sábado, 2 de fevereiro de 2013

No cimo da serra da Estrela já não se ouve o coaxar do sapo-parteiro

Em poucos anos, os sapos-parteiros desapareceram da maioria dos locais onde habitavam, a altitudes acima dos 1200 metros. A causa deste declínio é um fungo que tem afectado espécies de anfíbios em todo o mundo.

O alerta foi dado em 2009. Ibone Anza passeava-se na serra da Estrela e, numa das zonas do planalto superior, a investigadora do Instituto de Investigação de Recursos Cinegéticos, na Cidade Real, em Espanha, encontrou sapos-parteiros mortos junto a uma lagoa. Quando se analisaram os cadáveres, descobriu-se que estavam infectados com um fungo que causa uma doença - a quitridiomicose - que é responsável pelo declínio de muitas espécies de anfíbios.
Nos dois anos seguintes, Gonçalo M. Rosa andou a contar sapos-parteiros na serra da Estrela, num projecto para avaliar o impacto da infecção. Os resultados mostraram um cenário negro: houve uma diminuição de 67% de sapos-parteiros acima dos 1200 metros de altitude, conclui o estudo agora publicado na revista Animal Conservation por uma equipa internacional. É a primeira vez que se documenta em Portugal o declínio de uma espécie de anfíbio devido a esta doença.
Em poucos anos, o sapo-parteiro deixou de se ouvir durante a época de acasalamento, quando os machos faziam as suas vocalizações. Nem sequer se encontram sinais da praga. "Não tenho visto grande mortalidade porque simplesmente já não há indivíduos. Está-se ali com o camaroeiro, à procura de girinos, e não se encontra nada", diz Gonçalo M. Rosa, doutorando do Instituto Durrell da Conservação e Ecologia na Universidade de Kent, no Reino Unido, e no Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). "O sapo-parteiro pode desaparecer desta região."
O Alytes obstetricans, o nome científico do sapo-parteiro-comum, existe na Região Centro e Norte de Portugal. Passa a sua vida adulta longe da água, escondido nas rochas. Na serra da Estrela, a espécie reproduz-se a partir da Primavera. Depois, os machos transportam os ovos - daí o nome de sapo-parteiro -, e só quando os girinos estão prestes a sair dos ovos é que os machos os libertam para a água. Quando, finalmente, se completa a metamorfose, os animais saltam para terra.
"A Ibone viu os indivíduos mortos depois de terem terminado a metamorfose", diz o investigador de 29 anos. Foi na água que apanharam a infecção. Ainda ninguém sabe a 100% de onde emergiu o fungo Batrachochytrium dendrobatidis. Pensa-se que a doença provém de África e terá sido transportada para o resto do mundo com grande ajuda do homem.
Até ao início da década de 1990, não havia registos de mortes. Mas subitamente começaram a aparecer relatos do fungo em todos os continentes. O primeiro foi na Austrália, em 1993. Hoje, já infectou mais de 508 espécies, ameaçando de extinção 30% dos anfíbios e acelerando o declínio geral deste grupo de vertebrados que, antes, já tinha de lidar com a redução drástica do habitat e a poluição. Mas não se sabe há quanto tempo é que o fungo já estava na natureza.
Na Península Ibérica, foi identificado pela primeira vez o fungo no sapo-parteiro-comum na serra de Guadamarra, em Espanha, em 1997, por Jaime Bosch, do Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, um dos autores do novo estudo.
"A quitridiomicose está associada aos insectos e esta é a primeira espécie descrita a infectar vertebrados", explica Gonçalo M. Rosa. O estádio adulto deste fungo lança células microscópicas com flagelo, que nadam na água e se agarram a superfícies vivas com queratina. A queratina é uma proteína que está na pele dos mamíferos e na dos anfíbios. Os girinos do sapo-parteiro só têm queratina na boca, e é lá que o fungo se instala. Depois da metamorfose, cresce para a pele.
"A pele do sapo-parteiro fica com uma vermelhidão na zona ventral - barriga e pernas. Os animais começam a largar pele com muita frequência e em grande quantidade, o que não é saudável", explica o biólogo. "O fungo começa a causar buracos na epiderme e provoca uma perturbação da função da pele." No caso dos anfíbios, há uma boa parte da respiração que é cutânea e fica comprometida com a doença. O animal fica prostrado e morre.

