As surpresas da semana
1 - Eco - Materiais: Tintas Naturais.
2 - Olha estas velhas árvores, mais belas.
3 - 10ª edição do Concurso de Fotografia da Revista Rotas & Destinos (participe até 1 Outubro 2010).
4 - Brazilian President, Luiz Inacio Lula da Silva, has signed the creation of the Boa Nova National Park and the Boa Nova Wildlife Refuge, safeguarding this biodiverse Important Bird Area (IBA) and creating 27,000 hectares of new protected area.
5 - As caves Cálem e a confeitaria Arcádia, duas empresas tradicionais do Porto, associaram-se num projecto comum e lançaram bombons com recheio de vinho do Porto Cálem 10 Anos.
6 - Por ocasião do lançamento dos novos desodorizantes DeoDry, a Bodyshop, em colaboração com o Canela & Hortelã, oferece um desconto de 25% na aquisição de qualquer um dos produtos desta linha (roll-on, stick ou recarga deodry), a quem apresentar este voucher, de 7 de Junho a 14 de Julho de 2010. Para tal basta apenas imprimir este voucher e dirigir-se a uma loja Bodyshop. Salientamos que esta promoção é válida apenas em Portugal.
7 - Djerba é muito mais do que um duvidoso panfleto turístico colado na vitrina de uma agência de viagens que promete o paraíso por meia dúzia de tostões. Aqui ninguém encontrará o Céu nem o Inferno. Apenas uma surpreendente ilha que é um caso sério no turismo e que espera agora por viajantes à séria.
8 - No site Barrigas de Amor, existem vários passatempos e ofertas para quem se inscrever. Participe!
9 - Magnífico: Escaravelho-do-rosmaninho.
10 - 14 sugestões para dar férias às suas crianças e ficar tão feliz como elas.
11 - Na FOX Life, o mês de Junho marca o início do Verão e o fim da 3ª temporada da série ‘Clínica Privada’ (‘Private Practice’, no título original) , e como os dois acontecimentos se conjugam, nada melhor do que um passatempo cujos prémios são 5 cadeiras de praia oficiais da série. Para participar basta que se registe ou faça login, e submeta na área dedicada ao passatempo (no final da página da série), uma frase criativa que inclua as palavras ‘FOX Life’ e ‘Verão’ (até 11 Julho 2010).
12 - Prepare-se para brilhar durante todo o Verão com fantásticos acessórios tricotados. Siga a nossa sugestão e apaixone-se por Anchor Style Magicline, um fio que lhe apresenta coloridos frescos e inesperados efeitos de cor. Divertida e moderna, esta bolsa giríssima será um complemento indispensável no seu guarda-roupa.
13 - Tal como a alta-costura, a cozinha segue modas ao ritmo de cada estação. A Margão convidou seis especialistas europeus e uma norte-americana para identificar as novas tendências para 2010.
14 - Já pensou em como seria passar duas noites de alojamento no Hotel Dom Pedro Golf Resort, em Vilamoura? A Mish Viagens concretiza o seu sonho! Diga-nos o que estaria disposto a fazer para ter duas noites totalmente gratuitas com direito a alojamento e pequeno-almoço neste hotel luxuoso*! Frases, fotos, vídeos, desenhos... Seja criativo (participe até 30 Junho 2010)!
15 - Parece ser uma delícia: Brownies.
16 - Fundação AIS com mais donativos em Portugal.
17 - Queijo - entenda as diferenças.
18 - Gosto: Ollem - Turismo Fluvial.
19 - A flora da nossa escola: Árvores.
20 - A Petit Patapon e o Às nove no meu blog, oferecem bikini e calções para a praia (participa até 30 Junho 2010).
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
"É Tempo das Cerejas" no Mercado de Campo de Ourique
26 Junho 2010, 9h00 às 17h
Mercado de Campo de Ourique
Rua Coelho da Rocha - Lisboa
Entrada livre
As cerejas vão ser as rainhas de um evento promocional que tem o Mercado de Campo de Ourique como cenário.
Assim, os consumidores podem degustar e comprar cerejas do Fundão, bem como produtos derivados, tais como compotas, licores, bolos e sobremesas, observar demonstrações culinárias, e tomar contacto com muita informação relativa à produção, propriedades e usos gastronómicos das cerejas.
A organização é da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação As Idades dos Sabores, decorrendo o evento entre as 9h00 e as 17h00 de sábado, dia 26, no Mercado de Campo de Ourique.
