http://www.youtube.com/watch?v=ZjuwgDElZb8
Ol Boy was a stray dog who a member of the public spotted to be in distress and asked us to help him. What started out to be a routine rescue turned out to be a lesson in life and death which I will never forget.
All sentient beings, humans and dogs alike, should be allowed to die in dignity.
Run free, Ol Boy.
Our Street Dogs only ask for food, water, shelter, and our companionship, yet that is not easy to come by in an urban city like Singapore where they are an eyesore and constantly persecuted.
I am Dr Siew Tuck Wah, president of the non-profit animal welfare group, Save Our Street Dogs.
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 27 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Ideias para Presentes de Natal Caseiros
Açúcar Baunilhado Caseiro
Para fazer um frasquinho com açúcar baunilhado caseiro, que em nada se compara ao de compra, tudo o que precisam é de um frasco, açúcar branco e uma vagem de baunilha (a vagem de baunilha pode até ter sido usada anteriormente numa qualquer sobremesa).
Coloquem a vagem de baunilha aberta ao meio no frasco e cubram com açúcar. Depois é só fechar o frasco. E deixar ficar um ou dois meses para ganhar o sabor.
Depois é decorar o frasco a gosto com uma etiqueta personalizada, uma fitinha ou qualquer outra coisa.
E assim têm uma oferta personalizada, especial e económica até!
in A Economia Cá de Casa
**************************************************
Açúcar de Alfazema Caseiro
Este açúcar é óptimo para adoçar chá, fazer refrescos caseiros e ainda para enrolar tortas variadas. Para o fazer, não podia ser mais simples: misturem o açúcar com as flores de alfazema (à venda em lojas de produtos naturais, ervanárias, dietéticas e em alguns supermercados). Se quiserem podem usar o robot de cozinha para "misturar" melhor.Depois é só encher frasquinhos com esta mistura e fechar bem. O ideal é fazerem já, para estar pronto a consumir por alturas do Natal!
Decorem o frasco com motivos natalícios e uma etiqueta bonita e ficam com um mimo para complementar os vossos cabazes de Natal.
Em alternativa, juntem ao açúcar um pacotinho de chá e uma receita da vossa torta favorita - com a indicação que o açúcar deve ser usado para adoçar o chá e enrolar a torta -coloquem num saquinho e ficam com uma lembrança para oferecer a amigos ou familiares!
in A Economia Cá de Casa
***************************************************
Azeite Aromatizado
Aproveitem garrafinhas de vidro transparente de água (as da Frize são giras!), ou de vinagres e lavem-nas bem - nada melhor do que as meter na máquina da louça!
Depois coloquem lá dentro ervas frescas, dentes de alho, folhas de louro, piri-piri ou malaguetas e encham-nas de azeite. Fechem bem, decorem a gosto.... e lá têm mais um presente caseiro para oferecer!
Os meus azeites foram aromatizados com alho, orégãos e uma malagueta vermelha das grandes! E ficaram muito giros!
in A Economia Cá de Casa
****************************************************
Sal Aromatizado
Nada mais simples: misture sal grosso de cozinha com o que quiser. Neste caso usei grãos de pimenta preta e rosa e alecrim seco. Coloquei no robot de cozinha para misturar e picar tudo, para ficar mais homogéneo e ser mais fácil de usar.
Coloquei depois em frasquinhos pequenos, decorei com elementos natalícios e com uma etiqueta identificativa. (O sal fica melhor se estiver um tempo com a mistura antes de usar!) Estão prontos a colocar nos cabazes e a serem usados para temperar carnes ou peixes grelhados, saladas, batatas...
Outra sugestão simples e prática de um miminho a oferecer!
in A Economia Cá de Casa
Para fazer um frasquinho com açúcar baunilhado caseiro, que em nada se compara ao de compra, tudo o que precisam é de um frasco, açúcar branco e uma vagem de baunilha (a vagem de baunilha pode até ter sido usada anteriormente numa qualquer sobremesa).
