Fotografia retirada do Ciência Hoje
No passado mês de Julho chegaram as primeiras dez águias, metade vindas da Suécia e a outra metade da Finlândia. A EDP é instituição financiadora dos primeiros cinco anos do projecto. Foram também estabelecidas parcerias com a Sociedade Alentejana de Investimento e Promoção, proprietária do terreno onde se situa a base do projecto, com a TAP e com a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.
Na primeira fase do projecto, as aves permaneceram instaladas em gaiolas, sendo monitorizadas à distância de forma a preservarem o seu comportamento natural. Em Agosto foram libertadas na barragem do Alqueva.
Está já em curso a colocação de ninhos artificiais nas ilhas da albufeira do rio. Pretende-se assim criar condições para a nidificação das aves libertadas naquela região após dois anos passados nas áreas de dispersão, geralmente na África Ocidental (Senegâmbia, Guiné-Bissau).
Segunda tentativa
Esta é a segunda tentativa de resgatar esta ave. Já em 1999, perante a eminente extinção espécie em Portugal, foi elaborado um projecto de recuperação que previa a transferência de jovens aves de outras populações e sua libertação neste território.
O projecto contou com o apoio de especialistas de todo o mundo e chegaram a ser visitados países com potenciais populações dadoras – Córsega, Escócia, Cabo Verde – e restaurado um edifício situado na Torre de Aspa, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, para servir de base.
Estas acções foram suportadas financeiramente pelo então ICN – Instituto para a Conservação da Natureza. Apesar do extenso trabalho desenvolvido, o projecto acabou por não ter seguimento por lhe ter sido retirado o apoio institucional do Estado.
in Ciência Hoje
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