As surpresas da semana
1 - Soluções em Madeira.
2 - Fugas a não perder!
3 - Um blogue simplesmente genial!
4 - Uma excelente notícia a partir de dia 1 de Julho 2008: Chip Obrigatório em Portugal.
5 - O Amor é divino!
6 - Gosto tanto! Era perfeito para escrever todas as minhas mensagens...
7 - Uma conjugação maravilhosa: As Árvores e os Livros.
8 - Não é surpresa nenhuma, é apenas uma consequência das acções do Homem: Por falta de alimento, aumentam ataques de abutres a animais vivos.
9 - Uma perda irreparável para todos os que gostam de Natureza e Portugal...
10 - Já tive neste local mágico e posso dizer que é impressionante!
11 - Apanhados! A população de Lisboa (particularmente quem mora na freguesia de Prazeres) deverá manter-se alerta, pois estes secretismos geralmente não auguram nada de bom...
"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 5 de julho de 2008
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Parque Bensaúde aberto ao público (São Domingos de Benfica)
Fica junto à Rua dos Soeiros, entre o Estádio e a Estrada da Luz
Aberto entre as 9h00 e as 20h00
"Depois de uma intervenção que abrangeu essencialmente a limpeza e a segurança do espaço, o Parque Bensaúde, em São Domingos de Benfica, foi hoje, dia 1 de Julho, reaberto ao público pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e pelo vereador do Ambiente, Plano Verde e Espaços Verdes, José Sá Fernandes.
Localizado numa zona carenciada de espaços verdes e de locais de lazer ao ar livre (entre o Estádio da Luz e a Estrada da Luz, junto à Rua dos Soeiros), o Parque Bensaúde encontrava-se fechado desde Outubro de 2006 por falta de condições de segurança. Agora, o espaço está limpo e foi reaberto em condições de pleno usufruto pela população. Os pavimentos foram requalificados, as árvores e plantas foram tratadas, o equipamento juvenil (“aranha”) foi recuperado e foi instalado um quiosque com esplanada.
“Fez-se a limpeza total do espaço, colocámos um quiosque provisório que funcionará até decorrer o concurso para colocação de uma cafetaria definitiva, assegurámos a vigilância permanente do parque e, aos poucos, tencionamos melhorar a entrada, as casas da quinta, os espaços para crianças”, explicou o vereador José Sá Fernandes aos moradores da zona presentes na reabertura do parque.
Para o presidente da CML, “este é mais um espaço verde que estava fechado e que estamos a devolver à população, tal como a jardim de S. Pedro de Alcântara e o jardim da Estrela”. Apesar de reconhecer que ainda há muitos espaços verdes na cidade que carecem de intervenção, António Costa disse acreditar que “obra a obra vamos pondo a cidade a funcionar”.
Na área dos jardins, o autarca defendeu que “agora o que é prioritário é assegurar a manutenção dos jardins e para isso é preciso que a Assembleia Municipal aprove um novo procedimento de concurso para contratação de serviços de manutenção de uma grande parte dos jardins de Lisboa, que tem sido assegurada, nos últimos tempos, apenas pelos 173 jardineiros da Câmara, que têm feito um esforço sobre-humano”.
Depois de confirmar que “para este ano, foram orçamentadas as verbas necessárias para repor a manutenção dos jardins”, António Costa deixou este apelo à Assembleia Municipal porque, disse, “os jardins são muito sensíveis, carecem de tratamento diário e não se compadecem com demoras na resolução deste tipo de problemas”.
O Parque Bensaúde estará aberto entre as 9 e as 20 horas, sendo a sua segurança garantida por um vigilante em permanência no recinto e por rondas sucessivas efectuadas por guardas florestais."
2008-07-01
In site CMLisboa
Fica junto à Rua dos Soeiros, entre o Estádio e a Estrada da Luz
Aberto entre as 9h00 e as 20h00
"Depois de uma intervenção que abrangeu essencialmente a limpeza e a segurança do espaço, o Parque Bensaúde, em São Domingos de Benfica, foi hoje, dia 1 de Julho, reaberto ao público pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e pelo vereador do Ambiente, Plano Verde e Espaços Verdes, José Sá Fernandes.
Localizado numa zona carenciada de espaços verdes e de locais de lazer ao ar livre (entre o Estádio da Luz e a Estrada da Luz, junto à Rua dos Soeiros), o Parque Bensaúde encontrava-se fechado desde Outubro de 2006 por falta de condições de segurança. Agora, o espaço está limpo e foi reaberto em condições de pleno usufruto pela população. Os pavimentos foram requalificados, as árvores e plantas foram tratadas, o equipamento juvenil (“aranha”) foi recuperado e foi instalado um quiosque com esplanada.