Coloquem a vagem de baunilha aberta ao meio no frasco e cubram com açúcar. Depois é só fechar o frasco. E deixar ficar um ou dois meses para ganhar o sabor.
Depois é decorar o frasco a gosto com uma etiqueta personalizada, uma fitinha ou qualquer outra coisa.
E assim têm uma oferta personalizada, especial e económica até!
in A Economia Cá de Casa
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Açúcar de Alfazema Caseiro
Este açúcar é óptimo para adoçar chá, fazer refrescos caseiros e ainda para enrolar tortas variadas. Para o fazer, não podia ser mais simples: misturem o açúcar com as flores de alfazema (à venda em lojas de produtos naturais, ervanárias, dietéticas e em alguns supermercados). Se quiserem podem usar o robot de cozinha para "misturar" melhor.Depois é só encher frasquinhos com esta mistura e fechar bem. O ideal é fazerem já, para estar pronto a consumir por alturas do Natal!
Decorem o frasco com motivos natalícios e uma etiqueta bonita e ficam com um mimo para complementar os vossos cabazes de Natal.
Em alternativa, juntem ao açúcar um pacotinho de chá e uma receita da vossa torta favorita - com a indicação que o açúcar deve ser usado para adoçar o chá e enrolar a torta -coloquem num saquinho e ficam com uma lembrança para oferecer a amigos ou familiares!
in A Economia Cá de Casa
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Azeite Aromatizado
Aproveitem garrafinhas de vidro transparente de água (as da Frize são giras!), ou de vinagres e lavem-nas bem - nada melhor do que as meter na máquina da louça!
Depois coloquem lá dentro ervas frescas, dentes de alho, folhas de louro, piri-piri ou malaguetas e encham-nas de azeite. Fechem bem, decorem a gosto.... e lá têm mais um presente caseiro para oferecer!
Os meus azeites foram aromatizados com alho, orégãos e uma malagueta vermelha das grandes! E ficaram muito giros!
in A Economia Cá de Casa
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Sal Aromatizado
Nada mais simples: misture sal grosso de cozinha com o que quiser. Neste caso usei grãos de pimenta preta e rosa e alecrim seco. Coloquei no robot de cozinha para misturar e picar tudo, para ficar mais homogéneo e ser mais fácil de usar.
Coloquei depois em frasquinhos pequenos, decorei com elementos natalícios e com uma etiqueta identificativa. (O sal fica melhor se estiver um tempo com a mistura antes de usar!) Estão prontos a colocar nos cabazes e a serem usados para temperar carnes ou peixes grelhados, saladas, batatas...
Outra sugestão simples e prática de um miminho a oferecer!
in A Economia Cá de Casa
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Calçado Buenos Aires
http://www.buenosairesworld.com
Quatro amigos sem qualquer conhecimento prévio no mundo do calçado resolveram arriscar e acabam de lançar a Buenos Aires, uma marca 100% portuguesa mas com um nome que pisca um olho à internacionalização. Os botins ou as botas de cano alto são produzidas manualmente entre Santa Maria da Feira (onde se faz, segundo os sócios, o melhor calçado de Portugal) e Monsaraz, de onde saem as aplicações das coloridas mantas típicas feitas em teares artesanais. A primeira coleção da marca é composta por 26 modelos para homem e mulher e os preços variam entre os 125€ e os 180€.
Procure pelas botas do momento nas lojas Belkiss, Be Gorgeous e Mood, todas em Lisboa.
in Lifecooler
Quatro amigos sem qualquer conhecimento prévio no mundo do calçado resolveram arriscar e acabam de lançar a Buenos Aires, uma marca 100% portuguesa mas com um nome que pisca um olho à internacionalização. Os botins ou as botas de cano alto são produzidas manualmente entre Santa Maria da Feira (onde se faz, segundo os sócios, o melhor calçado de Portugal) e Monsaraz, de onde saem as aplicações das coloridas mantas típicas feitas em teares artesanais. A primeira coleção da marca é composta por 26 modelos para homem e mulher e os preços variam entre os 125€ e os 180€.