Regresso em Maio
Durante a década de 1990 Pedro Moreira (FCUL) e José Conde (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) - outros autores do estudo actual - analisaram a abundância do sapo-parteiro na serra da Estrela. No caso dos girinos, contabilizaram-nos e, nos indivíduos já metamorfoseados, avaliaram a sua presença.
Em 2010 e 2011, a equipa voltou aos mesmos locais: riachos, tanques, lagoas e represas acima dos 600 metros de altitude. O objectivo era ter uma comparação da evolução da espécie. Depois, avaliou-se a presença do fungo em sapos-parteiros vivos, mortos e em girinos.
Pensa-se que o fungo está mais activo durante mais tempo em temperaturas baixas e o resultado da monitorização revelou-se desastroso para os habitats acima dos 1200 metros. A equipa concluiu que o sapo-parteiro "desapareceu de 67% dos pontos onde foi encontrado no passado, a reprodução está limitada a 16% dos locais e as larvas são menos abundantes e estão muito infectadas pelo" fungo. A altitudes mais baixas, o fungo está presente, mas não existe esta mortalidade.
Gonçalo M. Rosa vai voltar à serra em Maio. A seca prolongada de 2012 confundiu a altura de reprodução dos anfíbios e o biólogo não sabe o que o espera no campo. Ao mesmo tempo, tornou-se num detective. Está à caça de espécimes de anfíbios da serra da Estrela que museus portugueses e internacionais possam ter recolhido no passado para tentar saber mais sobre o agente da quitridiomicose. Não se sabe "se o fungo chegou recentemente ou já lá estava há dezenas ou centenas de anos".

in Ecosfera

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vales de desconto Pans & Company

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Para imprimir (a preto e branco ou a cores).
Válidos até 30 de Abril 2013.

No ouro sem fim da tarde morta

No ouro sem fim da tarde morta,
Na poeira de ouro sem lugar
Da tarde que me passa à porta
Para não parar,

No silêncio dourado ainda
Dos arvoredos verde fim,
Recordo. Eras antiga e linda
E estás em mim...

Tua memória há sem que houvesses,
Teu gesto, sem que fosses alguém,
Como uma brisa me estremeces
E eu choro um bem...

Perdi-te. Não te tive. A hora
É suave para a minha dor.
Deixa meu ser que rememora
Sentir o amor,

Ainda que amar seja um receio,
Uma lembrança falsa e vã,
E a noite deste vago anseio
Não tenha manhã.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pão aos Retalhos Recheado com Queijo e Alho

Ingredientes
Um pão grande (à escolha)
6 dentes alho picados
1 cebola picada
azeite q.b.
200 gr queijo mozzarela
200 gr queijo emental
um ramo de coentros (ou salsa)
1 limão (opcional)

Preparação
Pré-aquecer o forno a 180º.
Refogar a cebola e o alho no azeite. Adicionar os coentros e deixar refogar mais um pouco.
Numa taça misturar os queijos e o refogado.
Cortar o pão em quadrados, mas sem cortar até ao fundo. Colocar o pão em cima de papel de alumínio, de forma a conseguir embrulhá-lo quando for ao forno. Rechear o pão com a mistura de queijos e embrulhá-lo no papel de alumínio.
Levar ao forno por 15 minutos. Abrir o alumínio e deixar tostar por mais 5 minutos. Retirar do forno.
Se preferir pode espremer por cima sumo de limão.
Servir de imediato.

in Tapas na Língua

Bolo de Beterraba com Nozes e Cardamomo

Ingredientes
300g de beterraba crua ralada
4 ovos
175g de manteiga
70g de nozes em pedaços
200g de açúcar
260g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 limão
1 colher de chá de cardamomo em pó

Preparação
Bata a manteiga com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada. Acrescente depois os ovos, um a um mexendo bem para incorporar. Junte depois a beterraba ralada, as nozes, o sumo e raspa da casca do limão e o cardamomo. Misture bem e acrescente depois a farinha e o fermento em pó. Envolva bem.
Coloque a mistura numa forma rectangular previamente untada e forrada com papel vegetal e leve a assar em forno a 180ºC durante cerca de 1 hora ou até o bolo estar cozinhado e dourado.
Deixe arrefecer e sirva com uma chávena de chá ou chocolate quente.

in As Minhas Receitas

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

31 dicas para poupar dinheiro em cada dia do mês

Diz-se que é preciso cerca de um mês para alterar um hábito… se o hábito que quer adquirir passa por poupar mais dinheiro, então estas 31 dicas – uma para cada dia do mês – vão ajudá-lo a estabelecer e a cumprir esse objetivo. Com pequenos passos diários é possível começar a poupar dinheiro com um esforço mínimo, para chegar ao final do mês com resultados máximos. Uma vida mais poupada em apenas 31 dias!