“Fez-se a limpeza total do espaço, colocámos um quiosque provisório que funcionará até decorrer o concurso para colocação de uma cafetaria definitiva, assegurámos a vigilância permanente do parque e, aos poucos, tencionamos melhorar a entrada, as casas da quinta, os espaços para crianças”, explicou o vereador José Sá Fernandes aos moradores da zona presentes na reabertura do parque.
Para o presidente da CML, “este é mais um espaço verde que estava fechado e que estamos a devolver à população, tal como a jardim de S. Pedro de Alcântara e o jardim da Estrela”. Apesar de reconhecer que ainda há muitos espaços verdes na cidade que carecem de intervenção, António Costa disse acreditar que “obra a obra vamos pondo a cidade a funcionar”.
Na área dos jardins, o autarca defendeu que “agora o que é prioritário é assegurar a manutenção dos jardins e para isso é preciso que a Assembleia Municipal aprove um novo procedimento de concurso para contratação de serviços de manutenção de uma grande parte dos jardins de Lisboa, que tem sido assegurada, nos últimos tempos, apenas pelos 173 jardineiros da Câmara, que têm feito um esforço sobre-humano”.
Depois de confirmar que “para este ano, foram orçamentadas as verbas necessárias para repor a manutenção dos jardins”, António Costa deixou este apelo à Assembleia Municipal porque, disse, “os jardins são muito sensíveis, carecem de tratamento diário e não se compadecem com demoras na resolução deste tipo de problemas”.
O Parque Bensaúde estará aberto entre as 9 e as 20 horas, sendo a sua segurança garantida por um vigilante em permanência no recinto e por rondas sucessivas efectuadas por guardas florestais."
2008-07-01
In site CMLisboa
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Dentro de cada um de nós existem: histórias maravilhosas que podem melhorar as nossas vidas e as vidas dos que vivem em nosso redor; histórias que evocam recordações que nos alegram e fazem sorrir ou que nos entristecem; histórias fabulosas que podem desafiar o intelecto; histórias magníficas à espera de sair cá para fora, se deixarmos.
Agora, mais do que nunca, acredito que as histórias podem ajudar-nos a enfrentar as dificuldades da vida e contribuir para a nossa transformação numa sociedade melhor, numa humanidade melhor e num mundo melhor. Quando se conta uma história maravilhosa, a magia acontece.
Stuart Avery Gold
in Ping, uma rã à procura de um novo lago
Lisboa, Editorial Presença - 2006
Agora, mais do que nunca, acredito que as histórias podem ajudar-nos a enfrentar as dificuldades da vida e contribuir para a nossa transformação numa sociedade melhor, numa humanidade melhor e num mundo melhor. Quando se conta uma história maravilhosa, a magia acontece.
Stuart Avery Gold
in Ping, uma rã à procura de um novo lago
Lisboa, Editorial Presença - 2006
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Inscrições para os Green Project Awards abertas até 12 Setembro
http://www.greenprojectawards.pt/
"A Quercus e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) criaram um concurso que pretende premiar trabalhos sobre Desenvolvimento Sustentável.
As candidaturas aos "Green Project Awards" (GPA) estão abertas até 12 de Setembro.
Os GPA estão dirigidos às classes empresarial e associativa, assim como ao poder local, estabelecimentos de ensino, gabinetes de projectos, grupos de comunicação e ao público em geral.O objectivo é reconhecer publicamente trabalhos já realizados em matéria de Desenvolvimento Sustentável, nas áreas da ecoeficiência, construção sustentável, arquitectura bioclimática, energia, água, ar, resíduos, biodiversidade e conservação da natureza, florestas e transportes.
"O que este projecto tem de interessante é que premeia resultados", explica a vice-presidente da Quercus, Susana Fonseca, em declarações à Agência Lusa.
Alertar e consciencializar a sociedade civil para a fragilidade ambiental, dar visibilidade às entidades/instituições que identificaram uma oportunidade na preservação do ambiente, assim como reforçar a atitude pela sustentabilidade, com impacto positivo no comportamento dos cidadãos e das empresas, são alguns dos objectivos que norteiam este projecto, cujos resultados serão anunciados em Novembro."
01.07.2008
In site Agenda 21 Local
http://www.greenprojectawards.pt/
"A Quercus e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) criaram um concurso que pretende premiar trabalhos sobre Desenvolvimento Sustentável.
As candidaturas aos "Green Project Awards" (GPA) estão abertas até 12 de Setembro.
Os GPA estão dirigidos às classes empresarial e associativa, assim como ao poder local, estabelecimentos de ensino, gabinetes de projectos, grupos de comunicação e ao público em geral.O objectivo é reconhecer publicamente trabalhos já realizados em matéria de Desenvolvimento Sustentável, nas áreas da ecoeficiência, construção sustentável, arquitectura bioclimática, energia, água, ar, resíduos, biodiversidade e conservação da natureza, florestas e transportes.