Procure pelas botas do momento nas lojas Belkiss, Be Gorgeous e Mood, todas em Lisboa.
in Lifecooler
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Terra Chã lança queijo do rebanho comunitário
Cooperativa Terra Chã
Largo do Centro Cultural de Chãos, n.º1
2040-018 Alcobertas
(+351) 243405292
geral@cooperativaterracha.pt
http://www.cooperativaterracha.pt
Projecto de Conservação da Gralha de Bico Vermelho
A Secção de Silvo-Pastorícia e Ambiente tem realizado um trabalho excepcional com o nosso rebanho comunitário.
Depois da consolidação do efectivo e da definição de um plano de pastoreio que valoriza aspectos de recuperação do habitat da gralha e ainda uma preocupação com a prevenção de incêndios, chegou o momento de apresentar o queijo “Terra Chã Natur”.
É mais um resultado a valorizar do projecto “Conservação do habitat da Gralha de Bico Vermelho”, no âmbito da nossa parceria com a Quercus e Vodafone.
A confecção do queijo resulta de uma parceria com a queijaria da Escola Superior Agrária de Santarém. Houve tempo para consolidar e para valorizar o queijo. Começou a afirmar-se no gosto de bastantes pessoas e, finalmente, ganha marca própria.
Parabéns aos pastores-cooperantes da “Terra Chã” e ao nosso pastor Raul!
in Cooperativa Terra Chã
Largo do Centro Cultural de Chãos, n.º1
2040-018 Alcobertas
(+351) 243405292
geral@cooperativaterracha.pt
http://www.cooperativaterracha.pt
Projecto de Conservação da Gralha de Bico Vermelho
A Secção de Silvo-Pastorícia e Ambiente tem realizado um trabalho excepcional com o nosso rebanho comunitário.
Depois da consolidação do efectivo e da definição de um plano de pastoreio que valoriza aspectos de recuperação do habitat da gralha e ainda uma preocupação com a prevenção de incêndios, chegou o momento de apresentar o queijo “Terra Chã Natur”.
É mais um resultado a valorizar do projecto “Conservação do habitat da Gralha de Bico Vermelho”, no âmbito da nossa parceria com a Quercus e Vodafone.
A confecção do queijo resulta de uma parceria com a queijaria da Escola Superior Agrária de Santarém. Houve tempo para consolidar e para valorizar o queijo. Começou a afirmar-se no gosto de bastantes pessoas e, finalmente, ganha marca própria.
Parabéns aos pastores-cooperantes da “Terra Chã” e ao nosso pastor Raul!
in Cooperativa Terra Chã
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Eléctricas já podem ter preços mais baixos para consumos de noite
As eléctricas passaram a ter condições para lançar uma oferta bi-horária no mercado fora das tarifas reguladas.
A portaria publicada ontem, e que entra hoje em vigor, estabelece uma diferença entre os preços praticados no período de vazio ou de menor procura, que coincide com a noite e fins-de- semana, e os valores cobrados nas horas de ponta de maior consumo que serão mais elevados. O principal objectivo é o de assegurar “a oferta de modalidades de facturação com diferenciação horária da energia consumida por parte dos comercializadores do mercado”.
Na prática, o que se pretende é convencer as eléctricas a fazerem uma oferta bi-horária em mercado que hoje só está disponível na tarifa regulada, com a qual as operadoras alegam não ter condições para concorrer.
A EDP já está a estudar o lançamento de uma oferta de mercado para concorrer com a tarifa bi-horária do sistema público, adiantou ao i João Manso Neto. O administrador da eléctrica, que falava à margem da conferência da APREN (Associação das Energias Renováveis), realizada na semana passada em Viana do Castelo, defende que a proposta de aumento das tarifas eléctricas para 2013 de 2,8% não inviabiliza a concorrência do mercado, mas admite que terá de haver um ajustamento às novas condições da tarifa pública.
