domingo, 1 de fevereiro de 2009

As imagens da semana

Fomos ao recém inaugurado Museu de São Roque (pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) observar o que foi feito com os milhares de euros provenientes das receitas da Lotaria, totojogos e, especialmente, do euromilhões (não estou a brincar! E que fique esclarecido: todas as receitas são integralmente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, não há divisão com mais nenhuma Santa Casa espalhada por Portugal - uma chocante verdade...).
Um vasto espólio e que, a partir deste momento, está salvaguardado dentro de um museu com a benesse de ser visitável. A directora pretendem ampliar, futuramente, o Museu contemplando o património não religioso (mas o euromilhões já não está tão rentável...).
Observação minha: um Mundo de Ricos, ninguém diria que esta Casa vive para assistir os que mais precisam (atenção, não estou a dizer mal, até porque sou voluntária na mesma - somos cerca de 500 ao todo! E muitos postos de trabalho suprimidos também... - apenas a constatar um facto).
Claro que, para mim, o mais belo recanto/peças foram as Esculturas de Roca (termo de origem castelhana, que significa rocha, relacionado com os locais que iriam servir de cenários a estas representações).
No final, não esquecer de visitar a Igreja: um monumental luxuoso edifício. E, se o tempo estiver aprazível, sentar-se no pátio interior.






Esculturas de Roca (de membros articuláveis de forma a permitir que fossem vestidas).
Madeira policromada, Portugal, século XVII/XVIII.





Santa Catarina (madeira dourada e policromada)
Portugal, século XVII/XVIII.
São Estanislau Kostka (madeira policromada e dourada)
Portugal, século XVII (1.ª metade).


Menino Jesus (madeira policromada)
Portugal, século XVIII.

Adoração dos Pastores - André Reinoso (óleo sobre tela).
Portugal, século XVII.
Arca sobre suporte (madeira de casquinha, goma lacada, incrustações de madrepérola e ferragens metálicas).
China, Macau (?), século XVII (arca), 1875 (suporte).


Cofre-Relicário (tartaruga e prata).
Índia, século XVI (último quartel).










São João Baptista - António Ferreira (terracota policromada).
Portugal, século XVIII (2.ª metade).



Não vos fieis nas aparências; apesar do forte rufar do tambor, ele não está cheio senão de ar.
Marck Twain

2 comentários:

msg disse...

Muito bom dia,Maria Lua

Este seu post trouxe-me à memória a magistral colaboração de Reynaldo dos Santos,com Museu de
S.Roque,no Guia de Potugal I,de
Raúl Proença,Apresentação e Notas de Sant'anna Dionísio,Fundação Calouste Gulbenkian.
Um portento,este Reynaldo dos Santos,e outro portento,este Raúl Proença,que,se pode dizer,não deixou no olvido a mais humilde aldeia deste nosso Portugal,e isto,de comboio,se calhar de diligência,e,até,a pé,que aqueles eram uns tempos muito atrasados,ainda mais,ou não,do que são hoje. Ah,esta tecla é um desatre.
Desculpe,Maria Lua,que deve saber tudo isto de cor e salteado.
Mais uma vez,muito obrigado,e,não se esqueça,ESQUEÇA O MOTE (o disparate,tem de dar o devido desconto).

Maria Lua disse...

MSG,
não sabia da colaboração de Reynaldo Santos com o Museu.
Obrigado pela informação!