sábado, 21 de abril de 2012

Documentário "Donos de Portugal"

http://vimeo.com/40658606
de Jorge Costa

"Donos de Portugal" é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico. O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
O filme - baseado no livro homónimo - defende que as famílias Mello, Champalimaud, Espírito Santo viram o seu poder ameaçado pelo fim da ditadura, mas perduraram sob a democracia, graças a privatizações e relações privilegiadas com o poder político. Segundo o documentário, novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.
Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
O documentário é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, editado em 2011 pela Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.

in Boas Notícias

sexta-feira, 20 de abril de 2012

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F de Feijão

Um dia perguntaram ao intelectual italiano Umberto Eco qual tinha sido para ele o facto mais importante do 2º milénio. Provavelmente o leitor poderá achar que está o ler o texto errado e a perguntar-se o que é que isto tem a ver com o feijão. Pois bem, a resposta de Umberto Eco a esta pergunta foi: “a introdução do feijão na Europa”! E de facto, o feijão juntamente com outras leguminosas como a fava, lentilha e grão tiveram em tempos um papel crucial no combate à desnutrição que se abatia em toda a Europa.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, e hoje, é muito provável que a razão pela qual exista um certo preconceito em relação ao feijão, seja essa lembrança de outros tempos com menos recursos em que o feijão foi utilizado como substituto da carne e do peixe. E este preconceito pode-nos sair caro quer no que diz respeito à nossa saúde, quer na manutenção da nossa identidade gastronómica que é algo do qual nos devemos orgulhar e não envergonhar. Com efeito, a feijoada é considerada muitas vezes um prato excessivamente pesado… e ainda bem! Muito do que por vezes entendemos como “pesado” refere-se à capacidade saciante do alimento em causa, e a este nível ninguém bate o feijão. A única maneira de tornarmos uma feijoada pesada em termos nutricionais é a adição de carnes demasiado gordas e enchidos que esses sim, desequilibram um prato que pode traduzir igualmente uma simbiose empírica entre arroz e feijão na procura da complementaridade proteica dos seus constituintes.
O feijão, à semelhança de outras leguminosas desempenha um papel fundamental no controlo do apetite pois para além de ser pouco calórico (cerca de 100kcal por 100gramas) tem uma grande quantidade de proteína e fibra. E são estas mesmas fibras que juntamente com outros fitoquímicos como o ácido fítico, flavonoides e compostos fenólicos, fazem do feijão um super-alimento na temática da prevenção do cancro. Sendo certo que o ácido fítico é responsável pela diminuição da absorção do ferro e cálcio, ele compensa essa menos-valia com uma grande capacidade antioxidante e antimutagénica que em conjunto com a produção de ácidos gordos de cadeia curta resultantes da fermentação da fibra do feijão diminuem o risco de cancro, particularmente o colo-rectal.
Assim, na sopa, na salada, em feijoadas à portuguesa ou brasileira, com marisco, lulas ou búzios, a ingestão de feijão é uma questão de saúde. É difícil encontrar algo que o feijão não tenha. Tem proteínas de elevada qualidade para um alimento de origem vegetal, tem hidratos de carbono de absorção lenta, tem grande quantidade de fibra promotora da saciedade, tem um vasto portfólio micronutricional com ferro, cálcio, zinco, ácido fólico e outras vitaminas do grupo B. Enfim, é daqueles alimentos que justificam o uso do cliché: O feijão tem tudo… Só não tem comparação!

