19 de Março - Dia do Pai
"O Dia do Pai tem origem na antiga Babilónia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
História
Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar o Dia do Pai em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional.
Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia do Pai.
Comemoração
Devido a história, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto. A criação da data é atribuída ao publicitário Sylvio Bhering, em meados da década de 50, festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família (dia que também se comemora o dia do padrinho segundo a tradição católica)."
As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predilecta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
Mario Quintana*
*Alegrete, 30 de Julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de Maio de 1994, foi poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
In Newsletter Gastronomias - 18 Março 2010
2 comentários:
Muito bom dia,Maria Lua
Que poeta esse,Mário Quintana,que só há muito pouco tempo conheci! Obrigado,por o ter trazido.
Sobre a ÁRVORE,deixo-lhe uma que não podia faltar no dia que a consagra.
ÁRVORE DAS PATACAS
Reinava lá nesses muitos paraísos,como tinha reinado noutros,em outros tempos,em todos os tempos,afinal,o mesmo rei,que ele tinha artes para se perpetuar,não mudando em nada,como se reproduzindo,talvez de estaca,não se sabe bem,porque ele não diz,ou outra razão qualquer,que nenhuma razão adiantaria,o mesmo rei,dizia-se,que era,nem mais,nem menos,o rei dinheiro,sempre muito bem paramentado,muito empoado,muito adornado,enfim,um rei em tudo,sem tirar, nem pôr.Nesses muitos paraísos,de todos os tempos,não só dos correntes,a árvore que lá reinava,que as árvores não podiam ficar para trás,também tinham de ter uma rainha,era esse um direito que lhes assistia,não era uma macieira,nem pensar nisso,que era descer,mas sim uma muito diferente,muito rara,tão rara,que até aí ninguém dera por ela,por estar lá a um canto,muito encolhidinha,mas o que é vivo sempre aparece,nem mais,nem menos,a árvore das patacas,que daí em diante passou a ser,por direito próprio,a rainha incontestável de todas as árvores,incluindo aquelas que ainda estavam para vir.
Muito boa saúde,e muita poesia,
Maria Lua.
Boa tard MSG,
uma semana depois, actualizo as minhas respostas...
Gostei muito da prosa e do duplo sentido!
Obrigado pela partilha e muita saúde.
:-)
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