"O que este projecto tem de interessante é que premeia resultados", explica a vice-presidente da Quercus, Susana Fonseca, em declarações à Agência Lusa.
Alertar e consciencializar a sociedade civil para a fragilidade ambiental, dar visibilidade às entidades/instituições que identificaram uma oportunidade na preservação do ambiente, assim como reforçar a atitude pela sustentabilidade, com impacto positivo no comportamento dos cidadãos e das empresas, são alguns dos objectivos que norteiam este projecto, cujos resultados serão anunciados em Novembro."
01.07.2008
In site Agenda 21 Local
terça-feira, 1 de julho de 2008
Impossível curar. Que fazer?
Cuidados Paliativos
"Quantas vezes não coloquei eu, a mim própria, a mesma pergunta -"E agora, que fazer?"-, quando, há oito anos atrás, tomei conhecimento da gravidade da doença do meu marido e do seu prognóstico de vida limitado. Mas, passada a fase da revolta, da raiva contra o mundo inteiro, da angústia e da questionação (porquê ele e não outro qualquer), decidi interiormente que a única coisa a fazer era seguir em frente da melhor forma possível, vivendo um dia de cada vez, aproveitando todos os minutos preciosos que ainda tínhamos e não deixando que a dor antecipasse um momento que sabíamos ser uma realidade.
"A Dignidade e o Sentido da Vida, uma reflexão sobre a nossa existência", é um livro que só li recentemente, mas que acredito ser de leitura quase obrigatória para todos aqueles que acompanham, profissionalmente ou não, doentes terminais. A referência a esta obra prende-se com o facto dela responder, do princípio ao fim, à questão levantada, mas também e principalmente porque na Unidade de Cuidados Paliativos do IPO do Porto eu vi colocados em prática todos os conceitos teóricos nela apresentados. Uma das autoras, a Drª Isabel Galriça Neto, afirma, logo nas páginas iniciais, que "cuidados paliativos, mais do que um edifício, são uma atitude", ou seja, são uma preocupação com o doente no seu todo, corpo e espírito, e para isso ser possível são necessárias as doses certas de rigorosos conhecimentos científicos, por um lado, mas também de uma grande formação humana, por outro lado.
O doente que acompanhei era o Pedro, o meu marido, um homem de hábitos saudáveis, sem fumo e sem álcool, desportista praticante, a quem repentinamente foi diagnosticado, aos 32 anos, um osteossarcoma bastante agressivo. Este tumor, localizado no fundo das costas, provocava-lhe dores terríveis e, até ao momento da extracção, dificultava-lhe também a mobilidade. Antes e depois da cirurgia, o Pedro foi submetido a sessões intermináveis de quimioterapia e de radioterapia, durante doze longos meses, até que, durante uma consulta de grupo, nos foi comunicado que, a partir daquele momento, ele iria ser assistido pela Unidade de Cuidados Paliativos. Das muitas decisões médicas que ouvimos, esta foi uma das mais difíceis, apesar de estarmos os dois conscientes do prognóstico de vida limitado associado à doença. Como a maioria das pessoas, nós nunca tínhamos entrado num serviço daquele género e a imagem pré-concebida que tínhamos era extremamente negativa. Para nós, aquela Unidade deveria ser um espaço impessoal, frio, escuro, quase uma ante-câmara da morte, para onde eram mandados todos aqueles "por quem já nada havia a fazer". Pelo menos era o que se sussurrava pelos corredores das consultas externas, onde todos pareciam ter medo de falar abertamente sobre o assunto, porque era (é) tabu, porque existia (existe) um estigma relativamente àquele bloco do IPO.
Naquele momento, mais do que em qualquer outra situação, quase nos deixámos vencer pelo cansaço, pelo desânimo e pela tristeza. E foi com este estado de espírito, e conscientes de que o fim estava cada vez mais próximo, que nos apresentámos na primeira consulta; mas o que aí encontrámos não se parecia em nada com o que estávamos à espera. O atendimento foi imediato, personalizado, o diálogo sobre o funcionamento daquela Unidade foi esclarecedor e as decisões deixadas, dentro do possível, na mão do doente.
Este respeito pela sua individualidade, pelo seu direito de escolha, foi determinante para a empatia e para a confiança que nasceram, desde logo, entre nós e a médica assistente. O sofrimento do Pedro, naquela altura, já era imenso e as elevadas doses de morfina só o aliviavam temporariamente, mas a nível intelectual ele continuava a ser a pessoa que sempre fora e, por isso, também ele percebeu que a sua dignidade e o sentido da vida que ainda tinha para viver seriam respeitados integralmente. E, por isso, escolheu deixar-se apoiar, porque ele sabia que qualquer apoio só é produtivo quando há vontade das duas partes, vontade de dar e vontade de receber.