In CMLisboa
26 Junho 2010, 9h00 às 17h
Mercado de Campo de Ourique
Rua Coelho da Rocha - Lisboa
Entrada livre
As cerejas vão ser as rainhas de um evento promocional que tem o Mercado de Campo de Ourique como cenário.
Assim, os consumidores podem degustar e comprar cerejas do Fundão, bem como produtos derivados, tais como compotas, licores, bolos e sobremesas, observar demonstrações culinárias, e tomar contacto com muita informação relativa à produção, propriedades e usos gastronómicos das cerejas.
A organização é da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação As Idades dos Sabores, decorrendo o evento entre as 9h00 e as 17h00 de sábado, dia 26, no Mercado de Campo de Ourique.
In CMLisboa
Constant Le Breton (1895-1985). Pinturas e aguarelas
Até 8 Agosto 2010, das 10h00 às 18h00 (terça a domingo)
Galeria de Exposições Temporárias da Sede, piso 01
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa
Telf: 217823461/3450
e-mail: museu@gulbenkian.pt
www.gulbenkian.pt
Entrada Livre
Mais de sessenta obras do pintor francês podem ser vistas, pela primeira vez em Portugal, nesta exposição monográfica.
Uma retrospectiva dos grandes temas da sua extensa carreira – a paisagem, o retrato, as cenas de interior, a natureza-morta, as vistas de Paris – que divide em seis secções distintas a variedade da sua produção pictórica. Na mostra, é ainda possível constatar a dívida artística que o conjunto da obra de Constant Le Breton deixa transparecer relativamente à pintura da segunda metade do século XIX – trabalhos influenciados por grandes nomes como Corot, Boudin e Manet – período que mereceu, como se sabe, uma atenção especial por parte de Calouste Sarkis Gulbenkian na constituição da sua colecção.
In Fundação Calouste Gulbenkian
Até 8 Agosto 2010, das 10h00 às 18h00 (terça a domingo)
Galeria de Exposições Temporárias da Sede, piso 01
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa
Telf: 217823461/3450
e-mail: museu@gulbenkian.pt
www.gulbenkian.pt
Entrada Livre
Mais de sessenta obras do pintor francês podem ser vistas, pela primeira vez em Portugal, nesta exposição monográfica.
Uma retrospectiva dos grandes temas da sua extensa carreira – a paisagem, o retrato, as cenas de interior, a natureza-morta, as vistas de Paris – que divide em seis secções distintas a variedade da sua produção pictórica. Na mostra, é ainda possível constatar a dívida artística que o conjunto da obra de Constant Le Breton deixa transparecer relativamente à pintura da segunda metade do século XIX – trabalhos influenciados por grandes nomes como Corot, Boudin e Manet – período que mereceu, como se sabe, uma atenção especial por parte de Calouste Sarkis Gulbenkian na constituição da sua colecção.
In Fundação Calouste Gulbenkian
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Arroz branco vs. Arroz integral e risco de Diabetes tipo II
Um estudo realizado na Escola de Saúde Pública de Harvard associou o consumo de 5 ou mais porções/semana de arroz branco, com o risco aumentado de desenvolvimento de diabetes tipo II. Em contrapartida associou o consumo de 2 ou mais porções de arroz integral/semana, a um menor risco de desenvolver esta doença.
Diferenças no processamento dos alimentos, como no caso do arroz branco e arroz integral podem apresentar diferentes efeitos sobre o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Estes investigadores pretenderam examinar, o efeito de diferentes frequências de consumo de arroz branco e arroz integral sobre o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Neste estudo prospectivo, foram avaliados vários parâmetros, nomeadamente, dieta, práticas de vida e estado da doença entre 39375 homens e 157463 mulheres. Após ajuste dos resultados verificou-se que, um maior consumo de arroz branco (mais de 5 porções por semana versus menos de 1 porção por mês) pode estar associado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Já o consumo de arroz integral (mais de 2 porções por semana versus menos de 1 porção por mês) foi associado a um menor risco de desenvolvimento desta doença. Foi estimado que a substituição de 50g de arroz branco pela mesma quantidade de arroz integral baixaria o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II em 16%. A mesma substituição com outros grãos integrais, como trigo e cevada, foi associada com uma redução do risco em 36%.
Estes dados vêm suportar a recomendação já existente, de que a ingestão total de hidratos de carbono deve ser proveniente em parte de cereais e derivados pouco refinados.
