Excesso de trabalho faz mal ao coração
Estudo britânico alerta para aumento do risco cardíaco
As doenças cardíacas podem ter uma maior incidência em quem trabalha em demasia. Segundo um estudo britânico publicado na revista "Annals of Internal Medicine”, trabalhar mais de 11 horas por dia, ao invés das sete ou oito recomendadas, aumenta o risco cardiovascular em 95 por cento.
Os investigadores não conseguiram, no entanto, determinar se as longas horas de trabalho são, em si, um factor de risco ou se favorecem outros factores que podem prejudicar o coração como maus hábitos alimentares, falta de exercício ou depressão.
O estudo contou com a participação de mais de sete mil adultos, entre os 39 e os 62 anos, que trabalhavam a tempo inteiro e que não apresentavam problemas cardíacos entre 1991 e 1993, altura em que realizaram os primeiros exames médicos para esta investigação. Estes serviram como termo de comparação a outros realizados mais tarde, para verificar o impacto do excesso de trabalho.
Os autores desta investigação acreditam que os dados obtidos podem ajudar os especialistas médicos a determinarem o risco que os seus pacientes têm de apresentar problemas do foro cardíaco, tendo em conta outros factores, tais como pressão arterial, diabetes ou tabagismo.
"As pessoas que trabalham muitas horas devem ter um cuidado especial e seguir uma alimentação saudável, fazer exercício físico e manter a pressão arterial, o colesterol e os níveis de açúcar dentro dos limites saudáveis", apontou Mika Kivimaki, especialista da Universidade College London que liderou o estudo.
As doenças cardiovasculares, como enfartes agudos do miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais, matam mais de 17 milhões de pessoas anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
in Ciência Hoje
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