sábado, 18 de dezembro de 2010

As surpresas da semana

1 - CNA reconhece que Espanha não disponibiliza informação sobre bacias hidrográficas.

2 - A Adega Mayor faz parte do grupo restrito de 35 adegas seleccionadas a nível mundial pelo MoMA (Museum of Modern Art) de São Francisco (EUA), para a exposição “How Wine became Modern”. Inaugurada a 19 de Novembro e aberta ao público até 17 de Abril, a mostra explora as mais recentes transformações visuais e físicas da cultura do vinho, oferecendo uma nova abordagem para o entendimento da contemporaneidade do mundo vinícola e o papel que a arquitectura, o design gráfico e industrial desempenham na sua evolução. Incluída entre 35 projectos especiais de arquitectura e vinho no mundo, a adega portuguesa desenhada por Siza Vieira coloca desta forma, o Alentejo e Portugal no mapa da modernidade a nível mundial.

3 - Passatempo SAPO "Crowne Plaza Vilamoura": oferecemos uma estadia da noite de 31 para 1 de Janeiro e o jantar de passagem de ano para duas pessoas no Crowne Plaza Vilamoura (participa até 26 Dezembro 2010).

4 - Veículos eléctricos: Claro que a opção por um veículo eléctrico não pode ser para todos: há questões de autonomia (cerca de 100 km), o tempo da recarga (cerca de seis horas), o preço (alto em comparação com os carros a gasolina) e a dificuldade para as pessoas que não têm garagem própria (ou semelhante), para o deixarem à carga durante a noite, por exemplo. A rede de postos de carregamento pública vai ser muito prática. mas ainda é escassa, e a questão psicológica da autonomia também conta. Os carros eléctricos vão ser um dos caminhos, mas por enquanto muito estreito.

5 - SPEA procura voluntário para Serviço Voluntário Europeu. No âmbito do programa Youth In Action / Serviço Voluntário Europeu da Comissão Europeia, a SPEA desenvolve, em parceria com a associação Rota Jovem, o projecto «Communicating Birds IV». Pretendemos assim receber um voluntário, entre 31 de Maio e 30 de Novembro de 2011, que terá como principal tarefa o apoio à organização do VII Congresso de Ornitologia da SPEA & I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia (Madeira, 29-31 Outubro 2011). As candidaturas estão abertas até 9 de Janeiro de 2011.

6 - Passatempo: a Portugal Dream Coast e a José Maria da Fonseca juntam-se para oferecer uma visita Guiada às Adegas José Maria da Fonseca com prova de Vinho e Queijo para duas pessoas, com oferta duma garrafa de Moscatel de Setúbal (participa até 24 Dezembro 2010).

7 - Museu de Penafiel eleito o melhor Museu Português.

8 - Lisboa: Arcádia abriu loja na Avenida de Roma.

9 - Acrescente um ar natalício ao seu serviço de café com alguns berloques de crochet com o brilho das linhas metalizadas. Este é um modelo rápido e fácil de executar mesmo para as principiantes nas artes dos lavores.

10 - Passatempo Oceanário: o Vasco tem para oferecer prémios aos três melhores desenhos (crianças entre os 4 e os 12 anos, com o apoio e conhecimento dos pais). Participa até 31 Dezembro 2010.

11 - Sogrape: envia um e-card de Boas Festas!

12 - Imaginar comida pode ajudar a emagrecer. Estudo na «Science» sugere que uma ideia repetitiva de um alimento já traz satisfação.

13 - Passatempo Ultimate Beauty/Dove Visible Care: ganhe 30 kits compostos por duas embalagens de gel de banho e uma garrafa de água ecológica (participa até 27 Dezembro 2010).

14 - Como poupar água.

15 - Uma vez por ano a Victoria's Secret chama à Terra os anjos mais sensuais para desfilar as suas colecções de lingerie. Desta vez quem dividiu o palco com as modelos foram os cantores Katy Perry e Akon. Cor, música, movimento e as modelos mais cobiçadas do momento atraíram a Nova Iorque fãs e celebridades. Este desfile já foi no início do mês de Novembro, mas teve direito a ser transmitido na televisão pela CBS no passado dia 30. Mais do que um desfile, estas apresentações são um espectáculo para toda a gente.

16 - George Michael regrava canção de Natal.

17 - Passatempo aeiou: ganhe um fim-de-semana de sonho no Suites Alba Resort & Spa! Para este mês de Dezembro, o desafio é escrever um texto e enviar fotografias (originais) que descrevam os desejos e expectativas relativamente ao novo ano de 2011 (participa até 29 Dezembro 2010).

