sexta-feira, 28 de junho de 2013

Gelados do Bairro - Gelados tradicionais portugueses

Hotel Real Palácio
Rua Tomás Ribeiro, 115 - Lisboa
https://pt-pt.facebook.com/grupohoteisreal?sk=app_195646697137509&app_data

É a novíssima proposta de verão do Hotel Real Palácio em Lisboa (Rua Tomás Ribeiro, 115). Esta unidade hoteleira de cinco estrelas apresenta os Gelados do Bairro, uma nova marca de sabores clássicos portugueses de fabrico caseiro. Criados pela chefe de pastelaria Ana Bento, recuperam os paladares clássicos (nata, morango e chocolate), aos quais se juntam receitas tradicionais como Amêndoa Amarga, Doce de Ovos com Pinhão, Arroz Doce com Canela, Moscatel e Passas, ou Requeijão, Abóbora e Nozes. Para cobertura opte por chocolate crocante, frutos vermelhos, caramelo, pepitas de cacau ou nozes caramelizadas.
Para ocasiões especiais, a Taça Real é um regresso à infância (bolas de gelado, chocolate, nata, e morango, assentes numa base crocante de brownie de chocolate e nozes, com cobertura de amêndoa tostada, chocolate crocante e chantilly) e o Trio de Frutos Vermelhos uma explosão de cores e aromas (sangria de morangos frescos com chantilly, gelado de baunilha com coulis de frutos vermelhos e sorbet de framboesa com pedaços de Brownie). A carta dos Gelados do Bairro inclui ainda sorbets de fruta fresca (Framboesa, Maracujá ou Goiaba) e crepes com destaque para o Crepe Palácio Guedes Quinhones (duo de crepes recheados com creme de baunilha e pêssego, com gelado de nata e de framboesa e cobertura de coulis de frutos vermelhos, chantilly e morangos frescos).

in Lifecooler

Exposição: Os panos que a casa dá - Trajes de Barroso

29 Junho a 30 Setembro 2013
Museu de Arte Popular
Av. de Brasília – Lisboa
Telf.: 213011282
Horário: Quarta a domingo, das 10h às 18h
http://www.map.imc-ip.pt

Inauguração: 29 de Junho, às 15h30

 
A exposição temporária Os panos que a casa dá - Trajes de Barroso é o resultado de uma parceria entre o Museu de Arte Popular e a Câmara de Montalegre através da Casa do Capitão – Ecomuseu de Barroso. Reunindo acervos do Grupo Folclórico da Venda Nova, freguesia do concelho de Montalegre, do MAP, da Casa do Capitão e do MNE, esta exposição traz a público uma mostra das formas populares de trajar da região de Barroso.
Ocupando a sala de Trás os Montes do Museu de Arte Popular, a exposição divide-se em nove núcleos que exploram a diversidade de têxteis produzidos na unidade doméstica a partir das duas matérias primas e que são o linho e a lã, mostram algumas das peças icónicas da região, como a capa de burel e a croça de juncos, e apresentam um conjunto de trajes de trabalho e de cerimónia característicos da região.

in IGESPAR

quinta-feira, 27 de junho de 2013

2011, uma colheita para a história do vinho do Porto

A euforia chegou ao Douro e às caves da Gaia. Pequenas e grandes companhias vão declarar Vintage 2011 e, a avaliar pelos vinhos que a família Symington apresentou recentemente, a colheita de há dois anos promete preencher mais uma página gloriosa na já longa história do vinho do Porto.

