segunda-feira, 27 de julho de 2009

Porquê comer devagar?!

"Sabia que as pessoas que se alimentam mais rapidamente tendem a ingerir uma quantidade de alimentos superior às suas necessidades? E que muitas vezes estes hábitos de consumo se repercutem numa maior dificuldade em gerir o peso corporal?

Ritual: Mastigue todos os alimentos de forma lenta e pausada, saboreando-os melhor e durante mais tempo e facilitando também os processos de digestão a percepção de saciedade.
Os hábitos alimentares são cada vez mais um tema de conversa (e de interesse) no nosso dia-a-dia. Vários factores - como as constantes menções e recomendações alimentares por parte dos especialistas das mais distintas áreas da saúde, o mediatismo gerado na comunicação social em torno da desta temática, e o acesso cada vez mais facilitado a credíveis fontes de informação que testemunham a associação entre uma alimentação equilibrada e uma melhoria nos indicadores de saúde e bem-estar – têm contribuído fortemente para este fenómeno. Contudo, convém ressaltar que, para além dos alimentos que ingerimos, também a forma como o fazemos é fundamental para uma melhor digestão, melhor controlo do peso e melhor apreciação das nossas escolhas.
A mastigação lenta e eficiente dos alimentos e a sua ingestão compassada - com pequenas pausas entre cada deglutição - é ponto-chave no nosso dia alimentar. Três razões principais justificam esta afirmação: 1) Uma mastigação incompleta resulta numa fragmentação insuficiente dos alimentos, maior tempo de digestão (e eventual maior absorção de alimentos) e maior sobrecarga do sistema digestivo; 2) Os sinais de saciedade que o estômago transmite ao cérebro não são imediatos à ingestão alimentar - facto este que explica os mais frequentes excessos alimentares e a maior prevalência de excesso de peso e obesidade entre pessoas com maior voracidade alimentar; 3) Como as papilas gustativas se encontram localizadas na cavidade bucal (onde começa a digestão!), será difícil conseguir uma verdadeira e agradável apreciação dos alimentos no decorrer de uma refeição apressada.
Assim, procure optimizar os seus hábitos de consumo alimentar, começando por exemplo pela preparação cuidada das refeições e pela escolha de um ambiente calmo, sereno e que despolete uma relação positiva e saudável com a alimentação.

Considerações:

• Reserve pelo menos 30-45 minutos para as suas refeições principais e 10-15 minutos para as suas refeições intercalares, deglutindo calmamente os alimentos que escolheu.

• Deixe que os alimentos “passeiem” pela sua boca: analise os seus contrastes e texturas, distinga os sabores básicos como o doce, o ácido, o amargo e o salgado, e torne-se um verdadeiro apreciador de gastronomia de qualidade.

• Não dispense companhia no horário das refeições. Seja com a família, amigos ou colegas de trabalho, poderá sempre aproveitar os momentos de conversa para pequenas pausas entre cada deglutição.

• Procure que, nas refeições em grupo, seja o primeiro a começar a comer e o último a acabar. Contudo, tenha presente que o objectivo é alimentar-se mais devagar, sem aumentar a quantidade de alimentos habitual e que considera ser suficiente.

• Habitue-se a pousar os talheres várias vezes no decorrer da refeição. Se o conseguir realizar durante alguns segundos após cada “viagem” à boca, tanto melhor!

• Pergunte-se com frequência "Ainda tenho fome?" ou "Já estou satisfeito/a?". Muitas vezes a nossa ingestão alimentar é superior às nossas reais necessidades…

• Quanto se deslocar a um restaurante chinês (e/ou sempre que a ementa assim proporcionar e lhe for conveniente) utilize os “pauzinhos” – também conhecidos por chopsticks – para se alimentar. Verá como o tempo passa e os alimentos “resistem” no prato…!"

In site Rituais de Vida Saudável

2 comentários:

msg disse...

Muito boa tarde,Maria Lua

Interrompendo as férias,lá fora,cá dentro,aqui estou eu,depois de avaliar as suas muitas sugestões,e convites,a que nos habituou,alás,a ficar preso a duas,o artesanato e os burrinhos. Mas já lhe digo que o fiz copiando-a,no seu nacionalismo,à minha escala,o que quer dizer,ao meu bairrismo,mais concretamente,às minhas raízes.E assim,apresento os meus agradecimentos por ter incluído NISA,com os seus bordados. Tudo quanto é daí é bom,é de confiança. A propósito,aproveito para referir um imaginoso fotógrafo que tem enchido a web com a sua arte,de que me tenho servido,com expressa autorização,para florir,e não só,o que a mim cabe. Trata-se de Armando Gaspar,com OLHARES DA NATUREZA,alguma de NISA e arredores.
Cabe,agora,a vez aos burrinhos. O que eu gosto deles,da sua humildade. Deve ter sido por isso,que ele foi utilizado quando do Nascimento,da Fuga,da entrada em Jerusalém.
Para o lembrar,aí lhe deixo um continho -

MORREU DE VELHO
Não haveria muitos burros como aquele. Pelo menos,lá na aldeia era ele quem levava a melhor.
É que podia ser tomado como um macho,tal a sua estatura. No trabalho,não lhe ficaria atrás. Depois,era muito paciente,nada teimoso,sempre pronto para o que fosse preciso. A acrescentar a tudo isso,que já era muito,não se mostrava exigente,nem na comida,nem na cama. Qualquer coisa lhe servia.
Não tinham conta os serviços que ele prestava. Podia dizer-se que era pau para toda a obra. E era também muito amigo de crianças. Nunca se indispôs com alguma,mesmo que,às vezes,abusassem,ao contrário do que acontecia com certos rapazolas. Ai daquele que o injuriasse,pois sabia dar a resposta adequada.
Logo de manhazinha,abastecia a casa com água da melhor fonte. Depois,tinha pela frente a ordem do dia,quase tudo a ver com a actividade principal do amo,uma lavoura mixta de sequeiro e de regadio. Ele arava,ele gradava, ele fazia girar a nora,ele carregava com os produtos da horta e das courelas dos cereais e do arvoredo. Escusado será dizer que,nos intervalos,ainda lhe cabia o transporte de passageiros.
Mas era de noite,pela fresquinha,após a ceifa,quando do carrear as colheitas para a eira,que ele tinha ensejo de pôr à prova os seus apurados dotes de orientação e de equilíbrio. Não precisava de guia,era ele que comandava,pelas estreitas veredas a subir e a descer. Os companheiros seguiam-no,confiados. Nunca perdia o trilho,nem nunca tropeçava.
Todos invejavam a sorte do dono,que,por mais de uma vez,teve de dizer não a propostas tentadoras. Morreu de velho,deixando muitas saudades. Por muito tempo foi lembrado,sempre com referências elogiosas. Aquilo é que era um burro.

E pronto,Maria Lua,desculpe,mas não podia passar em claro Nisa e arredores,e,sobretudo,os burrinhos.
Muito boa saúde,muito bom trabalho,e muito obrigado pelas sugestões.

Maria Lua disse...

Boa tarde MSG,

obrigado pelo conto, gostei muito!
Sim, tudo o que é Nacional é bom e Nisa não poderia ficar de fora!
É um país Magnífico, assim fossem todos os portugueses também...
Obrigado eu! E volte sempre.
:-)