Fonte: Sun Q, Spiegelman D, van Dam RM, Holmes MD, Malik VS, Willett WC, Hu FB. White Rice, Brown Rice, and Risk of Type 2 Diabetes in US Men and Women. Arch Intern Med, 2010; 170 (11): 961-969.
In APN - Associação Portuguesa dos Nutricionistas
Um estudo realizado na Escola de Saúde Pública de Harvard associou o consumo de 5 ou mais porções/semana de arroz branco, com o risco aumentado de desenvolvimento de diabetes tipo II. Em contrapartida associou o consumo de 2 ou mais porções de arroz integral/semana, a um menor risco de desenvolver esta doença.
Diferenças no processamento dos alimentos, como no caso do arroz branco e arroz integral podem apresentar diferentes efeitos sobre o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Estes investigadores pretenderam examinar, o efeito de diferentes frequências de consumo de arroz branco e arroz integral sobre o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Neste estudo prospectivo, foram avaliados vários parâmetros, nomeadamente, dieta, práticas de vida e estado da doença entre 39375 homens e 157463 mulheres. Após ajuste dos resultados verificou-se que, um maior consumo de arroz branco (mais de 5 porções por semana versus menos de 1 porção por mês) pode estar associado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo II. Já o consumo de arroz integral (mais de 2 porções por semana versus menos de 1 porção por mês) foi associado a um menor risco de desenvolvimento desta doença. Foi estimado que a substituição de 50g de arroz branco pela mesma quantidade de arroz integral baixaria o risco de desenvolvimento de diabetes tipo II em 16%. A mesma substituição com outros grãos integrais, como trigo e cevada, foi associada com uma redução do risco em 36%.
Estes dados vêm suportar a recomendação já existente, de que a ingestão total de hidratos de carbono deve ser proveniente em parte de cereais e derivados pouco refinados.
Fonte: Sun Q, Spiegelman D, van Dam RM, Holmes MD, Malik VS, Willett WC, Hu FB. White Rice, Brown Rice, and Risk of Type 2 Diabetes in US Men and Women. Arch Intern Med, 2010; 170 (11): 961-969.
In APN - Associação Portuguesa dos Nutricionistas
Orquestra Barroca do Amazonas
2 Julho 2010, às 21h00
Museu da Música Portuguesa
Av. Saboia, 1146 - Monte Estoril
Telf: 214815901
Entrada livre
2 Julho 2010, às 21h00
Museu da Música Portuguesa
Av. Saboia, 1146 - Monte Estoril
Telf: 214815901
Entrada livre
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quarta-feira, 23 de junho de 2010
Causas do declínio global dos anfíbios
Campanha NaturSAPO – Campanha Nacional de Conservação de Anfíbios
Blogue Anfíbios e Répteis de Portugal
O declínio e a perda de populações de anfíbios são hoje um problema global, com causas complexas e ainda por clarificar. Vários factores, actuando isoladamente ou em conjunto, serão responsáveis por este fenómeno.
Hoje em dia, existe consenso quando se refere que os anfíbios estão em declínio global. Os anfíbios são vertebrados mais sensíveis às alterações ambientais do que qualquer outro grupo de vertebrados terrestres. Além de serem exotérmicos, em diferentes estágios dos seus ciclos de vida, frequentam habitats aquáticos e habitats terrestres e, devido à sua pele muito permeável, são muito susceptíveis a toxinas e alterações dos padrões de temperatura e precipitação.
Os anfíbios têm sido, por diversas vezes, objecto de estudos experimentais e de monitorização. Os estudos da sua ecologia na natureza foram, de uma maneira geral, conduzidos em agregações que se verificam nos locais de reprodução, mas ainda pouco se sabe dos seus movimentos e actividades fora desses locais. Assim, ainda se está muito aquém de se compreender, como noutros grupos taxonómicos, a dinâmica das populações de anfíbios.
De qualquer forma, a informação existente aponta para diferentes tipos de causas que, actuando em conjunto ou isoladamente, deverão ser as principais responsáveis por este declínio. Estas causas são:
Alteração do habitat
A modificação do habitat é a causa do declínio dos anfíbios mais bem estudada. A perda de habitat tem como consequência a redução da abundância e da diversidade dos anfíbios. A conservação dos meios aquáticos de reprodução é ineficaz se não se tiver em conta o habitat terrestre envolvente, que é utilizado pelos anfíbios como local de abrigo e de alimentação. Assim, por exemplo, a drenagem de zonas húmidas implica a remoção de locais de reprodução, mas por outro lado, a remoção ou modificação das florestas tem um rápido e severo impacto nalgumas populações de anfíbios, devido a modificações microclimáticas, compactação e secura dos solos e redução da complexidade do habitat. Alterações, mais subtis, na condução da vegetação, que levem, por exemplo, ao aumento do ensombramento, podem, também, ter consequências negativas para algumas espécies de anfíbios.