18 - Parece ser uma delícia: Bolo Inglês.

19 - Spoony needs your vote! BirdLife’s work to save two key resting and feeding sites in China, used by one of the world’s oddest and most appealing waterbirds is to receive support from Disney’s Friends for Change initiative.

20 - Passatempo: o Club Seat está a oferecer um automóvel SEAT Ibiza Good Stuff!

21 - Coldplay's brand new Christmas song, Christmas Lights, has just been released to digital stores across the planet.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sons

Seal - I've Been Loving You Too Long

O melhor dos melhores!
Letras

O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!

Pe. José Tolentino Mendonça
Natal Animal
Proteja a Saúde e Segurança do seu Animal de Estimação

O Natal e o Ano Novo podem ser perigosos para um cão ou um gato, e os perigos escondem-se até nas coisas que parecem ser as mais inofensivas. Desde a cozinha à sala, a quadra das festas é uma armadilha que pode ser fatal para o seu animal.
Nesta época tenha um cuidado redobrado e aumente a vigilância de animais e crianças, tendo o cuidado de eliminar todas as coisas que podem representar um perigo, desde os enfeites da árvore de Natal até à ameaça das guloseimas espalhadas sobre as mesas.
Pode parecer inofensivo, mas é extremamente perigoso deixar um gato ou um cão brincar com fitas de Natal, laços de prendas e qualquer tipo de fios ou elásticos. Ao serem engolidas, as fitas e cordéis muito provavelmente vão provocar obstruções graves, podendo mesmo ficar enrolados ao redor de órgãos como o estômago e os intestinos. Regra geral, são situações que obrigam a intervenção cirúrgica e que, se não forem detectadas atempadamente podem constituir um risco de vida para o animal.
As fitas das árvores e dos próprios presentes ser podem ingeridas ou ficar enroladas à volta do pescoço; as bolas e outros pendentes podem partir-se e ficar com arestas afiadas; as luzes podem ser mordidas; as plantas típicas desta época são geralmente venenosas, como o azevinho; os cinzeiros ficam com restos de cigarros e os copos com restos de bebidas alcoólicas, o que representa um risco grave de intoxicação.
Há coisas que para nós parecem inofensivas e que podem ser potencialmente fatais para um animal durante a época de Natal.
A poinsettia, vulgarmente chamada flor do Natal, é venenosa, tal como o azevinho. Mas também é preciso ter cuidado com pequenos objectos que podem sem engolidos por um gato ou cão e fazer engasgar ou sufocar, com fitas e fios que podem ser ingeridos, com sacos deixados abandonados e cujas alças se podem enrolar à volta do pescoço dos animais e com muita comida da época que é muito perigosa para os animais de companhia: o chocolate, as nozes em geral, as bebidas alcoólicas doces, a massa levedada crua, os ovos crus, os ossos que possam ser deixados abandonados numa bancada, o café e comida que tenha ganhado bolor, bem como as próprias agulhas dos pinheiros naturais que caem ao chão e podem ser engolidas por um gato ou cão.
Além de tudo, com muita gente a entrar em casa e portas esquecidas abertas, é sempre possível um animal fugir sem darmos conta. Por tudo isto, coloque o animal num quarto tranquilo enquanto aprecia a festa.

Natal Feliz e em segurança
São os desejos de toda a equipa do
Refúgio da Bicharada
Rua das Túlipas lote 44 – Lombos Sul – Carcavelos – 21 456 90 09

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Campanha Charcos com Vida
CIBIO-Div, Faculdade de Ciências, Gab n.º 289
Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto
E-Mail: geral@charcoscomvida.org
Telm.: (+351) 918 181 587
Telf.: (+351) 220 402 809
www.charcoscomvida.org

A Campanha “Charcos com Vida” pretende incentivar as entidades aderentes a descobrir, valorizar e investigar os charcos e a sua biodiversidade. Para tal, as entidades são convidadas a realizar um conjunto de actividades de exploração científica e pedagógica, que visam contribuir para o conhecimento da biodiversidade e importância destes habitats, bem como sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar e local para a preservação dos charcos enquanto reservatórios de biodiversidade e laboratórios vivos.
Esta campanha é direccionada para todas as escolas nacionais do ensino básico e secundário, sendo aberta à participação de outras entidades, como associações, câmaras municipais, centros de educação ambiental e particulares. Consoante a existência de charcos nas redondezas ou a disponibilidade de terrenos próprios com condições apropriadas, as entidades aderentes poderão adoptar um charco natural em áreas próximas ou construir um nas suas instalações, segundo as instruções fornecidas.

