domingo, 29 de março de 2009

As imagens da semana

Fomos ao Forte do Bom Sucesso (pela primeira vez!) ver a Exposição Piratas - Os Ladrões do Mar, mas com bilhetes de 5,00 euros por pessoa, era obrigatório ser muito melhor.
O museu (ou as duas salas preparadas para o efeito...) não tinha condições para acolher a exposição: demasiada luz, calor e falta de espaço, as peças eram poucas, as casas de banho estavam impróprias, entre outras críticas tendo em conta o valor da entrada.
Pontos fortes: apesar de pouca, a informação era clara e precisa, e o responsável presente fazia o seu trabalho com muito profissionalismo e atenção (apesar das dificuldades).
Por favor, se queremos exigir no preço aos visitantes, temos de estar à altura do valor cobrado! Ou então, mais vale estar "quietinhos", apesar das boas intenções.


O render da guarda no Monumento Nacional aos Combatentes do Ultramar.





A nossa memória estará sempre com aqueles que perdemos pela Nação.

Também o nome do meu tio lá se encontra...





A entrada no Forte.


Àqueles que, em terra firme, são definidos como bandidos, assaltantes ou ladrões, no mar, é dado o nome de piratas. É uma definição simples e concreta para designar um modo de vida, um fenómeno social, que se verifica desde a aurora da civilização. A pirataria está estreitamente associada ao desenvolvimento da navegação e do comércio por via marítima. Este fenómeno aparece primeiro no Mediterrâneo e desloca-se, com o passar do tempo, para todos os mares do planeta. Nos nosso dias, a pirataria continua a representar um perigo nas ilhas da Indonésia, no mar da China, nas costas da Somália.
A história da pirataria pode-se dividir em três etapas:
I Etapa - desde o início do comércio marítimo até ao século XIV, desenvolvendo-se basicamente no Mediterrâneo.
II Etapa - Poderíamos designá-la com a "Idade de Ouro da pirataria" e situa-se entre os séculos XV e XVIII. Agora, o marco geográfico não é apenas o Mediterrâneo: a pirataria expande-se pelos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e no mar das Caraíbas, que se converte no seu principal cenário.
III Etapa - Abrangeria desde o século XIX até à actualidade. Actualmente, as acções dos piratas reduziram-se muito drasticamente, mas não desapareceram por completo em determinados pontos concretos do planeta.
Octante - É um instrumento que mede ângulos por reflexão.

Artilheiro - Os artilheiros de uma embarcação dispunham de dois ajudantes para poder efectuar todas as manobras necessárias.

Canhão - Era a arma básica em qualquer navio de guerra, não forçosamente num navio pirata. As embarcações pirata não costumavam dispor de muitos canhões e muito menos de grande calibre, já que uma das principais características destes navios era a sua leveza, rapidez e facilidade de manobra, tanto para atacar como para fugir.


Astrolábio - Instrumento de navegação que começou a ser utilizado a partir do século XI, embora o seu conhecimento seja mais antigo. Servia para obter a altura do Sol ou das estrelas no horizonte, com o objectivo de calcular a latitude do local.



Carregador de arcabuz - Latão, Tunis (Século XVIII).


Pistolão e Pistola.


Espada.
Carregador de Pistola - Latão, Argélia (Século XVIII).

Pistola de Chispa de duplo cano - Madeira, ferro e prata, Tunis (Século XVIII).

Gumia com bainha - Ferro, madeira e latão, Norte de África (Século XVIII).


Quadrante - instrumentos naútico utilizado a partir do século XVI até meados do século XVIII. Servia para medir alturas até aos 90º.

Pistola de chispa (França) e recipiente para pólvora (La Española - República Dominicana) - Século XVIII.
Astrolábio - Latão, Tunis (Século XVIII).

Trabuco.

Pistola de percussão - Ferro e madeira, França (Século XIX).

Escopeta ou Mosquete.

Grilhetas - Ferro, Espanha (Século XIX).


Sabre de abordagem.

Bala de Canhão - Ferro, Espanha (Século XVIII).

Balas de falconete - Ferro, Espanha (Século XIX).

A bandeira de Henry Avery assemelha-se muito ao desenho da caveira com os ossos cruzados da lenda pirata. No século XVII, o símbolo da caveira e dos ossos (tíbia) era utilizado com frequência para simbolizar a morte. Por esse motivo, foi adoptado por muitos piratas para decorar as suas bandeiras piratas. A espada constituiu, desde sempre, um símbolo de poder, por isso, a mensagem transmitida pela bandeira do pirata Thomas Tew era muito clara para quem a avistava. O relógio de areia é um elemento muito repetido nas bandeiras pirata. Na de Christopher Moody, tal como em muitas lápides da época, o relógio continha asas para indicar o quão rapidamente se esgota o tempo e a vida.
Outro estandarte famoso era o do pirata Jack Rackham "Calico". No seu emblema, as duas tíbias foram substituídas por dois sabres cruzados.
A bandeira do pirata Edward Teach "Barbanegra" apresenta um esqueleto diabólico que tem um relógio de areia, uma flecha e um coração que sangra, símbolos pensados para aterrorizar as sua vítimas.
Muitos piratas famosos esforçavam-se especialmente por ter um desenho de estandarte claramente identificativo e distinto dos demais, tal como uma imagem de marca.













Sem comentários: