As surpresas da semana
1 - Os espectáculos tauromáquicos e os circos com animais passaram a ser proibidos no concelho de Sintra que, com esta decisão, se junta a outros três concelhos que, nas últimas semanas, aprovaram medidas limitadoras idênticas.
2 - Humanos dos países nórdicos têm olhos maiores. Característica evolutiva compensa a quantidade reduzida de luz.
3 - Passatempo: ganhe 5 livros «30 ideias para viver melhor» de Cristina Azedo (participa até 28 de Agosto 2011).
4 - Espanha: Monja de 103 anos sai do convento pela primeira vez para ir à JMJ 2011.
5 - Dinamarca: O país mais feliz do Mundo
6 - Passatempo: ganhe 15 prémios do macaco Julius (participa até 28 de Agosto 2011).
7 - Vídeo: Pigeon Impossible
8 - Morre Jesús del Pozo
9 - Passatempo: a Sociedade Ponto Verde vai oferecer um ecoponto para casa, sacos de reciclagem e brindes quando atingir os 20.000 fãs no FB.
10 - São muitas as marcas que recorrem ao trabalho escravo para conseguir grandes margens de lucro a preços competitivos. Terá de ser os consumidores a inverter o consumo e optar pelo comércio justo e local: Escândalo de trabalho escravo no Brasil envolve marcas de roupa famosas.
11 - Amy Butler Bloom Quilt. Os fuxicos estão muito em voga sendo aplicados em tudo desde bolsas e alfinetes a colares e estão em grande neste bonito quilt de flores de AmyButler. Usando tecidos variados da colecção Soul Blossoms, este quilt apresenta uma combinação fabulosa de cores com um visual exótico e feminino.
12 - Ganhe sem sorteio 1 experiência de beleza na compra de 2 produtos Nivea. Promoção limitada a 180.000 vouchers (até 15 Novembro 2011).
13 - Baga de sabugueiro é produto de excelência
14 - 10 erros que não a deixam emagrecer!
15 - Passatempo: a Bimby está a oferecer, no Sabores, 5 sacos de praia (participa até 23 Agosto 2011).
16 - Nemátodo do pinheiro pode obrigar a corte dois milhões de árvores
17 - A herança das freiras doceiras: Pastel de Tentúgal
18 - Passatempo: a Protex oferece cinco corta-unhas Trim (participa até 31 Agosto 2011).
19 - Poesia da Árvore. As árvores e as florestas são frequentemente inspiração de poetas. Em 1979 foi publicada uma antologia poética sobre este tema, com belíssimos poemas alguns dos quais viemos aqui lembrar.
20 - Um blogue delicioso: Tertúlia dos Sabores
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 20 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Letras
O tempo passava e a vida tornava-se cada vez mais opaca em redor de mim. Os livros acumulam-se, adensam-se. E cada livro continha uma pitada da verdade e cada recordação insinuava que é vão conhecer a verdadeira natureza das relações humanas, porque nenhum conhecimento torna uma pessoa mais sábia.(…) O amigo, assim como o namorado, não espera recompensa pelos seus sentimentos. Não quer contrapartidas, não considera a pessoa que escolheu para ser seu amigo como uma criatura irreal, conhece os seus defeitos e assim o aceita, com todas as suas consequências. Isso seria o ideal. E na verdade, vale a pena viver, ser homem, sem esse ideal?
Sandor Marai, in As Velas Ardem Até ao Fim
O tempo passava e a vida tornava-se cada vez mais opaca em redor de mim. Os livros acumulam-se, adensam-se. E cada livro continha uma pitada da verdade e cada recordação insinuava que é vão conhecer a verdadeira natureza das relações humanas, porque nenhum conhecimento torna uma pessoa mais sábia.(…) O amigo, assim como o namorado, não espera recompensa pelos seus sentimentos. Não quer contrapartidas, não considera a pessoa que escolheu para ser seu amigo como uma criatura irreal, conhece os seus defeitos e assim o aceita, com todas as suas consequências. Isso seria o ideal. E na verdade, vale a pena viver, ser homem, sem esse ideal?
Sandor Marai, in As Velas Ardem Até ao Fim
Life - Harold´s Planet
by Swerling and Lazar
clique na imagem para ampliar
"Roubado" da Moura Aveirense
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Máscara Caseira para Cabelo Seco
Nesta altura do ano, é normal termos o cabelo mais seco, por causa da exposição solar, da água salgada, do cloro e das lavagens sucessivas. Se for o seu caso, experimente esta máscara de hidratação, muito fácil de preparar.
Ingredientes:
1 abacate;
1 gema de ovo;
2 colheres de azeite.
Preparação:
Comece por triturar muito bem o abacate (que convém estar bem maduro). De seguida, misture-o bem com uma gema de ovo e com duas colheres de azeite.
Depois de tudo bem misturado, coloque o preparado sobre o cabelo previamente molhado e acondicione tudo com a ajuda duma touca de banho ou de papel de alumínio (de cozinha). Deixe actuar durante cerca de 20 a 30 minutos.
No final, retire tudo com água morna e lave o cabelo como normalmente.
in Mini-Saia
Nesta altura do ano, é normal termos o cabelo mais seco, por causa da exposição solar, da água salgada, do cloro e das lavagens sucessivas. Se for o seu caso, experimente esta máscara de hidratação, muito fácil de preparar.
Ingredientes:
1 abacate;
1 gema de ovo;
2 colheres de azeite.
Preparação:
Comece por triturar muito bem o abacate (que convém estar bem maduro). De seguida, misture-o bem com uma gema de ovo e com duas colheres de azeite.
Depois de tudo bem misturado, coloque o preparado sobre o cabelo previamente molhado e acondicione tudo com a ajuda duma touca de banho ou de papel de alumínio (de cozinha). Deixe actuar durante cerca de 20 a 30 minutos.
No final, retire tudo com água morna e lave o cabelo como normalmente.
in Mini-Saia
Confiança ajuda a cumprir rotina de exercício físico
Investigação indica que pessoas mais eficazes não desistem perante obstáculos
Cumprir uma rotina de exercícios significa ser capaz de superar os obstáculos que surgem invariavelmente. A chave do sucesso é ter a confiança de que pode fazê-lo.
Um novo estudo da Universidade de Illinois explora como algumas estratégias cognitivas e competências aumentam essa “situação específica de auto-confiança”, uma qualidade que os investigadores chamam de “auto-eficácia”.
É possível “aplicar o conceito de auto-eficácia para qualquer comportamento de saúde porque, em muitos aspectos, é o que realmente nos ajuda a chegar ao fim do dia, fica connosco através dos tempos difíceis”, afirma Edward McAuley, investigador líder do estudo. “As pessoas que são mais eficazes tendem a abordar as tarefas mais desafiadoras, trabalhar mais e não desistem diante das adversidades que encontram”.
Segundo o cientista, aqueles que não possuem auto-eficácia, muitas vezes não tentam sequer iniciar uma nova rotina de exercício físico ou param ao primeiro sinal de dificuldade. “Quase 50 por cento das pessoas que começam um programa de exercícios, abandonam-no nos primeiros seis meses”, refere.
No entanto, o investigador sublinha que nem tudo está perdido para aqueles com baixa auto-eficácia. A investigação publicada no American Journal of Preventive Medicine mostrou que existem maneiras de aumentar a confiança em relação a metas específicas. Lembrar sucessos anteriores e observar outros a fazer algo que consideramos assustador pode aumentar a auto-eficácia o suficiente para começar. Cada passo em direcção à meta aumenta ainda mais a confiança.
Para realizar o estudo, Edward McAuley e colegas realizaram testes cognitivos em 177 homens e mulheres na faixa dos 60 e início dos anos 70.
Os resultados demonstraram que existem algumas competências e estratégias que aumentam a aderência dos participantes aos programas de exercício: realizar multitarefas e inibir respostas indesejáveis. E a definição de metas, gestão do tempo, auto-monitorização e recrutar outros para apoiar.
“Podemos potencialmente utilizar esta informação para identificar quem poderá aderir menos a um programa de exercícios. Depois, podemos oferecer às pessoas um conjunto de diferentes capacidades para encarar as dificuldades e várias estratégias para inibir ou superar maus comportamentos”, explica Edward McAuley.
in Ciência Hoje
Investigação indica que pessoas mais eficazes não desistem perante obstáculos
Cumprir uma rotina de exercícios significa ser capaz de superar os obstáculos que surgem invariavelmente. A chave do sucesso é ter a confiança de que pode fazê-lo.
Um novo estudo da Universidade de Illinois explora como algumas estratégias cognitivas e competências aumentam essa “situação específica de auto-confiança”, uma qualidade que os investigadores chamam de “auto-eficácia”.
É possível “aplicar o conceito de auto-eficácia para qualquer comportamento de saúde porque, em muitos aspectos, é o que realmente nos ajuda a chegar ao fim do dia, fica connosco através dos tempos difíceis”, afirma Edward McAuley, investigador líder do estudo. “As pessoas que são mais eficazes tendem a abordar as tarefas mais desafiadoras, trabalhar mais e não desistem diante das adversidades que encontram”.
Segundo o cientista, aqueles que não possuem auto-eficácia, muitas vezes não tentam sequer iniciar uma nova rotina de exercício físico ou param ao primeiro sinal de dificuldade. “Quase 50 por cento das pessoas que começam um programa de exercícios, abandonam-no nos primeiros seis meses”, refere.
No entanto, o investigador sublinha que nem tudo está perdido para aqueles com baixa auto-eficácia. A investigação publicada no American Journal of Preventive Medicine mostrou que existem maneiras de aumentar a confiança em relação a metas específicas. Lembrar sucessos anteriores e observar outros a fazer algo que consideramos assustador pode aumentar a auto-eficácia o suficiente para começar. Cada passo em direcção à meta aumenta ainda mais a confiança.
Para realizar o estudo, Edward McAuley e colegas realizaram testes cognitivos em 177 homens e mulheres na faixa dos 60 e início dos anos 70.
Os resultados demonstraram que existem algumas competências e estratégias que aumentam a aderência dos participantes aos programas de exercício: realizar multitarefas e inibir respostas indesejáveis. E a definição de metas, gestão do tempo, auto-monitorização e recrutar outros para apoiar.
“Podemos potencialmente utilizar esta informação para identificar quem poderá aderir menos a um programa de exercícios. Depois, podemos oferecer às pessoas um conjunto de diferentes capacidades para encarar as dificuldades e várias estratégias para inibir ou superar maus comportamentos”, explica Edward McAuley.
in Ciência Hoje
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Desporto,
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Saúde
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Ajude a Lutar Contra a Fome no Corno de África
760 300 130 (0,60 Euros + IVA)
1 chamada = 1 refeição
Por cada chamada feita será distribuída mais uma refeição às crianças do bairro de lata do Soweto através do programa alimentar escolar.
ADDHU - Associação de Defesa dos Direitos Humanos
Rua D. João V, 19 - 5º Esq.
1250-089 Lisboa
Telefone: (+351) 213 648 171 - (+351) 962 904 738
Email: info@addhu.org
www.addhu.org
Caros amigos e apoiantes,
Como sabem, a ADDHU desenvolve trabalho no Quénia, um dos países afectados pela crise humanitária no Corno de África. De modo a responder a esta crise, estamos neste momento no terreno a desenvolver várias iniciativas nos bairros de lata de Nairobi, que têm vindo a receber cada vez mais refugiados da Somália, uma vez que os campos do Norte se encontram sobrelotados, para além desta crise estar também a afectar gravemente a população queniana, nomeadamente nos meios mais desfavorecidos. Entre as iniciativas organizadas e levadas a cabo, importa salientar as distribuições regulares de bens alimentares às famílias mais afectadas (no dia 15 de Agosto, distribuímos cerca de 800kg de arroz, feijão e farinha de trigo no bairro de lata do Soweto, que beneficiaram mais de 600 famílias) e um programa alimentar escolar também no bairro de lata do Soweto em Nairobi, que neste momento abrange 690 crianças e que gostaríamos de alargar a mais crianças.
Desta forma, vimos por este meio solicitar o vosso apoio para divulgar a nossa resposta a esta crise pelos vossos contactos. O nosso objectivo é realizar uma grande campanha para podermos continuar a distribuir alimentos a estas populações.
A ajuda pode ser canalizada pelo número solidário da ADDHU - 760 300 130 (0,60 Euros + IVA) - ou por transferência para o NIB referido no site.
Precisamos mesmo de ajuda pois podemos fazer muito: temos os meios logísticos para isso e estamos no terreno em parceria com a ONG queniana God's Vision for Africa.
Muito obrigada!
Laura Vasconcellos
Presidente e Fundadora da ADDHU
760 300 130 (0,60 Euros + IVA)
1 chamada = 1 refeição
Por cada chamada feita será distribuída mais uma refeição às crianças do bairro de lata do Soweto através do programa alimentar escolar.
ADDHU - Associação de Defesa dos Direitos Humanos
Rua D. João V, 19 - 5º Esq.
1250-089 Lisboa
Telefone: (+351) 213 648 171 - (+351) 962 904 738
Email: info@addhu.org
www.addhu.org
Caros amigos e apoiantes,
Como sabem, a ADDHU desenvolve trabalho no Quénia, um dos países afectados pela crise humanitária no Corno de África. De modo a responder a esta crise, estamos neste momento no terreno a desenvolver várias iniciativas nos bairros de lata de Nairobi, que têm vindo a receber cada vez mais refugiados da Somália, uma vez que os campos do Norte se encontram sobrelotados, para além desta crise estar também a afectar gravemente a população queniana, nomeadamente nos meios mais desfavorecidos. Entre as iniciativas organizadas e levadas a cabo, importa salientar as distribuições regulares de bens alimentares às famílias mais afectadas (no dia 15 de Agosto, distribuímos cerca de 800kg de arroz, feijão e farinha de trigo no bairro de lata do Soweto, que beneficiaram mais de 600 famílias) e um programa alimentar escolar também no bairro de lata do Soweto em Nairobi, que neste momento abrange 690 crianças e que gostaríamos de alargar a mais crianças.
Desta forma, vimos por este meio solicitar o vosso apoio para divulgar a nossa resposta a esta crise pelos vossos contactos. O nosso objectivo é realizar uma grande campanha para podermos continuar a distribuir alimentos a estas populações.
A ajuda pode ser canalizada pelo número solidário da ADDHU - 760 300 130 (0,60 Euros + IVA) - ou por transferência para o NIB referido no site.
Precisamos mesmo de ajuda pois podemos fazer muito: temos os meios logísticos para isso e estamos no terreno em parceria com a ONG queniana God's Vision for Africa.
Muito obrigada!
Laura Vasconcellos
Presidente e Fundadora da ADDHU
Fábrica de Chá Gorreana – Ribeira Grande/Açores
Estrada Regional
Gorreana de Cima
9625-304 Maia (São Miguel)
Tel.: 296442349
www.gorreana.com
O chá das 5… gerações
A mais antiga fábrica de chá da Europa continua a utilizar os ensinamentos chineses e as técnicas seculares que foram passando de geração em geração. Mais do que um exemplo vivo de arqueologia industrial, aqui bebe-se uma chávena de história com gostinho açoriano.
A funcionar de forma ininterrupta desde 1883, a Fábrica de Chá Gorrena deve o seu impulso inicial a dois chineses oriundos de Macau – o mestre Lau-a-Pau e o ajudante Lau-a-Teng – que levaram várias sementes para os Açores e ensinaram as complexas técnicas orientais da preparação do chá.
Desde então, já lá vão cinco gerações, que a unidade pertence à família da fundadora, Hermelinda Gago da Câmara, tendo sido a única que resistiu sempre a todas as crises. Longe vão os tempos em que chegaram a existir 16 plantações em toda a ilha de São Miguel...