Compromissos
As entidades aderentes comprometem-se a assegurar a manutenção dos charcos e a realizar actividades regulares de exploração pedagógica e de seguimento do charco, adaptadas aos diferentes anos lectivos, incluindo por exemplo:

• Localização e inventário de charcos da região;
• Identificação e monitorização da fauna e da flora associada ao charco;
• Observação da vida microscópica e seguimento de diferentes ciclos de vida;
• Avaliação da qualidade da água e experiências laboratoriais de carácter prático sobre o impacto de poluentes sobre a biodiversidade;
• Actividades e jogos pedagógicos para explorar de forma lúdica a biodiversidade destes habitats e a importância da sua conservação;
• Apresentação do charco e da sua biodiversidade à comunidade escolar e às populações locais.

Todas as actividades, formulários e informação serão disponibilizadas nas diferentes áreas deste site (ainda em fase de actualização, mas que se prevê concluir em breve), sendo prestado todo o apoio através dos contactos fornecidos ou, quando possível (nomeadamente na Área Metropolitana do Porto), de forma presencial.

O que é um charco?
Os charcos são massas de água parada ou de corrente muito reduzida, de carácter permanente ou temporário, de tamanho superior a uma poça (pequena massa de água efémera, que normalmente é possível atravessar com um só passo) e inferior a um lago (massa de água com mais de 1 hectare (ha.) de superfície e uma profundidade que permite a sua estratificação). A duração dos charcos pode ser muito variável consoante o clima e a geologia do local, mas para os objectivos deste projecto considera-se que deverão ter uma duração mínima de quatro meses.
Não existe uma definição universal sobre o termo charco, uma vez que em cada país, e mesmo dentro do mesmo país, as definições podem variar (por exemplo, no Reino Unido consideram-se como charcos massas de água até 2 ha.).
Os charcos diferenciam-se dos lagos e das lagoas pela sua baixa profundidade, penetração total da luz na água, possibilidade de ocorrência de plantas em toda a sua área e ausência de estratificação da temperatura da água e de formação de ondas.
Os lagos são massas de água de dimensões muito maiores e permanentes. Actualmente, não se formam lagos novos, dado que, os lagos existentes hoje em dia foram formados por fenómenos geológicos que ocorreram há muito tempo atrás.
Os charcos podem ser formados através de processos naturais, geológicos ou ecológicos, ou, mais vulgarmente, como resultado de actividades humanas, intencionais ou não. Estas depressões no terreno formam charcos quando conseguem reter uma quantidade suficiente de água da chuva ou proveniente de lençóis freáticos próximos da superfície.
Muitas plantas e animais evoluíram desde há milhões de anos no sentido de se adaptarem às condições de sobrevivência particulares dos charcos, sendo actualmente dependentes deste tipo de habitat para a sua sobrevivência.
Os charcos são ecossistemas frágeis e instáveis, uma vez que, devido às suas reduzidas dimensões e volume de água, pequenas alterações do meio ou do regime de chuvas podem originar grandes flutuações ou mudanças ecológicas.
Os charcos podem apresentar níveis de biodiversidade muito superiores quando comparados com grandes massas de água, como lagos e lagoas, podendo mesmo considerar-se hotspots de biodiversidade em termos locais.
Globalmente existem aproximadamente 300 milhões de massas de água de dimensões até 10 hectares, contra cerca de 5 milhões de lagos.
Os Charcos Temporários Mediterrânicos são charcos de regiões quentes, nos quais existe uma alternância anual entre uma fase seca (nos meses mais áridos) e uma fase inundada (nos meses com maior pluviosidade).
As comunidades biológicas destes habitats desenvolveram estratégias adaptativas extremas à alternância entre períodos secos e alagados, tais como formas de resistência à seca ou a capacidade eficaz de migração para outros locais. Como resultado, as espécies presentes apresentam características únicas e são frequentemente raras ou exclusivas destes meios.
Por exemplo, a vegetação colonizadora de charcos temporários mediterrânicos tem uma composição florística muito particular, dominada principalmente por plantas anuais e herbáceas perenes que aparecem durante o Inverno e Primavera e que produzem um grande número de sementes que sobrevive aos períodos de seca. Muitas espécies de micro e macro-crustários produzem ovos de dormência com uma casca dura capaz de resistir no fundo do charco seco durante todo o Verão.
Devido à sua fragilidade, singularidade e riqueza ecológica, os charcos temporários mediterrânicos estão inscritos no Anexo I da Directiva Habitats como habitats prioritários em termos de conservação (habitat 3170), o que proíbe por lei a sua destruição e exige a designação de Zonas Especiais de Conservação (ZEC) para garantir a sua preservação. Apesar disso, a realidade mostra uma regressão generalizada destes habitats em toda a bacia mediterrânica.