Pedro Carvalho, nutricionista (pedrocarvalho@fcna.up.pt)
in Lifestyle Público

quinta-feira, 19 de abril de 2012

2º Festival de Espantalhos do Concelho do Cartaxo

1 de Maio 2012, das 10h às 17h
Quinta do Figueiral / Ereira
Ecocartaxo – Movimento Alternativo e Ecologista
Informações: 939569807 / 966267093
www.ecocartaxo.pt

Entrega dos trabalhos até 26 de Abril 2012

clique na imagem para ampliar

Católicos são os que têm menos fé no futuro do país

Sondagem mostra que os católicos são, de entre todos crentes, os mais preocupados, os que menos se divertem e os que menos praticam
É a maior sondagem sobre religiões feita em Portugal nos últimos anos. O estudo “Identidades religiosas: representações, valores e práticas”, encomendado no ano passado pela Igreja à Universidade Católica (UC), foi ontem apresentado em Fátima, durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Mas os resultados do inquérito – a que responderam quase quatro mil portugueses – estão longe de ser favoráveis à Igreja e aos próprios fiéis. As conclusões mostram, por exemplo, que os católicos são, de entre todas as religiões, os mais preocupados em relação ao futuro do país: mais de 68% disseram sentir “preocupação e inquietação” face à actual conjuntura nacional. No caso dos protestantes e dos evangélicos, a percentagem de “inquietação” desce para os 38,6%. Respondendo à mesma pergunta, quase 20% das testemunhas de Jeová disseram ser “indiferentes” à situação do país. “Atitude porventura decorrente da visão apocalíptica que descreve o seu universo crente”, sublinha o coordenador do inquérito, Alfredo Teixeira, do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da UC. Além de pessimistas, os católicos parecem ser também o grupo que menos se diverte aos fins-de-semana. A maioria dos membros da Igreja Católica passa os tempos livres “em casa, a descansar” (41,6%) ou então a arrumar a habitação (24,6%). Neste ponto, não acreditar em Deus parece trazer vantagens: a maior parte dos não-crentes, mostra a sondagem, também prefere ficar em casa a descansar durante as folgas, mas 35,9% dizem aproveitar para dar passeios e 11,9% vão a bares e discotecas (locais frequentados por apenas 2,2% dos membros da Igreja Católica).
Os católicos são, por outro lado, o grupo que menos trabalha fora dos dias úteis. Só 18,8% disseram ter passado o fim-de-semana anterior ao inquérito a trabalhar, enquanto que mais de metade das pessoas sem religião o tinha feito, à semelhança de 25% das testemunhas de Jeová.
Quase metade não pratica
E também não se pense que os católicos passam os domingos enfiados na igreja: 12,2% assumem que só vão à missa “raramente ou menos de uma vez por ano” e 8% chegaram mesmo a confessar que nunca vão. Apenas 23% garantiram frequentar a igreja todos os domingos e dias santos. O estudo conclui que 25% dos fiéis portugueses são apenas “católicos ocasionais”. Os números vão mais longe no que toca à prática do catolicismo, com 43,9% dos católicos a assumirem que não são praticantes. Aliás, de todas as religiões, a Igreja Católica é a que menos fiéis praticantes tem: mais de 84% dos protestantes e evangélicos dizem-se praticantes, bem como 75% das testemunhas de Jeová. Sobre as razões pelas quais os católicos são praticantes, a educação e a tradição familiar lideraram as respostas. Quanto às razões para não praticarem, os católicos invocam a falta de tempo (24,9%) e o entendimento “de que é possível ter fé sem prática religiosa” (23,5%). Mas mais de 16% confessaram que não praticam mesmo por “desleixo ou descuido”.
Pronúncia do Norte
Os resultados globais da sondagem mostram que a Igreja Católica perdeu fiéis, ao contrário de todas as outras religiões. Em 1999, 97% da população dizia-se católica. O número desceu agora para os 93,3%. Os protestantes e os evangélicos cresceram 2,3%, as testemunhas de Jeová 0,5% e os outros cristãos aumentaram 0,1%, enquanto que as religiões não-cristãs subiram 0,6%. O grupo que mais aumentou foi o de não-crentes: um total de 6%. De resto, 10,7% das pessoas contactadas na sondagem confessaram que eram católicas, mas que se converteram, num determinado momento, a outra religião. Outra das conclusões mostra que, à medida que os anos vão passando, os católicos vão-se distanciando da prática da religião: 87,9% dizem que foram baptizados e 72,6% fizeram a primeira comunhão, mas só 47,5% chegaram a completar o crisma. O estudo mostra também que a maioria dos católicos são mulheres (56,4%), vivem no Norte (43,6%) e no Centro (20%) do país e principalmente em zonas rurais (44,1%). Já a maioria dos não crentes são homens (71,1%) e mais de metade vivem em zonas urbanas. Cerca de 18% dizem não acreditar em nada por “convicção pessoal” e 17,7% afirmam não concordar com a doutrina de “nenhuma igreja ou religião”.
O porta-voz da CEP desvalorizou ontem a perda de católicos. Manuel Morujão garante que o essencial é a “qualidade” dos fiéis e considera que os números são um “desafio” para a Igreja. “Quem é católico é porque quer e não por pressões familiares e sociopolíticas”, rematou.