Em causa está sobretudo o reforço do desconto para os clientes que escolham tarifa bi-horária que passou a beneficiar de um preço da energia mais barato para os consumos em horas de menor procura.
Nas contas do Ministério da Economia, uma família que transfira 15% do seu consumo actual para as horas de vazio terá uma redução de 4,5% na sua factura, o que na prática permite neutralizar o efeito dos aumentos médios de 2,8% anunciados para o primeiro trimestre de 2013.
A diferença tarifária nas horas de vazio é conseguida por uma distribuição dos custos de interesse geral, também conhecidos pelos custos de política energética, de forma a penalizar os períodos onde se concentram mais consumo.
Nuno Ribeiro da Silva, da Endesa Portugal, considera positivo que o governo tenha legislado no sentido de não deixar morrer a tarifa-bi-horária com o fim dos preços regulados. Não só porque promove a eficiência energética, mas também porque é um instrumento de optimização do sistema eléctrico. A Endesa ainda vai estudar as condições concretas fixadas na portaria para avaliar se asseguram condições para avançar com uma oferta competitiva.
A portaria redistribui ainda os custos de interesse económico geral entre os clientes domésticos e industriais, reequilibrando a factura entre famílias e empresas, no sentido de um maior equilíbrio na partilha dos muitos sobrecustos por trás do preço da energia.
Por Ana Suspiro, publicado em 23 Out 2012
Jornal i
A portaria publicada ontem, e que entra hoje em vigor, estabelece uma diferença entre os preços praticados no período de vazio ou de menor procura, que coincide com a noite e fins-de- semana, e os valores cobrados nas horas de ponta de maior consumo que serão mais elevados. O principal objectivo é o de assegurar “a oferta de modalidades de facturação com diferenciação horária da energia consumida por parte dos comercializadores do mercado”.
Na prática, o que se pretende é convencer as eléctricas a fazerem uma oferta bi-horária em mercado que hoje só está disponível na tarifa regulada, com a qual as operadoras alegam não ter condições para concorrer.
A EDP já está a estudar o lançamento de uma oferta de mercado para concorrer com a tarifa bi-horária do sistema público, adiantou ao i João Manso Neto. O administrador da eléctrica, que falava à margem da conferência da APREN (Associação das Energias Renováveis), realizada na semana passada em Viana do Castelo, defende que a proposta de aumento das tarifas eléctricas para 2013 de 2,8% não inviabiliza a concorrência do mercado, mas admite que terá de haver um ajustamento às novas condições da tarifa pública.
Em causa está sobretudo o reforço do desconto para os clientes que escolham tarifa bi-horária que passou a beneficiar de um preço da energia mais barato para os consumos em horas de menor procura.
Nas contas do Ministério da Economia, uma família que transfira 15% do seu consumo actual para as horas de vazio terá uma redução de 4,5% na sua factura, o que na prática permite neutralizar o efeito dos aumentos médios de 2,8% anunciados para o primeiro trimestre de 2013.
A diferença tarifária nas horas de vazio é conseguida por uma distribuição dos custos de interesse geral, também conhecidos pelos custos de política energética, de forma a penalizar os períodos onde se concentram mais consumo.
Nuno Ribeiro da Silva, da Endesa Portugal, considera positivo que o governo tenha legislado no sentido de não deixar morrer a tarifa-bi-horária com o fim dos preços regulados. Não só porque promove a eficiência energética, mas também porque é um instrumento de optimização do sistema eléctrico. A Endesa ainda vai estudar as condições concretas fixadas na portaria para avaliar se asseguram condições para avançar com uma oferta competitiva.
A portaria redistribui ainda os custos de interesse económico geral entre os clientes domésticos e industriais, reequilibrando a factura entre famílias e empresas, no sentido de um maior equilíbrio na partilha dos muitos sobrecustos por trás do preço da energia.
