Com baixo valor energético, a beterraba é rica em ácido fólico, potássio e vitamina C.
Pensa-se que a beterraba selvagem, antecessora daquela que hoje conhecemos, teve origem no norte de África, no período da pré-história, e cresceu de forma bravia ao longo das costas Asiática e Europeia.
Os Romanos foram os primeiros a cultivar a beterraba para usar a raiz como alimento. As tribos que invadiram Roma foram responsáveis pela disseminação da beterraba ao longo do norte da Europa. Aqui, a beterraba foi inicialmente usada para alimentar os animais e apenas no séc. XI se tornou popular o seu consumo pelos humanos.
O interesse pela beterraba cresceu no século XIX quando foi descoberto que eram uma fonte de açúcar, tendo surgido a primeira fábrica de açúcar na Polónia. Hoje em dia os principais produtores de beterraba incluem os Estados Unidos, Rússia, França, Polónia e Alemanha.
Actualmente, além do consumo da raiz, também as folhas da beterraba são consumidas. Podem ser cozidas e servidas como o espinafre ou a acelga.
A cor forte da beterraba é conferida pela presença de antocianinas. Antocianinas são pigmentos fenólicos ligados a açúcares que conferem às flores e alguns frutos suas cores características (além da beterraba, são exemplo as cerejas, a ameixa, a couve roxa). Tal como outros fenóis naturais as antocianinas são potentes antioxidantes e no organismo combatem os radicais livres e espécies reactivas do oxigénio. Devido à presença deste pigmento, é natural que depois do consumo de beterraba as fezes e urina possam ficar rosadas.
Informação nutricional
A beterraba tem um valor energético muito baixo. O seu conteúdo de hidratos de carbono, proteínas e lípidos é também baixo. Relativamente às vitaminas e minerais, destacam-se o ácido fólico, a vitamina C bem como o potássio.
Para ver Tabela de composição nutricional
Vantagens e desvantagens
O ácido fólico é importante para a divisão das células, formação de glóbulos vermelhos, auxilia o sistema imunitário e, ainda, previne malformações no feto, razão pela qual é importante a sua ingestão durante a gravidez.
A vitamina C promove a resistência a infecções, participa como coenzima ou cofactor em inúmeras reacções no nosso organismo além de ser um importante antioxidante, ajudando a proteger contra danos nas células e tecidos.
O potássio intervém na contracção muscular, ritmo cardíaco e na regulação da tensão arterial.
Como comprar e conservar
Escolha as beterrabas pequenas ou de tamanho médio. Prefira as que se apresentarem carnudas, firmes, sem fendas e de cor intensa. As beterrabas menores, mais novas, tendem a ser mais macias, sendo por vezes desnecessário descascar depois de cozinhadas.
Evite as beterrabas que têm buracos, ou amolgadelas, que estejam moles ou se apresentem molhadas, uma vez que todos estes são indícios de deterioração.
Caso se encontrem enrugadas ou balofas devem ser igualmente evitadas porque estes são sinais que as raízes estão envelhecidas, e fibrosas.
Caso deseje ingerir as folhas, escolha as que lhe parecem mais frescas, que apresentam textura macia e cor verde viva.
Armazene as beterrabas sem lavar no frigorífico, onde se manterão por duas a quatro semanas. Corte as folhas e as hastes (não na totalidade) para que a humidade não seja afastada da raiz e evitando também o "sangramento" da mesma. Armazene as folhas em lavar, num saco plástico separado, onde se manterão frescas por um período de aproximadamente quatro dias.
As beterrabas cruas não se devem congelar uma vez que tendem a ficar moles após o descongelamento. Congelar beterrabas cozinhadas é uma boa opção uma vez que retêm o seu sabor e textura.
in Nestlé
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