"Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia!" António Gedeão
sábado, 19 de março de 2011
1 - Árvores do Alentejo.
2 - Uma ‘Super Lua’ como não se via há 18 anos.
3 - Passatempo: habilita-te a ganhar 2 noites em quarto duplo (com pequeno-almoço buffet incluído) no Convento do Espinheiro Heritage Hotel&SPA***** (participa até 31 Março 2011).
4 - GNR. Mais de 38 mil quilómetros percorridos num ano para salvar vidas.
5 - Foi divulgado um vídeo referente à segunda parte de "Harry Potter e os Talismãs da morte", no qual se podem ver diversas cenas do filme e escutar depoimentos dos três protagonistas (Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint), dos produtores David Heyman e David Barron e do realizador David Yates.
6 - Passatempo Verbier High Five by Carlsberg oferece uma viagem para 5 pessoas de ida e volta a Verbier, na Suíça (com estadia). Participa até 22 Março 2011.
7 - Assine a Petição: NÃO aos cosméticos testados em animais.
8 - Uma deliciosa refeição vegetariana: Ratatouille.
9 - Passatempo: o Portal Aventuras tem para oferecer uma Tenda Xplorer 4 e um saco de Cama Ultralight 1000 da Berg (participa até 7 Abril 2011).
10 - O Principezinho, de Saint-Exupéry, faz parte do imaginário infantil. É com muita originalidade que a Furla apresenta a linha de carteiras Talent Hub, inspirada no encantador romance. A ternura dos detalhes e a elegância inocente desta surpreendente colecção promete cativar os adultos.
11 - 10 murais originais para decorar paredes. Decorar paredes nem sempre é fácil: são grandes, vazias e há muitas! Os murais de paredes são uma excelente maneira de dar vida às paredes de forma especial e, com inúmeros tipos de murais por onde escolher, vai ser difícil optar por apenas um!
12 - Passatempo saber viver/Lacoste: habilite-se a ganhar 10 relógios da colecção Goa (participa até 29 Março 2011).
13 - Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, de 17 Março a 3 de Abril 2011.
14 - O primeiro mini-documentário do projecto LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas já está disponível no Youtube. O documentário mostra as distintas fases do projecto e as diversas acções que estão a ser desenvolvidas. É uma boa oportunidade para conhecer de perto os aspectos mais interessantes do trabalho na ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo.
15 - Passatempo: A Vida é Bela oferece seis presentes: Must Do, Refúgios a Dois, Men’s Spa, Adrenalina e Jantares a Dois (participa até 30 Março 2011).
16 - A Quercus identificou em Portugal, entre 2003 e 2008, 1240 animais que foram envenenados. Entre os animais mortos contam-se 30 lobos. Os responsáveis são, na maior parte dos casos, pequenos criadores de gado ou responsáveis pela exploração de reservas de caça. Em Castelo Branco, um juiz proferiu esta semana uma sentença quase inédita, ao aceitar uma providência cautelar contra uma empresa que terá sido responsável pela morte de uma águia-real.
17 - Facebook: Beatificação de João Paulo II. Vaticano abre página na rede social para transmitir «mensagem positiva». O Vaticano lançou hoje uma página oficial na rede social Facebook para a beatificação de João Paulo II (1920-2005), que vai decorrer no próximo dia 1 de Maio.
18 - Cria um anúncio para o Concurso das Nações Unidas de 2011 – “NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES”. O primeiro prémio, no valor de 5000 euros, será oferecido pela Fundação Caixa em Espanha. Termina a 31 de Maio 2011.
19 - Saiba como é possível poupar a tratar das suas plantas e ter um melhor ambiente em casa.
20 - Isto ou aquilo? de Dobroslav Foll, o novo livro da editora Bruaá.