Seguiram-se, então, dois meses de internamento, período durante o qual aprendemos que, realmente, não havia nada a fazer para curar, mas havia ainda muito a fazer para garantir um fim de vida com qualidade; aprendemos também que é possível partir com serenidade, em boas condições, e rodeado de sentimentos positivos, como a atenção, o respeito e o amor daqueles que nos rodeiam, por muito doloroso que isso seja, porque aos 32 anos, e com um projecto de vida a dar os primeiros passos, ninguém tem consciência da sua própria finitude.
Na Unidade de Cuidados paliativos do IPO do Porto nós encontrámos um enorme respeito pelos valores éticos fundamentais de qualquer ser humano, por parte de uma equipa constituída por médicos, enfermeiros, assistente social e voluntários, todos eles sabedores de que um doente é mais do que um corpo enfermo e, por isso, precisa de apoio a nível físico, mas também a nível psicológico, a nível espiritual e a nível social. E se da primeira vez custou bastante percorrer aqueles corredores, cada vez foi custando menos, porque nós aprendemos que, afinal, havia ainda muito a fazer.
A assistência dada ao Pedro alternou sempre períodos de internamento, para controlar os sintomas da doença, nomeadamente o agravamento das dores, os curativos e a extracção de líquido do pulmão, com idas sistemáticas a casa.
Nos períodos de internamento, a preocupação de todos os que lá trabalhavam sempre foi a de melhorar a qualidade de vida do meu marido, o que passava por um tratamento dos sintomas e por um alívio da dor, mas também, e essencialmente, por uma preocupação pelo seu bem-estar psicológico e emocional. Durante a passagem dos médicos ou enfermeiros nunca faltava uma palavra de conforto ou um gesto mais carinhoso. Porque naquela Unidade de Cuidados Paliativos, felizmente, em nunca vi pressas.
Durante os dois meses em que andei por aquele serviço, senti que os que ali trabalhavam me viam de duas formas; por um lado, eu era uma espécie de colaboradora que assegurava alguns cuidados informais como os banhos e as refeições, mas, por outro lado, eu era também alvo de cuidados. E sentir que, depois de tantos meses, alguém se preocupava comigo, fez-me bem, muito bem mesmo.
Li, um dia, numa entrevista do Dr. Lobo Antunes à Revista do JN, que os doentes "querem e precisam de ser embalados". Gostei particularmente desta imagem carinhosa do "colo", porque penso que é isso mesmo que o doente e os seus acompanhantes precisam quando se confrontam com a sua própria fragilidade, a fragilidade de quem sofre e a fragilidade de quem vê sofrer.
Eu nunca pedi nada, mas frequentemente me era oferecida uma palavra de conforto, um sorriso simpático, uma atenção especial ou até mesmo um "simples" café. Acredito sinceramente que apoiar a família é apoiar indirectamente o doente e, por isso, a relação de ajuda que estabeleceram comigo, o "colo" onde me embalaram, ajudou-me a ficar mais forte e assim a transmitir mais força ao meu marido. Preocuparam-se, inclusivamente, com a nossa economia doméstica e, depois da morte do Pedro, disponibilizaram-se mesmo para me continuarem a apoiar durante o meu período de luto. Esta relação de ajuda permitiu-me viver aquele período da forma menos traumática possível, e sentir aquela Unidade como um oásis num sistema de saúde completamente massificado e, por isso mesmo, muitas vezes desumanizado e, também ele, doente.
A doença é um tempo de perdas: perda da confiança, perda da autonomia, perda ou abandono de projectos de vida; mas o conhecimento antecipado da perda do contacto físico com as pessoas de quem se gosta é, de todas, a mais dolorosa. No entanto, e apesar da dor provocada por todas estas perdas, a postura do meu marido perante a morte é algo de que me orgulho bastante, porque permitiu longas conversas e a satisfação de nada ter ficado por dizer. O Pedro recusou-se sempre a ficar preso numa cama, a ver-se como um moribundo, e se as pernas já não funcionavam (porque entretanto ele paralisou) funcionavam felizmente os braços, o cérebro, o coração, e havia que aproveitar o prazer da nossa companhia e o prazer que o trabalho, agora como terapia ocupacional, sempre lhe proporcionou. Posso dizer-vos que ele era ourives e que, sempre que as forças o permitiam, não dispensava uma ida à oficina de amigos para fabricar modelos únicos que nos deixou com a sua marca pessoal. E foi o que o Pedro fez até mesmo ao seu último dia.
