Faltará água se o Mundo não partilhar
"A escassez de água é cenário com probabilidade agravada, se não for feito melhor uso deste recurso, lembram as Nações Unidas, que apelam à redução da poluição pelos países ricos. As alterações do clima podem trazer mais sede.
Perto da nascente ou da foz de um rio, todas as populações do Mundo estão no mesmo barco, afirma um documento da ONU a propósito do Dia Mundial da Água, que hoje é assinalado. Para 2009 a chamada de atenção recai nas águas partilhadas por dois ou mais países, trate-se de rios, lagos ou aquíferos subterrâneos.
Isso acontece em 263 situações e envolve 145 países, numa realidade natural que abrange metade da superfície sólida da Terra. Nos últimos 60 anos, contabiliza a ONU , foram estabelecidos 200 acordos bi ou multilaterais e registaram-se 37 casos de conflitos violentos entre Estados pela posse de água.
O apelo à partilha da água com gestão também partilhada é lançado perante a perspectiva de um agravamento da disponibilidade do recurso: estão em causa, lembram as Nações Unidas, as alterações climáticas (com previsíveis secas em muitas regiões e arrastando também o degelo dos glaciares).
Mas não é só a disponibilidade que poderá fazer com que em 2025 cerca de 1.800 milhões de pessoas vivam em zonas com absoluta escassez e dois terços da humanidade sofram restrições no abastecimento. Os países industrializados estão a poluir os rios ao lançarem neles resíduos que em 70% do volume não foram tratados.
Os rios transfronteiriços foram objecto de uma Convenção adoptada pela ONU em 1997, mas o documento não entrou em vigor, porque apenas 16 dos 35 países necessários a ratificaram.
Do Fórum Mundial da Água, que hoje encerra em Istambul após uma semana de trabalhos, as agências noticiosas dão conta das três grandes forças ali representadas: governos (70 ministros, entre os quais o ministro do Ambiente português), organizações não-governamentais e empresas do sector da água e saneamento.
É esperado que a reunião produza um documento final, mas ontem ainda não havia consenso sobre a proclamação do acesso à água como direito fundamental do ser humano ou necessidade fundamental. Em cada 15 segundos morre uma criança por doenças relacionadas com a falta de água."
Eduarda Ferreira
In site JN
4 comentários:
Muito boa tarde,quase noite,Maria Lua
Um essencial alerta este,sobre a água,fonte de vida. Muitos só dela se lembram quando não lhes corre nas torneiras.
Fonte de vida,fonte de disputas,fonte de preocupações.
Que ela pudesse correr sempre em todas as torneiras,com os votos de que todos torneiras tivessem.
Muito boa saúde e muito bom trabalho.
Obrigado e boa tarde ARG,
concordo consigo.
A água será o bem mais precioso no futuro e o mais escasso também (pelo menos a água potável).
Bom final-de-semana.
:-)
É verdade Maria, se o desperdício actual continuar e se as pessoas não tiverem a noção de que a água doce é indispensável para o equilíbrio dos ecossistemas, e para o desenvolvimento sustentável, provavelmente a sobrevivência humana estará em risco.
Sabemos que a água doce cobre cerca de 75% do planeta, e as águas salgadas dos mares e oceanos correspondem a 97,2% do volume total, do restante 2,15% são glaciais cujo derretimento poderá provocar catástrofes em todos os Continentes. Os restantes 0,65% são de água doce, do qual 0,31% são constituídos por águas subterrâneas.
Ao contrário do que pensávamos a água não é um recurso inesgotável e cada vez mais está desaparecendo.
Os processos naturais da reposição da água acontecem com uma velocidade muito menor do que o necessário para manter a vida que hoje temos.
Além disso, os agros tóxicos, fertilizantes, produtos químicos, lixo industrial e os esgotos misturam-se na nossa água poluindo cada vez mais o Ambiente.
Só para terem uma noção de quanta falta nós faz a água deixo-vos aqui alguns números:
Só sobrevivemos apenas uma semana sem água;
Aproximadamente 34.000 de pessoas morrem diariamente, em consequência de doenças relacionadas com a água;
Precisamos no mínimo de 5 litros de água por dia para bebermos e cozinhar, e 25 litros para a nossa higiene pessoal.
Como podemos constatar Maria, é nossa obrigação moral proteger o ambiente, e de salvarmos o planeta, precisamos urgentemente de sermos mais responsáveis e de pensarmos sobretudo nas gerações futuras
Por tudo isto obrigada Maria pelo teu Alerta
Lúcia Pires
Lúcia,
eu é que agradeço o comentário e informação nele contida.
É um bem precioso que continuamos a desperdiçar insanamente...
Vamos esperando que a situação mude rapidamente, ter esperança!
Obrigado pela visita.
:-)
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