Em 1998 ressurgiu também a Fábrica de Chá de Porto Formoso, situada ali bem perto, que tinha fechado portas nos anos 80. Juntas, fazem agora desta ilha o único local da Europa que utiliza a planta do chá para fins industriais.
Rumo ao Norte
Chegar à Gorreana não tem nada que enganar. Seja a partir da Ribeira Grande ou das Furnas é só seguir em direcção à estrada da costa norte e, já na freguesia da Maia, ficar atento ao cruzamento para a Lagoa de São Brás, porque é junto a ele que está a fábrica.
O edifício principal, com o nome pintado a vermelho vivo numa fachada totalmente branca, surge enquadrado pelas plantações que descem em anfiteatro pela encosta, sempre com o mar em pano de fundo. Um regalo para os olhos.
Próximo da entrada está uma antiga máquina a vapor (a primeira locomóvel dos Açores) que em tempos foi utilizada para fornecer energia, mas hoje serve de mote para o autêntico museu vivo que iremos descobrir no interior.
O jogo da glória… do chá
As portas estão abertas a todos os visitantes que podem passear gratuita e livremente pela unidade numa espécie de viagem por etapas que desfia o processo de produção do chá. No fundo, é como se cada sala correspondesse a uma fase da transformação, sempre com respeito pelas técnicas tradicionais.
Esta preocupação revela-se logo na área dos enroladores, onde as folhas são processadas ainda de forma ortodoxa, ou seja, com o cuidado de não serem esmagadas ou partidas aos bocadinhos. Há muito que as fábricas mais modernas deixaram de utilizar este método (mais demorado e dispendioso) mas no final é o sabor que sai a ganhar.
Segue-se a sala da oxidação, uma cave com pouca luz onde o chá é deixado a “fermentar” em compartimentos de madeira e, logo depois, surgem as áreas do aquecimento das folhas, da secagem, da calibragem e, finalmente, do ensaque.
É aqui que admiramos a perícia das mulheres a escolherem o chá à mão, antes de ser ensacado em duas máquinas mais recente, as únicas com ares de modernidade. Todas as outras têm quase tantos anos como a fábrica, parecendo autênticas peças de museu que, para deleite dos visitantes, continuam teimosamente a trabalhar.
No final, é claro que não podíamos deixar de experimentar o resultado de todo este processo e, sobretudo, tentar descobrir as diferenças e afinidades entre as quatro variedades de chá produzidas na Gorreana.
Destas, só uma é de chá verde – a Hysson - enquanto as restantes três são de chá preto: Orange Pekoe, muito leve e aromático, por ser proveniente da primeira folha do rebento; Pekoe, mais forte e menos aromático (das folhas do meio); e o Broken Leaf, o mais leve e menos aromático, uma vez que é feito sobretudo das folhas exteriores, inevitavelmente mais velhas e partidas.
Junto à loja (onde se podem comprar todas estas variedades e outras recordações dos Açores) já existe uma sala de chá, com vistas privilegiadas para as plantações e para o mar, mas enquanto não entrar em funcionamento as “provas” são feitas noutro local, em pé, mas rodeadas de história(s).
É assim, entre máquinas e ferramentas antigas, fotos de outrora e bancadas desgastadas pelo tempo que bebemos o famoso chá da Gorreana. Açoriano, como sempre, e orgulhosamente à moda antiga.
Nelson Jerónimo Rodrigues, in Lifecooler
Estrada Regional
Gorreana de Cima
9625-304 Maia (São Miguel)
Tel.: 296442349
www.gorreana.com
O chá das 5… gerações
A mais antiga fábrica de chá da Europa continua a utilizar os ensinamentos chineses e as técnicas seculares que foram passando de geração em geração. Mais do que um exemplo vivo de arqueologia industrial, aqui bebe-se uma chávena de história com gostinho açoriano.
A funcionar de forma ininterrupta desde 1883, a Fábrica de Chá Gorrena deve o seu impulso inicial a dois chineses oriundos de Macau – o mestre Lau-a-Pau e o ajudante Lau-a-Teng – que levaram várias sementes para os Açores e ensinaram as complexas técnicas orientais da preparação do chá.
