Esta semana cumpri um desejo da minha mãe (com 67 anos) de ir visitar o Castelo de S. Jorge, em Lisboa. O dia ajudou e esteve magnífico. E a Cidade ficou espantosamente envolta num imenso azul.
Para a minha mãe, já que foi a primeira vez que visitou o Castelo, foi um dia inesquecível.
Para mim, a confirmação (mesmo tendo viajado muito pouco...), que esta é uma das cidades mais belas do mundo.
Gostei particularmente (apesar de ter contestado o pagamento de entrada na altura que foi instituído), do cuidado/limpeza e inovação no Castelo. Finalmente começamos a perceber o que é "proteger" o património, mesmo que, para isso, se tenha de começar a cobrar bilhetes de entrada...
Quanto às fotografias (e como nem tudo é azul/cor-de-rosa), só tenho algumas, pois a bateria da máquina "decidiu adormecer" no início do nosso passeio...
"Na colina mais alta de Lisboa, onde proliferam testemunhos de fenícios, romanos e muçulmanos, ergue-se, no topo, o Castelo de São Jorge.
Os vestígios mais antigos aqui encontrados remontam ao séc. VI a.C. Porém, a existência de um castelo propriamente dito, data do séc. X-XI, altura, em que Lisboa, era uma importante cidade portuária muçulmana.
Em 1147, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, conquista o castelo e a cidade aos mouros. De meados do séc. XIII até ao início do séc. XVI, o Castelo conhece o seu período áureo.
É aqui que Vasco da Gama é recebido por D. Manuel depois de regressar da Índia e que é representada a primeira peça de teatro português, o Auto do Vaqueiro, de Gil Vicente, por ocasião do nascimento do futuro rei D. João III.
Com a transferência da residência real e da corte para a baixa da cidade, os terramotos de 1531 e 1755 e o retomar da função militar no século XVIII, a descaracterização do Castelo vai-se acentuando.
Declarado Monumento Nacional em 1910, é no decorrer do século XX que recebe importantes intervenções de restauro que lhe conferiram a imponência actual.
Conta a lenda que Ulisses fundou a cidade de Lisboa. É na torre com o seu nome, onde em tempos se guardou o Tesouro Real, que está instalado o Periscópio, um sistema óptico inventado por Leonardo Da Vinci no séc. XVI, único existente em Portugal, que permite observar a cidade a 360º em tempo real.
Outrora Torre do Tombo, ali trabalharam dois dos mais importantes cronistas da História de Portugal - Fernão Lopes e Damião de Góis.
Situado na área de mais difícil acesso do topo da colina, nas escarpas Poente e Norte, o Castelejo ergue-se imponente com as suas 11 torres adossadas aos panos da muralha, das quais se destacam a Torre de Menagem (do Observatório), a Torre de Ulisses, a Torre do Paço, as Torres Central Norte e Noroeste, a Torre da Cisterna e a Torre de São Lourenço, situada a meia encosta.
No seu interior são visíveis os vestígios de antigas construções, de uma cisterna e a pequena porta da Traição.
Propriedade do Estado, classificado como Monumento Nacional pelo Decr.º de 16 de Junho de 1910, publicado no Diário do Governo nº 136, de 23 de Junho de 1910, foi cedido à Câmara Municipal de Lisboa, por Auto de Devolução e Cessão, em 31 de Maio de 1942.
Por deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa, a gestão do Castelo de São Jorge é confiada à EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa, E. M., pelo despacho 101/AM/95, publicado no Boletim Municipal n.º 75 de 1 de Agosto de 1995.
Informações retiradas do site e folheto do Castelo de São Jorge
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