As imagens da semana
Esta semana temos poucas imagens e uma enorme desilusão...Mas houve também uma surpresa: o Chafariz D´El Rei que me deixou perplexa com tamanha beleza e grandiosidade!
A tristeza veio com o Museu do Fado...
Depois de terem sido feitas obras de reconstrução (onde "enterraram" muito dinheiro...) e reaberto no início do mês de Outubro, o Museu é uma vergonha para quem é português, para o Fado e para os lisboetas!
Com bilhetes de entrada a três euros, não autorização de tirar fotografias, levar malas ou mochilas (desculpem, mas já estive no Louvre e Tate, e sei do que escrevo), um espólio ridículo (todo ele protegido por vidros por isso não compreendo porque não se pode levar mochilas/malas... não há nada para roubar!), falta de informação, ausência de elementos históricos, lapsos na dinâmica do espaço (não se compreende por onde a exposição começa ou termina, nomeadamente o wc não tem placas a diferenciar o dos homens e mulheres - temos de entrar nas duas e procurar vestígios como por exemplo urinóis...), funcionários irresponsáveis e sem profissionalismo, uma esplanada com um potencial enorme mas com as cadeiras e mesas vazias e sujas...
É muito moderno: temos as "maquinetas" para levar ao ouvido - em várias línguas - e entretermo-nos, uma loja repleta de produtos para vender, o quadro do Malhoa e três sofás com auscultadores para ouvir fados.
Mas em troca, uma ausência absoluta do que é verdadeiramente o património português do Fado e do que tem para transmitir.
Lamentavel...
Tenho para mim que, depois de saber que a C. Municipal de Lisboa "deu" casas e palácios "aos amigos", este museu também só existe para dar ordenados a amigos que trabalham ou façam algum tipo de serviço para o mesmo.
Não quero influenciar negativamente ninguém, apenas partilhar o meu sentimento pelo que vi, ouvi e senti neste espaço. E da profunda revolta que se instalou no meu coração.
Mas façam-me um favor, visitem-no e digam que estou a ser muito injusta e cruel. E que afinal até estava errada...
A esperança é sempre a última a morrer...
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