Importância dos Charcos
O valor dos charcos é frequentemente desconhecido ou até depreciado pela população em geral, mas na verdade apresentam uma importância ecológica e funções ambientais muito relevantes.
Biodiversidade - Alguns estudos mostram que o conjunto de charcos do planeta alberga mais biodiversidade do que os rios e lagos, bem como um maior número de espécies raras e ameaçadas. Muitas plantas aquáticas e animais (como anfíbios e macro-invertebrados) estão totalmente dependentes destes habitats para sobreviver ou reproduzir-se. Ao nível microscópico, inúmeras espécies de zoo e fitoplâncton ocorrem exclusivamente em charcos. Estas massas de água proporcionam também alimento e refúgio para numerosas espécies terrestres.
Reserva de água doce - Os milhões de charcos com menos de 10 hectares do mundo inteiro representam 30% da superfície mundial de água doce, constituindo um excelente instrumento na gestão da água ao nível local.
Sumidouro de carbono - Os charcos recolhem e armazenam largas quantidades de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ajudando a regular o clima. Estudos recentes sugerem que, devido ao seu alto número e produtividade primária, os charcos a nível mundial podem armazenar tanto carbono com os oceanos.
Produtividade primária - Os charcos apresentam uma elevada produtividade primária (quantidade de matéria orgânica produzida pelas algas e plantas a partir da energia solar), constituindo meios muito importantes de entrada e transferência de energia para os níveis tróficos superiores e os ecossistemas circundantes.
Serviços ambientais - Os charcos têm importantes funções ambientais, como a amenização do efeito de cheias, a manutenção da humidade do solo em períodos secos, a purificação da água e o abastecimento dos aquíferos subterrâneos. Além disso, têm um papel importante ao nível da produção de oxigénio (fotossíntese das algas e plantas aquáticas), do ciclo de nutrientes, e da formação do solo.
Agricultura - Nos sistemas agro-pecuários tradicionais, os charcos têm funções importantes como bebedouros para o gado e associados a sistemas de rega.
Controlo de pragas - Algumas espécies que ocorrem em charcos, como os anfíbios e libélulas, ajudam a controlar pragas agrícolas ou insectos vectores de doenças.
Valor paisagístico - Os charcos e lagoas têm um importante valor estético e paisagístico, criando espelhos de água, que constituem espaços de contemplação e constituem elementos imprescindíveis nos parques e jardins modernos.
Valor educativo - Os charcos são importantes recursos educativos e no contexto do eco-turismo, pois permitem a realização de numerosas actividades de carácter lúdico-científico, como a observação de aves, anfíbios e outros animais, etc.
Valor científico - Os charcos são locais de estudo de excelência para numerosas áreas da ciência, como a biologia, geologia e hidrologia. Além da biodiversidade dos charcos e sua ecologia, dos ciclos de nutrientes, etc., também os sedimentos dos charcos podem fornecer informações importantes sobre a história do meio ambiente (registo de pólen e reconstituição do clima dos últimos séculos ou até milénios, vestígios arqueológicos, etc.)