  1. Comece a colocar, de parte, um pequeno valor mensal que servirá para criar um fundo dos presentes, ou seja, poupe dinheiro para gastar em presentes de aniversário, de Natal, casamentos ou outras ocasiões. Assim, na altura, o orçamento não se ressentirá tanto.
  2. Troque o telemóvel e/ou o telefone fixo pelo Skype e poupe dinheiro, sem cortar no tempo de conversa!
  3. Crie um fundo de reserva para as férias, ou seja, a partir do mês seguinte às suas férias anuais, comece logo a poupar dinheiro para as próximas – assim, o esforço financeiro será menor e o divertimento mais!
  4. Aproveite os saldos sazonais para comprar roupa e calçado para as crianças, tendo em conta as suas idades no próximo Inverno ou Verão.
  5. Quando comprar fruta e/ou legumes, compre sempre avulso e escolha sempre produtos da época e, de preferência, locais.
  6. Registe-se no site do seu banco e faça todas as suas transações online – fica mais barato do que dirigir-se à sua sucursal.
  7. Preste atenção aos cupões/talões de desconto que possa obter nas lojas, revistas, jornais, online ou por correio e aproveite-os para comprar os produtos que normalmente compra, mas a preços mais atrativos.
  8. Reavalie o seu seguro automóvel – será que necessita mesmo de um seguro contra todos os riscos? Se o carro for antigo, a resposta é não.
  9. Vê realmente os 100 canais disponibilizados pelo seu serviço de TV por cabo? Faça uma lista dos canais mais vistos/preferidos, reveja os pacotes oferecidos, atualize o seu contrato e… poupe dinheiro!
  10. Quando estiver a comparar preços entre produtos, observe bem a etiqueta – veja também quanto custa cada embalagem por litro ou quilo.
  11. Troque todas as lâmpadas tradicionais que tem em casa por lâmpadas economizadoras. Sempre que possível, aproveite a luz natural em vez de recorrer à iluminação artificial.
  12. Todos os dias registe os seus gastos e guarde os talões de qualquer compra efetuada. No final do mês, faça as contas a quanto gastou, veja aonde pode cortar, reajuste o orçamento e comece a poupar dinheiro logo no mês seguinte.
  13. Em muitos casos, comprar online é mais económico – pesquise e compare, depois é só poupar!
  14.   Quando sair de casa de manhã e se deitar à noite, desligue o esquentador/caldeira.
  15. Os saldos são uma excelente altura para comprar presentes de aniversário ou de Natal antecipados (escolha presentes que à partida não serão trocados, como livros, CDs, produtos de wellness, brinquedos, puzzles, etc.).
  16. Aproveite os grandes descontos (muitas vezes até 80%) atualmente oferecidos pelos sites de compras coletivas.
  17. Instale redutores de água em todas as torneiras/chuveiros da casa.
  18. No Inverno, acender a lareira e abrir as persianas para deixar entrar o sol (e aquecer um pouco a casa) é mais económico do que ligar o aquecimento.
  19. No Verão, manter as persianas fechadas (para não entrar o calor) e utilizar a ventoinha é mais económico do que ligar o ar condicionado.
  20. Desligue sempre a torneira da água quando estiver a lavar os dentes, a ensaboar as mãos ou a lavar a loiça.
  21. Se frequenta os mesmos supermercados que amigos e familiares, veja se estes têm talões de desconto que o possam interessar, faça uma lista dos respetivos produtos e peça-lhes para os comprar por si.
  22. Em vez de utilizar o telemóvel ou o telefone fixo para convidar os amigos para jantar, faça o convite por email ou Facebook.
  23. Se, depois de uma refeição num restaurante sobrar muita comida, peça para embrulhar e leve para casa – terá pelo menos uma refeição pronta para o dia seguinte.
  24. Habitue-se a comunicar, todos os meses, a leitura dos contadores da água, luz e gás, evitando assim contas astronómicas, que fazem mossa no orçamento mensal.
  25. Enquanto espera que a água do duche aqueça, encha um balde com essa água, aproveitando-a para lavar o chão da cozinha ou regar as plantas da varanda.
  26. Habitue-se a não sair de casa sem tomar o pequeno-almoço. Leve também o almoço para o trabalho – se não for todos os dias, pelo menos algumas vezes por semana.
  27. Esteja mais atento às quantidades que gasta de tudo, desde papel higiénico a pasta de dentes, passando pelo líquido de lavar loiça e ao papel de alumínio. O mais certo é estar a gastar mais do que o necessário em cada utilização, por isso, reduza, prolongue a vida desses produtos de uso diário e poupe dinheiro!
  28. Habitue-se a pagar sempre (ou quase sempre) em dinheiro, pois, custa mais gastar dinheiro quando se paga com notas, do que com o cartão de crédito ou multibanco.
  29. Faça do saber poupar um desafio e veja quantos dias pode "aguentar" sem gastar dinheiro em coisas desnecessárias. Depois, canalize o dinheiro que poupou para o seu fundo de emergência ou de férias.
  30. Em vez de guardar os restos do jantar no frigorífico onde poderão ficar esquecidos, prepare logo o almoço para o dia seguinte ou congele a refeição para outro dia, colando uma etiqueta com a data no tupperware antes de a colocar no congelador.
  31. Se estiver tentado a efetuar uma compra impulsiva, faça as contas para determinar quantas horas de trabalho é que o preço dessa compra vai implicar. Será que vale mesmo a pena? Este é um excelente truque para poupar dinheiro em qualquer área da vida!

