O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila, disse hoje que as Forças Armadas podem vir a intervir em operações de rescaldo dos incêndios florestais no próximo ano.
Na Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, Filipe Lobo D´Ávila considerou "muito importante" o papel das Forças Armadas em operações de rescaldos dos incêndios florestais, avançando que "podem ser dados passos para que na próxima época isso possa ser desenvolvido".
O secretário de Estado defendeu também que as Forças Armadas podem ajudar em situações limite de combate a incêndios florestais, como aquela que se está a viver neste momento.
Filipe Lobo D´Ávila adiantou que o ministro da Defesa tem manifestado abertura para "aprofundar esse caminho, quer na vertente do Exército, quer na Força Aérea".
O secretário de Estado esteve hoje na Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar para fazer um balanço da época mais crítica em incêndios florestais, "fase Charlie", que terminou a 30 de Setembro, mas considerou ser "cedo" para o fazer, tendo em conta que "a fase mais complicado do ano ainda está a decorrer".
Frisou que os "bons" resultados obtidos durante a "fase Charlie", entre 01 de Julho e 30 de Setembro, estiveram relacionados com as condições meteorológicas e "empenho" do dispositivo operacional que esteve no terreno.
No entanto, salientou que a "fase mais difícil" em fogos está a ser este mês de Outubro, tendo levado o Governo a reforçar o dispositivo de combate a incêndios florestais e a despender mais de 1,2 milhões de euros.
Na primeira quinzena de Outubro, o reforço de 360 bombeiros nos 14 distritos com "maior perigosidade florestal" foi de 180 mil euros, enquanto os 1.022 bombeiros e o aluguer de oito helicópteros para os restantes 15 dias do mês teve um custo de 1,2 milhões de euros, segundo o governante.
De acordo com o secretário de Estado, na primeira quinzena deste mês deflagraram, em média, 312 incêndios por dia, num total de mais de 4.600 ocorrências de fogo, representado o mês de Outubro com mais incêndios dos últimos 12 anos.
Filipe Lobo D´Ávila disse ainda que o Ministério da Administração Interna está "avaliar" um conjunto de questões relacionadas com a protecção civil, nomeadamente com a Empresa de Meio Aéreos (EMA), mas qualquer "alteração" só será decidida e introduzida após a época de incêndios.
in Ecosfera
Sem comentários:
Enviar um comentário