segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Letras

Caem estrelas, estrelinhas
fingidas
que fugiram do tecto azul.
Voam à nossa volta
sem sentido,
parecem seguras, tranquilas
mas impacientes.

Parecem sorrisos espalhados
no chão de terra
onde as crianças
brincam aos profetas,
aos deuses do novo mundo.

E levantam pó de vida
muito escuro
sem cheiro de rosas
e brilhante de mágoas.

Caem estrelas, estrelinhas
na pequena rua minha
ficam sentadas nas janelas
dos sonhos
frios de Inverno.

Caem estrelas, estrelinhas
em cada pedaço de mar
de água límpida
fresca de pureza.
Gotas outonais
de amarelo e castanho.

Caem estrelas, estrelinhas
nos meus velhos sapatos
que procuram caminho.

Maria Lua (28/10/2006)

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