Predação
As larvas dos anfíbios são extremamente vulneráveis a predadores vertebrados e invertebrados. A diversidade de anfíbios é frequentemente baixa em habitats com peixes predadores. As larvas de espécies de anfíbios que coexistem com predadores aquáticos desenvolveram mecanismos de defesa, contudo as introduções generalizadas de peixes predadores e do Lagostim-vermelho expôs os anfíbios nativos a predadores com os quais nunca tinham interagido, podendo-se verificar taxas de mortalidade significativas, e mesmo levar a uma rápida extinção local dos anfíbios.
Uma situação menos directa, verificou-se no Reino Unido com o Sapo-corredor. Muitas populações de Sapo-corredor mantiveram-se em habitats sem peixes predadores, mas ficaram isoladas das populações com habitats sujeitos a colonizações de predadores exóticos, o que eventualmente poderá levar à extinção local.
O Homem tem sido, também, responsável por predação directa, principalmente devido ao comércio de pernas de rã.
Radiação Ultravioleta
A diminuição do ozono da estratosfera, com consequente aumento da radiação ultravioleta (UV) ao nível a superfície terrestre estimulou a teoria de que a fraca resistência dos embriões à radiação seria uma das causas do declínio. Com efeito, a capacidade de recuperação dos danos derivados da radiação UV (através de uma enzima - fotoliase) é superior nas espécies de anfíbios não ameaçados e inferior nas espécies em declínio. A radiação UV associada a situações de natureza patogénica ou pH baixo, tem em algumas situações efeitos mais marcados.
Na maioria dos meios aquáticos, a radiação UV é absorvida, principalmente, nos primeiros centímetros de profundidade, pelo que a radiação deverá afectar apenas espécies que utilizem como local de reprodução habitats aquáticos pouco profundos, mas também zonas de águas límpidas, principalmente em zonas de elevadas altitudes.
Apesar do efeito da radiação nos embriões ser inquestionável, não se sabe até que ponto, por ser de difícil estudo, é significativa a taxa de mortalidade, que daí deriva, para o declínio dos anfíbios.
Acidez e Toxicidade
Os meios aquáticos ácidos (pH baixo), têm grandes impactos na distribuição e reprodução dos anfíbios e na sobrevivência e desenvolvimento dos seus ovos e larvas. Os anfíbios, variando com a espécie, são sensíveis a baixos valores de pH, e a factores resultantes, principalmente a altas concentrações de alumínio. A acidificação do meio provoca atrasos ou antecipa a incubação, diminuição do tamanho corporal das larvas, alterações no comportamento de natação e redução da capacidade de resposta aos predadores, pelo que aumenta a taxa de mortalidade. Indirectamente, diminui as fontes de alimento disponíveis para os girinos.
Apesar dos efeitos do pH baixo estarem bem documentados, não há dados suficientes que expliquem, por si só, o catastrófico declínio dos anfíbios. As referências dos efeitos de metais e químicos usados nos insecticidas e herbicidas, também são abundantes, mas de igual forma, não são concludentes para a dinâmica das populações. Os tóxicos ambientais, provocam a morte directa e/ou prejudicam a taxa de reprodução, taxa de crescimento e aumentam a susceptibilidade a doenças, por suprimir ou inibir a capacidade de resposta do sistema imunitário dos anfíbios.
Doenças
Foram relacionados declínios de populações com doenças, que se deveriam a factores que de forma directa ou indirecta suprimiam os sistemas imunitários. Os agentes de doenças estão presentes nos animais saudáveis, mas quando os sistemas imunitários estão comprometidos ocorrem as doenças. Há casos documentados de epidemias responsáveis pela mortalidade massiva de anfíbios. Pouco se sabe das doenças dos anfíbios, principalmente no que respeita a viroses.
Clima
Condições climatéricas invulgares, nomeadamente condições de seca, provocaram o desaparecimento de populações de anfíbios, principalmente se associadas a outros factores, como doenças ou água com tóxicos. Alterações climáticas registadas num curto espaço de tempo, como um temporal, poderão alterar igualmente a dinâmica das populações de anfíbios. Alterações de climas locais devidas ao aquecimento global, influenciarão certamente a ecologia dos anfíbios. Já se obtiveram associações significativas entre as alterações de padrões de temperatura e reduções populacionais de anfíbios.
