Com o aproximar da época natalícia, queria fazer um apelo: por favor não apanhe musgo da natureza para decorar o seu presépio ou outro local/objecto.
O musgo leva muito tempo a crescer, é muito sensível à poluição e à falta de água (na minha zona, estamos todos a rezar e a torcer por chuva... Está tudo ressequido, inclusive houve um incêndio na Serra a semana passada). E este ano, temos imenso dessas duas condicionantes (para não variar!), o que faz com que a sua presença seja diminuta (e pelas informações, será cada vez menos visível...).
Utilize papel, tecido, musgo falso (à venda em várias lojas) ou outro material. Seja criativo, recicle, mas não apanhe nem compre musgo verdadeiro.
Obrigado, a Natureza agradece e nós todos também!
"Existe nas filosofias dominantes nas zonas rurais, a crença de que a vida é um percurso da água para a terra, começamos sendo água e depois vamos secando até sermos pó. Por essa razão, as crianças que morrem são enterradas junto aos rios, em solos aquosos. Só os mais velhos são enterrados em chão seco. Há aqui uma coincidência entre a visão animista e a científica que acho bastante curiosa. A morte é uma secura, um desaguar num deserto. A vida é um infinito brotar de água, a vida é uma fala da água."
Mia Couto (escritor moçambicano)
in Revista "Os Meus Livros" - Fevereiro 2005
Mia Couto (escritor moçambicano)
in Revista "Os Meus Livros" - Fevereiro 2005
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