terça-feira, 28 de junho de 2011

Posição em que grávidas dormem afecta risco de morte do feto
Estudo neo-zelandês foi o primeiro a investigar esta matéria

As mulheres grávidas no final da gestação podem reduzir o risco de morte fetal dormindo para o lado esquerdo, sugere um estudo de investigadores neo-zelandezes que foi publicado no “British Medical Journal”.
No entanto, visto que este este foi o primeiro trabalho a investigar o efeito da posição na qual as mães dormem na saúde do feto, em casos de bebés nados-mortos, e são necessários mais estudos que comprovem estes dados, os cientistas alertaram que ainda é precoce aconselhar as grávidas a dormirem só para esse lado.
Os resultados mostraram que as mulheres que não dormiram para o seu lado esquerdo (dormindo de costas ou para o lado direito), apresentaram quase o dobro do risco de dar à luz um nado-morto. Contudo, a equipa liderada por Tomasina Stacey, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, advertiu que o aumento absoluto do risco de morte fetal permanece pequeno.
Os partos com nados-mortos ocorreram em 1,96 por mil casos nas mulheres que dormiam do lado esquerdo, em comparação com 3,93 por mil casos entre aquelas que dormiam noutras posições.
De acordo com os investigadores, uma das possibilidades para esta ocorrência está relacionada com o facto de, quando a grávida dorme de costas ou sobre o seu lado direito, o feto poder comprimir a veia cava inferior, que leva o sangue para o coração, o que conduziria a uma diminuição da quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebé.
Para o estudo, os investigadores entrevistaram 155 mulheres que tinham dado à luz um bebé morto após, pelo menos, 28 semanas de gestação. Estes dados foram comparados com 310 grávidas cuja gravidez evoluiu normalmente.
As mães foram submetidas a um questionário sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, na última semana da gravidez e na noite anterior ao parto. Os dados foram actualizados regularmente durante o último mês da gravideze mostraram que a posição em que as mães dormiam era o factor mais determinante das mortes prematuras.

in Ciência Hoje

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