Desde então, já lá vão cinco gerações, que a unidade pertence à família da fundadora, Hermelinda Gago da Câmara, tendo sido a única que resistiu sempre a todas as crises. Longe vão os tempos em que chegaram a existir 16 plantações em toda a ilha de São Miguel...
Em 1998 ressurgiu também a Fábrica de Chá de Porto Formoso, situada ali bem perto, que tinha fechado portas nos anos 80. Juntas, fazem agora desta ilha o único local da Europa que utiliza a planta do chá para fins industriais.
Rumo ao Norte
Chegar à Gorreana não tem nada que enganar. Seja a partir da Ribeira Grande ou das Furnas é só seguir em direcção à estrada da costa norte e, já na freguesia da Maia, ficar atento ao cruzamento para a Lagoa de São Brás, porque é junto a ele que está a fábrica.
O edifício principal, com o nome pintado a vermelho vivo numa fachada totalmente branca, surge enquadrado pelas plantações que descem em anfiteatro pela encosta, sempre com o mar em pano de fundo. Um regalo para os olhos.
Próximo da entrada está uma antiga máquina a vapor (a primeira locomóvel dos Açores) que em tempos foi utilizada para fornecer energia, mas hoje serve de mote para o autêntico museu vivo que iremos descobrir no interior.
O jogo da glória… do chá
As portas estão abertas a todos os visitantes que podem passear gratuita e livremente pela unidade numa espécie de viagem por etapas que desfia o processo de produção do chá. No fundo, é como se cada sala correspondesse a uma fase da transformação, sempre com respeito pelas técnicas tradicionais.
Esta preocupação revela-se logo na área dos enroladores, onde as folhas são processadas ainda de forma ortodoxa, ou seja, com o cuidado de não serem esmagadas ou partidas aos bocadinhos. Há muito que as fábricas mais modernas deixaram de utilizar este método (mais demorado e dispendioso) mas no final é o sabor que sai a ganhar.
Segue-se a sala da oxidação, uma cave com pouca luz onde o chá é deixado a “fermentar” em compartimentos de madeira e, logo depois, surgem as áreas do aquecimento das folhas, da secagem, da calibragem e, finalmente, do ensaque.
É aqui que admiramos a perícia das mulheres a escolherem o chá à mão, antes de ser ensacado em duas máquinas mais recente, as únicas com ares de modernidade. Todas as outras têm quase tantos anos como a fábrica, parecendo autênticas peças de museu que, para deleite dos visitantes, continuam teimosamente a trabalhar.
No final, é claro que não podíamos deixar de experimentar o resultado de todo este processo e, sobretudo, tentar descobrir as diferenças e afinidades entre as quatro variedades de chá produzidas na Gorreana.
Destas, só uma é de chá verde – a Hysson - enquanto as restantes três são de chá preto: Orange Pekoe, muito leve e aromático, por ser proveniente da primeira folha do rebento; Pekoe, mais forte e menos aromático (das folhas do meio); e o Broken Leaf, o mais leve e menos aromático, uma vez que é feito sobretudo das folhas exteriores, inevitavelmente mais velhas e partidas.
Junto à loja (onde se podem comprar todas estas variedades e outras recordações dos Açores) já existe uma sala de chá, com vistas privilegiadas para as plantações e para o mar, mas enquanto não entrar em funcionamento as “provas” são feitas noutro local, em pé, mas rodeadas de história(s).
É assim, entre máquinas e ferramentas antigas, fotos de outrora e bancadas desgastadas pelo tempo que bebemos o famoso chá da Gorreana. Açoriano, como sempre, e orgulhosamente à moda antiga.
Nelson Jerónimo Rodrigues, in Lifecooler
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Made in Portugal
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sangria Branca
4 Pessoas
Ingredientes
Vinho branco seco: 1 litro
Banana: 2
Maçã: 1
Laranja: 1
Limão: 1
Licor de banana: 1 cálice
Gelo: q.b.
Preparação
Deite o vinho num jarro grande e junte a fruta cortada em pedacinhos.