Por Ana Suspiro, publicado em 23 Out 2012
Jornal i
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Agricultura biológica aumentou 20 vezes a área em apenas década e meia
Entre 1994 e 2011, o número de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 milhões de euros por ano
A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. E o número de produtores dedicados a produzir alimentos ou pastagens neste modo de produção disparou de uns escassos 234 em 1994 para 5938 no ano passado, o número mais elevado dos últimos 17 anos.
De acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Agricultura, em termos globais a área já representa 5,5% da superfície agrícola utilizada, "situando-se um pouco acima da média europeia". As estimativas do sector, citadas pelo gabinete de Assunção Cristas, apontam para um volume de negócios que rondará os 20 a 22 milhões de euros, com taxas de crescimento de 20% ao ano.
Há 15 anos, o território ocupado pela produção biológica - que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados - pouco ultrapassava os 12 mil hectares. O crescimento foi contínuo até 2007, mas mudanças de política, que, segundo o ministério, "orientaram parte da produção para a produção integrada", travaram a evolução positiva e fizeram recuar o número de hectares. As quedas foram expressivas até 2009, mas a curva do crescimento voltou a romper no ano seguinte.
De nicho de mercado, a agricultura biológica espalhou-se à grande distribuição e generalizou-se nos formatos especializados, supermercados e mercados de rua. Mas ainda há muito por explorar. "Temos muito para fazer relativamente à produção para o mercado nacional e sobretudo nas exportações", diz Jaime Ferreira, presidente da direcção da Agrobio, Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, que representa seis mil consumidores e produtores. Os portugueses procuram cada vez mais este tipo de produtos mas, para ganhar dimensão, são precisos "mais agricultores e área plantada" e acções de divulgação sobre os benefícios para a saúde destes alimentos, defende.
À Agrobio têm chegado pedidos de potenciais clientes estrangeiros que procuram grandes quantidades. Mas só os agricultores de grande dimensão "conseguem escala" para responder a essa necessidade. "Contam-se pelos dedos das mãos os produtores com capacidade de produção", lamenta Jaime Ferreira.
Mais procura externa
Na Quinta do Montalto, em Olival, concelho de Ourém, a intenção é chegar aos 100 mil quilos de uvas. Os 15,5 hectares de vinha são dedicados em exclusivo à produção de vinho biológico, com as marcas Vinha da Malhada e Cepa Pura a assumirem o rosto de um negócio que já vai na quinta geração. André Gomes Pereira espera vender este ano 90% da produção para o estrangeiro (mais 13% face a 2011), com destaque para Holanda - que absorve 20% das vendas -, Alemanha e Estados Unidos.
"Começámos este movimento de encontrar clientes lá fora em 2007 e agora conhecemos bem o mercado", sintetiza André Gomes Pereira. Em Portugal, as vendas são residuais, mas, se pudesse, vendia todo o vinho no mercado interno. "Lá fora tem mais aceitação. Por cá, o vinho biológico tem uma carga negativa, no início foram vendidos produtos com defeito. Hoje já não é assim", diz ao PÚBLICO, por telefone. O Cepa Pura tinto da Quinta do Montalto foi distinguido na Alemanha entre mais de 4500 vinhos (biológicos e não biológicos) e ficou entre os 13 melhores. "O único português e à frente dos vinhos convencionais", acrescenta.
O mercado externo exige qualidade e tem poder de compra. Andreas Bernhard, que dirige a Risca Grande juntamente com a família Zehnder, começou a cultivar olival em 2002 numa propriedade de 92 hectares em Serpa. Toda a produção de azeite, cerca de 100 mil garrafas, é destinada à exportação. Suíça, Alemanha, Suécia e Japão absorvem o produto, considerado um dos melhores do mundo na sua categoria. "São mercados que têm muito poder de compra e conhecem a produção mundial muito bem. Em Portugal, não há poder de compra e no estrangeiro procuram coisas especiais", diz Andreas Bernhard. É pela qualidade que o azeite Risca Grande se quer distinguir entre gigantes.