21 - Passatempo: a Blossom oferece um makeover total, no valor de 1720 euros (participa até 31 Março 2011).
sexta-feira, 18 de março de 2011
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As abelhas, das quais depende mais de metade das culturas agrícolas que alimentam o mundo, estão a desaparecer, “bombardeadas” por ameaças que vão da poluição às doenças, alerta hoje um relatório da ONU. O declínio tornou-se global.
“Os seres humanos fabricaram a ilusão de que, no século XXI, têm o progresso tecnológico necessário para serem independentes da natureza. Mas as abelhas mostram que estamos mais, não menos, dependentes dos serviços prestados pela natureza, num mundo perto dos sete mil milhões de habitantes”, comentou hoje Achim Steiner, director-executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua), em comunicado.
Actualmente, das cem espécies de culturas agrícolas que fornecem 90 por cento dos alimentos do mundo, mais de 70 são polinizadas por abelhas. Na Europa, há quatro mil variedades de vegetais que só existem graças à polinização, salienta o relatório “Global Bee Colony Disorders and other Threats to Insect Pollinators”.
O valor económico global da polinização, serviço prestado pelas abelhas, estará entre os 22,8 e os 57 mil milhões de euros, segundo o Pnua.
O declínio das abelhas é um problema latente há, pelo menos, 40 anos. Na Europa, a gravidade subiu de tom desde 1998, especialmente na França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Itália e Espanha. Nos Estados Unidos, nunca houve tão poucas colmeias nos últimos 50 anos como agora. Os apicultores chineses começaram recentemente a registar "vários sintomas inexplicáveis e complexos de perdas", revela o relatório. Um quarto dos apicultores no Japão "viram-se recentemente confrontados com perdas súbitas das suas colmeias". E em África, mais concretamente no Egipto, apicultores ao longo do rio Nilo têm dado conta de sinais de "colapso" nas colmeias.
Não há uma, mas várias explicações para o fenómeno. De acordo com o relatório, existem hoje novos tipos de fungos patogénicos, potencialmente mortais para os insectos, e que viajam pelo planeta graças à globalização. A varroa, parasita que ataca as colmeias, é especialmente preocupante.
Entretanto, cerca de 20 mil plantas com flor – das quais se alimentam as abelhas – poderão desaparecer nas próximas décadas. Para agravar o cenário, a poluição do ar pode estar a interferir com a capacidade destes insectos encontrarem as plantas onde vão buscar alimento. Os aromas que, no século XIX, se propagavam por mais de 800 metros, hoje não vão além dos 200 metros a partir da planta.
Além disso, as abelhas enfrentam a ameaça do uso mais intensivo dos químicos na agricultura e das alterações climáticas que podem alterar os períodos de floração e das chuvas. Outra ameaça são as espécies invasoras, como as abelhas africanas nos Estados Unidos e a abelha asiática na Europa.
O relatório fala ainda dos campos electromagnéticos, de fontes como as linhas de electricidade, que podem alterar o comportamento das abelhas.
Os autores do relatório – coordenados por Peter Neumann (do Centro suíço de Investigação sobre Abelhas) e Marie-Pierre Chauzat (da Agência francesa para o Ambiente) - pedem incentivos aos agricultores e apicultores que recuperem os habitats das abelhas e que tenham cuidado com os períodos de aplicação de insecticidas, por exemplo.
in Ecosfera (10.03.2011)
quinta-feira, 17 de março de 2011
Assine a petição em www.peticaopublica.com/?pi=sobreiro
As associações Transumância e Natureza e Árvores de Portugal pretendem, com o presente comunicado, lançar um movimento que visa desencadear o processo de atribuição ao sobreiro do estatuto simbólico de Árvore Nacional de Portugal.
Para fundamentar esta pretensão, encontram-se, entre outros, os seguintes motivos:
- Por ser uma espécie com ampla distribuição no território nacional continental, presente desde o Minho ao Algarve, em diferentes ecossistemas naturais. O sobreiro ocupa em Portugal perto de 737 000 hectares (dados do Inventário Florestal Nacional de 2006, não incluindo alguns povoamentos jovens), o que corresponde a cerca de 32% da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo ocidental.