Para esta forma de estar na vida, muito contribuiu um outro tipo de apoio que recebeu e sobre o qual ainda não falei: o apoio espiritual que o ajudou a organizar os seus sentimentos e a conseguir atingir a "sua paz interior", apoio este que se tornou fundamental e que permitiu ao meu marido enfrentar a morte com a mesma dignidade com que enfrentou toda a sua vida. O Pedro encontrou na leitura, na reflexão e no diálogo com um sacerdote nosso amigo, o outro "colo" de que precisava e que lhe permitiu preparar-se interiormente e, até, ajudar os que estavam à sua volta a prepararem-se também. Esta orientação espiritual, independentemente de ser prestada a título particular, como foi o caso, ou dentro do próprio serviço de saúde, o que não aconteceu porque não o solicitámos, foi determinante para o meu marido arrumar ideias e sentimentos na sua cabeça, no seu coração, e encontrar as respostas que procurava e que lhe permitiram alcançar o seu bem-estar interior. Em resumo, foi um apoio fundamental para que ele se sentisse plenamente Pessoa.
Gostava de concluir com uma palavra de esperança, dizendo que testemunhei que é possível ajudarmo-nos uns aos outros a manter a dignidade, a qualidade e o sentido da vida até ao fim, desde que nunca nos esqueçamos que os doentes são pessoas e, por isso, devem ser acompanhados por pessoas (e se a minha pessoa foi a base de tudo, não posso deixar de referir o "colo" dado por outras pessoas, os familiares e os verdadeiros amigos) e, finalmente, não nos podemos esquecer de que os doentes devem ser tratados por pessoas profissionais, como aquelas que o Pedro encontrou na Unidade de Cuidados Paliativos do IPO e que lhe transmitiram a segurança e o bem-estar necessários para ele dizer, poucos minutos antes de nos deixar, "Leva-me para os Cuidados Paliativos. É lá que eu me sinto seguro. É lá que eu me sinto bem."
Zilda França
In blogue Ainda Tomaremos um Café Juntos
Cuidados Paliativos
"Quantas vezes não coloquei eu, a mim própria, a mesma pergunta -"E agora, que fazer?"-, quando, há oito anos atrás, tomei conhecimento da gravidade da doença do meu marido e do seu prognóstico de vida limitado. Mas, passada a fase da revolta, da raiva contra o mundo inteiro, da angústia e da questionação (porquê ele e não outro qualquer), decidi interiormente que a única coisa a fazer era seguir em frente da melhor forma possível, vivendo um dia de cada vez, aproveitando todos os minutos preciosos que ainda tínhamos e não deixando que a dor antecipasse um momento que sabíamos ser uma realidade.
"A Dignidade e o Sentido da Vida, uma reflexão sobre a nossa existência", é um livro que só li recentemente, mas que acredito ser de leitura quase obrigatória para todos aqueles que acompanham, profissionalmente ou não, doentes terminais. A referência a esta obra prende-se com o facto dela responder, do princípio ao fim, à questão levantada, mas também e principalmente porque na Unidade de Cuidados Paliativos do IPO do Porto eu vi colocados em prática todos os conceitos teóricos nela apresentados. Uma das autoras, a Drª Isabel Galriça Neto, afirma, logo nas páginas iniciais, que "cuidados paliativos, mais do que um edifício, são uma atitude", ou seja, são uma preocupação com o doente no seu todo, corpo e espírito, e para isso ser possível são necessárias as doses certas de rigorosos conhecimentos científicos, por um lado, mas também de uma grande formação humana, por outro lado.
O doente que acompanhei era o Pedro, o meu marido, um homem de hábitos saudáveis, sem fumo e sem álcool, desportista praticante, a quem repentinamente foi diagnosticado, aos 32 anos, um osteossarcoma bastante agressivo. Este tumor, localizado no fundo das costas, provocava-lhe dores terríveis e, até ao momento da extracção, dificultava-lhe também a mobilidade. Antes e depois da cirurgia, o Pedro foi submetido a sessões intermináveis de quimioterapia e de radioterapia, durante doze longos meses, até que, durante uma consulta de grupo, nos foi comunicado que, a partir daquele momento, ele iria ser assistido pela Unidade de Cuidados Paliativos. Das muitas decisões médicas que ouvimos, esta foi uma das mais difíceis, apesar de estarmos os dois conscientes do prognóstico de vida limitado associado à doença. Como a maioria das pessoas, nós nunca tínhamos entrado num serviço daquele género e a imagem pré-concebida que tínhamos era extremamente negativa. Para nós, aquela Unidade deveria ser um espaço impessoal, frio, escuro, quase uma ante-câmara da morte, para onde eram mandados todos aqueles "por quem já nada havia a fazer". Pelo menos era o que se sussurrava pelos corredores das consultas externas, onde todos pareciam ter medo de falar abertamente sobre o assunto, porque era (é) tabu, porque existia (existe) um estigma relativamente àquele bloco do IPO.
