Um estudo realizado recentemente veio provar que não só há uma ligação entre o peso de uma mulher e sua autoconfiança, mas também que o peso real tem menos influência no que ela sente do que os comentários e as atitudes das mulheres que a rodeiam. Ou seja, uma mulher sente-se pior com o seu corpo devido aos comentários que as amigas fazem do que pelo facto de ter efectivamente peso a mais. Deste modo, pessoas com amigos que reclamam frequentemente que estão gordos têm maior tendência a sentirem-se gordos.
O estudo revela que as mulheres se contagiam com os seus comportamentos e atitudes e isso é verdade. Um grupo de mulheres que se encontra frequentemente tem uma grande tendência a usar o mesmo vocabulário, a vestir-se de modo semelhante e até, às vezes, a ter um ciclo menstrual semelhante. Se isto é verdade, então é normal que, estando com as mesmas pessoas dia após dia, 'apanhemos' as mesmas idiossincrasias. A realidade é que o ser humano tem tendência a esforçar-se para se integrar e pertencer a um determinado grupo social e, por vezes, isso passa por ter as mesmas atitudes, sejam estas sobre o trabalho ou o peso.
Segundo o estudo, nós estudamos e analisamos as nossas amigas a partir do momento em que elas entram na divisão. Avaliamos se estão gordas, magras, elegantes,... E tudo isto faz parte de um processo mental pelo qual passamos todos os dias. Não admira que sejamos tão focadas na nossa imagem: o nosso cérebro pensa nisso constantemente!
Jacqui Marson, psicóloga e autora do livro 'The Curse Of Lovely', declarou ao Daily Mail que esta nossa necessidade de nos conformarmos e pertencermos ao grupo é algo que persiste até mesmo na idade adulta, o que explica porque é que temos esta capacidade de absorvermos as atitudes menos saudáveis dos nossos amigos. Mas não é tudo negativo, porque, na realidade, cada uma de nós tem a possibilidade de se recusar a deixar influenciar. Como? Confrontando os comportamentos das nossas amigas, forçando-as a parar de falar constantemente sobre o corpo ou escolhendo novas amigas que não dêm tanta prioridade à imagem. Está nas nossas mãos decidir o nosso destino.
Joana Gomes (18 Novembro 2012), in Activa
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