in Saber Poupar

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

E se um dia o seu Animal Desaparecer?

Folheto informativo para sensibilização da população para a importância de prevenir situações de risco que podem resultar em desaparecimentos de animais.


Se pretender ajudar os animais divulgando este folheto em locais estratégicos (clínicas veterinárias, juntas de freguesia, etc.), contacte-nos. O folheto é enviado gratuitamente para quem estiver empenhado em divulgar a sua mensagem.
Pode consultar aqui o folheto de sensibilização em formato PDF (tamanho: 266 KB). O folheto encontra-se em formato A5, com frente e verso.

in Encontra-me

Crise faz crescer abandono e maus tratos de animais

Há cada vez mais famílias a entregar animais de estimação nos canis. Queixas de maus tratos também sobem. Por ano, são abandonados mais de 10 mil bichos. Meio milhão não tem dono. 2013 está a ser "caótico".
É nos grandes centros urbanos que se regista o maior número de animais entregues nos canis municipais por incapacidade económica. Sendo o canil uma alternativa legal ao abandono, em 2012, no Porto, até houve menos capturas de cães e gatos abandonados nas ruas, mas, num ano, aumentou em quase meia centena - de 636 para 678 - o número de bichos que foram lá parar pelas mãos dos donos.
"A situação tem vindo a degradar-se desde 2011. O ano passado foi caótico e 2013 está a ser pior", ilustra Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA). Notando-se uma crescente preocupação com os animais, aumenta, na exata medida, o número de queixas por maus tratos. Não tanto físicos, mas por falta de cuidados de alojamento e alimentação.
Os "novos fenómenos sociais adensam o problema. "Muitos dos animais que temos recebido dizem respeito a pessoas que vão emigrar e não os querem levar", refere a dirigente da LPDA, notando que tem havido uma quebra também nos cuidados sanitários.
"As pessoas já não trazem os bichos para serem vacinados", diz, referindo que o IVA a 23% (mesmo as castrações aos animais de rua) só piora o cenário. "Há casos em que estamos a levar comida a casa das pessoas para os animais não serem abandonados".
Na Póvoa de Lanhoso, porém, os maus tratos são "muitas vezes psicológicos" e não só a animais domésticos, estendendo-se a "cavalos e ovelhas".
 