Naquele momento, mais do que em qualquer outra situação, quase nos deixámos vencer pelo cansaço, pelo desânimo e pela tristeza. E foi com este estado de espírito, e conscientes de que o fim estava cada vez mais próximo, que nos apresentámos na primeira consulta; mas o que aí encontrámos não se parecia em nada com o que estávamos à espera. O atendimento foi imediato, personalizado, o diálogo sobre o funcionamento daquela Unidade foi esclarecedor e as decisões deixadas, dentro do possível, na mão do doente.
Este respeito pela sua individualidade, pelo seu direito de escolha, foi determinante para a empatia e para a confiança que nasceram, desde logo, entre nós e a médica assistente. O sofrimento do Pedro, naquela altura, já era imenso e as elevadas doses de morfina só o aliviavam temporariamente, mas a nível intelectual ele continuava a ser a pessoa que sempre fora e, por isso, também ele percebeu que a sua dignidade e o sentido da vida que ainda tinha para viver seriam respeitados integralmente. E, por isso, escolheu deixar-se apoiar, porque ele sabia que qualquer apoio só é produtivo quando há vontade das duas partes, vontade de dar e vontade de receber.
Seguiram-se, então, dois meses de internamento, período durante o qual aprendemos que, realmente, não havia nada a fazer para curar, mas havia ainda muito a fazer para garantir um fim de vida com qualidade; aprendemos também que é possível partir com serenidade, em boas condições, e rodeado de sentimentos positivos, como a atenção, o respeito e o amor daqueles que nos rodeiam, por muito doloroso que isso seja, porque aos 32 anos, e com um projecto de vida a dar os primeiros passos, ninguém tem consciência da sua própria finitude.
Na Unidade de Cuidados paliativos do IPO do Porto nós encontrámos um enorme respeito pelos valores éticos fundamentais de qualquer ser humano, por parte de uma equipa constituída por médicos, enfermeiros, assistente social e voluntários, todos eles sabedores de que um doente é mais do que um corpo enfermo e, por isso, precisa de apoio a nível físico, mas também a nível psicológico, a nível espiritual e a nível social. E se da primeira vez custou bastante percorrer aqueles corredores, cada vez foi custando menos, porque nós aprendemos que, afinal, havia ainda muito a fazer.
A assistência dada ao Pedro alternou sempre períodos de internamento, para controlar os sintomas da doença, nomeadamente o agravamento das dores, os curativos e a extracção de líquido do pulmão, com idas sistemáticas a casa.
Nos períodos de internamento, a preocupação de todos os que lá trabalhavam sempre foi a de melhorar a qualidade de vida do meu marido, o que passava por um tratamento dos sintomas e por um alívio da dor, mas também, e essencialmente, por uma preocupação pelo seu bem-estar psicológico e emocional. Durante a passagem dos médicos ou enfermeiros nunca faltava uma palavra de conforto ou um gesto mais carinhoso. Porque naquela Unidade de Cuidados Paliativos, felizmente, em nunca vi pressas.
Durante os dois meses em que andei por aquele serviço, senti que os que ali trabalhavam me viam de duas formas; por um lado, eu era uma espécie de colaboradora que assegurava alguns cuidados informais como os banhos e as refeições, mas, por outro lado, eu era também alvo de cuidados. E sentir que, depois de tantos meses, alguém se preocupava comigo, fez-me bem, muito bem mesmo.
Li, um dia, numa entrevista do Dr. Lobo Antunes à Revista do JN, que os doentes "querem e precisam de ser embalados". Gostei particularmente desta imagem carinhosa do "colo", porque penso que é isso mesmo que o doente e os seus acompanhantes precisam quando se confrontam com a sua própria fragilidade, a fragilidade de quem sofre e a fragilidade de quem vê sofrer.
Eu nunca pedi nada, mas frequentemente me era oferecida uma palavra de conforto, um sorriso simpático, uma atenção especial ou até mesmo um "simples" café. Acredito sinceramente que apoiar a família é apoiar indirectamente o doente e, por isso, a relação de ajuda que estabeleceram comigo, o "colo" onde me embalaram, ajudou-me a ficar mais forte e assim a transmitir mais força ao meu marido. Preocuparam-se, inclusivamente, com a nossa economia doméstica e, depois da morte do Pedro, disponibilizaram-se mesmo para me continuarem a apoiar durante o meu período de luto. Esta relação de ajuda permitiu-me viver aquele período da forma menos traumática possível, e sentir aquela Unidade como um oásis num sistema de saúde completamente massificado e, por isso mesmo, muitas vezes desumanizado e, também ele, doente.
