domingo, 2 de março de 2008

As imagens da semana

Um Palácio das Galveias magnífico para ler e ver exposições, mas com um belíssimo jardim fechado ao público e muros em risco de cair...
Um local para apreciar com tempo...



"Após três décadas de abandono foi adquirido, em 1928, pela Câmara Municipal de Lisboa que levou a cabo várias obras de restauro. A 5 de Julho de 1931 foram inaugurados o museu e a biblioteca das Galveias."

"Apesar do museu se ter mudado para o Campo Grande, a biblioteca continuou no Campo Pequeno, mas como Biblioteca Central do Município de Lisboa."

"Não podemos falar neste palácio sem referir as suas características arquitectónicas: o edifício, de construção em U de influência francesa, é perfeitamente simétrico; o portão heráldico de estilo maneirista é ricamente trabalhado; destaca-se ainda o átrio, ou pátio nobre, em quadra regular, cujo chão é todo em calçada portuguesa."

"O interior do palácio tem muitos elementos de influência seiscentista, como é o caso do átrio em rotundas com arco abatido e tecto de abóbada, da escadaria com dois lanços curvos laterais revestida com silhares de mármore, ou do salão nobre, construído em meia lua e com todas as paredes revestidas de painéis de azulejos historiados de Leopoldo Baptistini."

"Hoje como Biblioteca Central do Município de Lisboa, o Palácio das Galveias tem outro dinamismo, outra vida. Para além das habituais funções de uma biblioteca municipal, esta presta alguns serviços como a leitura domiciliária (disponível na sala infantil), o acesso gratuito à Internet, a consulta, através de uma base de dados informatizada de toda a bibliografia, e ainda um centro de fotocópias."

"Para além de tudo isto, a biblioteca promove várias actividades regulares, por exemplo, a consulta de CD e jogos didácticos, o encontro com escritores, a hora do conto, várias conferências, colóquios e peças de teatro que estão sempre a decorrer nos espaços da biblioteca."

"Desenvolve outras acções de carácter esporádico, dedicadas às crianças. No mês de Agosto desenrolaram-se várias actividades ao ar livre, aproveitando os fantásticos jardins do palácio. Desta forma tentam atrair os mais novos para o mundo dos livros, para o mundo do real fantasiado, e assim combater o actual desinteresse dos jovens pela literatura."

"Os salões do Palácio das Galveias também são utilizados para a realização de eventos, conferências de imprensa, lançamento de livros ou exposições, o que dá mais vitalidade não só ao edifício, mas a toda a Freguesia que tem aqui um ponto de encontro para os tempos livres e um bom espaço cultural."

Três artistas do Alentejo, com entrada gratuita...

Susana Pires, foi a autora das peças que mais gostei...

encontros e desencontros, escreve ela...

"Vamos encontrar o nosso lugar", repete a Susana num quandro...

é macio como a lã ou algodão...

e chama por nós...

o salão é tão bonito...

e ainda existe flores gigantes...

e ilusões ópticas!

São poucos trabalhos e pessoas para os ver...

Terminamos, vamos embora?

Descemos as escadas com passadeira vermelha...

E na rua, a exposição continua com o espantoso trabalho dos calceteiros...

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Eugénio de Andrade

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