Pão de Santo António à venda na Igreja de Santo António
Rua das Pedras Negras, 1
1100-401 Lisboa
As receitas revertem para a Obra da Imaculada Conceição e Santo António, instituição presidida pelo religioso franciscano que se dedica à proteção de rapazes e raparigas em situação de risco.
O Pão de Santo António, que começou este domingo a ser vendido na igreja lisboeta com o mesmo nome, chega todos os anos aos emigrantes portugueses e contribui para ajudar jovens em risco.
Até quarta-feira, feriado municipal em Lisboa e dia em que os católicos de todo o mundo evocam, acompanhados por uma oração destinada a abençoá-los, são embrulhados em papel que leva o carimbo do Doutor da Igreja.
Os principais compradores das dezenas de milhares de pães, 40 mil em alguns anos, são pessoas provenientes da capital e arredores que depois consomem, guardam ou enviam para os emigrantes explica o frei José Silvestre ao programa ECCLESIA na Antena 1 que vai para o ar esta noite na Antena 1, a partir das 22h45.
As receitas revertem para a Obra da Imaculada Conceição e Santo António, instituição presidida pelo religioso franciscano que se dedica à proteção de rapazes e raparigas em situação de risco.
A tradição do Pão de Santo António, fundada numa “lenda” com “fundo verídico”, mantém a solidariedade de Fernando Martins de Bulhões, nascido em Lisboa no final do século XII e falecido em Pádua, atual Itália, no ano de 1231.
Santo António, que “nunca deixava sem nada os pobres que iam bater à porta do convento”, pegou um dia em todo o pão existente na despensa da comunidade religiosa e deu-o a um grupo de pedintes, recorda o frei José Silvestre.
Quando o cozinheiro se preparava para pôr a mesa reparou que o pão havia desaparecido, pelo que comunicou ao irmão António o que julgava ter sido um roubo mas o santo pediu-lhe para ver melhor.
De regresso à despensa o cozinheiro verificou que os mantimentos estavam no seu lugar, e é neste acontecimento que se baseia a história que chega aos nossos dias, conta o responsável.
Hoje é comum assistir-se à devoção de tocar com o pão no quadro de Santo António existente na igreja: “Há superstição” mas também há pessoas “em grande sofrimento” que abrem o seu coração e saem muito confortadas”, sublinha.
Santo António é o padroeiro secundário de Portugal e principal da cidade de Lisboa, sendo também titular da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, além de a sua memória ser liturgicamente assinalada nas dioceses de Santiago (Cabo Verde) e da Guiné-Bissau.
PRE/RJM
in Agência Ecclesia
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