Alcobaça - Viagem às terras de Cister
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Alcobaça está cheia de vida, de património e de cultura. Às múltiplas marcas dos monges cistercienses junta-se uma natureza bem cuidada. Visitar esta cidade é, também, oportunidade para descobrir os segredos do vinho, da doçaria conventual e da música.
Linha do Oeste serve Alcobaça, sendo a estação mais próxima a de Valado de Frades, a meio caminho entre a cidade e a estância balnear da Nazaré. Perto de Lisboa e não muito longe de Coimbra, Alcobaça tem muito para oferecer ao visitante, esteja este de passagem ou de fim-de-semana. O seu grande chamariz turístico é o Mosteiro de Alcobaça, Património da Humanidade e casa-mãe da Ordem de Cister em Portugal. É uma obra-prima de arquitetura que, entre muitas outras maravilhas, alberga os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro. E que, anualmente, é cenário de eventos culturais de grande projeção, como é o caso do Festival de Música, o Cistermúsica. A herança conventual não se fica pelo canto gregoriano e pela arquitetura, estendendo-se à doçaria e aos licores, também celebrados numa mostra internacional anual. Em terra historicamente ligada à produção vinícola não podia faltar um vasto museu alusivo ao tema.
Como chegar: Pela Linha do Oeste (estação de Valado de Frades). Tem interligação com a Linha do Norte em Alfarelos e vai de Cacém/Mira Sintra (arredores de Lisboa) à Figueira da Foz. Tem serviço urbano e regional da CP.
Património da Humanidade
O mosteiro da Batalha é um marco do património português cuja importância foi reconhecida pela UNESCO que o classificou como Património Mundial. Não se sabe que mais admirar neste conjunto extraordinário: se a majestade dos claustros ou a atmosfera da igreja gótica. A dimensão da comunidade de monges que aqui viveu pode ser aferida pelo facto de numa das cozinhas passar um braço do rio Alcôa, desviado em benefício deste formidável espaço onde se diz que podiam assar dois bois ao mesmo tempo. Ponto alto da tumulária portuguesa, os dois túmulos de Pedro e Inês, com elaborada decoração, ainda hoje maravilham quem os visita.
Se o rei D. Pedro I e D. Inês de Castro escolheram Alcobaça para sua última morada, não haverá destino mais romântico que este. Os túmulos dos protagonistas de uma das mais célebres histórias portuguesas de amor estão em destaque no mosteiro, virados um para o outro, diz-se para que, no Dia do Juízo Final, cada um deles tenha como primeira visão a pessoa amada. Ambiente mais inspirador que este para um fim-de-semana a dois não se pode conceber…
Mas, nem as virtualidades do mosteiro, nem as de Alcobaça, se esgotam nesta vertente. O vasto edifício conventual foi casa-mãe da ordem de Cister em Portugal. Aqui baseados desde os primórdios da nacionalidade os monges vestidos de branco ensinaram o povo a cultivar a terra, a tratar de pomares e vinhas, a fazer e conservar compotas, doces e licores.
Tudo isto é celebrado numa vasta programação anual que inclui, desde um festival de música (o Cister Música www.cistermusica.com, realizando-se habitualmente em Maio/Junho) onde o canto gregoriano não é esquecido, a uma mostra internacional dedicada aos licores e doces conventuais, decorrendo habitualmente em Novembro.
Outra marca forte da cidade, indissociável da presença da Ordem de Cister, são as tradições ligadas ao vinho. São evocadas num grande espaço museológico, instalado numa antiga adega. É o Museu Nacional do Vinho onde se podem visitar, para além de instalações diretamente ligadas à produção vinícola, uma tanoaria, uma abegoaria e, claro está, uma adega.
Terra acolhedora, Alcobaça é o lugar ideal para uns dias passados de forma diferente, tanto mais que, a uma gastronomia rica e pujante, se junta a proximidade de termas, do Pinhal de Leiria e dos extensos areais da Nazaré.
in CP – Comboios de Portugal
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