Por Rosa Ramos, in I online

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Barragem do Tua: Quem fica a perder?

Programa Biosfera 331
http://www.youtube.com/watch?v=PwX17IcNyrk

Porque é que a construção da barragem de Foz Tua em Trás-os-Montes deve interessar a um lisboeta ou um algarvio? Porque esta, mais as outras barragens e os parques eólicos vão levar Portugal a ter a eletricidade mais cara do mundo em poucos anos. Uma plataforma de ONGA fez as contas e o Plano Nacional de Barragens vai custar ao Estado 16 mil milhões de euros, entre juros bancários, subsídios e pagamento de obras.
Também são números, os de um crescimento insustentável, que justificam a destruição da Linha do Tua

in Biosfera 331

Evolução

Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.

Antero de Quental (1842 – 1891), in Sonetos

terça-feira, 17 de abril de 2012

Caminhada 10.000 Passos - 6 de Maio 2012

Percurso: Cerca de 8 km’s (10.000 passos) na Av. Marginal, entre a Praia da Torre (partida/chegada) e Paço de Arcos (retorno).
Valor das Inscrições:
Individual - 8 euros
Inscrição Grupo (mínimo 10 pessoas) - 5 euros por pessoa
Por cada inscrição na Caminhada 10.000 Passos, 0,50 € reverte para os projectos de Médicos do Mundo
Inscreva-se de 1 de Abril a 1 de Maio num dos seguintes locais:
- Well’s Continente Oeiras Parque / CascaisShopping /Amadora Colombo / Mem Martins / Vaso da Gama / Montijo
- C.M.Oeiras – Edifício Atrium (Divisão do Desporto)
- site: http://desafio10000.cm-oeiras.pt

Câmara Municipal de Oeiras
Divisão de Desporto - Edifício Atrium
Mail: desafio10000@cm-oeiras.pt
http://desafio10000.cm-oeiras.pt

Inscreva-se e desafie a sua família, os amigos ou os seus colegas a passarem um dia diferente... de convívio, saudável, desportivo e solidário!

in Newsletter Médicos do Mundo - Abril 2012

Olheiras, inchaço e papos nos olhos

Segundo estatísticas europeias, a primeira preocupação da mulher, a nível estético, são os olhos. As olheiras e papos carregam o olhar, as e as pálpebras descaídas traem a idade.
Não há truques que resolvam o problema de uma forma duradoura. Podem mascará-lo, momentaneamente, mas quando à noite, retiramos a maquilhagem, o espelho não nos dá tréguas e a nossa autoestima tende a diminuir.
É importante perceber as razões que contribuem para esta vulnerabilidade - olheiras, papos e tez baça - e consequente envelhecimento precoce.
Da conversa com Sara Silva, responsável em Portugal pela La Roche Posay e Inneov podemos concluir:
  1. O contorno dos olhos é uma zona que reúne inúmeros microvasos sanguíneos, muito finos e de tamanho comparável ao dos cabelos. Um simples abrandamento das trocas sanguíneas nestes capilares pode provocar uma acumulação de pigmentos e de fluído. Consequências prováveis - olheiras e papos. Mas não só. Este abrandamento da microcirculação pode igualmente estar na origem da tez baça uma vez que quando os vasos estão contraídos, o fluxo diminui, a circulação sanguínea ocorre de uma forma deficitária.
  2. Uma recuperação física insuficiente provocada pelo stress, insónias, excesso de trabalho podem alterar a qualidade da recuperação nocturna...e lá surgem as olheiras, papos e tez baça. Como actuar para contrariar estes fenómenos? De uma forma simples: Activando a microcirculação sanguínea e apostando na recuperação que o sono oferece.
in Fragrâncias