Adicione o licor de banana e misture bem.
Leve ao frigorífico durante 3 horas, mexendo de vez em quando.
Na hora de servir, adicione cubos de gelo a gosto.
in Sapo Sabores
4 Pessoas
Ingredientes
Vinho branco seco: 1 litro
Banana: 2
Maçã: 1
Laranja: 1
Limão: 1
Licor de banana: 1 cálice
Gelo: q.b.
Preparação
Deite o vinho num jarro grande e junte a fruta cortada em pedacinhos.
Adicione o licor de banana e misture bem.
Leve ao frigorífico durante 3 horas, mexendo de vez em quando.
Na hora de servir, adicione cubos de gelo a gosto.
in Sapo Sabores
Como Sobreviver a Um Terramoto em Portugal
de João Pedro George - 1ª Edição 2011
Editora Livros d'Hoje
P.V.P.: 10,00 €
www.mediabooks.com
Livro desperta consciências para o elevado risco sísmico no país
Existe uma “grande probabilidade de Portugal sofrer um terramoto (seguido de tsunami) semelhante ao de 1755 ou a este último ocorrido no Japão”, diz João Pedro George ao Ciência Hoje.
Por esse motivo, o doutorado em sociologia da cultura da Universidade Nova de Lisboa acaba de lançar um livro que procura “informar e consciencializar as pessoas para essa eventualidade”.
‘Como Sobreviver a Um Terramoto em Portugal’ fornece “dicas de sobrevivência para antes, durante e depois do terramoto (e do tsunami)”.
O livro “foi feito a partir de pesquisa bibliográfica, consultas de sites na internet e entrevistas realizadas a especialistas do Instituto Superior Técnico, da Faculdade de Ciências de Lisboa e responsáveis da Protecção Civil”, descreve o autor. A ideia para o trabalho surgiu “vendo as imagens do terramoto do Japão”, revela.
A primeira parte da obra apresenta uma definição de pontos mais vulneráveis, zonas de risco, aborda a segurança das construções e prevê o que poderia acontecer em caso de terramoto. A segunda parte é mais prática pelo que apresenta as dicas a ter em conta neste cenário. Para as mentes mais informadas, é possível que não apresente muito de novo. Ainda assim, o essencial está lá.
“Os terramotos, sendo fenómenos que existem desde o princípio dos tempos e que acompanham os seres humanos desde o seu nascimento, são importantes em todas as épocas”, sublinha João Pedro George.
“Segundo os especialistas e tendo em conta o nosso historial sísmico, o País tem um risco elevado” de sofrer um violento terramoto, explica o sociólogo. O perigo vem das diversas falhas sísmicas que o território português tem, sendo as três principais e com mais actividade as da Ribeira de Coina, do Vale do Tejo e do Banco de Gorringe.
“Se houvesse um violento terramoto no País morreriam dezenas de milhares de pessoas e haveria severos danos materiais, com destruição de parte importante do edificado de Lisboa e do Algarve, em particular”, alerta João Pedro George. É por isso aconselhável que ao menos saibamos ‘Como Sobreviver a Um Terramoto em Portugal’.
Susana Lage, in Ciência Hoje
de João Pedro George - 1ª Edição 2011
Editora Livros d'Hoje
P.V.P.: 10,00 €
www.mediabooks.com
Livro desperta consciências para o elevado risco sísmico no país
Existe uma “grande probabilidade de Portugal sofrer um terramoto (seguido de tsunami) semelhante ao de 1755 ou a este último ocorrido no Japão”, diz João Pedro George ao Ciência Hoje.
Por esse motivo, o doutorado em sociologia da cultura da Universidade Nova de Lisboa acaba de lançar um livro que procura “informar e consciencializar as pessoas para essa eventualidade”.
‘Como Sobreviver a Um Terramoto em Portugal’ fornece “dicas de sobrevivência para antes, durante e depois do terramoto (e do tsunami)”.