A doença é um tempo de perdas: perda da confiança, perda da autonomia, perda ou abandono de projectos de vida; mas o conhecimento antecipado da perda do contacto físico com as pessoas de quem se gosta é, de todas, a mais dolorosa. No entanto, e apesar da dor provocada por todas estas perdas, a postura do meu marido perante a morte é algo de que me orgulho bastante, porque permitiu longas conversas e a satisfação de nada ter ficado por dizer. O Pedro recusou-se sempre a ficar preso numa cama, a ver-se como um moribundo, e se as pernas já não funcionavam (porque entretanto ele paralisou) funcionavam felizmente os braços, o cérebro, o coração, e havia que aproveitar o prazer da nossa companhia e o prazer que o trabalho, agora como terapia ocupacional, sempre lhe proporcionou. Posso dizer-vos que ele era ourives e que, sempre que as forças o permitiam, não dispensava uma ida à oficina de amigos para fabricar modelos únicos que nos deixou com a sua marca pessoal. E foi o que o Pedro fez até mesmo ao seu último dia.
Para esta forma de estar na vida, muito contribuiu um outro tipo de apoio que recebeu e sobre o qual ainda não falei: o apoio espiritual que o ajudou a organizar os seus sentimentos e a conseguir atingir a "sua paz interior", apoio este que se tornou fundamental e que permitiu ao meu marido enfrentar a morte com a mesma dignidade com que enfrentou toda a sua vida. O Pedro encontrou na leitura, na reflexão e no diálogo com um sacerdote nosso amigo, o outro "colo" de que precisava e que lhe permitiu preparar-se interiormente e, até, ajudar os que estavam à sua volta a prepararem-se também. Esta orientação espiritual, independentemente de ser prestada a título particular, como foi o caso, ou dentro do próprio serviço de saúde, o que não aconteceu porque não o solicitámos, foi determinante para o meu marido arrumar ideias e sentimentos na sua cabeça, no seu coração, e encontrar as respostas que procurava e que lhe permitiram alcançar o seu bem-estar interior. Em resumo, foi um apoio fundamental para que ele se sentisse plenamente Pessoa.
Gostava de concluir com uma palavra de esperança, dizendo que testemunhei que é possível ajudarmo-nos uns aos outros a manter a dignidade, a qualidade e o sentido da vida até ao fim, desde que nunca nos esqueçamos que os doentes são pessoas e, por isso, devem ser acompanhados por pessoas (e se a minha pessoa foi a base de tudo, não posso deixar de referir o "colo" dado por outras pessoas, os familiares e os verdadeiros amigos) e, finalmente, não nos podemos esquecer de que os doentes devem ser tratados por pessoas profissionais, como aquelas que o Pedro encontrou na Unidade de Cuidados Paliativos do IPO e que lhe transmitiram a segurança e o bem-estar necessários para ele dizer, poucos minutos antes de nos deixar, "Leva-me para os Cuidados Paliativos. É lá que eu me sinto seguro. É lá que eu me sinto bem."
Zilda França
In blogue Ainda Tomaremos um Café Juntos
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Torta de Geleia
Ingredientes
5 ovos (à temperatura ambiente)
275g de açúcar amarelo
125g de farinha para bolos (já com fermento)
1 pitada de essência de baunilha
geleia de marmelo q.b. (ou outro doce/compota que queira utilizar)
Preparação
Ligue o forno a 190º. Barre muito bem um tabuleiro com manteiga e polvilhe com farinha.
Bata os ovos com o açúcar até triplicarem de volume (durante 10 minutos). Acrescente a farinha peneirada (passada por um passador) e envolva cuidadosamente com uma colher de pau.
Verta a massa no tabuleiro e alise-a, com a ajuda de uma espátula, para que fique uniformemente espalhada. Leve ao forno durante 15-20 minutos.
Findo esse tempo verifique com um palito se está cozida e desenforme sobre um pano de cozinha polvilhado de açúcar. Barre a torta com uma fina camada de geleia (ou outro doce/compota). Enrole a torta com a ajuda do pano de cozinha, transfira-a para uma travessa e polvilhe com açúcar.
Muito fácil de fazer e saborosa, para aqueles dias em que não há tempo para nada!
In Blogue Cozinha d´Avó
Ingredientes
5 ovos (à temperatura ambiente)
275g de açúcar amarelo
125g de farinha para bolos (já com fermento)
1 pitada de essência de baunilha
geleia de marmelo q.b. (ou outro doce/compota que queira utilizar)
Preparação
Ligue o forno a 190º. Barre muito bem um tabuleiro com manteiga e polvilhe com farinha.
Bata os ovos com o açúcar até triplicarem de volume (durante 10 minutos). Acrescente a farinha peneirada (passada por um passador) e envolva cuidadosamente com uma colher de pau.
Verta a massa no tabuleiro e alise-a, com a ajuda de uma espátula, para que fique uniformemente espalhada. Leve ao forno durante 15-20 minutos.
Findo esse tempo verifique com um palito se está cozida e desenforme sobre um pano de cozinha polvilhado de açúcar. Barre a torta com uma fina camada de geleia (ou outro doce/compota). Enrole a torta com a ajuda do pano de cozinha, transfira-a para uma travessa e polvilhe com açúcar.
