Vegetarianos menos propensos a síndrome metabólica
Estudo indica que dieta sem carne reduz principais factores de risco cardiovascular
Um estudo publicado na revista “Diabetes Care” indica que a dieta vegetariana induz um risco menor de síndrome metabólica nas pessoas que a seguem, pelo que estes indivíduos têm menos hipóteses de sofrerem de doenças cardíacas, diabetes ou acidente vascular cerebral (AVC).
Estas patologias são normalmente antecedidas pela síndrome metabólica, que apresenta pelo menos três de vários factores de risco como hipertensão arterial, elevados níveis de glicose e triglicerídeos, colesterol HDL elevado e uma circunferência abdominal acima da média.
Os investigadores da Loma Linda University, nos EUA, quiseram verificar os benefícios da dieta vegetariana na prevenção da síndrome metabólica, pelo que realizaram um estudo que envolveu 700 adultos, sendo que 35 por cento deles eram vegetarianos.
Os participantes vegetarianos e semi-vegetarianos eram, em média, três anos mais velhos do que os restantes elementos. Contudo, apesar desta diferença de idades, a equipa de investigação constatou que os seus níveis de de triglicerídeos, glicemia, pressão arterial, circunferência abdominal e índice de massa corporal (IMC) eram mais baixos do que os das pessoas que não dispensavam a carne da sua alimentação.
Do grupo de vegetarianos, um quarto apresentava síndrome metabólica, valor que aumentou nos semi-vegetarianos para 37 por cento e nos outros participantes para 39 por cento. Segundo o estudo, estes resultados mantiveram-se mesmo quando avaliados outros factores como idade, sexo, raça, prática de actividade física, consumo de calorias, tabagismo e ingestão de álcool.
Gary Fraser, que liderou o estudo, revelou que esta investigação demonstra, mais uma vez, que “a dieta reduz muito os principais factores de risco cardiovascular que fazem parte da síndrome metabólica", pelo que considera a adopção de uma dieta vegetariana "uma escolha sensata".
in Ciência Hoje
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