- Pela enorme biodiversidade associada aos habitats dominados pelo sobreiro, incluindo espécies em sério risco de extinção e com elevado estatuto de conservação, consideradas prioritárias a nível nacional e internacional.
- Pelo facto dos montados serem um excelente exemplo, de como um sistema agro-silvo-pastoril tradicional pode ser sustentável, preservando os solos e, desse modo, contribuindo para evitar a desertificação e consequente despovoamento/desordenamento do território.
- Pela crescente relevância que os bosques de sobreiro e os montados, incluindo a biodiversidade associada, estão a conquistar junto de novos sectores, como o sector do turismo, traduzindo-se numa mais-valia para as populações locais e para a economia nacional. Sublinhe-se que, na actualidade, existem entidades ligadas a este sector de actividade, que pretendem candidatar o montado a Património da Humanidade, com base no reconhecimento de que se trata de um ecossistema único no mundo.
- Pela sua importância económica e social, resultante do facto de Portugal produzir cerca de 200 000 toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial), sendo este sector o único onde o nosso país possui uma posição de liderança a nível internacional, desde a matéria-prima até à comercialização, passando pela transformação. A perda desta liderança representaria um descalabro económico, social e ambiental sem paralelo para o nosso país.
As duas associações que subscrevem este documento tudo farão para que, futuramente, se possam juntar a este movimento, diversas instituições nacionais e todos os cidadãos a título individual que assim o desejem, incluindo todos os que, directa ou indirectamente, estão relacionados com a cultura do sobreiro e com os produtos e serviços que dependem desta espécie e das formações vegetais que domina, com especial destaque para a indústria corticeira.
Estamos cientes que, apesar da vigência do Decreto-Lei n.º 169/2001, há ainda um longo caminho a trilhar, junto das diversas instâncias da sociedade, para se conseguir uma sensibilização que conduza a uma efectiva preservação desta espécie e dos valores biológicos, paisagísticos, económicos e culturais associados à mesma.
A classificação do sobreiro como Árvore Nacional de Portugal, poderia, em adição ao simbolismo do acto, ajudar a tornar mais visíveis os graves problemas associados, no presente, à cultura e preservação desta espécie, contribuindo, desta forma, para aumentar a pressão no sentido de se alcançarem as soluções necessárias para os mesmos.
Algodres, 30 de Outubro de 2010
Associação Transumância e Natureza
Associação Árvores de Portugal
Os Signatários
De 18 Março a 3 Abril 2011
Igrejas dos Jerónimos, São Roque, Basílica da Estrela e outras
Entrada livre
www.festivaldeorgao.com
Ver programa completo no site
O Festival Internacional de Órgão de Lisboa vem, uma vez mais, colocar em destaque o valioso e singular património organístico da cidade.
Através de uma programação variada e adequada aos instrumentos, propomos a audição de um vasto reportório escrito para órgão que cobre cinco séculos de música, desde meados do séc. XVI aos nossos dias.
Pablo Bruna, nascido há quatrocentos anos e uma das figuras centrais da música ibérica do século XVII, Franz Liszt, nascido há duzentos anos e figura cimeira da História da Música do séc. XIX, e Josef Rhenberger, cuja morte ocorreu há cento e dez anos, são os compositores a quem o Festival presta este ano a sua homenagem e a cuja música dá particular relevo.
Para além dos concertos dedicados a estes três compositores, dentro da variedade de oferta que sempre caracterizou o Festival Internacional de Órgão de Lisboa, teremos também um concerto com Canto Gregoriano alternado com improvisações ao órgão sobre os temas cantados, o imprescindível concerto dedicado à obra organística de Johann Sebastian Bach, a grande música italiana para órgão, etc. Dada a importância do recente restauro do conjunto dos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra e o interesse manifestado pelo público, o Festival promove a repetição do programa apresentado aquando da sua inauguração.