Degradação e destruição de charcos

A degradação e destruição física das zonas húmidas estão associadas a alterações do uso dos solos, devido à expansão de áreas urbanizadas, plantações florestais exóticas (eucaliptais), agricultura intensiva, barragens, vias de comunicação e outras infra-estruturas. O abandono da agricultura tradicional tem igualmente levado ao desaparecimento de inúmeros charcos e tanques associados a este modo de produção.
A drenagem de zonas húmidas para fins agrícolas ou florestais tem igualmente impactos significativos sobre a sua biodiversidade, podendo levar à perda ou degradação de charcos e terrenos alagados.
A perda física de charcos tem consequências graves para a biodiversidade. A redução do número de charcos na paisagem tem também como consequências a fragmentação e o aumento da distância entre as massas de água existentes, dificultando a capacidade de dispersão e de colonização dos organismos.
Poluição - Os charcos são particularmente vulneráveis aos vários tipos de poluição, devido ao baixo volume de água que conseguem armazenar, resultando numa reduzida capacidade para diluir os poluentes.
A principal fonte de poluição química destes habitats provém de agro-químicos utilizados na agricultura. Os adubos sintéticos, pesticidas e herbicidas chegam aos charcos por escorrência da água da chuva ou de rega, contaminando os solos, água superficial e aquíferos. O aumento da concentração de nutrientes, como fosfatos e nitratos, altera toda a dinâmica ecológica das massas de água, levando à sua eutrofização, resultando na proliferação de microalgas e redução da restante biodiversidade, incluindo plantas macrófitas, zooplâncton, macro-invertebrados e anfíbios. Os agro-químicos possuem também uma elevada toxicidade, podendo originar fenómenos de mortalidade massiva ou malformações em espécies mais sensíveis, nomeadamente de anfíbios.
A poluição orgânica causada por descargas de efluentes pecuários ou domésticos degradam a qualidade da água, levando a uma redução do oxigénio dissolvido e aumento da turbidez da água. A elevada concentração de microrganismos pode também representar um potencial risco para a saúde pública.
A deposição ilegal de resíduos sólidos e a colmatação dos charcos com lixo é outra ameaça frequente. A deposição de lixo em locais não autorizados, além de ser ilegal e sujeito ao pagamento de coima, provoca impactos sobre a biodiversidade, estética da paisagem e segurança.
Espécies exóticas - A introdução de animais e vegetais exóticos em charcos ou outras massas de água causa frequentemente impactos importantes na biodiversidade nativa (autóctone). Os impactos da introdução de qualquer espécie de peixe ou de animais exóticos, como o lagostim-vermelho-da-Louisiana, a tartaruga-da-Flórida e incluem a predação, a competição pelo alimento ou local de reprodução e a introdução de doenças. Algumas plantas exóticas invasivas, como o jacinto-de-água e a azola, ocupam toda a superfície de água, impedindo a entrada de luz e diminuindo a quantidade de oxigénio na água.
Práticas de gestão incorrectas - Algumas práticas de gestão incorrecta acarretam impactos importantes na biodiversidade das massas de água. Alguns dos erros mais comuns praticados nestas zonas húmidas incluem:
• A destruição da vegetação marginal e remoção de plantas aquáticas diminuem a biodiversidade vegetal e os locais de abrigo disponíveis para as espécies faunísticas que habitam nestes locais.
• A remoção de sedimentos através da dragagem com finalidade de limpar ou aprofundar o charco pode alterar a dinâmica do charco e a sua biodiversidade, destruir uma grande quantidade de organismos (plantas, sementes, invertebrados e suas formas de resistência, etc.) e promover a introdução de espécies exóticas.
• A introdução de espécies exóticas efectuada com fins estéticos ou para pesca é uma das piores ameaças para os charcos, devendo ser evitada a todo o custo.
Alterações climáticas - A alteração dos regimes de pluviosidade e o aumento da temperatura e dos períodos de seca podem levar a uma menor disponibilidade e duração da água (hidroperíodo) dos charcos. Tal facto apresenta consequências graves para a biodiversidade, levando nomeadamente à inviabilização da reprodução de diferentes espécies dos anfíbios e outros grupos. Além disso, a redução de profundidade de massas de água aumenta a exposição dos ovos e girinos dos anfíbios aos raios UV, podendo provocar mutações genéticas e deficiências do sistema imune, aumentando a sua mortalidade e vulnerabilidade a doenças.


In Charcos com Vida

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Aldeias de Crianças SOS
Muitas crianças, precisam de muitos amigos. Ligue-se!
Chamada 760 501 503 (0,60 eur+IVA)
www.aldeias-sos.org

Museu de Arte Popular: reabriu para contar a sua história e a nossa
Foi o Pavilhão do Mundo Português no Estado Novo, esteve para ser demolido, mas cinco mil assinaturas deram-lhe nova vida. Para ver a partir de segunda-feira

