quarta-feira, 27 de julho de 2011

Refrigerantes “light” podem prejudicar o coração a longo prazo

Os refrigerantes light ou sem açucar foram ganhando terreno no mercado ao longo dos últimos anos. Muitos consumidores preferem esta alternativa a bebidas açucaradas e calóricas, cujo consumo excessivo está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares.
No entanto, podem ter sido induzidos em erro, visto que uma nova investigação sugere que estas opções menos doces podem ser prejudiciais ao coração, a longo prazo. Se acordo com os dados recolhidos neste trabalho, alguns preliminares, o consumo de refrigerantes light está associado até 60 por cento mais de probabilidades de se sofrer de problemas vasculares.
Caso os nossos dados sejam confirmados em estudos futuros, podemos dizer que os refrigerantes light não são os melhores substitutos das bebidas açucaradas, quando se trata de nos protegermos das doenças cardiovasculares”, sublinhou Hannah Gardener, investigadora da Miami Miller School of Medicine (EEUU) e autora principal deste estudo, durante a sua apresentação na International Stroke Conference, que está a decorrer em Los Angels.
A investigação foi feita ao longo de nove anos com um total de 3289 participantes de diferentes raças, com uma idade média de 40 anos. Entre outros assuntos, responderam a questões sobre o tipo e quantidade de bebidas que consumiam e o seu historial médico.
Durante este período, foram detectados 559 problemas cardiovasculares, como acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos ou isquémicos. Alguns destes casos, depois de avaliados outros factores de risco - idade, sexo, origem de cada indivíduo -, foram associados ao consumo de bebidas light, de acordo com os investigadores.
Apesar das conclusões deste estudo, os seus autores admitem que os resultados ainda não podem ser considerados definitivos, pois a sua metodologia não alterou a influência de outros factores fundamentais, como a alimentação ou o exercício. Como tal vão ser realizados novas investigações no sentido de assegurar a veracidade destes dados.

in Ciência Hoje

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