Muito fácil de fazer e saborosa, para aqueles dias em que não há tempo para nada!
In Blogue Cozinha d´Avó
domingo, 29 de junho de 2008
As imagens da semana
Apesar do calor fomos dar um passeio (finalmente!) e gostamos muito de tudo o que observamos/sentimos e ouvimos!
Apesar do calor fomos dar um passeio (finalmente!) e gostamos muito de tudo o que observamos/sentimos e ouvimos!
Há muito tempo que queria ir a uma sessão do Planetário...
E como têm em exibição a sessão sobre o Hubble (independentemente das sessões infantis) não esperamos mais!
Impressionante, tantas estrelas!
Impressionante, tantas estrelas!
"Planetário Mecânico - este instrumento representa o sistema solar (sol, planetas e satélites) tal como era conhecido em 1924, data da sua construção.
O modelo dá uma ideia das dimensões relativas, distâncias e velocidades dos Astros e destinava-se a fins didácticos."
E nos vidros, que o rodeiam, estão representados os signos, como por exemplo o meu: Áquario.
"Telescópio construído pelo Comandante E. Conceição Silva e que foi o maior reflector particular em serviço na Península."
Entramos, sentamo-nos (cadeiras excepcionalmente confortáveis!) e olhamos para o céu.
Apesar da pouca afluência e de saber a pouco (só 30 minutos...), a sala estava muito fresquinha, e valeu bem a pena ir ver (voltarei noutra ocasião para ver a sessão infantil - 50 minutos).
Seguidamente, e a derreter pelo muito calor que se fazia sentir em Lisboa, fomos até Museu da Água - Estação Elevatória dos Barbadinhos.
Um bonito local, com jardim e árvores.
Para apreciar com atenção (de preferência em dias menos quentes...).
E ouvir as máquinas que ainda trabalham para fazer circular a água...
Encerrado aos Domingos e Feriados.
Normal: 2,5 Euros;
Estudantes/Professores, Lisboa Card/Cartão Jovem, 3.ª Idade/Aposentados: 1,5 Euros; Menores 12 anos: entrada gratuita.
1170-012 Lisboa
Telefone: 218100215 ou 218100217
Telefone: 218100215 ou 218100217
Fax: 218100231
Email: museu@epal.pt
"Contador Basculante, patente de António Pinto Bastos. Fabricado nos Oficinas da Companhia das Águas de Lisboa, 1856."
"Destinada à elevação das águas provenientes do rio Alviela, para o reservatório da Verónica e para a Cisterna do Monte, a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, inaugurada a 3 de Outubro de 1880, permitiu aumentar consideravelmente o volume de água fornecido à cidade de Lisboa."
"O seu principal equipamento, constituído por quatro máquinas a vapor construídas nas Oficinas de E. W. Windsor de Ruão, funcionaram, ininterruptamente, até 1928. "
"As máquinas cujo vapor era produzido por cinco caldeiras, são todas do mesmo tipo: êmbolos verticais de dois cilindros cada, com camisa de vapor – sistema Woolf – de expansão variável e de condensação."
"O recinto dos Barbadinhos alberga também duas salas de exposições: a Sala de Exposição Permanente e a Sala de Exposições Temporárias."
Na Sala de Exposições Temporárias estava em exibição, até dia 28 Junho, "1001 Noites, ilustração contemporânea do Irão para a infância".
E gostava muito de ver antes de finalizar (para quem não sabe, adoro ilustração infantil!). E estas são as minhas "imagens preferidas":
Shabaviz Publishing Co, 2007 (Colagem)
(Tehran, Irão, 1979)
Lindo!
Shabaviz Publishing Co, 2007
Afra Nabahar
(Tehran, Irão, 1984)
Técnica Mista
Bonito!
Shabavis Publishing Co, 2005
Vida Rabbani Haghighi
(Tehran, Irão, 1979)
Calcografia
As Tatuages do meu Papá
Shabaviz Publishing Co, 2007
Neda Azimi
(Tehran Irão, 1980)
Técnica Mista
Kanoon, 2006
Mitra Abdollahi
(Irão)
Gravura e Aguarela
Espantoso!
Shabaviz Publishing Co, 2007
Hamid Reza Akram
(Shiraz, Irão, 1977)
Guache
Belo!
Inédito
Rahele Jamepour
(Mashad, Irão, 1973)
Técnica Mista
Soberbo!
Inédito
Mohammad Reza Nouroozi
(Tehran, Irão, 1976)
Gravura e óleo
"Se é necessário viver com os pés no barro, ninguém nos impedirá nunca de levantar os olhos para as estrelas."
José Luís M. Descalzo
José Luís M. Descalzo
Subscrever:
Mensagens (Atom)