Cinco mil foi o número de assinaturas necessário para forçar a abertura das portas deste museu. Nasceu em 1940 pelas mãos da ditadura, com o nome de Pavilhão do Mundo Português. Era suposto ser uma construção temporária mas resistiu ao longo dos tempos para se tornar no Museu de Arte Popular (MAP). Esteve fechado ao público durante anos e até sofreu a ameaça de demolição. Mas o MAP vai reabrir completamente remodelado no dia 13, cheio de histórias para contar sobre si mesmo e Portugal.
Lá dentro o cheiro é a tinta. Os trabalhadores continuam a pintar, colar e serrar para deixar o espaço pronto para o dia de abertura. Apesar do ambiente de construção, a parede da entrada com grandes figuras de homens que carregam e arranjam redes de pesca, não deixa enganar. O mapa de Portugal, à direita, dividido por regiões, confirma o propósito do espaço: contar a história do povo português.
"Construtores do MAP: Um museu em construção" é o nome da exposição que estará patente durante seis meses. O objectivo é contar a história do museu e dos que estiveram envolvidos na sua construção. "Explicar quem eram estes construtores, artistas, arquitectos, ideólogos. Todo o percurso desde o princípio do século XX, até ao modernismo português" explica Andreia Galvão, actual directora do Museu de Arte Popular.
As origens do actual museu remontam a 1940, quando sob o regime salazarista foi construído o Pavilhão do Mundo Português. O espaço pretendia mostrar a identidade do país, dentro e fora dos seus limites. Em 1948 foi baptizado pelo nome que guarda até aos dias de hoje.
Com graves problemas de estrutura, encerrou em 2006, por decisão da ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima que queria aí instalar o Museu da Língua Portuguesa. Entretanto muito burburinho se gerou à volta da instituição que reuniu cinco mil assinaturas a seu favor. Em 2009, a ministra da cultura, Gabriela Canavilhas anunciou que o Museu de Arte Popular renasceria.
"O museu está de pé e reabre com uma alavanca enorme do movimento cívico, por isso tem de ir ao encontro das pessoas" explica a directora. Andreia Galvão, arquitecta e professora, foi seleccionada num concurso público. Interessada neste período, a arquitecta acredita que esta é altura oportuna para um estudo científico e que antes "talvez não houvesse o distanciamento suficiente para fazer uma supra leitura". Andreia acrescenta, em tom de brincadeira, que "não se pode correr o risco, que é o que ninguém quer, de ser chamado fascista". Entre a história de arte e a antropologia, a exposição é como uma viagem ao passado: do museu, da arte e da história do país. O espaço reúne entre 14 e 15 mil peças, que entretanto foram depositadas no Museu Nacional de Etnologia.
Destacam-se as famosas miniaturas que, para a directora, são "um dos pontos âncora da colecção". Estes objectos, que faziam parte da própria estratégia de comunicação do Estado Novo, apresentam "um Portugal amoroso, todo em pequenino", remata.
O nome do museu pode soar familiar à camada mais jovem. Foi o MAP que acolheu, em Novembro a última edição do Optimus Hype. Andreia Galvão confirma estas iniciativas são uma das formas de sustentabilidade dos museus e acrescenta que depois da reabertura "eventos com essa dimensão vão ser difíceis". Lado a lado com o museu, abrirá uma loja com produtos de artesanato.
Junto ao rio Tejo e à frente do CCB, este museu mostra outro tipo de arte: a regional. A directora rejeita a rivalidade com as formas de expressão contemporânea, declarando que "a arte não nasce do zero e todas as fontes de inspiração são válidas".

Maria Espírito Santo
In Jornal I

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Concerto de Natal
17 Dezembro 2010, 21h30
Igreja de Santa Isabel
Rua Saraiva de Carvalho, 2 - A
1250-243 Lisboa
Telefone: 21 393 30 70/96 332 76 77
Entrada: 4 € (adultos); 3 € (estudantes); 2 € (crianças)
Receitas revertem para o PAV - Ponto de Apoio à Vida
clique na imagem para ampliar
Frutos secos: Sabor da época
Eles são uma iguaria da época, base para muitas confecções culinárias de Natal. Eis os frutos secos.

Amêndoas, nozes, pinhões, amendoins, são apenas alguns dos mais procurados frutos secos. Eles são uma das melhores fontes de gorduras insaturadas e de sais minerais.
Contudo, há que ter especial cuidado na conservação destes alimentos, dado criarem facilmente bolores, extremamente prejudiciais à saúde.

Amêndoa
É o fruto da amendoeira, conhecendo-se, em Portugal, duas variedades: a amarga e a doce. A combinação desta última com ovos e açúcar em ponto constitui a base da maior parte dos doces regionais portugueses. São também utilizadas em pratos salgados. É altamente nutritiva, comprando-se facilmente durante todo o ano.
Valor calórico: Cada 100 g contém aproximadamente 630 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser conservadas em lugar fresco e seco. Com a idade, as amêndoas tem tendência para rançar pelo que se deve consumir as do próprio ano. Depois de descascada a amêndoa é muitas vezes pelada, para o que deve mergulhar-se em água a ferver. Escorrer-se imediatamente e ser pelada antes de arrefecer.
Proveniência no nosso país: Algarve e Trás-os-Montes.

