Barragens? Não!
Portugal precisa da sua ajuda, envie uma carta aos deputados e mostre a sua indignação!
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Para quem viu o documentário “Pare, Escute, Olhe" e se sentiu revoltado, eis mais uma forma de luta: escreva aos deputados - representantes do povo no Parlamento - e mostre a sua indignação.

Apelo urgente: Ajude a salvar a Linha do Tua

Exmo(a). Senhor(a) Deputado(a),
Depois de ver o filme "Pare, Escute, Olhe", actualmente em exibição, é com grande indignação que contacto V. Exa. manifestando-me contra mais uma decisão política que afectará definitivamente toda a região do Vale do Tua. A construção da Barragem de Foz-Tua, como é do conhecimento de V. Exa., ameaça a viabilidade da centenária Linha do Tua, um ex-líbris da região e um património de valor imensurável.
Enquanto cidadão, não posso deixar de sublinhar a evidente responsabilidade política por décadas de abandono, indiferença e negligência numa região constantemente sacrificada em prol da solidariedade nacional e dos interesses económicos.
Em consequência, atrevo-me a sugerir a V. Exa. que veja o filme "Pare, Escute, Olhe" e reflicta, em consciência e respeito pelas gentes transmontanas, pelo interior desertificado e envelhecido.
E, finalmente, porque considero que o bom senso pode ainda prevalecer, solicito a V. Exa. que actue no sentido de:

- tudo fazer para que a Linha e o Vale do Tua sejam preservados face à ameaça de submersão pela cada vez mais contestada barragem de Foz-Tua, e que a Linha do Tua seja um eixo ferroviário de ligação, com modernas condições de segurança e conforto, entre o Douro e Puebla de Sanábria,;

- tudo fazer para que se apresente e concretize um plano de desenvolvimento para a revitalização e dinamização deste património único, e consequente aproveitamento turístico.

- tudo fazer para garantir que o governo proteja os outros rios ainda selvagens (por exemplo o rio `vizinho´, o rio Tâmega, para onde está prevista a construção não de 1 mas 5! novas barragens), reavaliando, respeitando a Directiva Quadro de Àgua, os impactes reais da sua estratégia para construir novos barragens, tendo em conta que seria 10 vezes mais barato investir em eficiência energética que construir as novas barragens.

É necessário e urgente preservar os nossos rios, o nosso património, a nossa cultura e, cada vez mais, as nossas gentes."

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