Aproveitando a vinda a Lisboa de organistas de reconhecido mérito não esquecemos a vertente pedagógica e incluímos na programação duas masterclasses dedicadas à música espanhola e italiana.
Esperamos que a nossa programação venha de novo dar o merecido brilho aos órgãos da cidade de Lisboa e traga momentos de beleza a todos aqueles que nos acompanham e ouvem.
João Vaz e António Duarte (Direcção Artística)
in Festival Internacional de Órgão de Lisboa
quarta-feira, 16 de março de 2011
Carta de Direitos da Pessoa Moribunda
- Tenho direito de ser tratado como um ser humano, até à hora da minha morte.
- Tenho direito à esperança, independentemente de qual possa ser a sua direcção.
- Tenho direito a ser cuidado por todos os que consigam manter um sentido de esperança, independentemente de qualquer mudança que surja.
- Tenho direito a expressar, à minha maneira, os meus sentimentos e emoções acerca da minha morte.
- Tenho direito de participar nas decisões que digam respeito aos meus cuidados.
- Tenho o direito a esperar por um atendimento médico e de enfermagem continuados mesmo que os objectivos de cura tenham que ser mudados para objectivos de conforto.
- Tenho direito a não morrer sozinho.
- Tenho direito a não ter dores.
- Tenho direito a que me respondam honestamente a todas as questões.
- Tenho o direito a não ser enganado.
- Tenho direito, bem como a minha família a sermos ajudados a aceitar a minha morte.
- Tenho direito a morrer em paz e com dignidade. Tenho direito à minha individualidade, e a não ser julgado pelas minhas decisões que podem ser contrárias às crenças de outros.
- Tenho direito de discutir e aumentar as minhas vivências espirituais e/ou religiosas, independentemente do que isso possa significar para os outros.
- Tenho direito a esperar que a inviolabilidade do meu corpo seja respeitado após a morte.
- Tenho direito a ser cuidado por pessoas conhecedoras e sensíveis, que reconhecerão as minhas necessidades e que terão alguma satisfação em me ajudarem a enfrentar a minha morte.
Criada em Lansing, num workshop sobre O Doente Terminal e a Pessoa que o Ajuda, patrocinado pelo Southwestern Michigan Inservice Education Council e orientado por Amelia J. Barbus, professora associada de enfermagem, Waine State University, Detroit.
in A Nossa Âncora
Lançamento do Roteirinho do MNAA
19 Março, 15h30
Encontro no átrio principal do Museu. Gratuito
Museu Nacional de Arte Antiga
Rua das Janelas Verdes
1249-017 Lisboa
Telf.: + 351 21 391 2800
mnarteantiga@imc-ip.pt
www.mnarteantiga-ipmuseus.pt
terça-feira, 15 de março de 2011
19 de Março 2011
Limpeza e requalificação da margem sul do rio Tejo (Leziria - Vila Franca de Xira)
Polo do Cabo - Lezirias - Vila Franca de Xira
Localização: Polo do Cabo (Vila Franca de Xira - Leziria) - Manhã: 9h00 ou Tarde: 14h00
Para quem segue de transporte: 8h30 na Estação da CP de Vila Franca de Xira
Inscrições gratuitas e obrigatórias: missaoleziria@gmail.com ou 217780097 / 962672995
Notas: Trazer roupa confortável e botas/botins!
www.lpn.pt
Venha passar um sábado em familia ou com os seus amigos e ajude a requalificar a margem sul do Tejo na área da Leziria! Pode sempre optar por participar de manhã e/ou tarde.
clique na imagem para ampliar
Salgado da Figueira gradualmente transformado em aquacultura
Rota do Sal quase abandonada.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!”. As salinas da Figueira da Foz, ao redor do estuário do Mondego, foram durante séculos usadas em grandes quantidades pela frota piscatória local e a produção de sal já foi um factor de impulso na economia portuguesa; e agora, gradualmente, a conhecer um processo de abandono. Hoje, a mão-de-obra é envelhecida e ninguém quer aprender a profissão de marnoto, apesar de ser uma actividade sazonal e conciliável com outras.