A maioria dos estudos invoca interacções entre diversos factores para justificar declínios concretos. Está claro que, nos últimos anos, os anfíbios sofreram um declínio a nível global, mas apesar da muita documentação existente, não se podem ainda tirar conclusões definitivas sobre os efeitos que os factores referidos têm sobre a dinâmica das populações.
Bibliografia
Alford, A.R. e Richards, J.R. (1999). Global Amphibian Declines: a problem in applied ecology. Annu. Rev. Ecol. Syst. 30: 133-165.
In Naturlink
Campanha NaturSAPO – Campanha Nacional de Conservação de Anfíbios
Blogue Anfíbios e Répteis de Portugal
O declínio e a perda de populações de anfíbios são hoje um problema global, com causas complexas e ainda por clarificar. Vários factores, actuando isoladamente ou em conjunto, serão responsáveis por este fenómeno.
Hoje em dia, existe consenso quando se refere que os anfíbios estão em declínio global. Os anfíbios são vertebrados mais sensíveis às alterações ambientais do que qualquer outro grupo de vertebrados terrestres. Além de serem exotérmicos, em diferentes estágios dos seus ciclos de vida, frequentam habitats aquáticos e habitats terrestres e, devido à sua pele muito permeável, são muito susceptíveis a toxinas e alterações dos padrões de temperatura e precipitação.
Os anfíbios têm sido, por diversas vezes, objecto de estudos experimentais e de monitorização. Os estudos da sua ecologia na natureza foram, de uma maneira geral, conduzidos em agregações que se verificam nos locais de reprodução, mas ainda pouco se sabe dos seus movimentos e actividades fora desses locais. Assim, ainda se está muito aquém de se compreender, como noutros grupos taxonómicos, a dinâmica das populações de anfíbios.
De qualquer forma, a informação existente aponta para diferentes tipos de causas que, actuando em conjunto ou isoladamente, deverão ser as principais responsáveis por este declínio. Estas causas são:
Alteração do habitat
A modificação do habitat é a causa do declínio dos anfíbios mais bem estudada. A perda de habitat tem como consequência a redução da abundância e da diversidade dos anfíbios. A conservação dos meios aquáticos de reprodução é ineficaz se não se tiver em conta o habitat terrestre envolvente, que é utilizado pelos anfíbios como local de abrigo e de alimentação. Assim, por exemplo, a drenagem de zonas húmidas implica a remoção de locais de reprodução, mas por outro lado, a remoção ou modificação das florestas tem um rápido e severo impacto nalgumas populações de anfíbios, devido a modificações microclimáticas, compactação e secura dos solos e redução da complexidade do habitat. Alterações, mais subtis, na condução da vegetação, que levem, por exemplo, ao aumento do ensombramento, podem, também, ter consequências negativas para algumas espécies de anfíbios.
Predação
As larvas dos anfíbios são extremamente vulneráveis a predadores vertebrados e invertebrados. A diversidade de anfíbios é frequentemente baixa em habitats com peixes predadores. As larvas de espécies de anfíbios que coexistem com predadores aquáticos desenvolveram mecanismos de defesa, contudo as introduções generalizadas de peixes predadores e do Lagostim-vermelho expôs os anfíbios nativos a predadores com os quais nunca tinham interagido, podendo-se verificar taxas de mortalidade significativas, e mesmo levar a uma rápida extinção local dos anfíbios.
Uma situação menos directa, verificou-se no Reino Unido com o Sapo-corredor. Muitas populações de Sapo-corredor mantiveram-se em habitats sem peixes predadores, mas ficaram isoladas das populações com habitats sujeitos a colonizações de predadores exóticos, o que eventualmente poderá levar à extinção local.
O Homem tem sido, também, responsável por predação directa, principalmente devido ao comércio de pernas de rã.
Radiação Ultravioleta
A diminuição do ozono da estratosfera, com consequente aumento da radiação ultravioleta (UV) ao nível a superfície terrestre estimulou a teoria de que a fraca resistência dos embriões à radiação seria uma das causas do declínio. Com efeito, a capacidade de recuperação dos danos derivados da radiação UV (através de uma enzima - fotoliase) é superior nas espécies de anfíbios não ameaçados e inferior nas espécies em declínio. A radiação UV associada a situações de natureza patogénica ou pH baixo, tem em algumas situações efeitos mais marcados.