O livro “foi feito a partir de pesquisa bibliográfica, consultas de sites na internet e entrevistas realizadas a especialistas do Instituto Superior Técnico, da Faculdade de Ciências de Lisboa e responsáveis da Protecção Civil”, descreve o autor. A ideia para o trabalho surgiu “vendo as imagens do terramoto do Japão”, revela.
A primeira parte da obra apresenta uma definição de pontos mais vulneráveis, zonas de risco, aborda a segurança das construções e prevê o que poderia acontecer em caso de terramoto. A segunda parte é mais prática pelo que apresenta as dicas a ter em conta neste cenário. Para as mentes mais informadas, é possível que não apresente muito de novo. Ainda assim, o essencial está lá.
“Os terramotos, sendo fenómenos que existem desde o princípio dos tempos e que acompanham os seres humanos desde o seu nascimento, são importantes em todas as épocas”, sublinha João Pedro George.
“Segundo os especialistas e tendo em conta o nosso historial sísmico, o País tem um risco elevado” de sofrer um violento terramoto, explica o sociólogo. O perigo vem das diversas falhas sísmicas que o território português tem, sendo as três principais e com mais actividade as da Ribeira de Coina, do Vale do Tejo e do Banco de Gorringe.
“Se houvesse um violento terramoto no País morreriam dezenas de milhares de pessoas e haveria severos danos materiais, com destruição de parte importante do edificado de Lisboa e do Algarve, em particular”, alerta João Pedro George. É por isso aconselhável que ao menos saibamos ‘Como Sobreviver a Um Terramoto em Portugal’.
Susana Lage, in Ciência Hoje
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
As vantagens de viajar em grupo
Utilize os transportes públicos sempre que possível!
Utilize os transportes públicos sempre que possível!
Chá com Semente de Mostarda
Paulo Coelho
Uma mulher, desesperada com a morte do pai, procurou Buda. Pedia que a curasse da dor que tal perda provocava.
- A cura é simples - disse Buda. - Chá com semente de mostarda.
Mais tranquila, a mulher se preparava para ir ao mercado comprar as sementes, quando Buda advertiu:
- Mas as sementes têm que ser colhidas no jardim de uma casa onde seus habitantes nunca tenham perdido alguém que amavam.
Dois anos depois, a mulher voltou.
- Então, encontrou as sementes de mostarda? - perguntou Buda.
- Eu estava fechada em minha dor, não entendia que a morte é parte da vida - disse ela. - Mas descobri que tal jardim não existe; todo mundo já perdeu uma pessoa querida. E todos sobreviveram ao sofrimento.
" Meu coração está em paz. Sei que posso conviver com a dor, e seguir adiante."
in Contos e Lendas
Paulo Coelho
Uma mulher, desesperada com a morte do pai, procurou Buda. Pedia que a curasse da dor que tal perda provocava.
- A cura é simples - disse Buda. - Chá com semente de mostarda.
Mais tranquila, a mulher se preparava para ir ao mercado comprar as sementes, quando Buda advertiu:
- Mas as sementes têm que ser colhidas no jardim de uma casa onde seus habitantes nunca tenham perdido alguém que amavam.
Dois anos depois, a mulher voltou.
- Então, encontrou as sementes de mostarda? - perguntou Buda.
- Eu estava fechada em minha dor, não entendia que a morte é parte da vida - disse ela. - Mas descobri que tal jardim não existe; todo mundo já perdeu uma pessoa querida. E todos sobreviveram ao sofrimento.
" Meu coração está em paz. Sei que posso conviver com a dor, e seguir adiante."
in Contos e Lendas
domingo, 14 de agosto de 2011
As imagens da semana
o teu rosto à minha espera, o teu rosto
a sorrir para os meus olhos, existe um
trovão de céu sobre a montanha.
as tuas mãos são finas e claras, vês-me
sorrir, brisas incendeiam o mundo,
respiro a luz sobre as folhas da olaia.
entro nos corredores de outubro para
encontrar um abraço nos teus olhos,
este dia será sempre hoje na memória.
hoje compreendo os rios. a idade das
rochas diz-me palavras profundas,
hoje tenho o teu rosto dentro de mim.
José Luís Peixoto, in A Casa, A Escuridão
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