Este fruto da aboboreira tem a sua origem na América Central, onde sementes de frutos relacionados— como o pepino, a melancia e o melão— foram encontradas e datadas de 7000 a 5500 a. C.. Também para os Ameríndios a abóbora (Cucurbita pepo) era um dos principais constituintes alimentares, sendo consumidas fatias assadas na fogueira e urdidos tapetes com tiras secas.
Baixa em calorias (95% da sua composição é água) e rica em ferro, cálcio, fósforo, potássio, magnésio, zinco, fibra, riboflavina e vitaminas A, C, E e complexo B, a abóbora em fruto, pevides e óleo insaturado oferece também pigmentos carotenóides, tais como alfacaroteno, betacaroteno (uma chávena de abóbora contém 7,8 miligramas) e luteína. O consumo de carotenóides protege o organismo de doenças crónicas (cardíacas e cancerosas) e previne problemas de visão. Segundo o dr. Steven G. Pratt, a abóbora «está repleta de fitonutrientes que mantêm a pele jovem ajudam a impedir os malefícios da luz solar.».
Já recomendado amplamente por Hipócrates, este fruto também é indicado como bom meio diurético e as pevides maduras (verdadeiras sementes) contêm propriedades vermífugas (pepo‑resina e um óleo fixo) que diminuem a capacidade de adesão da cabeça da ténia ao intestino. A polpa é também indicada para as doenças dos rins e do coração que são acompanhadas de hidropisia. Todas as variedades de abóbora são também laxantes e depuradoras de tóxicos intestinais que elevam a pressão arterial. São sempre recomendáveis na tendência para a prisão de ventre e nas hemorroidas.
Como escolher uma abóbora?
A casca deve estar lisa e não ter manchas. Se se comprar em pedaços, deve escolher-se os que têm um aspecto fresco, sem manchas acastanhadas à volta das pevides.
Como conservar uma abóbora?
Uma abóbora inteira conserva-se por cerca de dois meses após a colheita a temperatura ambiente, em local arejado e seco, sempre com o pé.
Para congelar, deve cortar-se a abóbora em cubos ou fatias. Se se destinar a sopa pode ser congelada crua; de outro modo, entalir em água a ferver durante 3 minutos ou em microondas por 4 minutos e acondicionar num saco de congelação depois de fria. A abóbora também pode ser congelada em forma de puré.
Como cozinhar uma abóbora?
As pevides podem ser torradas com sal em forno quente por cerca de 40 minutos, depois de bem lavadas e secas com um pano. Podem ser consumidas como aperitivo ou para polvilhar pratos de massa e tartes.
Também as flores esmagadas e em sumo têm usos dermatológicos e digestivos.
A polpa sumarenta, digestiva e dourada da abóbora é nutritiva, saborosa, sã e versátil, podendo ser usada em purés, recheios, pães, bolos, pudins, doces, cozidos, guisados, sopas, saladas de frutas ou salada com pepinos e maçãs, mista de batatas, alface, chicória fresca ou salsa. Deve empregar-se na preparação de quase todas as marmeladas, especialmente na de ameixas, para variar o sabor e dobrar a quantidade, o que se torna um benefício na economia doméstica.
Assar: lavar, cortar o topo, cortar às fatias, raspar as pevides e fios com uma colher e cortar em pedaços. Forrar uma assadeira com papel de alumínio, acrescentar água, tapar com papel de alumínio e assar até ficar tenra (40 minutos). Pode ser untada com azeite, polvilhada com açúcar mascavado e especiarias.
Cozer: o sabor da abóbora cozida fica diluído. Colocar pedaços de abóbora descascada em água a ferver durante 8 a 12 minutos.
No micro-ondas: num prato baixo colocar pedaços de abóbora, tapar e cozinhar durante 8 minutos.
Saltear: picada ou aos pedaços, a abóbora pode ser salteada em caldo de legumes e/ou azeite durante 8 a 15 minutos.
A vapor: cozinhar os pedaços em casca durante 15 a 20 minutos.
in Centro Vegetariano
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