domingo, 3 de dezembro de 2006

Hoje é dia de comemoração!
Por ser dia de festa e dia oficial da autorização, pela família, para adoptarmos um cão/cadela! Pareço mesmo uma criança, mas desde a morte da minha gata (Novembro de 2005) que existe um vazio nesta casa e dentro de mim...
Os animais sempre foram e serão parte integrante da minha existência, tão importantes como qualquer ser humano e fundamentais no equílibrio afectivo. Por isso, há uns meses que "batalhava" por um novo amigo(a), gostaria de um gato, mas como a casa fica ao lado da estrada, seria desastroso, então que venha um fiel e adorável canito (como diz o meu amigo José). Claro que não vou comprar nem pedir, vou busca-lo ao canil (porque a crueldade do abondono e maus tratos é gritante) e quando o abraçar e sentir o meu coração aos pulos, saberei que é ele e que estava à minha espera!
Foi assim com a minha gata, quando peguei nela ao colo e a encostei ao meu peito, soube imediatamente que era ela e que seria a minha melhor amiga.
A Maria, a minha gata, morreu com cancro no ovário, após 11 anos de vida. As suas duas últimas semanas de vida foram tremendamente dolorosas, mas decidi não abate-la, ao contrário do que o veterinário aconselhou, e no dia 26 de Novembro de 2006, ela arrastou-se até cabeçeira da minha cama (ela já não se colocava de pé e estava deitada numa caminha num cantinho do meu quarto, ao lado do aquecedor) e miou por mim. Acordei e coloquei-a em cima da cama, abri a janela (era um sábado de manhã repleto de sol) e deixei que o sol lhe iluminasse todo o corpo. Liguei a aparelhagem e soou uma música baixinho. Disse-lhe que ela foi a minha melhor amiga e que a adorava, ao mesmo tempo que fazia festinhas (e tentava conter a minha ansiedade). Fiquei ao lado dela até ela dar um miado profundo e arrepiante, e com as patas da frente ainda fez o gesto que os gatos fazem quando estão a mamar (encolher e esticar as patas), que enterpretei como uma despedida e morreu. Chorei durante um mês e muitas outras vezes, como agora enquanto escrevo estas palavras. Se eu já tinha quase a certeza que os animais têm sentimentos, desde a morte da Maria nunca mais duvidei.
Ontem, ouvi uma frase muito bonita: Recomeçar é um acto de amor (não sei quem é o autor) e como o ano de 2006 é um gigantesco Recomeçar na minha vida, em várias vertentes, fiquei imensamente feliz por saber que é por Amor que recomeço novamente, um novo caminho, trilhado de armadilhas, mas com a força e imensidão do Amor. Então, que seja bem-vindo um novo amigo para ajudar-me!
Com tamanha festa, decidi fazer este bolo grande e saboroso.
Entre parêntesis algumas notas para melhores resultados.

Bolo de Maçã e Coco ralado

Ingredientes:
4 chávenas de chá de farinha de trigo (farinha para bolos, já com fermento)
3 chávenas de chá de maçã reineta cortada aos pedaços
3 chávenas de chá de açúcar (açúcar amarelo)
1 chávena de chá de coco ralado
1 chávena de chá de leite (à temperatura ambiente)
1 chávena de chá de óleo (de girassol, por ser mais suave)
6 ovos (à tempertura ambiente)
Preparação
Num recipiente, juntar a farinha com o açúcar, o óleo, os ovos, o leite e o coco (e bater durante 10 minutos). Adicionar as maçãs descascadas e cortadas aos cubos. Envolver bem (com uma colher de pau).
Levar ao forno (pré-aquecido, ligar o forno 15 a 20 minutos antes de colocar a forma) em tabuleiro (utilizei uma forma chaminé) untado com margarina e polvilhado com farinha (e forrada com papel vegetal).
Quando o bolo estiver cozido (mais ou menos 1 hora, a 190-200ºC) retirar e polvilhar abundantemente com coco ralado. Deixar arrefecer e depois cortar aos pedaços.
Para a próxima vez vou colocar um pouco mais de maçã, acho que o bolo a aguenta.
É um bolinho óptimo para um lanchinho. Acompanhar com chá ou café.
P.S. - Receita retirada da embalagem de coco.

In blog: http://cincoquartosdelaranja.blogspot.com/

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