Olheiras, inchaço e papos nos olhos
  1. Para disfarçar os de uma noite sem dormir que a sua cara apresenta coloque sobre cada olho fechado um disco de algodão desmaquilhando empapado em leite muito frio. Deixe ficar assim durante 10 minutos.
  2. Outro remédio para combater o inchaço e os papos nos olhos causados pelo cansaço é cortar rodelas de pepino e colocar sobre os olhos durante meia hora.
  3. Ferva duas saquetas de chá de camomila ou chá verde, e depois coloque no congelador. Quando estiverem frias coloque uma em cada olho e deixe actuar cerca de 20 a 30 minutos.
Recomendações para evitar os papos nos olhos
  • Reduzir o consumo de sal e álcool, pois dão origem a papos nos olhos.
  • Procure dormir de barriga para cima.
  • Beba muita água, a qual eliminará toxinas, evitará a desidratação e a dor de cabeça.
  • Procure descansar.
  • Durma o número de horas exigido pelo seu ritmo biológico.
  • Antes de dormir faça um mini passeio. Tome uma tisana relaxante.
  • Aprenda a respirar
  • Aplique os produtos cosméticos com uma pequena massagem.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Alimentação Vegetariana para bebés e crianças

http://videos.sapo.pt/w3wQoZaDumLECjbSgaYz

A alimentação das crianças não necessita de incluir carne ou peixe para ser completa e equilibrada. O livro "Alimentação Vegetariana para bebés e crianças" mostra-lhe como é possível ser-se vegetariano com grandes benefícios para a saúde.

in Sapo Vídeos

Correr três vezes por semana é tão eficaz quanto antidepressivos

Correr três vezes por semana é tão eficaz quanto antidepressivos. Quem o afirma é uma equipa da Universidade Southwestern (EUA) que, pela primeira vez, conseguiu provar que exercícios aeróbicos praticados durante 30 minutos, em média três vezes por semana, diminuem até metade os sintomas de uma depressão moderada.
Estima-se que 150 milhões de pessoas em todo o mundo sofram deste mal, mas apenas dez por cento destes recebem a terapia adequada. Para o estudo, o grupo de investigadores seguiu 80 pessoas (dos 20 aos 45 anos), ao longo de três anos, com sintomas moderados de depressão. Os participantes foram divididos em quatro grupos distintos que praticavam exercício em diferentes intensidades.
Aqueles que corriam de forma moderada ou intensa – durante 30 minutos – três a cinco dias por semana, tinham uma redução de 47 por cento dos sintomas depressivos após 12 semanas.
No entanto, os participantes que realizaram actividades com menor intensidade (três vezes por semana), apenas tiveram 30 por cento do proveito e no grupo que realizou exercícios de flexibilidade durante 15-20 minutos, a percentagem foi de 29 por cento.
Segundo a equipa, os resultados da resposta dos pacientes são semelhantes aos obtidos com medicamentos antidepressivos ou mesmo à terapia de comportamento cognitivo. Para além de todos os benefícios físicos, o desporto é bom para o equilíbrio psíquico: liberta a agressividade, reduz o stresse e a ansiedade, aumenta a oxigenação do organismo e tudo porque libertamos hormonais pelo cérebro, as endorfinas.

in Ciência Hoje

domingo, 15 de abril de 2012

As imagens da semana


A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.

Manoel de Barros