O primeiro Porto Vintage da segunda década do século XXI é um vinho para o século XXII. Daqui a 100 anos ou mais, algumas das garrafas da colheita de 2011 que estão agora a começa a ser cheias vão certamente ser abertas pelas próximas gerações com a mesma emoção e espanto que sentimos hoje quando provámos vinhos do início do século XX e dos finais do século XIX.
Os vintages de 2011 têm tudo para aspirar ao estatuto de lenda na história do vinho do Porto e perdurarem nos anais do sector com o mesmo brilho e glória de colheitas como a de 1963, por exemplo. Pode parecer cedo e arriscado antecipar um futuro tão duradouro e brilhante para uma colheita, mas o consenso e a euforia que se estão a estabelecer em torno do Porto Vintage 2011 parecem assentar em bases seguras. As condições climatéricas foram perfeitas: choveu bastante nos últimos três meses de 2010 e os meses de Abril e Maio foram mais amenos e húmidos do que o normal, acelerando o ciclo normal da vinha e desencadeando focos de oído e míldio que viriam a provocar uma queda acentuada na produção (menos 20 por cento do que a média, o que favoreceu a concentração das uvas).
As vinhas chegaram ao pico do Verão em pleno stress hídrico e, quando se esperava que a vindima começasse 15 dias mais cedo e com alguns desequilíbrios na maturação das uvas, caíram umas chuvas milagrosas nos dias 21 de Agosto e 1 de Setembro que permitiram o desenvolvimento harmonioso dos teores de açúcar, dos compostos fenólicos (cor, taninos) e da acidez. A vindima acabou por se iniciar uma semana mais tarde do que o habitual e o bom tempo manteve-se quase até ao final de Outubro. Um cenário de sonho para qualquer enólogo.
Como acontece com os grandes vinhos, os vintages de 2011 nasceram perfeitos. Nos próximos meses, à medida que forem sendo revelados, vão andar nas bocas da crítica nacional e internacional. Alguns podem mesmo aspirar à classificação máxima dos críticos mais influentes. Depois de uma década difícil, o vinho do Porto, o grande vinho português, promete voltar a dar que falar.
Ao contrário do que aconteceu em 2009, em que só algumas casas declararam Porto Vintage, em 2011 a declaração irá ser geral. Pequenas e grandes companhias já anunciaram ir lançar vintages clássicos (engarrafados com as principais marcas e feitos com vinhos de várias propriedades).
A Sogrape foi uma das primeiras a fazê-lo, há algumas semanas. A Fladgate Partenership, que comercializa as marcas Taylor`s, Fonseca e Croft, também anunciou esta terça-feira uma nova declaração de vintage, a quinta em apenas 11 anos (depois das de 2000, 2003, 2007 e 2009). A família Symington, que lidera o sector, manteve-se fiel à média histórica (três colheitas por década) e, quatro anos depois, volta a declarar vintage clássico. Pela primeira vez, a apresentação inaugural dos vinhos foi feita em Portugal.
Como maior produtor do Douro (possui 26 quintas e quase mil hectares de vinha), a família Symington é uma espécie de espelho e barómetro do sector. O facto de ir lançar oito Porto Vintage diz bem da qualidade da colheita de 2011 e também do potencial da empresa. Além dos clássicos Graham`s, Dow`s e Warre`s, os Symington vão declarar Cockburn`s (o primeiro na condição de proprietários da marca), Quinta do Vesúvio, Quinta do Vesúvio Capela, Quinta de Roriz (associação com a família Prats) e Graham`s The Stone Terraces, uma extraordinária novidade.
Paul Symington, o líder da empresa, está na companhia há 34 anos e durante este tempo só assistiu ao lançamento de nove vintages. Charles Symington, o director de enologia, entrou para a empresa em 1995 e o vintage de 2011 foi apenas o quinto em que participou. "Declarar um vintage é uma decisão muito importante", sublinhava, com solenidade, Paul Symington.
Para se chegar a esse momento, é necessário um trabalho prévio e verdadeiramente admirável de prova e selecção de lotes (a grande arte do vinho do Porto). O Graham`s 2011, por exemplo, resultou de uma selecção inicial de 70 lotes provenientes das quintas das Lages, Vila Velha, Vale de Malhadas, Tua e Malvedos e da incorporação no blend final de 15 vinhos diferentes (40% de Touriga Nacional, 31% de Touriga Franca, 23% de vinha velha e 6% de Sousão). A produção total das cinco quintas ascendeu a 1.454 pipas (cerca de 800 mil litros) e apenas 131 pipas foram engarrafadas como Graham`s, o equivalente a 8 mil caixas de vinho. Destas, apenas 650 serão vendidas em Portugal (o preço por garrafa deverá andar entre os 65 e os 70 euros).
É um vintage quase de joalharia, imponente e geométrico no seu esqueleto, de aroma distinto e delicado (fruta vermelha, violetas, eucalipto, menta, esteva…) e sabor complexo (fruta, cacau, especiarias). Os taninos são poderosos mas bem maduros, não secando o palato, e a acidez, para um vinho desta natureza, é magnífica. O final é voluptuoso e explosivo. Na verdade, não há muitas palavras para descrever um vinho destes. Descrevê-lo é perdermo-nos em detalhes que pouco interessam. Um simples adjectivo basta: soberbo.
E podíamos dizer o mesmo de quase todos os outros vintages de 2011 da família Symington , em especial do delicado Warre`s, do denso e concentrado Quinta do Vesúvio Capela (200 caixas apenas, 100 a 110 euros a garrafa), do sofisticado Stone Terraces (250 caixas, 140 a 150 euros a garrafa) e do austero e musculado Dow`s. Na sua diversidade e riqueza, são vintages que reflectem o melhor do Douro. E o melhor do Douro continua a ser o vinho do Porto, tanto o Tawny velho da tradição duriense como o Vintage que os comerciantes ingleses inventaram.