Na maioria dos meios aquáticos, a radiação UV é absorvida, principalmente, nos primeiros centímetros de profundidade, pelo que a radiação deverá afectar apenas espécies que utilizem como local de reprodução habitats aquáticos pouco profundos, mas também zonas de águas límpidas, principalmente em zonas de elevadas altitudes.
Apesar do efeito da radiação nos embriões ser inquestionável, não se sabe até que ponto, por ser de difícil estudo, é significativa a taxa de mortalidade, que daí deriva, para o declínio dos anfíbios.
Acidez e Toxicidade
Os meios aquáticos ácidos (pH baixo), têm grandes impactos na distribuição e reprodução dos anfíbios e na sobrevivência e desenvolvimento dos seus ovos e larvas. Os anfíbios, variando com a espécie, são sensíveis a baixos valores de pH, e a factores resultantes, principalmente a altas concentrações de alumínio. A acidificação do meio provoca atrasos ou antecipa a incubação, diminuição do tamanho corporal das larvas, alterações no comportamento de natação e redução da capacidade de resposta aos predadores, pelo que aumenta a taxa de mortalidade. Indirectamente, diminui as fontes de alimento disponíveis para os girinos.
Apesar dos efeitos do pH baixo estarem bem documentados, não há dados suficientes que expliquem, por si só, o catastrófico declínio dos anfíbios. As referências dos efeitos de metais e químicos usados nos insecticidas e herbicidas, também são abundantes, mas de igual forma, não são concludentes para a dinâmica das populações. Os tóxicos ambientais, provocam a morte directa e/ou prejudicam a taxa de reprodução, taxa de crescimento e aumentam a susceptibilidade a doenças, por suprimir ou inibir a capacidade de resposta do sistema imunitário dos anfíbios.
Doenças
Foram relacionados declínios de populações com doenças, que se deveriam a factores que de forma directa ou indirecta suprimiam os sistemas imunitários. Os agentes de doenças estão presentes nos animais saudáveis, mas quando os sistemas imunitários estão comprometidos ocorrem as doenças. Há casos documentados de epidemias responsáveis pela mortalidade massiva de anfíbios. Pouco se sabe das doenças dos anfíbios, principalmente no que respeita a viroses.
Clima
Condições climatéricas invulgares, nomeadamente condições de seca, provocaram o desaparecimento de populações de anfíbios, principalmente se associadas a outros factores, como doenças ou água com tóxicos. Alterações climáticas registadas num curto espaço de tempo, como um temporal, poderão alterar igualmente a dinâmica das populações de anfíbios. Alterações de climas locais devidas ao aquecimento global, influenciarão certamente a ecologia dos anfíbios. Já se obtiveram associações significativas entre as alterações de padrões de temperatura e reduções populacionais de anfíbios.
A maioria dos estudos invoca interacções entre diversos factores para justificar declínios concretos. Está claro que, nos últimos anos, os anfíbios sofreram um declínio a nível global, mas apesar da muita documentação existente, não se podem ainda tirar conclusões definitivas sobre os efeitos que os factores referidos têm sobre a dinâmica das populações.
Bibliografia
Alford, A.R. e Richards, J.R. (1999). Global Amphibian Declines: a problem in applied ecology. Annu. Rev. Ecol. Syst. 30: 133-165.
In Naturlink
terça-feira, 22 de junho de 2010
O 1º prémio World Press Photo 2010
Tommaso Ausili - Slaughterhouse
Ver fotografias aqui.
Se uma imagem vale mesmo por mil palavras, pensem que uma tomada de posição vale por mil intenções… não quero acreditar que alguém, salvo por desconhecimento, queira fazer parte desta realidade, no entanto... assim parece.
Há um pequeno grande passo que pode ser dado que poupará milhões de vidas ao sofrimento e à morte…
Tommaso Ausili - Slaughterhouse
Ver fotografias aqui.
Se uma imagem vale mesmo por mil palavras, pensem que uma tomada de posição vale por mil intenções… não quero acreditar que alguém, salvo por desconhecimento, queira fazer parte desta realidade, no entanto... assim parece.