Apesar da maioria dos produtores de agricultura biológica se dedicar à cultura do olival (representam 22% de um total de 1299), quase 60% da superfície ocupada com este tipo de produção destina-se a pastagens para alimentação animal. Segue-se a floresta (10%), o olival (8,4%) e as culturas forrageiras (prados). Na produção de carne, a evolução também tem sido positiva: em 2011, o número de animais cresceu de 58 mil para 242.359 e há 1240 produtores (mais 4% face a 2010). Contudo, Jaime Ferreira diz que há problemas para resolver. É difícil encontrar no mercado oferta suficiente, não só porque há "produtores dispersos", mas porque a centralização do abate dos animais dificulta o aumento da produção. "Na agricultura biológica, para haver certificação, o animal não pode entrar no mesmo circuito do abate convencional. Há muito poucos matadouros que façam abate de modo biológico e muita da carne [criada desta forma] acaba na produção convencional", explica.
A Agrobio aguarda pela reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para que haja diferenciação nos apoios concedidos aos agricultores. Além disso, para fazer crescer o sector, "tem de haver uma aposta do próprio país", defende.
in Público Economia
A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. E o número de produtores dedicados a produzir alimentos ou pastagens neste modo de produção disparou de uns escassos 234 em 1994 para 5938 no ano passado, o número mais elevado dos últimos 17 anos.
De acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Agricultura, em termos globais a área já representa 5,5% da superfície agrícola utilizada, "situando-se um pouco acima da média europeia". As estimativas do sector, citadas pelo gabinete de Assunção Cristas, apontam para um volume de negócios que rondará os 20 a 22 milhões de euros, com taxas de crescimento de 20% ao ano.
Há 15 anos, o território ocupado pela produção biológica - que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados - pouco ultrapassava os 12 mil hectares. O crescimento foi contínuo até 2007, mas mudanças de política, que, segundo o ministério, "orientaram parte da produção para a produção integrada", travaram a evolução positiva e fizeram recuar o número de hectares. As quedas foram expressivas até 2009, mas a curva do crescimento voltou a romper no ano seguinte.
De nicho de mercado, a agricultura biológica espalhou-se à grande distribuição e generalizou-se nos formatos especializados, supermercados e mercados de rua. Mas ainda há muito por explorar. "Temos muito para fazer relativamente à produção para o mercado nacional e sobretudo nas exportações", diz Jaime Ferreira, presidente da direcção da Agrobio, Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, que representa seis mil consumidores e produtores. Os portugueses procuram cada vez mais este tipo de produtos mas, para ganhar dimensão, são precisos "mais agricultores e área plantada" e acções de divulgação sobre os benefícios para a saúde destes alimentos, defende.
À Agrobio têm chegado pedidos de potenciais clientes estrangeiros que procuram grandes quantidades. Mas só os agricultores de grande dimensão "conseguem escala" para responder a essa necessidade. "Contam-se pelos dedos das mãos os produtores com capacidade de produção", lamenta Jaime Ferreira.
Mais procura externa
Na Quinta do Montalto, em Olival, concelho de Ourém, a intenção é chegar aos 100 mil quilos de uvas. Os 15,5 hectares de vinha são dedicados em exclusivo à produção de vinho biológico, com as marcas Vinha da Malhada e Cepa Pura a assumirem o rosto de um negócio que já vai na quinta geração. André Gomes Pereira espera vender este ano 90% da produção para o estrangeiro (mais 13% face a 2011), com destaque para Holanda - que absorve 20% das vendas -, Alemanha e Estados Unidos.
"Começámos este movimento de encontrar clientes lá fora em 2007 e agora conhecemos bem o mercado", sintetiza André Gomes Pereira. Em Portugal, as vendas são residuais, mas, se pudesse, vendia todo o vinho no mercado interno. "Lá fora tem mais aceitação. Por cá, o vinho biológico tem uma carga negativa, no início foram vendidos produtos com defeito. Hoje já não é assim", diz ao PÚBLICO, por telefone. O Cepa Pura tinto da Quinta do Montalto foi distinguido na Alemanha entre mais de 4500 vinhos (biológicos e não biológicos) e ficou entre os 13 melhores. "O único português e à frente dos vinhos convencionais", acrescenta.
