terça-feira, 26 de março de 2013

Asfixia em crianças é frequente com frutos secos, pediatras sugerem retardar consumo

Entre 60% a 80% dos casos de asfixia em crianças ocorrem pela ingestão de frutos secos, sobretudo amendoins, indicam pediatras espanhóis, após uma menina de um ano e meio ter morrido recentemente depois de comer pipocas.
Apesar de as estatísticas sobre mortalidade infantil por sufocamento ou asfixia terem descido bastante nas últimas décadas, o engasgamento com um corpo estranho ainda representa cerca de 40% das mortes em crianças menores de um ano, de acordo com dados divulgados pelo site do jornal espanhol El Mundo.
Segundo a Guarda Civil, uma menina de ano e meio morreu em Oviedo (Astúrias), em consequência de uma asfixia causada por um grão de milho de uma pipoca. A morte ocorreu cinco dias depois de se ter engasgado com as pipocas e as autoridades ainda estão a investigar.
Os pediatras tendem a recomendar que a ingestão de frutos secos não ocorra nos primeiros anos de vida de uma criança.
“Antes dos três anos, as crianças não mastigam bem e é possível que alguns pedaços de frutos secos passem acidentalmente para os brônquios ou pulmões”, segundo Jordi Pou, coordenador do comité de Segurança e Prevenção de Lesões Acidentais da Associação Espanhola de Pediatria.
Outro pediatra espanhol, José María Moreno, considera que os pais e educadores devem seguir o mesmo critério com os frutos secos do que seguem para jogos com peças pequenas.
“O fruto seco em si não é mau e pode consumir-se moído. O problema é que se desprendam pedaços suficientemente grandes para obstruir as vias aéreas. Uma criança com mais idade também pode engasgar-se a comer pipocas, mas é mais difícil que haja asfixia”.
 
Agência Lusa (19 Mar 2013)
in jornal i

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