Há um pequeno grande passo que pode ser dado que poupará milhões de vidas ao sofrimento e à morte…
I Festival Música Santa Catarina
24 Junho a 7 Julho 2010
Igreja de Santa Catarina/Igreja dos Paulistas
Calçada do Combro
Lisboa
Informações Tel.: 213 464 443
http://festivaldemusicadesantacatarina.blogspot.com
A Igreja de Santa Catarina promove o I Festival Música Santa Catarina que, ao longo de uma semana, apresenta concertos de música de câmara, música sacra e grandes corais, assim como a exibição de filmes. Nos claustros mostra-se o espólio da igreja, numa exposição onde se encontram muitos artefactos e jóias. Outros locais como a Capela dos Fiéis de Deus e vários espaços da Junta de Freguesia são também palco de concertos e de diversas actividades. Esta iniciativa tem como objectivo angariar fundos para a recuperação do órgão da igreja.
Programa:
Exposição – Espólio da Igreja
24 Jun a 4 Jul: 10h30-20h
Concertos
24 e 30 Junho: 21h
26 Junho e 3 Julho: 18h e às 21h
2 Julho: 16h e às 21h
4 Julho: 21h30
Cinema (programação a definir)
24 Junho a 4 Julho: 18h e às 21h
In Agenda LX
24 Junho a 7 Julho 2010
Igreja de Santa Catarina/Igreja dos Paulistas
Calçada do Combro
Lisboa
Informações Tel.: 213 464 443
http://festivaldemusicadesantacatarina.blogspot.com
A Igreja de Santa Catarina promove o I Festival Música Santa Catarina que, ao longo de uma semana, apresenta concertos de música de câmara, música sacra e grandes corais, assim como a exibição de filmes. Nos claustros mostra-se o espólio da igreja, numa exposição onde se encontram muitos artefactos e jóias. Outros locais como a Capela dos Fiéis de Deus e vários espaços da Junta de Freguesia são também palco de concertos e de diversas actividades. Esta iniciativa tem como objectivo angariar fundos para a recuperação do órgão da igreja.
Programa:
Exposição – Espólio da Igreja
24 Jun a 4 Jul: 10h30-20h
Concertos
24 e 30 Junho: 21h
26 Junho e 3 Julho: 18h e às 21h
2 Julho: 16h e às 21h
4 Julho: 21h30
Cinema (programação a definir)
24 Junho a 4 Julho: 18h e às 21h
In Agenda LX
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Bebés mais ecológicos
Utilização de fraldas reutilizáveis evita a produção de 1 tonelada de resíduos por bebé
A Quercus verificou que a utilização de fraldas reutilizáveis em substituição das fraldas descartáveis reduz a produção de 8 kg de resíduos/semana/bebé, o que corresponde a uma média de 1 ton de resíduos ao fim dos 2 anos e meio, período durante o qual o bebé necessitará de usar fraldas. Se tivermos em consideração que nascem cerca de 100.000 bebés por ano em Portugal, serão 100.000ton a cada 2,5 anos, ou seja cerca de 40.000ton/ano só em fraldas infantis!
Actualmente, as fraldas descartáveis correspondem a cerca de 5% dos RSU(a), que são encaminhados para aterro ou incineração, uma vez que não existe reciclagem em Portugal para este tipo de material.
Neste sentido, a Quercus iniciou, em 2009, uma Campanha de Promoção para a utilização de Fraldas Reutilizáveis, medida prevista pelo Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU) do Ministério do Ambiente tendo Ambiente, tendo levado a cabo uma análise através da utilização dos sistemas e marcas disponíveis no mercado nacional, comercializadas pelas empresas Mundo Baby, Naturkinda, Ecobebés e EcologicalKids. A experiência decorreu durante 3 meses.
Foram analisados parâmetros ambientais, económicos, quotidiano/utilização, saúde do bebé, onde constatámos:
- Redução da produção de 1 tonelada de resíduos de fraldas/bebé;
- Optimizações das lavagens – podem ser lavadas na máquina juntamente com a restante roupa a temperaturas baixas (40.º);
- Secagem fácil ao ar sem o recurso a secagem mecânica;
- Suportam cerca de 800 lavagens;
- Podem ser reutilizadas até 3 bebés;
- Poupança de cerca de 500€/bebé;
As vantagens económicas e ambientais poderão aumentar se se adoptarem outras práticas como a lavagem em tarifário bi-horário, utilização de equipamentos com eficiência energética de classe A, utilização da fralda em mais do que um bebé, assim como o uso de outros produtos reutilizáveis: toalhetes, fraldas de natação, discos de amamentação e bolsas para as fraldas.
São conhecidas ainda outras vantagens nas Fraldas Reutilizáveis, ao nível da saúde do bebé, uma vez que previnem o aparecimento de alergias e dermatites na zona de contacto com a pele.
Mais informações e estudo no site da Quercus.
