terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

As imagens da semana

Como hoje é dia de Carnaval, nada melhor que partilhar a minha ida ao Museu do Oriente onde está patente uma magnífica exposição sobre Máscaras da Ásia.
A não perder!
PS: Exposições com entrada gratuita - sexta-feira, das 18h00 às 22h00.




Hanuman, general do exército dos macacos no Ramayana (Índia).

Garuda, pássaro mítico e montada de Vishnu (Índia).
Deus Vishnu (Índia).

Jambavan, macaco ou urso consoante as versões do Ramayana (Índia).

O Krishnattam só é representado no templo de Guruvayur (estado de Kerala). Toda a vida de Krishna é posta em cena. Máscaras-elmos em madeira esculpida são usadas por algumas personagens, pelo Deus Brahma e pelos monstros que Krishna tem de vencer; o próprio Krishna não usa máscara, aparecendo só com uma maquilhagem azul.

Brahma (Índia).

Putâna, mulher ogre que procura, em vão, envenenar Krishna (Índia).

Narakasura, rei cruel (Índia).

O macaco Jambavan que desculpa Krishna, acusado de um crime (Índia).

Murasura, chefe do exército do rei Narakasura, morto por Krishna (Índia).

Kandakarna, devoto do deus Shiva a quem Krishna concede a salvação (Índia).

Yama, o deus da morte que Krishna veio visitar para ressuscitar o filho do seu guru Sandipini (Índia).
Vividan, macaco amigo de Narakasura e que foi vencido por Krishna (Índia).

O mito de Narasimha, encarnação do deus Vishnu sob a forma de um corpo humano com cabeça de leão para poder matar o rei dos demónios, Hiranyakashipu, é representado no Bhagatava Mela (Tamil Nadu) e no Prahlad Nataka (Orissa).
Narasimha no estado de Bengala Ocidental (Índia).
Narasimha no Prahlad Nataka (Índia).
Ganesh, o deus com cabeça de elefante (Índia).


Demónio (Índia).
Macaco (Índia).
No estado de Bengala Ocidental, as máscaras são utilizadas em danças em honra dos deuses.
No Norte dos estados de Bengala Ocidental e de Bihar vivem diferentes etnias como a santali que, em danças com máscaras, misturaram lendas locais com episódios tirados das epopeias indianas.

Nas regiões himalaias da Índia, as máscaras possuem um estilo próximo das do Nepal.

Em Purulia (estado de Bengala Ocidental), os habitantes criaram um género particular de danças com máscaras, o chhau que com movimentos acrobáticos, retoma antigas danças rituais relacionadas com a caça e incorporando nelas temas tirados das epopeias indianas.
Kirat, Shiva sob a forma de um caçador que põe à prova Arjuna na epopeia do Mahabharata (Índia).

Deusa Durga (Índia).

O chhou de Seraikala consiste em danças com máscaras extremamente graciosas elaboradas pelo príncipe de Seraikala (estado de Bihar) no início do século XX. Além dos deuses, são apresentados bailados em que entram personagens assaz originais como a noite que dança com a lua, ou o sol que quer seduzir uma jovem rapariga.
Deus Shiva (Índia).
Parvati, deusa mulher de Shiva (Índia).
Rhada, amante de Krishna (Índia).
Krishna, oitava encarnação do deus Vishnu (Índia).
Chandrabhaga, que o sol quer seduzir (Índia).
O Sol (Índia).
Ratri, a noite (Índia).
A Lua (Índia).

O wayang topeng de Java põe em cena sobretudo a história do príncipe Panji, modelo de herói corajoso e sedutor, que tem de conquistar uma princesa e vencer o seu principal rival, o rei Klana.



O wayang de topeng de Bali é um conjunto de danças com máscaras em que aparecem sucessivamente o rei, vários ministros, o ancião (Tua) e depois diferentes personagens. Alguns palhaços, cujas máscaras não possuem maxilar inferior, fazem compreender através do seu diálogo os eventos evocados. No fim, o Sidhakarya abençoa a assistência ao aspergi-la com água benta.








Na China as máscaras são utilizadas no nouxi, rito de exorcismo em que os dançarinos representam divindades. A sua dança é suposta apavorar os espíritos maléficos e demonstrar o seu poder. Na província de Jiangxi, trata-se de uma sucessão de danças. Na província de Guizhou, é um autêntico teatro cantado com máscaras chamado Dixi onde se representam peças históricas cujos heróis são suposto serem encarnações de potências estelares.
Kaishan, assimilado a Pangu, o criador do Universo (máscara moderna. China).