Pedro Garcias (30.04.2013)
in Fugas Vinhos

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bolinhas de Melancia, Meloa e Melão

Ingredientes
1 laranja média
1 fatia média de melancia
1 fatia média de meloa
1 fatia média de melão
Folhas de hortelã fresca picada

Preparação
Ponha as fatias (grossas) de melão, meloa e melancia no congelador até congelarem.
Depois, usando uma colher de gelado, extraia bolinhas das frutas (coloque a colher e faça pressão, rodando ao mesmo tempo).
De seguida, mergulhe as bolinhas no sumo da laranja durante 8 a 10 minutos.
Retire e salpique com hortelã fresca picada.
Sirva bem gelado.

Adaptado daqui

M de Melão, Meloa e Melancia

As frutas que se podem beber sem restrições são sinónimo de saúde até à última gota.

Quase todas as consultas ou outras intervenções nutricionais possuem sempre um espaço reservado para o trio melão, meloa e melancia (e já agora também os morangos) como aqueles frutos dos quais se pode “abusar” ou comer com mais à vontade. E, de facto, a sua composição nutricional legitima completamente esta discriminação positiva uma vez que, em vez de fruta que se come, estamos perante fruta que se bebe. Melão, meloa e melancia possuem todos mais de 90% de água e menos de 6% de açúcar, algo que na prática se traduz em apenas 20 a 30 kcal por 100 gramas.
Vemos então que a opção por qualquer um dos três é positiva na perspectiva de aumentar a densidade nutricional da nossa alimentação, isto é, é maior a quantidade de alimentos ingeridos com o mínimo de calorias associadas. Ainda assim, uma pergunta impõe-se: entre melão, meloa e melancia qual deles o melhor? Como os olhos também comem, poderíamos ficar com a ilusão de que as suas fortes cores teriam a devida correspondência em vitaminas, nutrientes e fitoquímicos. Todavia, entre os três, a melancia é justamente a que possui menos fibra, menos carotenos e, consequentemente, menos vitamina A, mas também bastante menos vitamina C (melão e meloa são excelentes fornecedores desta vitamina).
Apesar do potencial antioxidante dos três ocupar um patamar inferior no panorama de frutos e hortícolas, é mais uma vez a melancia que se diferencia negativamente a este nível. Ainda assim, falamos de diferenças relativamente pequenas e tomara que todas as dúvidas ou indecisões na escolha alimentar tivessem como pano de fundo alimentos com esta grande riqueza nutricional.
A caminhada da Primavera até ao Verão faz-se ao ritmo do aumento das temperaturas, e como quase tudo na natureza faz sentido, são justamente as “frutas que se podem beber” que começam a inundar as bermas das estradas fazendo com que a paragem se torne quase obrigatória. Por isso, quer opte por melão, meloa ou melancia, existem poucas dúvidas e uma só certeza: são sinónimo de saúde até à última gota.

Pedro Carvalho, nutricionista (pedrocarvalho@fcna.up.pt)
in Lifestyle Público

domingo, 23 de junho de 2013

Nunca soube lançar o pião

Nunca soube lançar o pião
como os rapazes no terreiro,
entre os contentores: aprendizes
de ladrões, de proxenetas,

arrumadores. Nunca soube
lançar o pião. Nem puxar-lhe
o cordel entre os dedos
ou içá-lo, rodopiante, na palma

a mão, acima do solo
conspurcado e mudo. Lancei
a minha vida, os meus
anseios. E foi tudo.

Vítor Oliveira Mateus, in A Irresistível Voz de Ionatos
Editora Labirinto, 2009, Lisboa