(a)Fonte: Relatório final da caracterização de RSU da LIPOR – 2008
Lisboa, 1 de Junho de 2010
In Quercus
Utilização de fraldas reutilizáveis evita a produção de 1 tonelada de resíduos por bebé
A Quercus verificou que a utilização de fraldas reutilizáveis em substituição das fraldas descartáveis reduz a produção de 8 kg de resíduos/semana/bebé, o que corresponde a uma média de 1 ton de resíduos ao fim dos 2 anos e meio, período durante o qual o bebé necessitará de usar fraldas. Se tivermos em consideração que nascem cerca de 100.000 bebés por ano em Portugal, serão 100.000ton a cada 2,5 anos, ou seja cerca de 40.000ton/ano só em fraldas infantis!
Actualmente, as fraldas descartáveis correspondem a cerca de 5% dos RSU(a), que são encaminhados para aterro ou incineração, uma vez que não existe reciclagem em Portugal para este tipo de material.
Neste sentido, a Quercus iniciou, em 2009, uma Campanha de Promoção para a utilização de Fraldas Reutilizáveis, medida prevista pelo Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU) do Ministério do Ambiente tendo Ambiente, tendo levado a cabo uma análise através da utilização dos sistemas e marcas disponíveis no mercado nacional, comercializadas pelas empresas Mundo Baby, Naturkinda, Ecobebés e EcologicalKids. A experiência decorreu durante 3 meses.
Foram analisados parâmetros ambientais, económicos, quotidiano/utilização, saúde do bebé, onde constatámos:
- Redução da produção de 1 tonelada de resíduos de fraldas/bebé;
- Optimizações das lavagens – podem ser lavadas na máquina juntamente com a restante roupa a temperaturas baixas (40.º);
- Secagem fácil ao ar sem o recurso a secagem mecânica;
- Suportam cerca de 800 lavagens;
- Podem ser reutilizadas até 3 bebés;
- Poupança de cerca de 500€/bebé;
As vantagens económicas e ambientais poderão aumentar se se adoptarem outras práticas como a lavagem em tarifário bi-horário, utilização de equipamentos com eficiência energética de classe A, utilização da fralda em mais do que um bebé, assim como o uso de outros produtos reutilizáveis: toalhetes, fraldas de natação, discos de amamentação e bolsas para as fraldas.
São conhecidas ainda outras vantagens nas Fraldas Reutilizáveis, ao nível da saúde do bebé, uma vez que previnem o aparecimento de alergias e dermatites na zona de contacto com a pele.
Mais informações e estudo no site da Quercus.
(a)Fonte: Relatório final da caracterização de RSU da LIPOR – 2008
Lisboa, 1 de Junho de 2010
In Quercus
domingo, 20 de junho de 2010
As imagens da semana
Esta semana, apresento a Parte II e última da visita ao Mosteiro São Vicente de Fora.
Pontos fortes: a vista do terraço e das torres é soberba; a exposição das conchas e das Fábulas de La Fontaine são espantosas para as crianças (e adultos com o mesmo espírito!); o espaço é amplo e podemos deambular quase sem restrições.
Pontos fracos: o bilhete de entrada elevado (4 euros por pessoa), não existem descontos (jovem, reformado, entre outros); em algumas placas com informações, as letras estão sumidas; o atendimento e a simpatia do funcionário da recepção deixam muito a desejar; falta de sinalização do percurso da visita, nomeadamente até às torres; um café/restaurante com pouca potencialidade, tendo em conta o espaço interior/exterior e o ponto turístico que este local representa.
Diria um local a visitar, mas tenha em conta o preço dos bilhetes!
Boa semana.
Esta semana, apresento a Parte II e última da visita ao Mosteiro São Vicente de Fora.
Pontos fortes: a vista do terraço e das torres é soberba; a exposição das conchas e das Fábulas de La Fontaine são espantosas para as crianças (e adultos com o mesmo espírito!); o espaço é amplo e podemos deambular quase sem restrições.
Pontos fracos: o bilhete de entrada elevado (4 euros por pessoa), não existem descontos (jovem, reformado, entre outros); em algumas placas com informações, as letras estão sumidas; o atendimento e a simpatia do funcionário da recepção deixam muito a desejar; falta de sinalização do percurso da visita, nomeadamente até às torres; um café/restaurante com pouca potencialidade, tendo em conta o espaço interior/exterior e o ponto turístico que este local representa.
Diria um local a visitar, mas tenha em conta o preço dos bilhetes!
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