As imagens da semana
No Festival dos Oceanos, no âmbito do programa Museus Fora de Horas, aproveitamos e fomos (eu, pela primeira vez) gratuitamente ao Centro Científico e Cultural de Macau.
Esta visita, efectuada a partir das 18h, teve direito a uma guia excepcional que tornou o Museu muito mais interessante. Um grupo pequeno, 6 pessoas - incluíndo dois jovens, ficou maravilhado com a espontaneidade, simplicidade e sabedoria da guia (não fiquei a saber o nome, o segurança só chamava Doutora...) e tornou esta visita inesquecível.
O resultado da iniciativa neste local parece não ter tido muita adesão, mas não será de estranhar, porque a pouca divulgação do Museu, assim como das suas iniciativas, a deficiente identificação do local - nomeadamente a quem circula pela rua, algum estado de abandono e pouco cuidado do jardim e da entrada, faz com que poucos tenham conhecimento e vontade de o visitar.
Seria necessário mais investimento (não económico!) na divulgação/projecção do mesmo, porque contém um espólio considerável e uma história importante sobre a relação Portugal/China/Macau para contar.
De salientar que é um complexo onde existe investigação, formação, biblioteca, entre outros, nomeadamente, cursos de língua e cultura chinesas.
Boa semana.
2 comentários:
Muito boa tarde,Maria Lua
Do Alentejo,deixo-lhe,de Florbela Espanca,
O MEU ALENTEJO
Meio-dia: O sol a prumo cai ardente,
Doirando tudo. Ondeiam nos trigais
D'oiro,de leve...docemente...
As papoilas sangrentas, sensuais...
Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o oiro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros...
Tudo é tranquilo, e casto, e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: Onde há pintor,
Onde há artista de saber profundo,
Que posssa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?!
e,de autor desconhecido,
LAVADOS ARES
Terá sortilégio aquela terra. É uma sedutora. Donde lhe virá tal magia,tal encanto? Talvez do celeiro que em tempos foi,talvez das planuras amplas,que de searas se cobriam,promessas de muito pão. Simulavam um oceano,de superfície nem sempre chã. Apetece ir por lá,quando por cá se entedia. E navegar naquelas águas,aportando aqui e ali,enchendo-se, mais demoradamente,daqueles lavados ares. Abrir as janelas e deixá-los entrar à vontade. Em redor,o verde ou o amarelo,o branco ou o azul,apaziguadores. E à noite,repousar em camas com florinhas,das muitas que por lá há,ouvindo o cantar das cigarras ou o silêncio da chuva a cair. E ali ficar.
Com o meu muito obrigado pela lembrança,muito boa saúde,Maria Lua.
Boa tarde MSG,
E tanto que eu gosto da Florbela... e do Alentejo!
Obrigado pelas magníficas palavras.
E muita saúde também.
:-)
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