O mercado externo exige qualidade e tem poder de compra. Andreas Bernhard, que dirige a Risca Grande juntamente com a família Zehnder, começou a cultivar olival em 2002 numa propriedade de 92 hectares em Serpa. Toda a produção de azeite, cerca de 100 mil garrafas, é destinada à exportação. Suíça, Alemanha, Suécia e Japão absorvem o produto, considerado um dos melhores do mundo na sua categoria. "São mercados que têm muito poder de compra e conhecem a produção mundial muito bem. Em Portugal, não há poder de compra e no estrangeiro procuram coisas especiais", diz Andreas Bernhard. É pela qualidade que o azeite Risca Grande se quer distinguir entre gigantes.
Apesar da maioria dos produtores de agricultura biológica se dedicar à cultura do olival (representam 22% de um total de 1299), quase 60% da superfície ocupada com este tipo de produção destina-se a pastagens para alimentação animal. Segue-se a floresta (10%), o olival (8,4%) e as culturas forrageiras (prados). Na produção de carne, a evolução também tem sido positiva: em 2011, o número de animais cresceu de 58 mil para 242.359 e há 1240 produtores (mais 4% face a 2010). Contudo, Jaime Ferreira diz que há problemas para resolver. É difícil encontrar no mercado oferta suficiente, não só porque há "produtores dispersos", mas porque a centralização do abate dos animais dificulta o aumento da produção. "Na agricultura biológica, para haver certificação, o animal não pode entrar no mesmo circuito do abate convencional. Há muito poucos matadouros que façam abate de modo biológico e muita da carne [criada desta forma] acaba na produção convencional", explica.
A Agrobio aguarda pela reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para que haja diferenciação nos apoios concedidos aos agricultores. Além disso, para fazer crescer o sector, "tem de haver uma aposta do próprio país", defende.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
O Veneno Está na Mesa
http://vimeo.com/29278749
Documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam para a saúde pública. O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as multi-nacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como nos estamos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
in Pratos Limpos
Documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam para a saúde pública. O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as multi-nacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como nos estamos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
in Pratos Limpos
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É possível alimentar o mundo inteiro sem pesticidas
Documentário (FR): Les moissons du futur/L'agriculture alternative
Alimentar o mundo inteiro é possível sem pesticidas. Quem o defende é Marie-Monique Robin, uma jornalista e documentarista francesa que percorreu o mundo para ouvir as opiniões de especialistas - de camponeses a engenheiros agrónomos - e concluiu que, sem o recurso a químicos, a população internacional seria capaz de produzir alimentos em quantidade suficiente para que ninguém passasse fome.
Robin, que tem trabalhado numa série documental de três partes sobre a contaminação alimentar desde 2008, acaba de lançar o seu mais recente trabalho, "Les Moissons du Futur" (As Colheitas do Futuro, em português), que se debruça sobre a questão da "agroecologia", uma combinação entre a agricultura, a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.
"Durante a realização dos meus filmes participei em dezenas de conferências em que as pessoas me perguntavam: mas, afinal, é possível alimentar o mundo sem pesticidas?", conta a jornalista, também autora de várias obras sobre os direitos humanos na América Latina, em declarações à AFP.
Com o seu novo documentário, o último da trilogia, Robin tentou compreender se é ou não possível resolver a crise alimentar seguindo a "agroecologia". Andou pelo planeta, do Japão ao México, passando pelo Quénia e os EUA, e reuniu-se com peritos, camponeses, agricultores e engenheiros agrónomos.
A conclusão foi clara: não só é possível produzir bens alimentares em quantidade suficiente para que não haja fome no mundo e sem prejudicar o planeta, como o facto de não se poder alimentar o mundo inteiro atualmente "se deve aos pesticidas", garante a jornalista.