Amendoim
É um fruto tropical extraordinariamente nutritivo, com uma enorme quantidade de gordura, proteínas e sais minerais. É muito utilizado na alimentação dos povos tropicais. Entre nós utiliza-se como aperitivo, depois de descascado e frito, ou grelhado com sal e pimenta, e também em confeitaria e pastelaria. Comem-se crus, tostados ou salgados.
Valor calórico: Cada 100 g contém 600 calorias.
Conservação e consumo: Utilize o óleo de amendoim no tempero das saladas. Ao comprar escolha amendoins de cor uniforme, sem manchas nem vestígios de bolor.
Proveniência no nosso país: Litoral Alentejano.

Avelã
Possui um extraordinário valor nutritivo. Pode ser consumida em cru, podendo ser utilizada em confeitaria e pastelaria finas. Encontra-se à venda com ou sem casca, inteira, picada ou torrada
Valor calórico: Cada 100 g contém 625 calorias.
Conservação e consumo: Não devem ser guardadas durante muito tempo, pois rançam com facilidade. Depois de se lhe retirar a casca, para a libertar da membrana que a envolve, a avelã deve ser ligeiramente torrada no forno, e depois esfregada com um pano.

Figo
Tanto os figos frescos quanto os secos são ricos em pectina, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir o colesterol no sangue. Apesar de ricos em calorias, os figos secos são altamente nutritivos.
Valor calórico: Cada 100 g contém 200 a 280 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardados em recipientes hermeticamente fechados, em local fresco e seco.
Proveniência no nosso país: Algarve.

Noz
Fruto bastante nutritivo, rico em vitamina C e potássio. Quando combinadas com leguminosas são boa fonte de proteína. Pode comer-se como fruto de sobremesa ou ser preparada em doce.
Valor calórico: Cada 100 g contém 680 calorias.
Conservação e consumo: Como rança facilmente recomenda-se a sua compra em pequenas quantidades.
Proveniência no nosso país: Centro litoral, Norte Alentejano e Algarve.

Pinhão
É o pequeno grão que se encontra na pinha proveniente do pinheiro. Obtêm-se depois de descascar as pinhas verdes ao sol ou em fornos, de forma a amadurecerem e abrirem. Pode ser consumido como aperitivo ou em preparações de confeitaria e doçaria.
Valor calórico: Cada 100 g contém 618 calorias.
Conservação e consumo: Depois de descascados, os pinhões devem ser guardados em lugar seco e fresco. Não deve ser conservado muito tempo pois tem tendência para rançar.

Passas
São obtidas através da secagem das uvas brancas ao sol, ou por desidratação mecânica. Existem diversas variedades: corinto doces e sem sementes, as de málaga, as moscatel e as sultanas.
Valor calórico: Cada 100 g contém 302 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardadas em recipientes herméticos, em locais frescos e secos.

Pistácio
Trata-se de uma noz verde-clara, coberta com uma pele avermelhada. É servido como aperitivo, mas também possui aplicações em gelados e sobremesas. Combina bem com a carne.
Valor calórico: Cada 100 g contém 594 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardados em local fresco e seco.

Tâmaras
As tâmaras são excelentes fontes de potássio, boa fonte de ferro e cálcio, e ricas em fibras. É uma das frutas mais doces. É originária do Médio Oriente. Pode ser consumida ao natural, usada em saladas, bolos e pudins.
Valor calórico: Cada 100 g contém 300 calorias.
Conservação e consumo: Devem ser guardadas em local fresco e seco.

In Sabores SAPO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal Ambiental - Recomendações para um Natal mais Sustentável
Direcção Nacional da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

"Para o ajudar a contribuir para um Natal ambientalmente sustentável, a associação Quercus apresenta-lhe alguns conselhos simples que lhe permitirão usufruir de um Natal ambientalmente mais correcto e economicamente mais são.
Nos últimos anos a época do Natal tem-se tornado na época do consumo por excelência. Mais do que em qualquer outro período do ano, somos estimulados,influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar. Este consumo imediato e pouco reflectido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos (endividamento excessivo).
Para o ajudar a contribuir para um Natal ambiental, aqui ficam alguns conselhos simples que pode levar em conta.