Actualmente, “mesmo a 20 cêntimos, a produção artesanal é ignorada em detrimento da industrial" [cujos métodos são mais competitivos], revelou, ao «Ciência Hoje» (CH), Sónia Pinto, arqueóloga e responsável do Núcleo Museológico do Sal (NMS). Já houve uma tentativa de formação profissional, mas “ninguém apareceu”, contou ainda, reforçando que os jovens não se interessam por esta área.
O sal português chegava a pontos tão distantes como o Báltico ou a Nova Inglaterra. Os pequenos cristais de cloreto de sódio da zona marinha figueirense são isentos de impurezas e não só eram usados para temperar refeições, como conservavam a carne e os queijos. A partir da década de 1970, as alterações drásticas no mercado e nos circuitos de comercialização levaram a uma desvalorização progressiva da produção artesanal. O salgado figueirense, no seu apogeu, contava com 229 marinhas em funcionamento – hoje, reduzem-se a 35.
Sónia Pinto sublinhou ainda que “o sal não é todo igual". Explicou que o artesanal tem menor teor de cloreto de sódio do que o industrial e mantém "elementos essenciais", como o magnésio ou o potássio; é "mais saudável" e "apura mais a comida". Por isso, aconselha: “Estejam atentos ao rótulo, na hora da compra e se temperarem uma açorda com este sal, vão perceber a diferença”.
A fraca rentabilidade levou à transformação das salinas em aquacultura. A marinha municipal do Corredor da Cobra (área em formato serpenteado), em Armazéns de Lavos, espraia-se por apenas duas filas em actividade, mas que garantem uma produção certificada.
NMS pretende preservar actividade tradicional.
A cada salina está associado um armazém secular. O museu foi inaugurado, em 2007, numa tentativa de relembrar a existência deste legado cultural. O NMS tem como missão a necessidade de preservar uma actividade tradicional e um produto artesanal em vias de extinção; funcionando como um centro local e nacional aberto à investigação e informação sobre a biodiversidade da salicultura.
Apoia iniciativas culturais, dinamiza parte muito singular do tecido patrimonial do concelho e faz ainda o estudo e inventário de colecções etnográficas, testemunhos que contribuam para o enriquecimento do espólio. Situado em plena salina, é complementado com a existência de um armazém de sal, de uma rota pedestre, de três quilómetros, pelo salgado e de uma futura rota fluvial pelo estuário a bordo do «Sal do Mondego», um batel com capacidade para transportar dez toneladas de cristais salgados, ao longo da qual é possível observar a flora e fauna locais – o pato-real, a andorinha-do-mar-anã ou o borrelho-de-coleira-interrompida.
É do trabalho do Homem
Para chegar ao sal marinho tradicional utiliza-se essencialmente energia solar, a acção do vento e o trabalho do Homem. É uma actividade muito sujeita às condições climatéricas e os recursos naturais – sol, água, vento e argila – desempenham um papel fulcral. No espaço, qualquer um se pode instruir sobre o processo de obtenção destes cristais, em apenas uma visita.
Salina municipal do Corredor da Cobra.
“Um quilograma de água do mar contém em média 965,6 gramas de água e os 34,4 são outros componentes. O cloreto de sódio é o mais dominante e é necessário a evaporação de uma grande quantidade líquida (através de vento e calor do sol) para conseguir uma solução saturada, onde a cristalização irá ocorrer para ser posteriormente recolhido, sem lavagens nem tratamentos", explicam.
A tradição era passada aos mais novos, que se iniciavam com dez e 12 anos. O sal era carregado em canastras pelas mulheres, das silhas até aos armazéns, construídos em madeira de pinheiro, que devido à ausência de alicerces eram quase flutuantes e com capacidade para cem a 150 toneladas de sal.