Abandono durante a caça
Já em Bragança, o problema de abandono de animais não tem tanto a ver com a crise. Segundo fonte do Centro de Recolha e Proteção Animal do Vale do Douro Norte (que engloba os concelhos de Bragança, Vimioso, Mogadouro e Miranda do Douro), "o abandono é um fenómeno regular associado às atividades venatórias, de forte expressão nesta região, verificando-se um aumento dos animais errantes maior durante a época de caça". Predominam, pois, os cães e, como na maioria dos concelhos mais rurais, a presença de gatos é residual.
Já nas cidades grandes, como o Porto, "a disponibilidade de alimento e abrigo na cidade é favorável à manutenção e aumento das colónias de gatos errantes".
O canil municipal do Seixal recebeu, em 2012, mais animais abandonados e muitas queixas de falta de cuidados de saúde primários, de condições de alojamento e carências nutricionais de cães, gatos, mas também, e cada vez mais, de aves e cavalos. A lotação está esgotada.
 
Ana Carla Rosário in Jornal de Notícias

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Clube do Brinquedo - Aluguer de Brinquedos

http://www.clubdobrinquedo.pt

Quantos brinquedos pôs o seu filho de parte porque deixaram de ser novidade? Alugar brinquedos ao invés de comprar é a proposta do Clube do Brinquedo, a funcionar na zona da Grande Lisboa. Só tem de ir ao website, registar-se e escolher o brinquedo desejado de entre uma variedade de opções que têm essencialmente em conta o desenvolvimento das crianças até aos seis anos. Uma mudança de mentalidade entre nós que promove o consumo responsável e partilhado, um conceito com longa tradição em países como Brasil, E.U.A e França. A sustentabilidade é também a ideia presente nas embalagens reutilizáveis em que os brinquedos são entregues. Nestes tempos de crise, passe a palavra.

in Lifecooler

Novo teste pré-natal deteta trissomias quase a 100%

As grávidas portuguesas podem, a partir da próxima segunda-feira, realizar um teste pré-natal inovador que deteta trissomias fetais com 99% de certezas, sem necessidade de realizar testes invasivos como a amniocentese, anunciou esta sexta-feira o laboratório Labco.
Este novo avanço no diagnóstico pré-natal que chega agora a Portugal é baseado na análise de ADN fetal presente no sangue materno e deteta trissomias fetais em gravidezes com mais de dez semanas de gestação, sem risco para a grávida ou para o feto, e com uma taxa de deteção até 99%, explicou à Lusa Laura Brum, diretora geral da Labco Diagnostics.
O teste reduz até "cinco vezes" os resultados falsos positivos em comparação com outros testes, permitindo uma avaliação precisa do risco das trissomias responsáveis pela maioria das anomalias cromossómicas no diagnóstico pré-natal, adianta a responsável.
O teste de diagnóstico pré-natal, que vai ter um custo de 670 euros - a amniocentese pode chegar aos 500 euros -, vai estar disponível, numa primeira fase, apenas em quatro hospitais privados portugueses.
Os hospitais aderentes a esta tecnologia que deteta as anomalias cromossómicas mais frequentes, como o Síndrome de Down, com precisão próxima dos 100%, são o Hospital da Luz (Lisboa), Hospital dos Lusíadas (Lisboa), Hospital da Boavista (Porto), Hospital de Santiago (Setúbal) e Hospital Santa Maria (Faro).
Com este diagnóstico vai ser possível baixar o número de amniocenteses (colheita pré-natal de fluído amniótico com o objetivo de detetar eventuais anomalias do feto), em Portugal, prevê a médica Laura Brum, referindo que apesar de o exame ainda não ser comparticipado, o próximo passo é começar a "propôr às seguradoras a sua comparticipação" e, talvez mais tarde, propôr ao "Serviço Nacional de Saúde".
Este diagnóstico pré-natal, que estará disponível a partir de 28 de janeiro, foi criado nos Estados Unidos da América, chegou ao Reino Unido em agosto de 2012, foi depois para Espanha e chega este ano a Portugal.
Das 40% das pacientes em Espanha que efetuaram este teste tinham pensado em realizar uma técnica invasiva de diagnóstico, embora 97% soubessem os riscos envolvidos.

in Jornal de Notícias (publicado em 25-01-2013)

domingo, 27 de janeiro de 2013

As imagens da semana


Murmúrio

Traze-me um pouco das
sombras serenas
que as nuvens transportam
por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da
alvura dos luares
que a noite sustenta
no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua
lembrança, aroma perdido,
saudade da flor!
- Vê que nem te digo-
- esperança!
- Vê que nem sequer
sonho - amor!

Cecília Meireles