Antes do Natal

- Pense bem sobre as prendas que vai oferecer e a quem; não ofereça só por oferecer e opte por produtos úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão; pense bem antes de comprar uma prenda, procure aconselhar-se com as pessoas que estão próximas da pessoa a quem a quer oferecer.
- Compre produtos duráveis e reparáveis: hoje em dia um dos principais problemas de muitos dos produtos que consumimos prende-se com a sua ideia de base de usar e deitar fora.
- Adquira produtos educativos: sempre que possível, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos, procure oferecer produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente.
- Se oferecer aos seus filhos brinquedos electrónicos adquira primeiro um recarregador de pilhas para que possam funcionar com pilhas recarregáveis que se tornam mais baratas do que as descartáveis e são mais amigas do ambiente.
- Procure produtos que não integrem na sua composição elementos perigosos.
- Escolha produtos menos complexos, que possuam menos materiais misturados pois estes são, habitualmente, mais fáceis de reciclar e reparar.
- Resista à publicidade enganosa que nos bombardeia diariamente com produtos e funções dos quais não temos qualquer necessidade, nem nunca vamos usar. O equipamento informático e especialmente os telemóveis são talvez os que melhor se enquadram nesta categoria de produtos. Mais importante do que pensar no modelo é pensar no uso que iremos dar a cada uma das funções tão publicitadas. E não se esqueça que muitos dos novos serviços surgem agora gratuitos, mas rapidamente passam a assumir preços proibitivos para as carteiras de muitos portugueses.
- Gaste apenas na medida das suas possibilidades: resista ao ataque cerrado das campanhas de crédito em que só começa a pagar mais tarde; nunca se esqueça é que mais cedo ou mais tarde vai ter mesmo que arranjar dinheiro para pagar. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável.
- Envie cartões de Natal por correio electrónico; é mais barato, não consome papel e não faz lixo. Se isso não for possível, seja mais criterioso no envio dos cartões e utilize sempre papel reciclado e envelopes reutilizados.
- Reutilize papéis de embrulho de anos anteriores ou pequenas caixas de outros produtos para acondicionar as prendas; aumenta a surpresa, diminui as despesas e o impacte ambiental das suas compras. Sempre que tal não for possível, adquira papel reciclado para fazer os seus embrulhos.
- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente, fica mais barato e sempre pode dispor de outras opiniões quando estiver indeciso.
- Adquira produtos nacionais, pois não só a qualidade não varia como o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos será menor.
- Para a ceia de Natal comece a habituar-se a substituir o bacalhau por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800/900 gr.). Se as dimensões mínimas fossem respeitadas não teríamos os problemas que hoje temos com a quase extinção do bacalhau.
- Consuma bebidas em embalagens reutilizáveis (com tara retornável). Não originam resíduos e ainda por cima são mais baratas.
- Não use na sua festa de Natal pratos ou copos descartáveis (em plástico ou cartão) nem guardanapos ou toalhas de papel. Não são agradáveis e dão origem a muito lixo.
- Tenha atenção à própria embalagem do produto; ainda que seja necessária, pode assumir um grande peso no preço final, pelo que evite ao máximo o excesso de embalagem e privilegie embalagens menos complexas (que misturem menos materiais - papel, plástico, metal) porque serão mais facilmente recicláveis.
- Adquira uma árvore de Natal sintética ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte. Neste último caso, informe-se na sua Câmara Municipal sobre a recolha das árvores após o Natal. Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal para que os possa reutilizar por muitos e longos anos.
- Pense naqueles que não têm possibilidade de oferecer prendas e mesmo de ter uma ceia de Natal; seja solidário com as várias campanhas que habitualmente se desenvolvem nesta época.

Após o Natal
-
Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões.
- Separe todas as embalagens - papel/cartão; plástico; metal - e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; é aqui que poderá verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu e aprenda com os seus erros.
- Mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenvolvendo ao longo do ano; procure a sua paróquia, junta de freguesia, associações de apoio ou os serviços de acção social do seu município sempre que tiver objectos, roupas, móveis, electrodomésticos em bom estado, mas dos quais já não necessita. O que para si pode ser um resíduo pode ser um bem muito útil para outra pessoa.

E lembre-se que nós não somos aquilo que consumimos, mas o nosso consumo diz muito sobre quem somos."

In Naturlink

domingo, 12 de dezembro de 2010

As imagens da semana

o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.

José Luís Peixoto