tendo por tema «Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro», coube este ano ao mexicano Francisco Hinojosa a redação da mensagem.
in RCBP
domingo, 1 de abril de 2012
As imagens da semana
És tu a Primavera que eu esperava
A vida multiplicada e brilhante,
Em que é pleno e perfeito cada instante.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Subscrever:
Mensagens (Atom)