Han Dang (China).

Diao Chan, amante de Lu Bu (China).

Le Jin (China).

Sugriva, o rei dos macacos no Ramayana (Indonésia).

Bujangga Anom, vizir do rei no teatro de Reog Ponorogo (Indonésia).

Indrajit, personagem do Ramayana (Indonésia).

Pannikkale, o tocador de tambor (Sri Lanka).
Nonci Akka, mulher do tocador de tambor (Sri Lanka).

Jasaya, lavador de roupa do palácio (Sri Lanka).
Lencina, mulher do lavador (Sri Lanka).
Henca, assistente do chefe da aldeia (Sri Lanka).

Gurulu Raksa, demónio (Sri Lanka).





Jovem Bonzo (Coreia).

Bonzo (Coreia).


Vendedor de sapatos (Coreia).
Velho Sacerdote Apóstata (Coreia).

Macaco (Coreia).

Companhias de teatro compostas por camponeses, como a de Pongsan, põe em cena uma série de episódios imbuídos de sátira social por vezes assaz vulgares, como se o riso pudesse exorcizar as desgraças. Uma vez que são supostas conservar os malefícios que exorcizaram, as máscaras são queimadas no fim do espectáculo.

Região de Tongyan (Coreia).

Criado (Coreia).


Yonggam, marido de Miyal (Coreia).

Existem dois tipos de máscaras. As primeiras são utilizadas em danças de lamas (Cham) que mostram a forma terrífica das divindades que o morto encontra após a morte antes de se reincarnar.
As segundas são usadas num teatro laico, o lhama, que apresenta peças meio-lendárias, meio-históricas ou puramente lendárias. As máscaras deste teatro recorrem a feituras muito diferentes: máscaras-elmos em papel mâché, máscaras rasas e rígidas, máscaras flexíveis em tecido. As representações são precedidas pela dança dos "caçadores" e pela das fadas celestes, ache lhama (irmãs deusas). Em algumas regiões trata-se de pescadores e não de caçadores.

"Pescador", equivalente do caçador (Tibete).

Caçador (Tibete).

Rainha dos Demónios (Tibete).

Filha da Rainha dos Demónios (Tibete).

Teatro Lhamo.

Mulher com carácter imbuído de duplicidade e manha (Tibete).

Mulher velha (Tibete).

Velho Rei (Tibete).

Ancião (Tibete).

Religiosa (Tibete).

Danças de Lamas.
Rosto terrífico do Dharmapala da Montanha de Fogo (Tibete).

Yamantaka, rosto medonho do buda do conhecimento, Manjushri (Tibete).

Máscara de Gras-dkar, espécie de bardo que canta votos de casa em casa no momento do ano novo (Tibete).


O teatro clássico tailandês, o khon, só representa episódios tirados do Ramayana. Nos bastidores é montado um altar frente ao qual os dançarinos prestam homenagem a Rusi (ou Rici) mestre das artes dramáticas, a Yak Phirap, mestre dos demónios, a Ngo, o "Selvagem" que representam a população não tailandesa, e a Ganesh, o deus indiano com cabeça de elefante.
Ngo (Tailândia).

Japão - Três géneros de espectáculos usam máscaras: o bugaku, danças vindas do continente no século VIII e que são ainda executadas na corte imperial e em alguns templos xintoístas; as danças das festas religiosas (as matsuri) e os ritos do ano novo; e o teatro nô, em que a personagem principal, o shite, que usa uma máscara, surge no início sob uma primeira forma perante um bonzo, o waki, e depois volta, sob a forma de um espírito ou de divindade para evocar através da dança a sua tragédia.

Wakaonna, mulher jovem (máscara do século XVIII da escola Kanze. Japão.)

Sanbaso, deus protector (Japão).

Ranryo, general chinês que investia contra o inimigo encabeçando as tropas, usando esta máscara terrífica (Japão).


3 comentários:

Moura Aveirense disse...

Muito interessante! Gostei particularmente das máscaras da Índia, um país que adorei visitar!

Saudações, Moura Aveirense

Piratas disse...

Parabéns pela mensagem e obrigada pela partilha.
Teresa

Maria Lua disse...

Obrigado Moura,

também gostei desta exposição, muito! Quanto ao restante Museu fiquei um pouco decepcionada, mas ficará para outro post.
;-)

Obrigada Teresa.
:-)