Agricultura ecológica é a solução, assegura Robin
Para mudar esta realidade, adianta, deverá recorrer-se, então, à agricultura ecológica, que consiste num tratamento adequado do solo, no uso eficiente da água e no investimento em diversidade vegetal, uma mistura de fatores que permitiria pôr fim à situação atual e alimentar a Terra, alargando os benefícios à própria Natureza.
O filme, que será lançado em DVD no dia 16 de Outubro e acompanhado de um livro, ambiciona provar tal possibilidade, reunindo uma série de testemunhos de camponeses de todo o mundo que têm substituído os inseticidas por técnicas aparentemente simples, que matam as ervas-daninhas sem prejudicar o solo e sem efeitos nefastos na saúde.
A obra inspira-se também num trabalho de Oliver De Schutter, relator especial das Nações Unidas pelo direito à alimentação, que foi dado a conhecer em 2011 e que afirma que o método baseado na renovação dos solos e na eliminação dos fertilizantes químicos pode, inclusive, permitir melhorar os rendimentos das regiões mais pobres e adaptar-se mais facilmente às alterações climáticas.
in Boas Notícias
Alimentar o mundo inteiro é possível sem pesticidas. Quem o defende é Marie-Monique Robin, uma jornalista e documentarista francesa que percorreu o mundo para ouvir as opiniões de especialistas - de camponeses a engenheiros agrónomos - e concluiu que, sem o recurso a químicos, a população internacional seria capaz de produzir alimentos em quantidade suficiente para que ninguém passasse fome.
Robin, que tem trabalhado numa série documental de três partes sobre a contaminação alimentar desde 2008, acaba de lançar o seu mais recente trabalho, "Les Moissons du Futur" (As Colheitas do Futuro, em português), que se debruça sobre a questão da "agroecologia", uma combinação entre a agricultura, a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.
"Durante a realização dos meus filmes participei em dezenas de conferências em que as pessoas me perguntavam: mas, afinal, é possível alimentar o mundo sem pesticidas?", conta a jornalista, também autora de várias obras sobre os direitos humanos na América Latina, em declarações à AFP.
Com o seu novo documentário, o último da trilogia, Robin tentou compreender se é ou não possível resolver a crise alimentar seguindo a "agroecologia". Andou pelo planeta, do Japão ao México, passando pelo Quénia e os EUA, e reuniu-se com peritos, camponeses, agricultores e engenheiros agrónomos.
A conclusão foi clara: não só é possível produzir bens alimentares em quantidade suficiente para que não haja fome no mundo e sem prejudicar o planeta, como o facto de não se poder alimentar o mundo inteiro atualmente "se deve aos pesticidas", garante a jornalista.
Agricultura ecológica é a solução, assegura Robin
Para mudar esta realidade, adianta, deverá recorrer-se, então, à agricultura ecológica, que consiste num tratamento adequado do solo, no uso eficiente da água e no investimento em diversidade vegetal, uma mistura de fatores que permitiria pôr fim à situação atual e alimentar a Terra, alargando os benefícios à própria Natureza.
O filme, que será lançado em DVD no dia 16 de Outubro e acompanhado de um livro, ambiciona provar tal possibilidade, reunindo uma série de testemunhos de camponeses de todo o mundo que têm substituído os inseticidas por técnicas aparentemente simples, que matam as ervas-daninhas sem prejudicar o solo e sem efeitos nefastos na saúde.
A obra inspira-se também num trabalho de Oliver De Schutter, relator especial das Nações Unidas pelo direito à alimentação, que foi dado a conhecer em 2011 e que afirma que o método baseado na renovação dos solos e na eliminação dos fertilizantes químicos pode, inclusive, permitir melhorar os rendimentos das regiões mais pobres e adaptar-se mais facilmente às alterações climáticas.
in Boas Notícias
domingo, 21 de outubro de 2012
Dorme, meu amor
Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega ― o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor ―
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. mas nada temas; as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me ― eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega ― a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei no caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos ― a noite é um poema
que conheço de cor e vou contar-to até adormeceres.
Maria do Rosário Pedreira
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