A salinicultura tornou-se pouco rentável, a mão-de-obra é dispendiosa e o trabalho duro, mas os poucos marnotos garantem um produto nacional, certificado, artesanal e fácil de encontrar mesmo em grandes superfícies. “Valeu a pena? Tudo vale a pena, Se a alma não é pequena”, já dizia Fernando Pessoa em «Mar Português»
Marlene Moura (2011-03-09)
in Ciência Hoje
segunda-feira, 14 de março de 2011
Trucidaram o Rio
Prendei o rio
Maltratai o rio
Trucidai o rio
A água não morre
A água que é feita
De gotas inermes
Que um dia serão
Maiores que o rio
Grandes como o oceano
Fortes como os gelos
Os gelos polares
Que tudo arrebentam.
Manuel Bandeira
in Estrela da Manhã, 1935
Inspire-se e dê asas à sua criatividade: expresse o seu amor pelos rios através da música e da dança, fale contra as violações de direitos humanos com pinturas e fotografias, e exija um melhor modelo de gestão de energia e água através de poesias e palavras.
www.internationalrivers.org/node/6100
Aproveite o Poder Criativo do Nosso Movimento Global pelos Rios e pelos Direitos
No dia 14 de março de 2011 una-se a comunidades ao redor do mundo e participe do décimo quarto Dia Internacional de Ação contra as Barragens e pelos Rios, pela Água e pela Vida. Inspire-se para promover suas próprias ações criativas: expresse seu amor pelos rios através da música e da dança, fale contra as violações de direitos humanos com pinturas e fotografias, e demande um melhor modelo de gestão de energia e água através de poesias e palavras.
Junte sua voz a esse movimento internacional em expansão
2010 testemunhou muitos marcos do movimento pelos os rios e pelos direitos. Grupos de todo o mundo celebraram o 10 º aniversário da Comissão Mundial de Barragens, chamando seus governos a reafirmarem e defenderem os princípios da CMB que respeitam os direitos humanos e o meio ambiente. Em outubro, centenas de ativistas de base se reuniram em Temacapulín, no México, para o III Encontro Internacional dos Atingidos pelas Barragens e seus aliados. O encontro reforçou o quão global tornou-se o movimento, com os participantes do Irã, Quênia, Tailândia, entre outros. Mais de 300 comunidades atingidas pelas barragens, representantes de ONGs e especialistas se reuniram para compartilhar experiências, discutir estratégias criativas de campanha e se conectarem com aqueles que lutam para protegerem seus rios e meios de subsistência. A mensagem que fica do "Água para a Vida 3": Não estamos sozinhos. É quando estamos juntos que realmente sentimos a força e o poder desse movimento.
Há treze anos atrás, em Curitiba, no Brasil, a declaração final do I Encontro Internacional dos Atingidos por Barragens e de seus aliados, afirmou: "Para simbolizar a nossa crescente união, nós declaramos que o dia 14 de março, o dia brasileiro de Lutas Contra as Barragens, a partir de agora tornar-se o Dia Internacional de Ação Contra as Represas e pelos Rios, a Água e a Vida ".
E agora, é com um renovado sentimento de comunidade e solidariedade que nos aproximamos do Dia Internacional de Ação pelos Rios. 14 de março é um momento perfeito para aproveitar os poderes criativos do nosso movimento coletivo, para aproveitar a grande força gerada pelo "Água para a Vida 3", e por todos os nossos esforços e sucessos.
Rios Para a Vida, Não Para a Morte!
Rivers for Life, Not for Death!
¡Ríos Para la Vida, No Para la Muerte!
Les Rivières Pour la Vie, Non Pas Pour la Mort!
河流,生命之源,"坝"占意味死亡!
Organize sua própria ação criativa em 14 de março de 2011.
in International Rivers
domingo, 13 de março de 2011
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
José Gomes Ferreira